Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 56
Dois Oyabuns


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o capitulo novo
Espero que gostem
Já agora, eu e um amigo meu começamos uma fic de Pokemon, para quem estiver interessado, deixo aqui o link: https://fanfiction.com.br/historia/722304/Pokemon_Stars/



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Estava tudo branco, um espaço vazio infinitamente branco, Nikko caminhava por ele.

            “Este lugar é me familiar.” Murmurou ela olhando em volta.

            “Oh, você voltou, Izumo Nikko.” Comentou Chou-hime aparecendo atrás dela, a assustando.

            “A mulher daquele sonho estranho!” Exclamou Nikko surpresa.

            “Oh, isso não é bonito.” Reclamou ela colocando as mãos nas ancas. “Eu disse que me podia chamar Chou-Hime.”

            “Você entrou na minha cabeça?” Interrogou a loira hostilmente.

            “Um ser impuro como eu nunca conseguiria entrar no corpo puro de um Izumo.” Respondeu a mulher emitindo Anima negro do seu corpo. “Foi você que entrou aqui… Na alma do Nobi-sama.”

            “Na alma do Nobi?” Repetiu a Izumo incrédula.

            “Parece que você ainda o faz inconscientemente.” Comentou Chou-hime se sentando e deixando uma borboleta negra pousar nos seus delicados dedos. “Tens um grande potencial latente.”

            “Qual é a sua ligação com o Nobi?” Perguntou Nikko a encarando.

            “Somos amantes íntimos.” Respondeu a morena apreciando a borboleta nos seus dedos.

            “A-a-a-a-amantes?! I-i-i-i-i-íntimos?!” Exclamou Nikko encravando com a informação. “Como assim?”

            “Estava brincando.” Respondeu Chou-hime com um sorriso gentil, fazendo com que Nikko caísse para trás.

            “Para que foi isso?” Reclamou a loira irritada.

            “Algo como eu é incapaz de ter tais sentimentos.” Explicou ela com um olhar frio e vazio, enquanto esmagava as borboleta que tinha nas mãos.

            “Incapaz de ter sentimentos?” Murmurou Nikko dando um passo atrás cautelosamente, enquanto a borboleta virava um pó negro nas mãos daquela misteriosa mulher. “Tenho mais um pergunta.”

            “Há vontade, é meio solitário aqui, quase nunca tenho alguém para conversar.” Permitiu Chou-hime sorrindo serenamente.

            “Na primeira vez que nos encontramos, você falou que eu tinha os mesmos olhos de Kouhei.” Recordou a loira seriamente. “Suponho que esteja falando de Izumo Kouhei, o fundador do clã Izumo. Qual era a sua relação com ele?”

            Chou-hime esboçou um pequeno e misterioso sorriso, levantando-se com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos. Enquanto o fazia, Nikko sentia um arrepio tenebroso, tinha um mau pressentimento em relação àquela mulher.

            “Você é muito curiosa… Como ele.” Comentou Chou-hime observando Nikko com um olhar profundo. “Até responderia, mas é uma história muito longa e você ainda não sabe o suficiente para a ouvir.”

            “O que quer di-” Nikko foi interrompida por um turbilhão de borboletas que a envolveu e a engoliu na profunda escuridão.

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            Nikko acordou, estava sentada de joelhos à frente de Nobi, que estava inconsciente há já uma semana. Ela tinha adormecido, enquanto observava o ruivo, esperando por sinais do seu despertar.

            “Acho que não posso mais chamar isto de sonho.” Murmurou ela com a mão na cabeça. “Quem é aquela mulher?”

            “Que fome…” Murmurou Nobi com os olhos semicerrados.

            “Hum? Nobi?” Falou Nikko animada. “Pessoal, o Nobi acordou!”

            “Mestre!” Gritou Jin entrando no quarto apressadamente, ambos os seus braços tinham curativos e bandagens.

            “Ufa, ele acordou.” Suspirou Chiyo aliviada, entrando também.

