Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 58
Demônio de Ferro


Notas iniciais do capítulo

O quê? Capítulo novo tão cedo? E tão grande assim?
Isso mesmo!!!!
E quero dedicar este capítulo a um amigo meu, que faz anos hoje e tem o Goru como personagem favorito, um feliz aniversário!
Espero que gostem do capítulo



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Nobi, Nikko, Chiyo, Momoka e Goru se preparavam para sair de casa da rosada e irem para a escola, quando avistaram Jin esperando por eles na entrada.

“Bom dia, Jin.” Cumprimentou Nobi bocejando.

“Como está a Hina-chan?” Perguntou Chiyo curiosa.

“Bom dia.” Respondeu ele não muito animado. “Já fazem três dias desde que recebeu alta do hospital, ela diz que já se sente muito melhor.”

“Aconteceu alguma coisa? Você não está com boa cara.” Comentou Nikko preocupada.

“Hoje é o primeiro dia de escola dela desde que teve alta…” Murmurou o azulado com um ar sombrio. “Eu queria acompanhá-la por precaução, mas… Ela disse que isso seria muito vergonhoso para ela.”

“Ela já chegou a esse idade, hein.” Comentou Momoka bocejando.

“Chega uma altura na vida em que é um pouco vergonhoso ter a família sempre por perto quando estamos com os nossos amigos, nê?” Concordou Nikko com um sorriso nervoso e uma gota de suor atrás da cabeça.

“Eu me esforcei tanto para ser um irmão exemplar e de que ela pudesse ter orgulho.” Murmurou Jin com a cabeça encostada num muro. “Mas sou um motivo de vergonha para a minha irmãzinha… Sou uma falha… Uma falha como irmão mais velho.”

“Pronto, pronto.” Falou a loira batendo suavemente nas costas dele. “É apenas algo natural, você é um bom irmão.”

“Sim, Jin-kun!” Falou Chiyo tentando animá-lo. “São apenas coisas da chegada da puberdade.”

“Puberdade?” Murmurou o azulado com uma aura ainda mais sombria. “A Hina está entrando na puberdade?”

“Chiyo-chan, você só está piorando a situação!” Repreendeu Nikko.

“Não tinha essa intenção!” Lamentou a rosada preocupada.

“Quanto drama.” Suspirou Goru.

“Goru-dono.” Chamou Jin pegando no robô e olhando para ele com um ar sério. “Tenho de lhe pedir um favor.”

“Hã?” Indagou ele confuso.

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“Não acredito nisto.” Murmurou Goru de braços cruzados, encarando o portão de uma escola. “Pedir para eu, o braço direito do Aniki, ficar vigiando aquela pirralha. Quanta ousadia. Ainda por cima o Aniki disse que não tinha problema!”

Apenas veja se ela não tem nenhum problema de saúde durante as aulas e fique atento a qualquer coisa.” Jin lhe havia pedido. “E se algum garoto tentar fazer algo com ela, durante essa… Essa puberdade, mate-o na hora.

“Ele parece um cara razoável, mas quando o assunto é o Aniki ou a irmã dele, enlouquece completamente.” Suspirou o robô. “Bem, agora devo observá-la sem ser visto.”

“Goru-san?” Indagou Hina atrás dele. “O você está fazendo aqui?”

Game Over.” Surgiu nos seus olhos.

“Y-yo, pirralha!” Cumprimentou o robô nervosamente. “Q-quanto tempo.”

“Foi o meu irmão que mandou você, não foi?” Supôs a azulada.

Fatality.” Surgiu nos olhos do robô.

“N-não diga idiotices.” Respondeu ele desviando o olhar. “Eu não sou um garoto de recados para ficar vigiando uma pirralha como você.”

“Que seja.” Falou ela pegando-lhe. “Estou feliz, vou poder passar o dia com o Goru-san.”

“Hã?” Gritou Goru ofensivamente. “Do que está falando, pirralha? Me coloque no chão agora mesmo!”

“Bem, vamos, não me quero atrasar.” Afirmou Hina entrando na escola com ele nos braços.

