Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 55
A reunião das 12 famílias


Notas iniciais do capítulo

Se preparem porque este é um capítulo cheio de personagens novos!
Espero que gostem!
Leiam as notas finais, por favor.



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Uma semana depois do confronto entre Onigumi e White Tigers, um certo evento começou na cidade de Quioto. Tratava-se da reunião das 12 grandes famílias Yakuzas que dominam o Japão.

            A reunião era organizada pela família Tengoku, dona do território de Quioto. O ponto de encontro era no requintado salão principal de um dos templos da cidade. Nele haviam 12 travesseiros no chão, formando um círculo.

            Cada Oyabun podia levar até dois acompanhantes e o uso de armas amaldiçoadas não era permitido.

            Quando a hora da reunião chegou, 6 almofadas estavam vazias.

            “Bem, as famílias que estão faltando são Kumatori, White Tigers, Wako, Falcone, Aogitsune e Elemental Gear.” Listou um monge de cabeça raspada e com uma pequena barbicha,  de expressão serena, era Neyama Shousei, o Oyabun da Tengoku, conhecido pelo apelido de Buda. Atrás dele estava um jovem alto cuja franja do cabelo negro lhe cobria os olhos e uma mulher de cabelo negro longo, amarrado no final. “Parece que cada vez falta mais gente.”

            “Mas existe uma razão especial para estarem faltando mais do normal nesta reunião, não é?” Comentou um homem de aparência jovem, vestia uma espécie de uniforme militar antiquado, tinha cabelo verde-escuro, amarrado com um curto rabo-de-cavalo na nuca, tinha uma expressão despreocupada e uma espada a seu lado, era Muramasa Mushashi, Oyabun da gangue Bushido. Atrás dele estava um grande homem com uma barba que lhe chegava quase aos pés e que usava um tapa-olho no olho esquerdo e outro homem que parecia mais jovem que o primeiro, este usava um kimono com padrões floridos, tinha um longo cabelo azul-claro espinhoso e olhos dourados, ambos portavam espadas e tinham expressões sérias, mas o olhar do mais jovem parecia mais feroz.

            “Sim, esse vai ser o tema principal a ser discutido na reunião de hoje.” Afirmou Shousei sem perder o seu ar sereno.

            “Tanto a Kumatori como a White Tigers caíram em menos de um mês, que vergonha.” Resmungou um homem velho com um corpo musculoso e cheio de cicatrizes, tinha uma barba ligada às suas felpudas patilhas e era careca, parecia um guerreiro selvagem de um tempo antigo, era Yousai Muzaki, Oyabun da Brave Warriors e não trazia consigo nenhum acompanhante. “Mas não é surpresa nenhuma, ambas são gangues que foram estragadas por quem as sucedeu, nem mereciam fazer parte das 12 famílias. O herdeiro da Kumatori não passava de um fedelho mimado que vivia do dinheiro que o anterior Oyabun conseguiu com os seus feitos e a White Tigers só veio descaindo desde a morte do Takumi-dono, ele foi um grande homem, mas deve ter ficado senil na hora da morte, entregou a gangue para a neta dele, além de ser uma crianças inexperiente, é uma garota.”

            “O senhor tem algo contra uma mulher controlar uma gangue Yakuza?” Perguntou a mulher que acompanhava Shousei.

            “Nee-san, você não devia se dirigir a um Oyabun assim.” Avisou o jovem da franja timidamente.

            “Claramente.” Respondeu Muzaki com um olhar hostil e intimidador. “Mulheres não deviam comandar gangues Yakuza, isso é uma estupidez. O termo Oyabun significa “Pai”, não é o título que uma mulher deva carregar.”

            “Seu…” Murmurou ela furiosamente, mas antes que pudesse falar mais alguma coisa, Shousei levantou a mão direita.

            “Kagami-san, você devia escutar o Hiroto-kun.” Falou o Oyabun da Tengoku serenamente. “É importante respeitar os outros Oyabun, mesmo que eles desafiem as nossas crenças ou ideais.”

            “Entendido, Neyama-sensei.” Respondeu Kagami depois de respirar fundo.

