Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 57
Um dia de escola


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo chegou!!!!
Espero que gostem!



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Hás 7:30 da manhã, Michiko entrara na oficina da agência Usagi para preparar o local de trabalho. Porém, para sua surpresa, avistou Kazuo encarando um monte de papeis e fotos na sua mesa, ele tinha a barba por fazer, olheiras bem acentuadas e o cinzeiro dele estava cheio.

“Kazuo-san, o que está fazendo tão cedo aqui?” Questionou ela surpresa. “Espere, não me diga que está aqui desde ontem?”

“Oh, Michiko-chan, bom dia.” Cumprimentou ele sem muita energia, sem tirar os olhos dos papeis. “Tch, nada.”

“Não pode ser…” Murmurou a roxeada com um olhar aterrorizado e perdendo a força nas pernas, ficando de joelhos. “O Kazuo-san aplicado e trabalhando arduamente… Que visão aterrorizante.”

“Podes preparar-me um pouco de café, por favor?” Pediu o detective ainda focado no seu trabalho.

“Nem reage às minhas piadas, o caso é sério mesmo.” Comentou Michiko se levantando e indo preparar café. “Ainda está procurando por esse tal de Namonai?”

“Ele é uma completa incógnita. Há mais de uma semana que procuro por uma pista dele, mas não há um único rasto.” Murmurou Kazuo massageando a sua cabeça. “É como se ele literalmente fosse ninguém, não tivesse uma identidade.”

“Isso é mesmo possível? Mesmo que ele use uma identidade falsa, não tem como ele andar por aí sem deixar qualquer rasto do seu movimento.” Comentou a assistente colocando uma caneca de café na mesa do seu chefe.

“Talvez seja possível.” Respondeu ele sorvendo um pouco do café. “Com uma arma amaldiçoada… Uma capaz de apagar evidencias.”

“Tem alguma arma capaz disso?” Questionou ela curiosa.

“É apenas uma suposição, nem mesmo eu conheço todas as armas amaldiçoadas.” Explicou o loiro se espreguiçando e bebendo mais um pouco de café. “Se estamos falando de incógnitas, as maiores são as armas amaldiçoadas. Tudo relacionado a elas está envolto em mistério. Um grande mistério ainda por ser revelado.”

“O Kazuo-san sempre esteve interessado em descobrir tudo sobre as armas amaldiçoadas, mas nesta ultima semana parece bem mais focado nesse tal Namonai.” Observou Michiko se sentando na sua própria mesa.

“Ele não só tinha uma arma de modelo imperial como também parecia ter bastante conhecimento sobre o Guia das Armas Amaldiçoadas. Um conhecimento do meu nível ou até mesmo superior.” Respondeu Kazuo com um olhar sério e apertando fortemente um papel que segurava. “Além disso… Ele matou um grande amigo meu, não o posso deixar andar livremente por aí.”

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Nobi e o resto da Onigumi caminhavam juntos para a escola, nesse momento.

“É bom voltar a estes dias de paz, depois de tudo o que aconteceu.” Comentou Nikko alegremente. “Nunca pensei em estar tão feliz por voltar à escola.”

“A escola foi fechada durante a ultima semana para reparos, parece ter ficado um pouco danificada durante o ataque dos White Tigers.” Informou Koji com os braços cruzados atrás da cabeça e bocejando. “Bem que podia ter ficado mais um pouco. Apesar de ser refrescante ver as estudantes de saia curta pela manhã.”

“Eles conseguiram reparar tudo em apenas uma semana?” Questionou Chiyo surpresa, depois de ter cravado uma agulha na cabeça do esverdeado.

“Ouvi dizer que o Mokichi-senpai, o presidente do clube de carpintaria, se voluntariou para ajudar nos reparos.” Comentou Jin. “Ele é meio famoso na escola por sempre ajudar nas reparações e por ser bem habilidoso.”

“Ele parece ser um cara bem legal.” Supôs Nobi com um sorriso animado.