“Você me está escutando?” Reclamou ele furioso.

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“Fui arrastado contra a minha vontade por uma garotinha.” Murmurou Goru com um olhar abalado, sentado em cima da mesa da azulada. “Sou uma vergonha.”

“Você é tão fofo, Goru-san.” Comentou Hina brincando com as orelhas do robô.

“Deixe de me tratar como se eu fosse uma mascote.” Reclamou ele irritado. “Eu sou um temível Yakuza!”

“Booooom diaaaa! Hina-chan~.” Falou uma garota de cabelo curto alaranjado, abraçando a azulada de repente. “Tive tantas saudades de você!”

“Hana-chan, você me assustou.” Respondeu Hina com um sorriso gentil. “Também senti a sua falta.”

“Fico feliz por ver que você está bem de novo.” Afirmou Hana batendo de leve nas costas da sua amiga.

“Bom dia, Inugawa-san.” Cumprimentou outra garota, esta tinha o cabelo longo e ondulado, de coloração esverdeada e que usava óculos, trazia consigo alguns papeis. “Fico aliviada por estar bem. Eu guardei os deveres que você perdeu enquanto esteve no hospital.”

“Ela acabou de sair do hospital e você já lhe está passando deveres?” Comentou Hana com uma expressão desanimada. “Você é um monstro.”

“Q-que rude, Yamara-san .” Falou a garota colocando as mãos nas ancas. “Eu só estou fazendo o meu trabalho de representante de classe.”

“Obrigada, Tachibana-san.” Agradeceu Hina guardando os papeis.

“Você parece ter boas amigas.” Comentou Goru casualmente.

“Oh.” Falaram Hana e Tachibana reparando em Goru.

“Ah.” Falou ele.

“Woooooow! O que é isto, Hina-chan?” Questionou Hana com os olhos brilhando, pegando Goru imediatamente. “Parece bem legal!”

“I-Inugawa-san, você devia saber que não podemos trazer brinquedos para a escola.” Repreendeu Tachibana seriamente.

“Me largue imediatamente!” Reclamou Goru irritado. “E você, não me chame de brinquedo!”

“Ah, este é um amigo do meu irmão, o seu nome é Goru-san.” Explicou a azulada com um sorriso. “Ele é um robô. É bem fofo, não é?”

“Um robô? Que maneiro!” Exclamou Hana animada. “Ele se transforma?”

“Bem, acho que não tem nada nas regras sobre trazer robôs.” Ponderou Tachibana pensativa.

“A orelhas dele parecem as de uma coelho, isso é tão fofo.” Comentou Hina voltando a brincar com as orelhas do robô.

“É como se nada do que eu falasse alcançasse elas…” Murmurou o robô desanimado.

“Você nos preocupou muito quando soubemos que foi hospitalizada de novo.” Confessou a representante de classe. “Mas é bom vê-la tão animada.”

“A Hina-chan tem um corpo fraco, mas fora isso é bem forte.” Falou Hana orgulhosamente.

“Lamento ter preocupado todos.” Ela se desculpou sem jeito.

“Deve ser legal isso.” Comentou um rapaz de cabelo castanho, sentado na mesa ao lado com uma expressão entediada. “Poder faltar tantas vezes à escola.”

“Isso foi rude, Masaki-san!” Repreendeu Tachibana.

“Sim, a Hina-chan falta por problemas de saúde, não tem nada de legal nisso.” Afirmou Hana irritada.

“Se ela tem um corpo assim tão fraco, então porque ainda vem para a escola?” Questionou Masaki. “Ela devia simplesmente aproveitar o tempo que tem. Afinal, de que serve ela aprender coisas na escola, se não vai viver muito?”

Hina simplesmente baixou a cabeça e não falou nada. Porem, uma pequena lagrima escorreu o seu rosto.

“Seu…” Murmurou Hana furiosa, cerrando o punho.

“Peça desculpa agora mesmo!” Ordenou Goru saltando para a mesa do rapaz. “Já!”