            “São tão barulhentos de manhã.” Murmurou Nobi com voz ensonada, se sentando no futon em que dormira. “Caramba, que fome, é como se não comesse há uma semana.”

            “Porque foi isso o que aconteceu.” Falou Nikko com uma gota de suor atrás da cabeça.

            “Você esteve dormindo por uma semana.” Explicou Chiyo. “Deixou todo o mundo preocupado.”

            “Então, tem algo para comer ou não?” Perguntou Nobi bocejando.

            “Ele não liga para nada.” Murmuraram Nikko e Chiyo em conjunto.

            “Eu posso preparar algo para você, mestre.” Falou Jin com uma expressão séria.

            “Parado aí!” Gritaram as duas garotas prendendo os braços do espadachim.

            “O que estão fazendo?” Indagou ele confuso.

            “Ele acabou de acordar e você já o quer mandar para o outro mundo?” Questionou a rosada em pânico.

            “Jin… Por favor… Não faça nada que se arrependa.” Pediu a loira cautelosamente, como se falasse com um homem armado.

            “Do que vocês estão?” Inquiriu Jin ficando ainda mais confuso.

            “Todos vocês.” Chamou Momoka aparecendo na porta do quarto, trazendo consigo uma tigela cheia de ramen com vapor ainda saindo, o seu olhar era rígido e intimidador. “Saiam do quarto, tenho de falar em privado com o Nobi.”

            Sem contestar, eles obedeceram à Wakagashira, deixando-a sozinha com o Oyabun.

“O que será que ela vai falar?” Questionou Jin, andando pelo corredor da casa de Chiyo juntamente com as duas garotas.

“Provavelmente vai-lhe dar uma bronca por ter exagerado na luta contra os White Tigers.” Supôs Nikko. “Ele realmente exagerou muito.”

“É, ele não foi o único a exagerar.” Comentou Chiyo lançando um olhar hostil para Jin.

“Eu já pedi desculpa por ter mentido ao mestre quando me perguntou quando o meu braço estaria recuperado.” Respondeu o azulado percebendo a indireta.

“Você não só lutou com o braço esquerdo ferido, como também sofreu lesões nos ombros e no braço direito.” Repreendeu ela rigidamente. “Não importa se você é mais resistente e se cura mais rápido graças a ter uma arma amaldiçoada. A menos que você queira perder os dois braços, está proibido de usar a espada por um mês.”

“Entendido.” Respondeu ele baixando a cabeça, sabendo que ela tinha razão.

“A Chiyo-chan realmente fica bem séria quando o assunto são os nossos ferimentos.” Pensou Nikko com um sorriso. “Ah… A minha vida realmente ficou bem louca desde que os conheci.”

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            “Delicioso.” Afirmou Nobi enquanto comia o ramen alegremente. “Foste tu que o fizeste, Momo?”

            “É apenas ramen instantâneo, apenas coloquei água quente.” Respondeu ela sentada à sua frente.

            “Estás brava, não é?” Percebeu o Oyabun suando frio.

            “Podes crer que estou.” Respondeu Momoka mantendo a sua típica expressão fria. “Pensei ter dito a você para não exagerar. E você foi logo enfrentar 3 adversários fortes de seguida até esgotar quase todo o Anima do seu corpo. Você foi muito além do limite naquela noite. E a loirinha ainda me contou que você perdeu o controle a dado momento.”

            “Eu fiz o que tinha de ser feito.” Respondeu Nobi com um olhar sério. “Admito que exagerei, mas não tinha como evitar.”

            “Parece que eu tinha razão.” Falou ela também com um olhar sério. “Você não estava pronto para sair da vila e começar essa jornada louca. Você só devia ter saído com 18 anos no mínimo.”

            “Eu quero aproveitar esta segunda vida ao máximo.” Respondeu Nobi exaltado. “Eu não podia ficar esperando esse tempo todo! Já esperei o suficiente.”

