Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 53
Shi-Fuu


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo do Ano!!!!
Espero que gostem!
2017 vai ser um grande ano para Nobi, já vou dizendo :v



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Após 20 anos de conflitos, o Japão ficou dividido entre 12 grandes famílias Yakuza, mesmo se dizendo que as 12 estão no mesmo nível, existem 4 que se destacam mais que as outras, seja em poder, dinheiro, expansão ou influencia, essas 4 famílias são Elemental Gear, Aogitsune, Tengoku e Shi-Fuu.

            O Oyabun da gangue Tengoku, Neyama Shousei, também conhecido como “O Buda”, criou um tratado especial entre as 12 famílias, 4 anos atrás. O Japão permaneceria dividido e caso alguém quisesse tomar mais território, teria de desafiar o Oyabun, apostando o seu território também, um confronto territorial. Isto não se aplicava apenas às famílias principais, qualquer gangue que quisesse fazer parte as 12 teria o direito de desafiar o Oyabun para um confronto direto. Além disso, as 12 famílias teriam de se encontrar a cada 6 meses numa reunião organizada por Shousei e discutir sobre diversos assuntos.

            O que antes era um confronto gigantesco e desorganizado de foras da lei, virou um jogo político e estratégico graças a este Oyabun.

Neste momento, os dois jovens Oyabuns da Onigumi e White Tigers se encontram frente a frente, num confronto territorial.

“Então você quer usar o seu direito de me desafiar para conseguir todo o território da White Tigers.” Percebeu Takara abanando ligeiramente o seu leque. “Você é bem ousado.”

“Isto é apenas um passo.” Respondeu Nobi confiantemente. “Eu planejo conquistar todo o Japão e marcar a minha existência na história.”

“Esqueça o ousado, você é apenas um tolo.” Respondeu ela friamente e com um olhar aguçado. “O que aconteceu com os meus 1º e 2º Generais?”

“Ah, você fala daqueles caras lá debaixo.” Nobi entendeu. “Eu e a minha subordinada acabamos com eles.”

“Entendo… Então vocês derrotaram até o Hikaru e o Katou-nii-sama.” Murmurou ela cerrando fortemente o punho. “Eu não vou deixar isso passar!”

Takara moveu velozmente o seu leque, criando uma rajada de vento branco, dirigida a Nobi.

“Outra arma de vento?" Comentou o ruivo surpreso se esquivando rapidamente da rajada, que ao atingir a parede a cortou limpamente. “Não, é diferente.”

“Você deve ter enfrentado a Seiran, mas deixe-me dizer, o meu Fuujin é completamente diferente.” Revelou ela abanando novamente o seu leque. “Enquanto os ventos brutos da Seiran esmagam, o vento refinado do Fuujin corta qualquer coisa.”

Mais uma rajada foi jogada e desta vez atingiu Nobi no tronco, deixando um corte ligeiramente profundo que o fez cuspir sangue também.

“Se você se render agora, ainda poderá viver.” Declarou ela friamente.

“Você é bem generosa.” Comentou Nobi com o braço esquerdo agarrado ao ferimento, enquanto o sangue escorria e ele continuava sorrindo. “Eu não planejo morrer tão cedo e nem num lugar como este.”

“Então rende-se?’” Perguntou Takara aproximando-se do ruivo e colocando o seu leque perto do rosto dele.

“Foi mal.” Respondeu ele com um grande sorriso, movendo rapidamente o seu bastão com a mão direita e acertando fortemente no abdome da princesa, fazendo-a se curvar ligeiramente, depois ainda lhe acertou com uma joelhada no rosto que a fez recuar. “Mas também não me planejo render.”

“Desgraçado.” Murmurou ela com a mão no rosto. “Você não devia ser capaz de fazer movimentos tão ágeis com um ferimento assim!”

“Que ferimento?” Perguntou Nobi ironicamente, com apenas um corte nas suas roupas ensanguentadas e sem qualquer ferimento na pele.