“Vocês não acham estranho?” Questionou Momoka que ia mais atrás, fazendo com que todos parassem e olhassem para ela.

“O que quer dizer, Anego?” Perguntou Goru confuso.

“Uma semana atrás, a escola sofreu um grande ataque Yakuza que danificou o edifício e mandou vários alunos para o hospital, como o Endo-senpai e o Ben-senpai, assim como o conselho estudantil.” Recordou a Wakagashira com um olhar cauteloso. “Mesmo assim, a escola não fez nenhuma investigação, simplesmente voltou à rotina normal. É como se já estivessem a par do que aconteceu, mas não se quisessem meter.”

“Agora que você falou, isso realmente é estranho.” Concordou Nikko.

“Devo concordar, a nossa escola parece guardar diversos segredos.” Falou Koji retirando o seu bloco de notas. “Como por exemplo, o pequeno buraco na parede do vestuário feminino do segundo piso, escondido entre dois blocos de cacifos. Demorei dois meses para o encontrar, mas valeu a pena.”

“Estamos sendo sérios aqui!” Gritou Chiyo dando um chute no estômago do esverdeado.

“Bem, não nos vamos preocupar com isso agora.” Respondeu Nobi descontraidamente. “O nosso objetivo é conquistar o país, é nisso no que nos devemos focar.”

Quando estavam chegando à escola, viram uma grande multidão de alunos rodeando uma limusine branca.

“O que é isto?” Questionou Chiyo curiosa. “Está aqui alguma celebridade?”

“EU SEI! EU SEI! Todos vocês me querem admirar, o meu estilo é irresistível!” Gritou o 4º General White Tiger, Usui Tsubasa surgindo da limusine.

“Deixe de armar escândalo.” Reclamou Katsugawa dando-lhe um chute por trás. “Você é barulhento demais!”

“O que… Estes caras estão fazendo aqui?” Questionaram os membros da Onigumi, menos Nobi.

“Como se atreve a me chutar? Quer sujar as minhas roupas?” Questionou o loiro irritado. “Quer que eu fique com a sua horrível falta de estilo? É isso, seu maldito? Você está com inveja do meu estilo?”

“Ele só me dá dores de cabeça, maldição.” Murmurou Katsugawa com a mão no rosto. “Por que é que o Hikaru-san nos teve de colocar juntos nisto?”

“O que é que está acontecendo aqui?” Questionou Chiyo, sendo a primeira a se aproximar.

“Oh, se não é Mochizuki Chiyo?” Reparou Usui se aproximando dela e se ajoelhando, enquanto pegava na sua mão. “Tenho de admitir, o seu estilo naquela noite rivalizou com meu, mesmo sendo mais sujo, teve o seu brilho. Além disso, a forma como você me finalizou, foi extremamente belo e combinou perfeitamente comigo, ficou feliz por a reencontrar.”

“ Este cara… É bizarro demais.” Pensou Chiyo com uma expressão enojada, enquanto tentava soltar a sua mão.

“Ora, ora. O que é isto? Primeiro o Aizawa-senpai e agora um general White Tiger. Está querendo ter um harém de ex-inimigos, Loli-chan?” Comentou Koji atrás dela com um sorriso matreiro.

“Calado!” Respondeu ela de mau humor.

“Ah, aí está você, seu covarde!” Gritou Katsugawa apontando para o esverdeado. “Vamos acertar as nossas contas?”

“Quê?” Questionou Koji olhando em várias direções. “Com quem ele está falando?”

“Com você!” Respondeu o general irritado.

“Não está me confundindo com alguém? Eu sou um homem inocente, senhor.” Afirmou ele, rodeado por uma aura brilhante e com um olhar puro. “Eu só faço o bem.”

“Não minta tão descaradamente!” Gritou Katsugawa invocando as suas esferas explosivas.

“Eu não estou mentindo, só faço o bem mesmo.” Respondeu Koji suavemente e depois preparando-se para dar um soco endurecido repentino no rosto do general. “O que eu bem entender!”