            “Aproveitar esta segunda vida… Mais parece que você está com pressa para morrer!” Repreendeu Momoka levantando a voz. “Se um humano normal esgotar todo o seu Anima, o seu limitador físico ainda manterá algum para o manter vivo. Mas para você, o Anima é basicamente como o sangue que corre nas suas veias, é o que te mantem vivo! Se você esgotar , quem sabe o que pode acontecer! Você não consegue entender isso?”

            “Se me preocupar demais com isso, então não estarei vivendo de verdade.” Respondeu ele também levantando a voz.

            “Eu nunca me interessei por este negocio dos Yakuzas e querer conquistar o país.” Revelou o Wakagashira com um olhar severo. “Sempre achei uma ideia sem sentido. Um rapaz querendo enfrentar 12 grandes famílias Yakuza e os seus Oyabuns. Você acabou nesse estado depois de enfrentar apenas uma delas. Eu me juntei à gangue para ter a certeza que nada te aconteceria, mas parece que subestimei a tua irresponsabilidade. A cada grande batalha você acaba num estado pior! Sabe o que assistir a isso tudo me faz sentir, por acaso?”

            “Momo…” Murmurou Nobi.

            “Tch, acabei me exaltando sem perceber.” Suspirou ela pegando num Pocky e colocando-o na boca. “Bem, também não é como se eu pudesse arrastar de volta para vila, muito menos depois de tudo o que você já fez.”

            “É verdade… Eu sou muito irresponsável com este meu corpo.” Concordou Nobi baixando a cabeça. “Mesmo sendo uma segunda vida, estou sendo muito descuidado com ela.”

            “Bem, parece que até você consegue entender isso.” Comentou Momoka.

            “Mesmo assim, vou continuar o que comecei. Eu tenho de gravar a existência desta segunda vida na história. Provar que ela existiu.” Continuou o ruivo com um olhar sério e depois revelando um sorriso doce e sincero. “Desculpa, Momo. Mas vou ter de continuar te preocupando mais um pouco. Oh! Mas vou ter mais cuidado, prometo.”

            “Você sempre foi assim.” Suspirou ela, dando um sorriso bem subtil por uns segundos. “Se prepare, porque vou fazer você passar por treinos demoníacos para fortalecer esse seu corpo.”

            “Eu vou aguentar tudo.” Respondeu ele animadamente.

            “Bem, melhor informarmos a princesa dos White Tigers que você acordou.” Falou Momoka se levantando. “Ela estava bem preocupada por você também e deu-nos o seu contacto, caso você queira resolver as coisas.”

            “Ah, sim! Tenho de terminar a minha luta com a Takara!” Lembrou-se o ruivo se levantando também.

            “Imaginei que você dissesse isso.” Comentou ela. “Mas tenho uma outra proposta.”

            “Uma proposta?” Indagou Nobi curioso.

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            Depois de falar para Nobi, Momoka saiu do quarto, avistando alguém inesperado ao lado da porta.

            “Fazia tempo que não via você libertando o seu lado sentimental, Momo-chan.” Comentou Seika encostado à parede, de braços cruzados.

            “O que você faz aqui?” Interrogou Momoka de forma rude.

            “Que forma de cumprimentar, hein.” Observou o azulado descontraidamente. “A primeiranista da classe C, Mochizuki Chiyo, me contacto quando o Nobi acordou e eu estava aqui perto.”

            “Você estava acampando ao lado da casa, não era?” Supôs Momoka.

            “Foste bem regida ali dentro.” Comentou o presidente do conselho estudantil, mudando de assunto. “Dizendo coisas que te faziam parecer como se não apoiasses o Nobi, quando na verdade és a que mais acredita no que ele é capaz. Tentaste fazê-lo desistir para que não corresse mais riscos, mas isso só ascendeu ainda mais a chama dele.”

            “Não tenho paciência para este tipo de conversa fiada.” Falou Momoka virando-se e indo embora.

            “Ela age e fala sempre como se fosse uma pessoa fria.” Pensou Seika com um sorriso suave. “Quando na verdade é a pessoa com o coração mais gentil que conheço.”