“Hã? O que é isto?” Indagou o rapaz encarando o robô vermelho e depois mostrando a sua língua. “Não quero saber, não tenho que pedir desculpa, só falei a verdade.”

“Não me faça repetir, seu merdinha.” Falou Goru socando o rosto do rapaz e fazendo-o cair da cadeira.

“Está querendo briga, monte de lata?” Reclamou o garoto ainda no chão, com a mão no rosto.

Mas quando se ia levanta, Goru saltou da mesa e aterrou na sua barriga. Um pequeno gancho surgiu na mão do robô e ele usou-o para segurar o nariz do rapaz pela narina.

“Você tem noção do que falou para ela? Não foi muito diferente de a mandar morrer, seu lixo! Não, chamar lixo a alguém como você seria uma ofensa ao lixo! Nem sabe o peso que as palavras podem ter numa pessoa! Você é o tipo de gente que eu mais odeio, só de olhar para você eu fico puto!” Gritou o robô, puxando o gancho cada vez mais e sacando a lâmina oculta da sua outra mão. “Oiça bem, se as suas próxima palavras não forem: “Lamento muito pelo que falei. Eu não passo de uma bosta de vaca que não sabe o que fala, por favor me perdoe. Não voltarei a fazer o mesmo e o Goru-sama é o maior.” Eu cortarei a sua língua e você não poderá falar mais nada. Estamos entendidos?”

Masaki, suando frio e assustado, ao ponto de mijar nas calças, assentiu com a cabeça e o robô largou o seu nariz.

Ainda tremendo, o rapaz colocou-se de joelhos, virado para Hina, e falou:

“L-lamento muito pelo que falei! E-eu não passo de uma b-bosta de vaca que não sabe o que fala, por favor me perdoe! Não voltarei a fazer o m-mesmo e o Goru-sama é o maior!”

“E mais uma coisa.” Falou Goru, fazendo Masaki estremecer de medo. “Se eu escutar que você falou ou fez algo contra ela novamente, eu não terei a piedade que tive hoje. Só para você saber, eu sou conhecido como o Demônio de Ferro da Onigumi, o grande Goru-sama.”

“Sim, eu prometo que não faço mais nada!” Falou o garoto assustado.

“Agora desapareça da minha frente.” Ordenou Goru com um olhar intimidador.

Masaki correu para fora de sala, provavelmente em direção ao banheiro para secar as suas calças.

“Incrível!” Falou Hana com os olhos brilhando. “Foi tal e qual aqueles delinquentes dos Doramas!”

“Você acha isso legal, Yamara-san?” Questionou Tachibana timidamente, escondendo metade do seu rosto atrás de um livro. “Aquilo foi assustador.”

“Muito obrigado por me ter defendido, Goru-san.” Agradeceu Hina enxugando os seus olhos e mostrando um sorriso cálido e sincero. “Não foi a primeira vez que o Masaki-san falou coisas ruins para mim.”

“Tch, não fique pensando que eu fiz isto por você.” Respondeu Goru cruzando os braços e desviando o olhar. “Eu apenas odeio pessoas como ele.”

“Você é tão fofo, Goru-san!” Falou a azulada abraçando o robô.

“Me larga, sua pirralha.” Reclamou ele irritado.

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Depois das aulas, Hina saía da escola, carregando Goru nos seus braços.

“Este dia foi um inferno…” Murmurou Goru com um tom de voz cansado. “Agora só tenho de acompanhar você até à casa do Jin.”

“Na verdade, Goru-san.” Falou Hina parando de andar. “Hã um lugar onde quero ir hoje.”

“Hã?” Inquiriu o robô mal humorado.

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Quanto ao restante grupo da Onigumi, depois das aulas, Koji fora sozinho para sua casa, Jin foi convencido a ir para sua própria casa esperar pela volta da sua irmãzinha, sem ter de ir ter até ela, Chiyo teve de ir comprar alguns materiais numa farmácia, Momoka e Nobi foram andando juntos para a casa de Chiyo e Nikko foi fazer umas compras na loja de conveniência.