            “Pessoalmente, não me importo se é homem ou mulher.” Confessou Mushashi encolhendo os ombros. “No campo de batalha são todos sacos de carne para testar as minhas espadas.”

            “Bem, vamos voltar ao assunto principal.” Falou Shousei calmamente. “A White Tigers caiu perante uma nova gangue chamada Onigumi, o Oyabun, Hirata Nobi, também conhecido como Aka Oni usou o seu direito de desafiante e conseguiu vencer aparentemente.”

            “Hirata… Faz tempo que não oiço esse nome.” Murmurou o Oyabun da Bushido pensativo e depois sorrindo. “Será que tem relação com aquele monstro?”

            “Isso do direito de desafiante é uma infantilidade.” Interrompeu Muzaki com a mão no queixo. “Antigamente, se você queria tomar territórios, começava-se uma guerra verdadeira, não essa brincadeira de apostas. O mundo Yakuza já não é mais o mesmo, parece até brincadeira de criança. Isto é o que acontece quando um monge decide virar Yakuza apenas para fazer regrinhas parvas.”

            “Tenha mais respeito!” Kagami não pôde suportar mais. “O Neyama-sensei era um monge amado pelo povo, mas abdicou do seu posto para virar um Yakuza e parar esta guerra sem sentido! Um bárbaro como você não sabe nada a respeito!”

            “Nee-san…” Falou Hiroto sem saber o que fazer.

            “É suficiente, Kagami-san.” Falou Shousei.

            “Mas…”

            “Kagami-san.” Falou Shousei mais autoritariamente.

            “Desculpe, Neyama-sensei.” Ela baixou a cabeça.

            “Yousai-san, agradecia que caso tenha algum rancor pessoal em relação aos meus métodos, podia argumentar civilizadamente comigo, em vez de apenas ficar criticando.” Aconselhou o monge sem perder a calma.

            “Uma batalha entre um urso e Buda.” Mushashi começou a rir e a bater palmas enquanto observava Muzaki e Shousei. “Muito bom. Mas todos nós concordamos com este tratado anos atrás, então por quê discuti-lo agora?”

            “Mas afinal, isto é uma reunião ou um pré-escolar?” Questionou um homem de cabelos negros amarrados com uma trança, os seus olhos eram puxados e tinha um longo e fino bigode, vestia roupas chinesas verdes de grande qualidade e era o mais baixo dos que se encontravam ali, era Han Dewei, o Oyabun da Jinnlóng. Trazia apenas um acompanhante, um homem de cabelo negro curto que vestia uma roupa chinesa vermelha e cuja mão direita era feita de metal. “Eu tenho coisas importantes para fazer.”

            “O caso da Kumatori foi um pouco mais peculiar.” Revelou Shousei tentando voltar ao assunto principal. “Toda a gangue foi massacrada numa única noite. A pessoa que o fez foi um terrorista chamado Namonai. Ele abandonou o território e desapareceu. O Exercito Escarlate declarou-o como um criminoso Classe S.”

            “Namonai? Isso é um nome?” Riu Mushashi achando graça ao nome peculiar.

            “A sua capacidade de reunir informações continua impressionante, Buda.” Comentou Dewei casualmente. “A arma amaldiçoada que tudo vê, Kami-no-Me (N/a: Olho de Deus). Dizem que ela é capaz até de enxergar o futuro, é verdade?”

            “Não é algo tão simples assim, Han-san.” Respondeu Shousei serenamente. “Mas você parece bastante interessado.”

            “Não sou só eu.” Revelou o líder da Jinnlóng. “O facto de você possuir essa arma foi um dos maiores fatores que levou os outros 11 Oyabuns aceitarem o tratado.”

            “Sinceramente, esse não é o meu caso.” Confessou Mushashi descontraidamente. “O que eu mais gosto desse tratado é a cláusula de traição. Se alguém violar o tratado e começar uma guerra aberta, todas as outras 11 famílias se vão juntar para acabar com essa família traidora.”