“Covarde!” Reclamou Katsugawa sendo apanhado de surpresa pelo repentino ataque do pervertido.

“Parem!” Uma voz feminina imponente se fez ouvir e o punho de Koji parou a poucos centímetros do rosto do general.

“Estamos todos do mesmo lado, parem de envergonhar os White Tigers com o vosso comportamento infantil.” Repreendeu Takara, autora do grito anterior, saindo da limusine juntamente com Hikaru, ela estava usando o uniforme da escola.

“Eu só quero acertar contas com este maldito!” Protestou Katsugawa, enquanto Koji levantava o dedo indicador do seu punho parado e acertava um peteleco na testa do 5º general. “Viu? É culpa dele!”

“Você não me ouviu, Katsugawa-san?” Questionou a princesa com o seu leque tapando-lhe a boca e lançando um olhar afiado para o general.

“Tch. Tudo bem, vou parar por hoje.” Resmungou o general desfazendo as suas esferas e colocando as mãos nos bolsos.

“A Hime-sama está com o estilo bem mais imponente desde o encontro na torre de Tóquio. “ Comentou Usui. “Um estilo digno de um líder.”

“Obrigada por me terem escoltado até à escola, podem regressar à mansão.” Ordenou Takara.

“Mas nós a acompanhamos para a proteger durante o dia.” Falou Usui. “Entendo que se sinta intimidada por perdeu o seu brilho com a minha presença por perto, mas não a podemos deixar sem proteção.”

“O Hikaru é mais do que o suficiente para isso.” Respondeu ela apontando para o mordomo e depois dando um sorriso sincero. “Além disso, como vou transmitir confiança para a Onigumi se andar com seguranças por todo o lado? Podem ir.”

“Essa é a vontade da nossa Oyabun.” Acrescentou Hikaru seriamente.

“Entendido.” Respondeu o 4º general, fazendo uma ligeira vénia e se dirigindo para a limusine.

“Isto não fica por aqui.” Afirmou Katsugawa apontando para Koji.

Bye bye.” Respondeu ele com um grande sorriso, enquanto acenava com a mão.

“Maldito!” Reclamou o 5º general perante a atitude do esverdeado, enquanto era arrastado por Usui para dentro da limusine.

“O que está acontecendo aqui?” Questionou Nikko sem saber como reagir.

“Não sei o que dizer.” Respondeu Jin no mesmo estado.

“Somos três.” Concluiu Goru.

“Como fui, Nobi-senpai?” Perguntou Takara entusiasmada, quando a limusine partiu.

“S-SENPAI?!” Indagaram mentalmente o membros da Onigumi chocados, menos Nobi, Momoka e Koji.

“Foste muito bem.” Respondeu ele animado. “Impuseste respeito como um verdadeiro líder, estás no bom caminho.”

“Que história é esse de senpai?” Questionou Nikko se aproximando.

“O Nobi-senpai me está ensinando tudo o que é preciso para ser uma boa líder.” Explicou Takara com um olhar determinado. “Ele é muito experiente, é como se fosse o meu Senpai no cargo de Oyabun!”

“Podes contar comigo.” Afirmou o ruivo.

“Como é que acabamos nesta situação com o líder da gangue que tentou a acabar conosco um monte de vezes?” Questionou a loira com uma gota de suor atrás da cabeça, até reparar numa coisa. “Takara-san… Isso que está vestindo não é-”

“Então isto é uma escola de verdade!” Exclamou a albina com um olhar fascinado. “Vamos, Hikaru, não quero chegar atrasada!”

Os dois White Tigers correram em direção ao prédio, enquanto os membros da Onigumi ficavam em silencio por alguns segundos, até a ficha finalmente cair.

“Eh? Queeeeeeeeeeeeeê?!” Gritaram eles, menos Nobi e Momoka.

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Pouco depois, na sala de aula da classe 1-B, a professora Nakajima apresentava uma nova aluna.