“Sorvete para todo o mundo, a marca favorita de Pocky da Momo-san, a Jump desta semana, a revista que a Chiyo-chan pediu...” Murmurava Nikko observando as suas compras. “Acho que não falta nada.”

De bom humor, a loira saiu da loja e esbarrou contra uma garota que estava acompanhada por mais duas.

“Lamento muito.” Nikko se desculpou imediatamente.

“Olhe por onde anda!” Reclamou a garota, usava um uniforme escolar com um decote acentuado, uma saia bem curta, tinha pele bronzeada, cabelo longo rosa-escuro e usava óculos de sol no topo da cabeça. “Hum? Você é a Izumo?”

“Ah! Nakagawa-san?” Percebeu Nikko olhando melhor para o rosto da garota, pensando mutuamente. “Uwaa! Ela está tão diferente, está toda bronzeada e pintou o cabelo. Quase não a reconheci.”

“Você conhece ela, Tae-chan?” Questionou uma das garotas que a acompanhavam, esta era mais baixa, tinha cabelo curto loiro, um rosto um pouco rechonchudo e usava o mesmo uniforme que Nakagawa, só que menos ousado.

“Sim, ela estava na mesma escola e classe que eu no fundamental.” Explicou Nakagawa, mostrando depois um sorriso sádico. “Ela era conhecida por toda a escola como a temível garota demônio.”

“Nossa, sério?” Perguntou a outra garota que tinha o cabelo lilás até aos ombros e usava uma presilha com a forma de uma flor.

“Sim, até garotos tinham medo dela.” Continuou Nakagawa. “Ela era uma garota violenta que só se metia em brigas. Ninguém se queria aproximar ou ser amigo dela. Ela até chegou a fazer um aluno mais velho sangrar.”

“Kya, assustador, assustador.” A mais baixa começou a rir. “Ela não se parece nada com uma garota.”

“Bem, vou andando.” Falou Nikko com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos, porém, o braço da sua antiga colega se colocou no caminho.

“Onde vai, Izumo?” Questionou ela ainda com aquele sorriso sádico. “Não nos vemos há um bom tempo. Por que não batemos um pouco de papo sobre como vão as nossas vidas?”

“Eu não tenho nada para falar para você.” Respondeu Nikko com uma expressão simpática.

“Então você continua na mesma, não é?” Supôs Nakagawa se aproximando dela de forma intimidadora. “Alguém tão violenta como você não deve ter um único amigo. Assusta todo o mundo e aqueles que não ficam com medo, acabam machucados por você.”

Nikko ficou parada, com os punhos tremendo e mordendo o lábio. As memórias dos olhares que recebera no seu passado paralisaram o seu corpo.

“Ela não vai falar nada, coitadinha.” Riu a garota da presilha flor.

“Ela é o completo oposto da Tae-chan.” A mais baixa também riu. “Ela é uma das garotas mais populares da nossa escola. Todos querem estar com ela e ainda por cima, namora um cara com muita grana.”

“Aposto que você nem um namorado normal consegue. Bem, essa é a diferença entre nós.” Falou Nakagawa pousando a sua mão no ombro da Izumo. “Se você agisse mais como uma garota, podia até chegar perto do que é a minha vida de ensino médio. Você é até bonitinha, pena que a sua personalidade estraga você, nê?”

Quando Nikko estava prestes a mover o seu braço, uma pessoa bateu com o ombro nas costas de Nakagawa enquanto passava.

“Ei, se desculpe!” Exigiu Nakagawa largando o ombro da loira e se virando para a pessoa que lhe batera.

“Hã?” Indagou essa pessoa num tom ameaçador, se virando para elas. Era ninguém mais que Momoka.

“Momo-san?” Pensou Nikko surpresa.

“Não ouviu a Tae-chan? Se desculpe!” Falou a garota da presilha de flor.