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            Na tarde desse dia, frente à Torre de Tóquio, Takara chegara com Hikaru e Shirokiba a acompanhando. Avistaram à entrada, todos os membros da Onigumi, menos Nobi.

            “Obrigado por terem vindo.” Agradeceu Nikko amigavelmente.

            “Há uma semana estávamos tentando acabar uns com os outros, mas agora nos encontramos casualmente.” Comentou Shirokiba descontraidamente. “A vida tem destas coisas.”

            “A princesa é ainda melhor que imaginava.” Comentou Koji observando a jovem Oyabun. “Pele e cabelos delicados, um olhar dourado resplandecente que lembra um gato. Apesar de não ter peitões, o seu jovem corpo já desenvolveu belas curvas que são notáveis mesmo com kimono. E a cereja no topo do bolo… ELA USA ORELHAS DE GATO!!!”

            “Essas vão ser as suas últimas palavras?” Perguntou Hikaru apontando a sua arma à cabeça do esverdeado.

            “Hã?” Indagou o pervertido, antes do ruivo apertar o gatilho e disparar, porém a bala ricocheteou na sua pele blindada que conseguira ativar no último segundo. “Você atirou mesmo!”

            “Tch. Devia ter sido mais rápido.” Murmurou Hikaru.

            “Parece que alguns de nós ainda estão tentando acabar com o outro lado.” Comentou Takara com uma gota de suor atrás da cabeça.

            “É… A vida tem dessas coisas também.” Concordou Shirokiba no mesmo estado.

            “Ah, você é Inugawa Jin, não é?” Perguntou Takara avistando o azulado.

            “Sim.” Respondeu ele.

            Para surpresa de todos, incluindo os dois generais White Tigers, a princesa colocou-se de joelhos e curvou-se até a sua cabeça tocar no chão.

            “Takara-hime?” Indagou Hikaru surpreso, enquanto os outros nem sabiam o que dizer.

            “Como Oyabun, sabia que o Kobayashi estava usando alguns métodos sujos e desonestos, mesmo assim não fiz nada relacionado a ele. Isso acabou se alastrando sem que eu me apercebesse. Ele fez a sua irmã como refém e usou você como uma ferramenta.” Falou ela sem retirar a cabeça do chão. “Mais do que um erro, isto foi uma completa vergonha no meu desempenho como líder e causou-lhe muito sofrimento. Eu, Toragami Takara, 7ª Oyabun dos White Tigers, peço imensa desculpa pelo que lhe fizemos passar, Inugawa Jin.”

            Todos ficaram em silencio, observando a nobre princesa curvada perante o humilde espadachim, até que o mesmo estendeu a sua mão para ela.

            “Se levante, por favor.” Pediu Jin ajudando-a a se levantar. “É verdade que eu odiei cada momento que passei recebendo ordens do Kobayashi, foi como um grande pesadelo. Mas eu não guardo mais rancor, aprendi o quão ruim é isso com a Tsukuyomi. Além disso, se não fosse a ajuda financeira de vocês que eu e a minha irmã recebemos, podia muito bem ser o nosso fim. Além disso, se eu nunca tivesse trabalhado para a White Tigers, podia nunca ter conhecido o meu mestre, Hirata Nobi, ele foi como raio de Sol que me despertou do pesadelo. E sem ele, também não estaria ao lado dos meus companheiros da Onigumi, os quais considero grandes amigos, não, como uma grande família. Por isso, Takara-sama, eu lhe agradeço por ter permitido que isso acontecesse.”

            “Entendo, parece que o Hirata Nobi-san não é a única pessoa incrível na Onigumi.” Respondeu Takara com uma expressão serena e um sorriso sincero. “Obrigada por nos ter perdoado.”

            “Isso foi tão bonito, Jin-kun.” Comentou Chiyo com rio de lágrimas escorrendo pelos olhos.

            “Eu não fazia ideia que ele podia ser assim.” Comentou Nikko também comovida.

            “Droga, detesto admitir, mas desta vez ele me venceu em pontos de masculinidade.” Murmurou Koji numa mistura de frustração e admiração.