“Caramba, só vem aluno transferido para esta classe. Ei, algum de vocês por acaso é um protagonista Shounen? Esta classe está ficando lotada!” Reclamou a professora com um olha cansado, provavelmente tinha passado a noite passada bebendo.

“Por que é que ela está jogando a culpa na gente?” Questionaram mentalmente os estudantes.

“Bem, este vai ser um caso especial.” Suspirou Nakajima olhando para os papeis de transferência da nova aluna. “Ela só passará um dia na escola, parece que a saúde dela é fraca e teve sempre de estudar em casa, por isso quer ter uma verdadeira experiencia escolar. Bem, sejam legais com ela. E você, se apresente para todos.”

“Você viu? Ela chegou numa limusine.” Comentou uma garota.

“Será alguma celebridade ou alguém rico?” Questionou um garoto a seu lado.

“Eu ouvi que ela está relacionada aos White Tigers.” Comentou outro garoto.

“O quê? Isso quer dizer que ela é perigosa?” Inquiriu outra garota preocupada.

“Ela estava falando com o grupo do Hirata Nobi e já sabemos como eles são gente problemática.” Falou outro.

“Olá, todo o mundo, o meu nome é Toragami Takara.” Falou ela escrevendo o seu nome no quadro e mostrando um sorriso resplandecente. “Espero me dar bem com todos. Nunca estive numa escola antes, estou entusiasmada e nervosa ao mesmo tempo, há muita coisa que não sei socialmente, mas estou contando com o apoio de vocês.”

“Meu deus, ela é tão fofa!” Comentou uma garota.

“Ela é bem bonita!” Comentou um garoto.

“Aquilo são orelhas de gato?” Questionou outro garoto.

“Ela tem uma pele tão delicada, parece até uma boneca.” Comentou outra garota.

“Impossível alguém como ela ser perigosa.” Pensaram todos os alunos da classe rodeados por uma aura pacifica.

“Então acabou mesmo neste tipo de situação.” Murmurou Nikko com um sorriso nervoso. “Eu devia estar mais surpresa, mas por alguma razão já sabia que algo assim iria acontecer.”

“É, digo o mesmo.” Concordou Goru.

“Pudim~.” Murmurou Nobi durante o sono, babando um pouco.

“Muito bem, vá se sentar em algum lugar live.” Ordenou Nakajima bocejando. “Classe, não se esqueçam que os exames finais começam já no próximo mês. Se quiserem participar nas excursão a Okinawa, têm de passar neles ou nas recuperações. Bem, agora vamos começar a aula.”

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A aula seguinte era educação física e as garotas se estavam trocando no vestiário.

“Hum, Takara-san.” Chamou Nikko ao lado dela, começando a desabotoar a sua camisa. “Como você conseguiu entrar na escola a meio do ano e apenas por um dia?”

“Dinheiro.” Respondeu ela fazendo o sinal com a mão. “Também pedi para me deixarem na mesma classe que o Nobi-senpai.

“Q-quão rica é esta garota?” Pensou Nikko chocada.

“Isso é bom, acabaram-se os nossos problemas monetários.” Comentou Momoka retirando a sua meia-calça. “Já agora, vou precisar que você financie alguns projetos meus.”

“Você não está sendo muito atrevida, Momo-san?” Questionou a loira. “Nós acabamos de conhecer a Takara-san.”

“Não me importo.” Respondeu a Wakagashira imediatamente.

“É a Momo-san, afinal.” Suspirou Izumo colocando a roupa de educação física e depois reparando que a princesa ainda estava com o uniforme normal. “Não se vai trocar, Takara-san?”

“Ah, sim.” Respondeu ela. “Hikaru.”

“Sim, Takara-hime.” Respondeu o mordomo se teletransportando para o vestiário feminino, fazendo todas as garotas, menos Momoka e Takara, que lá se encontravam, gritarem.

“Pervertido!” Gritaram algumas, enquanto lhe jogavam coisas e se cobriam.