“Calem essa boca.” Ordenou Momoka ameaçadoramente. “Cada palavra que sai das vossas bocas me dá dores de cabeça. O que são vocês? O trio de garotas mazinhas clichê que tem em todo o lugar? Isso já está velho e chato demais! Sejam mais originais, suas retardadas!”

“O-o que ela está falando?” Questionou a mais baixa assustada.

“Ficar rebaixando uma velha colega de classe e ficar comparando as suas vidas. Isso não passa de uma tentativa desesperada de se sentir superior, quando na verdade você não passa de uma escumalha que se arrasta pelo caminho de querer ser popular às custas dos outros.” Comentou Momoka ajeitando os seus óculos. “Você é patética, sabia?”

“Com quem julga que está falando, vadia?” Questionou Nakagawa irritada.

A Wakagashira deu um soco em direção a Nakagawa, mas parou o seu punho a poucos centímetros do rosto da garota. O vento causado pela força e velocidade daquele soco jogou os óculos de sol da garota pelos ares, ela perdeu a força nas pernas pelo medo e caiu de joelhos no chão.

“Aquela lorinha que vocês estavam rebaixando é bem melhor do que o que gente como vocês alguma vez será. Ela podia quebrar vocês três facilmente, mas não quis se rebaixar ao vosso nível.” Afirmou Momoka de forma intimidadora e com o punho erguido. “Mas eu não sou assim tão gentil.”

As três garotas, suando frio, saíram correndo dali, completamente assustadas.

“Tem covardes por todo o lugar.” Suspirou a Wakagashira.

“O-o que faz aqui, Momo-san?” Perguntou Nikko ainda surpresa.

“Eu e o Nobi estávamos indo juntos, mas aí ele viu um cachorro e foi atrás dele.” Explicou Momoka com um ar indiferente. “Eu não me importei e segui caminho.”

“O nosso Oyabun foi abandonado de forma bem banal.” Pensou a loira com uma gota de suor atrás da cabeça e depois falou. “Mas se você foi direto para casa da Chiyo-chan, por que é que passou por esta loja de conveniência?”

“Ela vende a minha marca favorita de Pocky.” Respondeu ela simplesmente.

“Bem, de qualquer forma, obrigada por me ter ajudado.” Agradeceu Nikko com um sorriso.

“Em primeiro lugar, a culpa disto foi sua.” Respondeu Momoka apontando para ela.

“Hã?” Indagou Nikko inclinando a cabeça.

“Você não devia baixar a cabeça para elas! Isso só lhes dá força.” Explicou a Wakagashira com tom de repreensão. “Ande com mais orgulho do que você é!”

“Verdade…” Murmurou Nikko com um sorriso meio amargo. “Quase me esquecia que todo o mundo da gangue já me aceitou como sou, eu devia ter orgulho disso.”

“Isso, encha esses seus peitos com orgulho.” Falou Momoka apontando novamente para ela.

“Não fale assim, Momo-san!” Gritou a loira constrangida.

“Então é questão de tamanho de orgulho.” Murmurou Chiyo ao lado delas, olhando para baixo.

“Chiyo-chan?!” Gritou Nikko surpresa. “De onde você apareceu?”

“Eu senti que a Nee-san estava com problemas, então fui imediatamente à sua procura:” Respondeu a rosada com um olhar determinado.

“Que tipo de sexto sentido é esse?” Questionou Nikko impressionada e com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Bem, já que estamos todas juntas, vamos voltar juntas para casa.” Propôs Chiyo animada.”

“Que seja.” Respondeu Momoka indiferentemente, seguindo a rosada.

“Eu estou realmente orgulhosa dos amigos que pude encontrar.” Pensou Nikko com um sorriso cálido, observando as costas das suas amigas e se juntando logo a elas na caminhada até casa.

Nesse momento, Chiyo chocou acidentalmente contra um garoto de cabelo branco, ele usava um chapéu azul e um cachecol alaranjado.

“Oh, desculpe.” Ela se desculpou.

“Sem problema, eu não estava olhando direito para o caminho.” Respondeu ele com um sorriso inocente, os seus olhos eram vermelhos e brilhantes como uma jóia. “Desculpe, mas você sabe onde fica a estação de trem? Ainda não conheço muito bem a cidade e me perdi.”