            “O Aniki sabe escolher bons subordinados.” Afirmou Goru chorando óleo.

            “Bem, se já acabaram com os momentos melosos.” Falou Momoka interrompendo.

            “Sem coração.” Comentou Nikko.

            “Bruxa de gelo.” Comentou Chiyo.

            “Desalmada.” Comentou Goru.

            “Dominatrix.” Comentou Koji.

            “Disseram alguma coisa?” Questionou ela com um olhar intimidador, fazendo os outros três tremer. “Bem, como ia dizendo, Toragami-san, o nosso Oyabun a está esperando no topo da torre de Tóquio. Pedimos que vá sozinha.”

            “Você querem que deixemos a Takara-hime ir sozinha?” Questionou Hikaru hostilmente.

            “Entendo, eu vou.” Respondeu Takara com um olhar firme.

            “Mas…” Hikaru ia protestar, quando Shirokiba pousou a mão no seu ombro.

            “Ela já está decidida, nada do que você falar a vai impedir.” Explicou o grisalho num tom calmo, fazendo o seu discípulo baixar a cabeça.

            Takara entrou na torre e usou o elevador para chegar ao último andar. Lá não havia muitas pessoas, então ela avistou logo Nobi esperando por ela.

            “Yo, Takara.” Cumprimentou o ruivo com um sorriso.

            “Fico feliz por ver que você está bem.” Respondeu ela se aproximando. “Suponho que me tenha chamado para terminarmos o nosso duelo.”

            “Beeeem… Era isso que eu queria.” Comentou Nobi coçando a cabeça. “Mas a Momo deu-me uma proposta e até gostei dela.”

            “Uma proposta?” Questionou a princesa curiosa.

            “Takara, junta-te a mim.” Pediu, quase em tom de ordem, o Oyabun da Onigumi estendendo a mão para ela.

            “Hã?” Indagou ela confusa.

            “Quando eu sair desta cidade para conquistar os outros territórios, não posso deixar este território desprotegido.” Explicou ele. “Por isso, estou criando o esquadrão White Tigers da Onigumi!”

            “Espere! Você por acaso está falando que a Onigumi vai absorver a White Tigers? Uma gangue novata absorver uma das 12 famílias?” Questionou Takara numa mistura de surpresa e confusão.

            “Isso mesmo.” Confirmou Nobi rindo orgulhosamente. “E você, Takara, será a líder do esquadrão. Estou contando com você.”

            “Agradeço ter pensado em nós e confiar tanto em mim.” Falou ela se dirigindo para as janelas da torre para observar Tóquio de cima. “Mas a White Tigers acabou naquela noite, eu percebi o quão incompetente eu sou como líder. O Ishida só ganhou tantos apoiantes na gangue por eles não me aceitarem. Nunca serei como o meu avô, não tenho capacidade para liderar ou impor respeito. O Katou-nii-sama e o Hikaru é que administravam a gangue de verdade. Como o Ishida falou, eu não passo de um objeto decorativo.”

            “Quem disse que você tem de ser como o seu avô?” Perguntou Nobi observando a cidade a seu lado. “Você é você. Viver na sombra da existência de outra pessoa é horrível. Como viver numa gaiola em que as pessoas não enxergam você, mas sim a pessoa à qual é relacionado. Como se a sua própria existência não valesse nada… É uma sensação insuportável e solitária.”

            “Hirata Nobi-san…” Pensou a princesa observando como ele parecia por momentos estar perdido nos seus próprios pensamentos e recordações. “Você entende bem mais do que imaginei.”

            “Mas…” O ruivo continuou, desta vez com um sorriso confiante. “Ficar parado aceitando isso não é solução. Se a sua existência parece não valer nada, então você deve fazer algo que a marque nas memórias de todos. Prove que você existiu. Só nos conhecemos há uma semana e passei grande parte dela dormindo, mas a pessoa que vi naquela noite era alguém em quem podia depositar a minha confiança.”

            “Mas eu percebi o quão inexperiente sou.” Respondeu ela ainda meio cabisbaixa.