“Você se acham demais. Nenhuma de vocês desperta o meu interesse.” Falou Hikaru se desviando facilmente do projéteis improvisados. “Na presença do belo e refinado corpo da Takara-hime, os vossos humildes e pobres corpos não são diferentes de formigas. Coloquem-se no seu lugar!”

As garotas ficaram ainda mais irritadas e começaram a lançar mais furiosamente.

“O que ele faz aqui?” Questionou Nikko também irritada pelo comentário anterior.

“Hum? Então, é o Hikaru que sempre me veste.” Respondeu Takara não entendendo a confusão que estava acontecendo.

“M-mas vocês têm idades muito próximas e ele acabou de dizer que acha o seu corpo belo.” Falou Nikko exaltada.

“E isso não é um elogio?” Inquiriu a albina continuando sem entender.

“Qual é o seu problema de raciocínio?” Questionou Nikko colocando as suas mãos nos ombros da princesa, enquanto a mesma inclinava a cabeça, sem entender a situação.

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Mais tarde, na hora de almoço, Takara e Hikaru se juntaram com a Onigumi no telhado.

“Incrível!” Exclamou a albina com um olhar cintilante. “Estamos comendo mesmo no telhado de uma escola! Tal como naqueles mangás e Doramas! Não acredito que estou mesmo numa situação destas!”

“Ela está bem animada.” Comentou Nobi com um sorriso.

“As primeiras vezes são sempre mais emocionantes.” Comentou Koji.

“Ela é completamente diferente do que eu imaginava.” Confessou Chiyo depois de cravar os seus hashis na cabeça do esverdeado.

“Acho que já me estou conseguindo habituar a ela.” Comentou Nikko começando a comer.

“Takara-hime, entendo que esteja querendo aprender com o Hirata Nobi.” Falou Hikaru com um ar sério. “Mas não devia passar o tempo todo com ele, ainda lhe pode exercer uma má influencia.”

“O que você quer dizer com isso?” Questionou Jin com um olhar hostil. “A sua princesa devia se sentir honrada por estar sendo ensinada pelo meu mestre.”

“Hã? Ele é que se devia sentir honrado.” Respondeu Hikaru com um olhar também hostil. “A Takara-hime está num nível social completamente superior a ele.”

“O meu mestre é uma pessoa muito mais admirável.” Argumentou Jin.

“A Takara-hime.”

“O Mestre.”

Os dois se ficaram encarando, enquanto faíscas chocavam entre os seus olhares.

“Eles até se que parecem.” Comentou Goru sorvendo um pouco de óleo quente.

“Parecem duas crianças discutindo quem tem o melhor pai.” Observou Nikko com uma gota de suor atrás da cabeça.

“É bom ver que o Jin já se está dando bem com os White Tigers.” Gargalhou Nobi.

“Oh, então isto é uma forma de se dar bem.” Falou Takara impressionada.

“Não é não!” Responderam Jin e Hikaru em uníssono.

Então todos começaram a rir em um belo momento de harmonia.

“E você, Koji?” Perguntou o Oyabun da Onigumi se virando para o esverdeado.

“O quê?” Indagou ele não entendendo a pergunta.

“Não era só o Jin que tinha problemas com a White Tigers.” Recordou o ruivo enquanto mastigava o seu almoço. “Quando você se juntou à gangue, falou que queria derrubar os White Tigers.”

“Ah, isso.” Lembrou-se Koji. “Não era algo como um motivo pessoal. Como eu era um Yakuza independente, sabia dos atos cruéis que a gangue estava cometendo na altura e como tenho um forte senso de justiça, não podia deixar eles continuarem assim. Por isso me juntei a uma gangue que já iria contra eles, para assim os poder ajudar.”

“Isso é bem legal!” Comentou Nobi com os olhos brilhando.

“Pois claro, afinal eu também sou um herói.” Afirmou o esverdeado com uma aura cintilante o rodeando, porém Chiyo o encarou por alguns segundo com um olhar de suspeita.