            “É a primeira vez em anos que parte do Japão fica sem estar sob o domínio de alguma gangue.” Comentou Muzaki pensativo. “Todo o território da Kumatori ficou vazio.”

            “Você deve ter gostado disso, hein, Dewei.” Comentou Mushashi com um sorriso matreiro.

            “O que você está insinuando?” Questionou Dewei com um olhar hostil.

            “Você parecia bem interessado no território da Kumatori.” Recordou o Oyabun da Bushido. “Soube até que você tentou negociar com o Benkei, mas ele recusou.”

             “O Muramasa-sama está sempre procurando por conflito.” Comentou o acompanhante mais velho.

            “Não questione as ações do nosso Oyabun, Meiyo-dono.” Falou o outro acompanhante com um olhar penetrante.

            “Você por acaso está dizendo que estou ligado a este incidente?” Questionou Dewei encarando Mushashi.

            “Será? Quem sabe.” Respondeu o Oyabun sarcasticamente. “Você também teve muitos conflitos com a White Tigers, talvez você esteja ligado aos dois incidentes. O que você acha, Saigou?”

            Mushashi se havia dirigido a um homem alto que cobria o seu corpo com um manto negro, usava uma máscara e uns óculos de protecção que lhe cobriam o rosto todo e tinha um chapéu com grandes abas, onde tinha pendurado de cada lado uma boneca de pano com boca costurada, era o Oyabun da Cursed Puppet, Mokuzai Saigou, não trazia nenhum acompanhante consigo.

            “…” Saigou limitou-se a meramente a observar, sem dizer nada.

            “Silencioso como sempre.” Comentou Mushashi. “Você é algum protagonista mudo de RPG?”

            “…” O Oyabun da Cursed Puppet permaneceu em silencio.

            “Se é para a suspeitar que algum dos 12 teve envolvimento no incidente da White Tigers, não nos devíamos focar na gangue mais problemática daqui?” Sugeriu Dewei.

            Então todos no salão dirigiram os seus olhares para o sexto travesseiro ocupado, nele não estava ninguém sentado, apenas um homem deitado, com a cabeça apoiada nele e dormindo calmamente. Esse homem tinha cabelo roxeado com um longo rabo-de-cavalo que chegava até ao final das suas costas, vestia uma jaqueta branca e tinha óculos com lentes bem redondas, era o representante da Shi-Fuu, Furuya Naoto, comandante do pilar da preguiça. Atrás dele, de pé, estava um homem baixo que tinha o cabelo vermelho e explosivamente espetado para todos os lados, usava uma bandana e um avental de cozinha, o seu olhar vermelho assemelhava-se ao de uma fera selvagem, apesar de não parecer focado, enquanto roía um osso com os seus dentes afiados e trazia às suas costas dois cutelos gigantes cruzados, era o acompanhante Sanada Hitokuchi, comandante do pilar da gula.

            Pouco depois, Naoto acordou calmamente, abrindo os seus olhos também vermelhos e endireitou-se no travesseiro lentamente.

            “Foi mal, foi mal, estava tão secante que adormeci.” Bocejou Naoto se espreguiçando. “Fiquei trabalhando até tarde.”

            “Quero matar todo o mundo nesta sala.” Comentou Hitokuchi com um olhar entediado enquanto roía o seu osso.

            “Isso me incluí?” Perguntou Naoto apontando para si mesmo.

            “Sim.” Respondeu o seu companheiro.

            “Que medo.” Comentou o comandante do pilar da preguiça bocejando mais uma vez.

            Os acompanhantes de Mushashi jogaram logo as mãos às suas espadas, mas o seu Oyabun levantou a mão fazendo sinal para que não fizessem nada.

            “Tenham calma, Meiyo, Chu.” Falou Mushashi sem deixar de encarar os dois membros da Shi-Fuu. “Os membros de alto escalão desta gangue são mesmo assim, vivem nos seus próprios mundos.”

            “Aquele homem de óculos… Acho que já o vi em algum lugar.” Comentou Hiroto curioso.

            “Provavelmente na televisão.” Respondeu Kagami discretamente. “Aquele é Furuya Naoto, vencedor do prémio Nobel 6 anos consecutivos e considerado uma das maiores mentes da nossa Era.”