            “Não te preocupes.” Falou Nobi animadamente, colocando o seu braço em volta dos ombros da princesa, a surpreendendo pela repentina aproximação. “Eu, Hirata Nobi, vou-te ensinar tudo para seres uma excelente líder como eu.”

            “Parece que não tenho como recusar.” A albina soltou um pequeno riso. “Suponho que agora os territórios da White Tigers pertençam a você.”

            “Ah, nem perguntei se você se importava em perder os territórios.” Apercebeu-se o Oyabun da Onigumi soltando a princesa e colocando as mão na cabeça.

            “Não se preocupe.” Respondeu a Oyabun da White Tigers com um sorriso delicado. “São territórios do tempo do meu avô, eu não conquistei nada. E não me importo que alguém como você fique com eles, estarão em boas mãos.”

            “Boa, agora tenho a cidade de Tóquio!” Festejou o ruivo animado.

            “Hirata Nobi-san.” Chamou ela.

            “Muito longo, me chame apenas de Nobi.” Interrompeu ele.

            “Bem, Nobi-san, você sabe que o território da White Tigers não é apenas Tóquio, certo?” Questionou Takara.

            “Hã? Como assim?” Indagou Nobi confuso.

            “Toda a região de Kanto Sul pertence à White Tigers.”

            “Assim tanto?” Inquiriu ele surpreso.

            “Você achou mesmo que uma das 12 famílias teria apenas uma cidade no seu território?” Perguntou Takara soltando um pequeno riso.

            “Nunca pensei muito nisso.” Respondeu Nobi também começando a rir.

            Esse dia foi marcado pela união de dois jovens Oyabuns, bem diferentes, mas ao mesmo tempo bem semelhantes. O Oni vermelho e a nobre Tigresa se juntaram e a história da conquista do Japão deu mais um passo.

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            Enquanto isso, em Hokkaido, no QG do Exército Escarlate, na sala de treinos, o Cabo Saito Suzuki treinava usando as suas correntes furiosamente para destruir bonecos de treino.

            “Mais do que treinar, parece que está descontando a sua frustração.” Comentou a Cadete Takahashi Mio o observando com alguma preocupação. “Já faz uma semana que perdemos contacto com o Sindo-san.”

            O Major Kitsuhara então entrou na sala de treinos, passou por Mio e atravessou a marca de distancia segura. Uma das correntes de Suzuki ricocheteou num dos bonecos e foi em direção ao Major. Porém, ele agarrou-a com a mão, antes que ela o atingisse, sem qualquer dificuldade.

            “Major Kitsuhara…” Suzuki reparou na presença do seu superior.

            “A última vez que conseguimos contactar o capitão Saito Sindo, foi há uma semana e ele reportou que se encontrava frente a frente do criminoso Classe S, Namonai.” Falou Kitsuhara colocando a sua mão no ombro do jovem. “Temo que a possibilidade de ele já não estar entre nós seja alta.”

            “Perdoe a minha falta de respeito, Major, mas o meu irmão não é alguém que morreria tão facilmente!” Respondeu o Cabo com um tom de revolta e segurando fortemente as suas correntes.

            “E também não é alguém que passaria tanto tempo sem reportar depois de encontrar um criminoso como aquele. Se não está morto, estará em uma situação perigosa.” Explicou o Major. “Mas canalize esse ódio e frustração para as suas acções e se torne mais forte para livrar este mundo de criminosos e amaldiçoados como aquele. Isso é o correto.”

            “Sim, Major.” Respondeu Suzuki com uma expressão fria, mas com um olhar furioso e vingativo. “Eu irei caçar aquele tal de Namonai.”


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Notas finais do capítulo

Nota: O Koji chamou a Momoka de Dominatrix, para quem não sabe o que é, resumidamente é é uma mulher que exerce o papel "dominadora" em práticas Sado-masoquistas
O próximo capítulo pode demorar também, pois vai começar de novo a época de testes na minha escola, espero que compreendam
Até à próxima!



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