“Oh, é só seguir por aquele caminho e virar à esquerda depois de passar pela pastelaria tradicional.” Chiyo deu as indicações, apontando para o caminho.

“Obrigado!” Agradeceu o garoto animadamente, seguindo as indicações.

“Aquele garoto deu-me uma sensação estranha.” Comentou Nikko quando ele já saíra do campo de visão delas.

“De que garoto está falando, Nee-san?” Questionou Chiyo curiosa.

“Estou falando daquele com que acabamos de cruzar.” Respondeu Nikko estranhando a pergunta.

“Nós não nos cruzamos com ninguém desde a loja de conveniência.” Afirmou Momoka arqueando a sobrancelha. “Você anda imaginando coisas?”

“Hã? Mas ele chocou com a Chiyo-chan e ela até lhe deu indicações.” Insistiu Nikko.

“Não sei do que você está falando, Nee-san.” Respondeu Chiyo confusa. “Eu não me lembro de ter dado indicações para ninguém.”

“O quê?” Indagou Nikko não entendendo nada da situação.

“Não acredito que me separei dele.” Murmurou Kohaku, o garoto que se cruzara com elas, seguindo o caminho indicado por Chiyo. “Onde você está, Namonai?”

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“Então era aqui que você queria vir…” Murmurou Goru.

“Sim, aqui mesmo.” Respondeu Hina com um grande sorriso.

Os dois estavam frente à entrada do zoo da cidade.

“POR QUÊ?” Indagou Goru sem paciência.

“Eu amo animais, mas nunca tive a oportunidade de visitar o zoo da cidade.” Respondeu ela animadamente.

“Mas que motivo banal.” Suspirou Goru saltando dos braços dela e andando em frente. “Anda, vamos terminar com isto logo.”

“Sim.” Falou ela seguindo o robô.

Então os dois percorreram o zoo todo, Hina divertiu-se vendo vários tipos de animais, ficou impressionada especialmente com as girafas, elas eram muito mais altas do que ela imaginava. Quando passaram pelo recinto dos macacos, Goru acabou sendo atingido por uma bosta lançada por um dos primatas e Hina teve de o lavar no bainheiro, ele ficou extremamente furioso. Estiveram lá por umas duas horas e o Sol já estava perto de se pôr.

“Foi muito divertido.” Falou Hina com um enorme sorriso, os dois estavam sentados num dos bancos do zoo. “Obrigado por me ter feito companhia, Goru-san.”

“Por que é que você teve essa vontade repentina de vir cá?” Questionou Goru mais uma vez. “Você podia ter combinado com as suas amigas e ter vindo noutro dia.”

“É que eu não tenho a certeza que eu ainda vá estar viva outro dia.” Respondeu ela ainda mantendo um leve sorriso, mas com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos, Goru observou-a por uns segundos, incapaz de falar mais alguma coisa. “O que o Masaki-san falou não é muito longe da verdade. Eu nasci com um corpo muito fraco, qualquer coisa pode piorar a minha saúde. Eu nem sei… Nem sei se algum dia vou chegar a ser adulta…”

“Você vai!” Gritou Goru exaltado. “Vão encontrar uma cura para você! Você irá viver muitos anos! Vai ter uma vida adulta e fazer muitas coisas que queira fazer! Não pode desistir tão facilmente da sua vida! Mesmo que não haja esperança para o seu corpo, a Anego pode transferir a sua mente para um corpo artificial ou algo assim, ela é um gênio, tenho a certeza de que conseguiria! Você tem a minha garantia!”

Após alguns segundos de silêncio, Hina começou a rir e Goru ficou confuso com essa reação.

“Goru-san, você pode ser um robô, mas é bem sentimental. É como se também tivesse uma alma. Você se importa muito com os outros e não consegue ficar parado vendo alguém triste, não é?” Comentou Hina mostrando um sorriso cálido e afectuoso para robô. “Adoro isso em você. Obrigado por me animar, Goru-san.”