            “O quê? O que uma pessoa assim faz numa gangue Yakuza?” Indagou Hiroto chocado.

            “Também gostava de saber.” Confessou ela.

            “Então a víbora do Mamushi voltou a não aparecer.” Comentou Muzaki resmunguento. “Ele está sempre mandando representantes no lugar dele.”

            “O nosso Oyabun é uma pessoa ocupada.” Respondeu Naoto ainda com um ar desinteressado. “Ele tem mais coisas com que lidar do que vir para uma reunião de conversa fiada.”

            “Essas coisas estariam ligadas ao que aconteceu aos White Tigers?” Questionou Dewei com um tom insinuador. “Ouvi boatos que a Shi-Fuu e a White Tigers se estavam envolvendo de alguma forma no submundo.”

            “Você deve ter uma vida bem desocupada mesmo.” Comentou Naoto massajando os seus próprios ombros. “Falando em boatos como se fosse uma adolescente querendo ser a rainha da escola ou algo assim.”

            “Seu…” Murmurou o líder da Jinnlóng cerrando os punhos em fúria.

            “Sempre acaba ficando assim.” Suspirou Shousei. “Parece impossível concilia-los a todos.”

            “Se mais nada será discutido na reunião, vou retirar-me.” Saigou finalmente se manifestou, se levantando.

            “Espere, Mokuzai-san.” Pediu Shousei, fazendo com que o Oyabun da Cursed Puppet se virasse para ele. “Quero apenas dizer-vos: Fiquem atentos a Hirata Nobi e Namonai nos vossos territórios. Sinto más vibrações nesses dois sujeitos. Temo que algum deles possa vir a fazer um grande estrago.”

            Por mais que os Oyabuns e representantes presentes não se dessem bem, todos assentiram ao ouvir as palavras do Oyabun da Tengoku.

            “Um dos pressentimentos do Neyama-sensei…” Murmurou Hiroto receoso.

            “Eles nunca falham.” Comentou Kagami com um ar sério, suando frio.

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            Enquanto isso, numa pizaria em Nagano, um homem vestindo um elegante terno negro estava sentado numa das mesas, de perna cruzada e lendo o jornal, enquanto fumava um charuto. Os seus olhos eram dourados, o seu cabelo negro era penteado para trás e tinha um fino bigode, era Dante Falcone, o líder da família italiana Falcone.

            Ao seu lado estava uma jovem que também vestia um terno negro, os seus cabelos negros chegavam-lhe até aos ombros, tinha uma feição séria e saboreava um copo de vinho tinto.

            “Não tem problema você faltar à reunião das 12 famílias?” Questionou ela.

            “A cada reunião só tem mais confusão. Prefiro passar um dia calmo nos meus próprios assuntos.” Explicou Dante sem tirar os olhos do jornal. “Já agora, como vão as coisas com o Marco, Keiko?”

            “A pontaria dele continua incrível, mas tem faltado muito aos treinos.”  Suspirou Keiko. “Ele não parece muito motivado.”

            “Ele é mesmo assim… Oh, interessante.” Falou Dante virando a página do jornal.

            “O quê?” Perguntou ela curiosa.

            “A gangue Kumatori foi massacrada numa única noite.” Respondeu ele colocando o jornal em cima da mesa.

            “Então alguém ficou com o território deles?” Supôs Keiko dando uma vista de olhos no jornal.

            “Essa é a parte interessante, ninguém assumiu o território.” Respondeu Dante soprando uma nuvem de fumaça. “É uma oportunidade rara, o território da Kumatori faz fronteira com o nosso, é ideal para expandir o nosso domínio. Temos de ser rápidos.”

            “Dante-san…” Chamou Keiko olhando para o jornal com uma gota de suor atrás da cabeça. “Este jornal já tem umas semanas.”

            “Hã?” O líder da família Falcone travou. “Não pode ser! Trouxeram-me o jornal errado! Mas como eu não soube de uma noticia tão importante antes?”