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No final das aulas, já com o céu avermelhado, Takara saiu animadamente com Hikaru e a Onigumi logo atrás dela.

“Este dia foi tão divertido.” Falou ela com um grande sorriso.

“Tenha cuidado para não tropeçar.” Advertiu Hikaru.

“Yo, Takara-chan, Hikaru-kun!” Cumprimentou Shirokiba no portão da escola, encostado à limusine. “Como foi o dia?”

“Incrível, Katou-nii-sama!” Respondeu ela animadamente. “A escola era mais incrível do que eu imaginava!”

“Fico feliz por ouvir isso.” Respondeu ele sorrindo, enquanto esfregava a mão no cabelo dela. “Agora é hora de voltarmos.”

“Sim.” Respondeu ela ainda com um sorriso, mas com menos entusiasmo, entrando na limusine com Hikaru.

“Queria lhe agradecer, Nobi-kun.” Falou Shirokiba se dirigindo para o ruivo.

“Hã? Por quê?” Indagou Nobi, não entendendo.

“Quando a Takara-chan assumiu a posição de Oyabun, fechou o seu próprio coração para tentar agir de forma mais profissional possível. Nunca mostrava as suas verdadeiras emoções. Era uma carga muito grande para alguém da sua idade.” Explicou o grisalho. “Mas, após ela conhecer outro Oyabun da sua mesma idade, que expressava as suas emoções livremente e se divertia, ela foi libertando-se aos poucos, tendo finalmente a liberdade de agir de acordo com a sua idade. Foi tudo graças a você, Hirata Nobi. O Hikaru-kun nunca vai admitir, mas ele também é muito grato pelo que você fez.”

“Eu não fiz nada de especial.” Respondeu o Oyabun coçando a cabeça e sorrindo. “Mas fico feliz por ter ajudado, Shiro.”

“Shiro?” Questionou Shirokiba arqueando a sobrancelha.

“Sim, é mais fácil do que falar o nome todo.” Explicou Nobi. “Algum problema?”

“Não…” Respondeu o 1º general com um sorriso sereno. “É que não me chamavam assim desde que eu era uma criança.”

—Fim de capítulo-

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—Omake-

~Dia de São Valentim da Onigumi~

[Caso do Jin]

Jin, preparando-se para sair da escola, abriu o seu compartimento no armário dos sapatos. Porém, assim que o fez, foi bombardeado por um monte de cartas e caixas de chocolates que estavam lá compactados. Eram tantos que soterraram o espadachim num monte de cartas e caixas de chocolates.

“Jin!” Falou Nikko preocupada, enquanto passava por lá com Nobi. “Você está bem?”

Passados alguns segundos de silêncio, o braço do azulado surgiu do monte de presentes, assinalando que estava bem.

“O Jin é mesmo popular entre as garotas.” Comentou Nikko com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Sim.” Concordou Nobi.

[Caso do Koji]

Koji, preparando-se para sair da escola, abriu o seu compartimento no armário dos sapatos. Porém, assim que o fez, foi bombardeado por um monte de cartas em envelopes negros que lá estavam compactadas. O soterrando num montanha de cartas.

Quando finalmente conseguiu sair do monte, começou a ler algumas cartas.

“Morra.” Dizia uma.

“Vá se castrar.” Dizia outra.

“Nunca volte a colocar os pés nesta escola.”

“Pervertido nojento.”

“Inimigo das mulheres.”

“Mancha da sociedade.”

“Eu odeio você, pervertido. –Assinado: Mochizuki Chiyo.”

“Apague a sua existência.”

“O mundo estaria melhor sem você.”

“Aff.” Suspirou o esverdeado. “É tão duro ser tão popular.”

“Você não entendeu nada!” Gritou Nikko que também por ele passava com Nobi e Jin.

[Caso do Nobi]

Nobi caminhava tranquilamente pelo corredor, quando foi intersectado por Jin.