“Tch.” Murmurou Goru desviando o olhar. “V-você diz coisas desnecessárias, pirralha.”

“Ah, você está ficando vermelho?” Questionou  a azulada num tom infantil. “Ficou constrangido?”

“Calada, eu sempre fui vermelho!” Reclamou ele irritado, enquanto ela ria.

O pequeno robô saltou então do banco e falou.

“Vamos, ainda tenho de levar você para casa do Jin.”

“Sim.” Assentiu Hina se levantando.

Quando os dois saíram do zoo, um grande cão de rua passou à frente deles e os ficou encarando.

“Que grande.” Murmurou Hina com algum receio.

“Vá para outro lugar, não temos comida conosco!” Goru tentou enxotar o cachorro, mas ele continuou encarando-os e começou a rosnar. “Pirralha, não fiques com medo. Eu vou cuidar disto, fica atrás de mim.”

Goru e o cão se encararam por alguns segundos, mas quando Goru ia fazer o primeiro movimento, o animal mordeu-lhe a orelha esquerda e começou a correr com ele na boca.

“Pirralha!” Gritou o robô enquanto era levado pelo cachorro. “Eu sei que disse que eu é que ia cuidar disto, mas… Me salve!!!”

“Goru-san?!” Gritou Hina alarmada, começando a correr atrás do animal.

Após alguns minutos de correria, sem os conseguir alcançar, a azulada caiu de joelhos com respiração pesada, a sua resistência física era muito baixa e ela não os conseguia acompanhar.

“Goru-san…” Murmurou ela tentando se levantar mais uma vez.

“O que eu estou fazendo? Pedindo à garota frágil que eu devia estar cuidando para correr e me salvar. Ela está dando tudo de si por minha causa. Isto só vai piorar a saúde dela. Eu sou mesmo mesmo…” Murmurava Goru com um olhar determinado e sacando a sua lâmina oculta. “Uma grande vergonha!”

“Eu perdi-o…” Falou Hina com os olhos lacrimejando, quando já perdera o cachorro de vista. “Não fui capaz de ajudar o Goru-san por causa do meu corpo.”

“Até parece que eu precisaria mesmo da ajuda de uma pirralha como você.” Falou Goru à sua frente, com os braços cruzados e sem a sua orelha esquerda. “Não se esqueça que eu sou o grande Demônio de Ferro, Goru-sama!”

“Goru-san… A sua orelha…” Murmurou ela olhando para o estado do robô.

“Cortei ela fora. Não foi nada demais. A Anego pode consertar isto.” Respondeu ele firmemente, mas depois ficando meio sem jeito. “Ah, você gostava delas, não era? Das minhas orelhas… Desculpe-me por isto.”

“Eu fico tão feliz por você estar bem, Goru-san!” Afirmou ela com os olhos lacrimejando e abraçando o robô. “Eu fiquei preocupada!”

“Tch. Você é mesmo uma pirralha.” Comentou Goru sem dizer mais nada, enquanto continuava a se deixar ser abraçado por Hina.

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Mais tarde, Nobi percorria as ruas, procurando pelo cachorro que vira antes. Até que finalmente o encontrou, roendo algo no meio da rua. Porém, quando se aproximou, o animal sentiu a sua presença e fugiu imediatamente, o que entristeceu profundamente o Oyabun.

Foi então que ele reparou no objeto que o cachorro estava antes roendo, deixado ali no meio do chão.

“Isto não é uma orelha do Goru?” Questionou o ruivo pegando nela.

“Oh, que coincidência encontrar você desta forma.” Comentou Namonai parando à sua frente, com o seu típico sorriso. “Boa tarde, Hirata Nobi.”

“Hã?” Indagou o Nobi olhando para o estranho moreno e arqueando a sobrancelha. “Quem é você?”


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Notas finais do capítulo

É tudo por hoje!
Gostaram do capítulo?
Ansiosos pelo próximo?
Espero que sim, até à próxima!



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