            “Você raramente pega no jornal e nem vê o noticiário japonês.” Comentou ela.

            “Ler noticias em japonês é um saco.” Resmungou ele.

            “Mesmo assim.” Pensou Keiko encarando o jornal. “Acabar com uma das 12 famílias e deixar o território vazio… É como uma grande convite para o caos. Será que a pessoa que o fez tinha essa intenção? Que tipo de mente pensaria em fazer uma coisa dessas?”

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            “Mas que entediante.” Murmurou Namonai encarando a cidade de Tóquio a partir da janela do seu escritório.

            “Ainda se está lamentando pelo que aconteceu há uma semana, Namonai-sama?” Questionou Muzai, servindo uma chávena de chá para o seu líder.

            “Naquela noite senti uma arma imperial, mas o sinal desapareceu antes de eu achar o local.” Suspirou ele, depois mostrando o seu sorriso de sempre. “Mas tenho uma ligeira suspeita da fonte.”

            “Tenho a certeza que o Namonai-sama deve estar certo.” Falou ela animada.

            “Bem, por enquanto vou esperar um pouco.” Concluiu Namonai bebendo um pouco do chá. “Vai ser mais interessante assim.”

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            Na sala de recuperações dos White Tigers, Hikaru estava deitado, ainda com ataduras no seu tronco, com Takara sentada ao seu lado, descascando uma maçã.

            “Takara-hime, já disse que não precisa ficar cuidando de mim.” Ele falou encarando o teto. “Você tem coisas mais importantes que fazer.”

            “Você fez esses ferimentos me protegendo, é minha obrigação tratar de você.” Respondeu ela enfiando uma fatia de maçã na boca do seu subordinado para o calar. “Além disso, eu, o Katou-nii-sama e o Mukawa-san já estivemos tratando dos assuntos importantes.”

            “Isso quer dizer que…” Murmurou Hikaru depois de mastigar a fatia de maçã.

            “Sim, suspendemos toda a actividade da gangue durante esta semana e expulsámos todos os Yakuzas que tinham ligação com o Ishida e a Shi-Fuu. Os generais Takao e Mogoro faziam parte deles.” Confirmou Takara seriamente. “Os civis já começaram a achar que a gangue está acabada.”

            “Realmente parece como se a gangue já estivesse terminada.” Comentou Hikaru se sentando na cama e tocando nas bandagens do seu corpo. “Tenho de admitir, a Onigumi é uma gangue bem peculiar… Mesmo eu tendo enviado um assassino para aquela garota, ela não hesitou em tratar do meu ferimento.”

            “Sim, não consigo ficar com rancor deles.” Concordou Takara com um leve sorriso. “Eles foram incríveis naquela noite.”

            “Eles me lembram a antiga White Tigers.” Comentou Shirokiba entrando no quarto, acompanhado por Katsugawa. “Então, como te estás sentindo, Hikaru-kun?”

            “Bem melhor, já devo poder sair ainda hoje.” Respondeu ele firmemente.

            “Aposto que você deve estar bem feliz da vida por ter a Takara-chan cuidando de você.” Observou Shirokiba com um sorriso matreiro.

            “O quê? N-não é nada disso!” Negou Hikaru sobressaltado.

            “Obvio como sempre.” Comentou o 1º general rindo descontraidamente.

            “Tch, eu não quero saber dessa Onigumi.” Falou Katsugawa mal humorado. “Eu só quero acabar com aquele cara de cabelo verde.”

—-----------------------------------------(Flashback On)-------------------------------------------

            Na noite do confronto entre Onigumi e White Tigers, Koji, Goru e Katsugawa tinham sido rodeados por Yakuzas da Shi-Fuu.

            Quando Katsugawa finalmente acabou com o último Yakuza, virou-se para Koji para que pudessem terminar a sua batalha, mas antes que tivesse oportunidade, o esverdeado chutou-lhe fortemente nas costas, acertando-lhe bem na coluna, fazendo cair de dor.

            “Adeusinho e obrigado pela ajuda.” Falou Koji fugindo e mostrando a língua, enquanto carregava Goru.