“Regeneração?” Presumiu ela colocando-se em guarda. “Entendo por que é que estava tão cheio de si.”

Nobi saltou em direção a ela para lhe acertar com a Onihime, quando Takara se esquivou graciosamente, como se fosse um movimento de dança. Quando o ruivo tentou atacar novamente, ela bloqueou o bastão com o seu leque.

Os dois começaram então a medir forças, mesmo Takara tendo uma destreza melhor, Nobi era claramente mais forte fisicamente, os braços da princesa começaram a tremer, obrigando-a a recuar e a afastar o seu adversário com uma rajada de vento.

“Esse leque é bem durão.” Comentou Nobi.

“Você ainda não viu nada. Stage 2!” Assim que Takara deu o comando, o seu leque começou a brilhar e dividiu-se em dois leques laminados, um em cada mão da princesa, como se fossem as suas garras. “Arma amaldiçoada, modelo elementar: Fuujin!

Nobi atacou novamente, sem ativar o seu Stage 2, mas albina foi mais rápida e fez corte na cintura do Oyabun inimigo com as lâmina dos seus leques.

Enquanto o ruivo ainda estava sentindo a dor do veloz ataque, Takara abanou os seus leques em conjunto, como se batesse palmas, invocando um potente tornando cortante que atingiu Nobi e o fez atravessar a parede do quarto.

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            Alguns momentos antes, na zona de enfermaria da Mansão Branca.

            “Mas que barulheira é esta?” Perguntou o 5º General, Katsugawa, se levantando. “Há quem esteja tentando dormir! Estamos sob ataque?”

            “Você devia repousar, Katsugawa-san.” Advertiu o doutor Mazara, lendo um livro a seu lado.

            “Não tem como fazer isso no meio desta barulheira.” Reclamou ele saindo da cama. “São aqueles moleques da Onigumi, não são? Eu vou acabar com eles!”

            “Faça o que quiser. Assim que sair desta sala, deixa de ser minha responsabilidade.” Respondeu o doutor, virando a página do seu livro, enquanto o general saía.

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            “Onde você vai?” perguntou Goru, seguindo Koji.

            “Encontrar a Nikko-chan e o Oyabun.” Respondeu ele continuando a andar. “Ficamos para trás para atrasar o inimigo, mas como já tratamos dela, não há razão para continuarmos separados.”

            “Faz sentido, o Aniki deve estar lutando agora também.” Supôs o pequeno robô pelos tremores que sentira na mansão. “Eu quero ver o Aniki acabando com Oyabun da White Tigers!”

            “Sim, o nosso Oyabun é do tipo que luta com tudo contra o seu adversário, não importando o sexo.” Comentou o esverdeado.

            “Do que você está falando?” Questionou Goru confuso.

            “Você não sabia? O Oyabun da White Tigers é uma mulher, uma garota que tem por volta da nossa idade.” Revelou Koji começando a babar. “Gostava de estar no lugar do nosso Oyabun. Hehehe. Usar a líder como refém e fazer o que quiser com ela.”

            “Você é o pior tipo de pessoa.” Comentou o robô com um suspiro.

            “Obrigado.” Agradeceu Koji gargalhando orgulhosamente.

            “Não é um elogio!” Gritou Goru irritado.

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            Enquanto isso, no café Kobushi, já fechado, haviam um monte de Yakuzas apagados no chão ao redor do estabelecimento, com Bobby e Bunny frente à porta.

            “Então decidiram atacar este café por aquele moleque de cabelo vermelho o ter declarado como território dele.” Falou Bobby calmamente acendendo um cigarro e depois mostrando um olhar furioso. “Não quero saber das vossas guerrinhas, só parem de causar problemas ao meu negócio, por vossa causa tive de fechar mais cedo, desgraçados.”