“Queres alguma coisa, Jin?” Questionou o Ruivo.

“Sim.” Respondeu ele entregando uma caixa azul para o seu Oyabun. “Como agradecimento por todo o seu trabalho como Oyabun, estou-lhe oferecendo estes chocolates. Muito obrigado.”

“Eu é que agradeço.” Falou Nobi abrindo logo a caixa e comendo um chocolate. “Você comprou para mim?”

“Não, eu mesmo fiz.” Respondeu Jin orgulhosamente, enquanto o seu Oyabun caia inconsciente no chão, espumando pela boca. “Mestre? MESTRE!!!”

[Caso da Nikko?]

Nikko caminhava tranquilamente pelo corredor, quando foi intersectada por Chiyo.

“O que foi, Chiyo-chan?” Perguntou a loira curiosa.

“Nee-san, aqui tem.” Falou ela entregando-lhe um embrulho rosa com um laço vermelho. “São chocolates que eu mesma fiz.”

“Chiyo-chan… Você sabe que é suposto a garotas entregarem chocolates aos garotos, nê?” Perguntou Nikko encarando o embrulho.

“Sim.” Respondeu Chiyo com um grande sorriso.

“O que isto devia significar?” Questionou mentalmente a loira com uma expressão tensa. “Estão dizendo que eu sou muito masculina?”

[Caso do Seika]

Seika entrou na sala do conselho estudantil e avistou uma caixa de chocolates com uma nota ao lado.

“Considere isto um agradecimento pela ajuda. –Assinado: Yamaguchi Momoka.” Dizia a nota.

“A Momo-chan sabe ser gentil quando quer.” Comentou o azulado comendo um dos chocolates

Poucos minutos depois, o presidente estava preso no banheiro.

“Ela… Colocou laxantes no chocolate.” Murmurou Seika com suores frios. “Por que é que eu caio nisto todo o ano?”

[Caso do Nobi 2]

Nobi acabou de chegar à casa de Chiyo, passou pela cozinha e avistou algo na mesa que lhe chamou a atenção.

“Isto… Isto é… UM PUDIM DE CHOCOLATE?!” Exclamou o Oyabun surpreso, admirando o doce.

“Sim.” Respondeu Nikko que estava usando um avental com algumas manchas de chocolate. “O chocolate estava em promoção hoje. Então pensei que seria legal preparar algo para você, já que se está sempre esforçando e essas coisas.

“Nikko… Você é um anjo.” Afirmou Nobi com os olhos lacrimejando.

“Não é para tanto.” Respondeu ela sem jeito.

“Espera… Isto não tem laxante, pois não?” Questionou ele com um olhar calculoso, pois os únicos chocolates que havia recebido de uma garota eram todos chocolates armadilhados de Momoka.

“Hã? Claro que não!” Respondeu ela confusa. “Que tipo de pergunta é essa?”

“Então, bom proveito.” Falou ele começando a comer. “Está delicioso!”

“Hehe, eu sou bem confiante das minhas habilidades em fazer doces.” Afirmou Nikko orgulhosa.

“Mas os que eu faço são melhores.” Finalizou Nobi com um sorriso.

“Você tinha de falar, não era?” Murmurou a loira desanimada.

[Caso do Goru]

Nada.

“Como assim?” Gritou o robô.


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Notas finais do capítulo

Para quem não sabe, aqui em Portugal (sim, o autor desta fic é português, caso ainda não soubessem :v ) e no Japão (e resto do mundo :v ), celebra-se o dia dos Namorados no dia 14 de Fevereiro, dia de São Valentim, por isso o Omake especial
No Japão, as garotas oferecem chocolates no dia 14 de Fevereiro e os garotos retribuem no dia 14 de Marcho, o White Day, mas não sei se farei um Omake de White Day :v
Eu queria escrever mais cenas da Takara na escola, mas o capítulo ficaria muito grande
Espero que tenham gostado, até à próxima!



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