            “Maldito…” Murmurou Katsugawa agarrado às suas costas, cheio de dores.

—----------------------------------------(Flashback Off)--------------------------------------------

            “Vou fazê-lo pagar.” Declarou o 5º general com veias pulsando na cabeça.

            “Você veio dizer mais alguma coisa, Katou-nii-sama?” Questionou Takara curiosa.

            “Sim, a Wakagashira da Onigumi ligou.” Respondeu Shirokiba. “Parece que Hirata Nobi finalmente acordou. Ele quer se encontrar com você na torre de Tóquio.”

            “Entendo.” Respondeu ela com um olhar decidido. “Então ele já decidiu onde teremos a nossa batalha final.”

—Fim de capítulo-

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—Omake-

~Noroi Talk~

Kazuo: E Noroi Talk está de volta! Sejam bem vindos ao quadro em que falamos das armas amaldiçoadas que vão aparecendo na história, aqui quem vos fala é o anfitrião de sempre, Izumo Kazuo. Hoje temos como convidado, Inugawa Jin.

Jin: Eu ouvi dizer que o mestre estaria aqui, onde ele está?

Kazuo: Bem, vamos começar a análise de hoje! Vamos falar da primeira arma amaldiçoada a aparecer na história, Orochi.

Jin: Ela foi a primeira?

Kazuo: Isso mesmo. Algumas pessoas podem não ter notado, mas Orochi era a arma que Yamada Kako usou no capítulo 1 para enfrentar o Nobi. Orochi é uma arma amaldiçoada modelo bélico, submodelo laminar, como o nome sugere, é inspirada na lendária cobra de oito cabeças, como tal, trata-se de uma leve armadura com oito lâminas ocultas que são tão maleáveis como cobras, graça a isso pode criar todo o tipo de ataques imprevisíveis. Nas armas amaldiçoadas, o Stage 1 depende do portador, como vimos com Orochi, que teve dois portadores na história, no primeiro assumia a forma de uma navalha e no segundo uma espada. Inugawa Jin, você já enfrentou esta arma no seu Stage 2, como foi?

Jin: Foi um dos maiores desafios que já enfrentei até agora, mas no final, o que importa num duelo não são as armas utilizadas, mas sim aqueles que as empunham. Se contarmos com as nossas próprias habilidades podemos vencer até o maior dos desafios.

Kazuo: São grandes palavras, como esperado de Inugawa Jin. Agora vamos falar com o portador atual, Yamada Ka… Hã? Ele já não é o portador atual? Então quem é?”

Kentaro: SOU EU!!

Kazuo: Quem é você mesmo?

Kentaro: Shamura Kentaro!!! Ex-capitão do clube de Kendo e o mais recente membro da White Tigers! Lembrem-se de mim ao menos uma vez!

Kazuo: Shimura Ken? Não esperava ter um comediante como convidado.

Kentaro: Essa piada já perdeu a graça! Está repetitiva demais!

Kazuo: (Com uma peruca de longo cabelo negro) Não é repetitiva, é hilária.

Ken: Muita pouca gente vai entender essa referencia que você acabou de fazer!

Kazuo: Pare de gritar, parece um par de óculos.

Shimura Ken: Esse é um Shimura diferente!!! Já disse para não fazer referencias que muita gente não vai entender! E parem de mexer com o meu nome!

Kazuo: Bem, parece que não temos mais tempo, até ao próximo Noroi Talk, estarei esperando por vocês.

Jin: (Levantando uma placa com “Adeus.” escrito.)

Kentaro: Esperem! Eu não cheguei a falar nada! Isto não pode acabar ass-…


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Notas finais do capítulo

Esperavam ver os 12 Oyabuns neste capítulo? Lamento, eu não sou de mostrar logo tudo de uma vez :v
O que acharam dos Oyabuns e gangues apresentadas? Houve algum que tenham gostado mais? Curiosos para conhecer os outros?
Um aviso importante: O próximo capítulo vai atrasar porque vou ter de fazer outra coisa, espero que compreendam (já estão habituados as esperar, pelo menos desta vez aviso antes :v )
Até à próxima!



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