            “Oh, o Bobby está furioso, furioso!” Riu Bunny divertidamente. “Que medo.”

            Então o último Yakuza de pé puxou uma revolver das suas roupas para atirar no gerente do café, mas antes de se aperceber, tinha a ponta de uma faca de sobremesa apontada a poucos centímetros do olho.

            “Se fosse você, ficaria quieto.” Falou Bobby aproximando lentamente a faca ao olho do Yakuza, enquanto o mesmo gelava de medo. “Eu deixei sobrar um de vocês para explicações. Ou será que você quer ver o que é mais rápido? Você puxar o gatilho ou eu atravessar o seu olho?”

            “D-demônio…” Murmurou o Yakuza perdendo a força nas pernas e caindo.

            “O Bobby é bem pior que isso.” Bunny continuou a rir divertidamente como uma criança.

            “Sou apenas um gerente de café que está farto de ter moscas no estabelecimento.” Falou Bobby se agachando e encarando o Yakuza. “Agora, comece a falar, quem ordenou este ataque?”

            “N-não está vendo? Somos Yakuzas da White Tigers, viemos tomar este território.” Respondeu ele tremendo bastante.

            “Oh, então você ainda se mantém no teatrinho, mesmo nesta situação.” Comentou Bobby num tom irónico, enquanto aproximava a faca de sobremesa ao pescoço do Yakuza. “Não sei há quanto tempo estão infiltrados, mas obviamente não são da White Tigers. Vou repetir apenas uma vez. Quem enviou vocês?”

            “Foi…” Quando o Yakuza ia respondeu, algo jogado das sombras perfurou a sua cabeça e o matou imediatamente.

            “Tem mais?” Questionou Bunny ficando alerta.

            “Não vale a pena procurares, já devem ter apagado o rasto.” Avisou Bobby retirando uma kunai da cabeça do Yakuza e a examinando com um olhar sério. “Só pode ter sido trabalho deles. Então a Shi-Fuu já chegou a Tóquio.”

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            “Tenho de me encontrar rápido com a Nee-san.” Murmurava Chiyo andando com alguma dificuldade pelos corredor da mansão, quando ouviu um barulho vindo do jardim que lhe chamou a atenção. “Será que eles estão ali?”

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            Na Academia de Tóquio, Seika acabara de vencer Basara e todos à sua volta festejavam. No entanto, o Yakuza da Shi-Fuu derrotado surgiu novamente pelo buraco na parede que fizera ao ser arremessado pelo ataque de Seika.

            “Ele ainda se pode mexer?” Questionou Seika arqueado a sobrancelha.

            “Eu não posso perder… Não posso perder… Não posso ser fraco… Tenho de ser forte… Ser forte…” Murmurava ele tremendo bastante enquanto se forçava a mover.

            “Ei, você claramente não está em condições de se mover, apenas desista.” Advertiu o presidente do conselho estudantil.

            “Não posso fazer isso!” Gritou Basara. “Eu… Eu não quero morrer aqui…”

            “Do que você está fal…” O confuso Seika ia perguntar, quando de repente algo caiu do topo do prédio da escola e aterrou bem em cima de Basara, levantando uma nuvem de poeira. “O quê?”

            “Você perdeu, Basara-san, perdeu feio.” Uma voz juvenil surgiu entre a poeira que se dissipava, revelando um jovem garoto, que devia ter cerca de 14 anos, com os pés em cima da cabeça de Basara, essa criança usava um colete de forças que lhe restringia os braços, o seu cabelo era cinza-escuro, tinha um enorme sorriso com dentes afiados como os de um tubarão, os seus olhos eram vermelhos e pareciam brilhar. “Você foi… Fraco.”

            “Não, não, ainda posso lutar, por favor!” Gritou Basara em completo pânico, enquanto o seu rosto era espremido contra o solo pelas botas negras do garoto.

            “Ei, quem é você?” Questionou Seika ainda sem entender o que estava acontecendo, assim como todos os alunos que assistiam.

            Ignorando as perguntas do azulado, o garoto levantou o seu pé direito e pisou fortemente a cabeça de Basara, depois levantou novamente e repetiu e começou a fazer isso sem parar.

            “FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! FRACO! Você é tão fraco! Tenho até nojo de você! Muito Fraco! Por que é que ainda não morreu? Você é uma barata por acaso?” Repetia incontáveis o garoto, enquanto pisoteava a cabeça de Basara sem parar, era um cena horripilante para a vista, a cabeça do Yakuza estava cheia de hematomas e dentes saltavam-lhe da boca. O garoto não diminuía o ritmo, sempre gargalhando e esboçando um sorriso horripilante digno de um demônio, enquanto os seus olhos brilhavam como uma criança inocente que acabara de receber um novo brinquedo de presente e tal como uma criança que se fartou do seu novo brinquedo, a expressão do garoto ficou com um ar entediado e um olhar monótono, uma mudança extrema de atitude ocorreu de repente. “É… Ficou chato… É tão fraco que é chato… Bati tanto nele que já nem responde… Parece que… Quebrou.”

            Então, uma lâmina oculta surgiu na sola do garoto e ele deu o pisão final.  Todos os que assistiam foram incapazes de agir devido ao choque daquela cena, os seus corpos gelaram, incluindo Seika.

            O garoto começou então a andar em frente, em direção ao azulado  e passou por ele como se a presença do presidente do conselho estudantil fosse inexistente.

            “Ei, você.” Chamou Seika irritado. “Onde pensa que vai?”

            “Oooh, você acha que pode falar comigo?” Perguntou o garoto soltando um risinho infantil. “Não me diga, você se acha forte por ter acabado com aquela barata? Um rato que derrota uma barata continua sendo penas um rato, sabia?”

            “Por que é que você o matou?” Questionou Seika com algumas faíscas saindo das suas luvas.

            “Eu não quero parecer um retardado falando com um rato.” Respondeu o garoto encarando Seika com uma expressão pouco motivada. “Mas a resposta é óbvia, não? Ele perdeu.”

            “O quê? Só por isso?” Indagou o azulado com um olhar furioso.

            “É preciso outra razão?” Questionou o garoto soltando um sorriso sádico.

            Sem dizer mais nada, Seika correu velozmente para atacar o garoto, no entanto, antes de poder fazer alguma coisa, o garoto surgiu à sua frente e deu-lhe um potente chute no queixo, jogando o presidente para longe.

            “Fraco, tão fraco que é chato.” Comentou o garoto com uma expressão entediada, baixando a perna com que dera o chute. “Estou demorando, o Senpai vai dar bronca em mim de novo.”

            “Quem… É você?” Questionou Seika encostado a uma árvore com a qual chocara, aparentando não se conseguir levantar.

            “Ainda está vivo… Mesmo sendo tão fraco.” Comentou o garoto dando meia volta e caminhando calmamente para fora da escola.

            “Ei, me responda!” Gritou o azulado, enquanto o garoto simplesmente continuou andando, ignorando-o como se não significasse nada para ele.

            Ninguém foi capaz de se aproximar, não era apenas pela força, a mera presença daquele garoto gritava perigo e gelava qualquer um. Sem interferência de ninguém, ele foi embora.

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            “Ei, lata velha.” Chamou Koji. “Você não pode localizar o Oyabun pela arma amaldiçoada dele?”

            “Eu só posso sentir armas amaldiçoadas no Stage 2 e também não consigo dizer que arma é.” Respondeu Goru caminhando atrás dele. “E não me chame de lata velha!”

            “Então você é inútil.” Suspirou o esverdeado.

            “Seu desagradecido!” Gritou Goru irritado. “Já se esqueceu o quanto eu o ajudei na luta de há pouco?”

            “Sim, sim, obrigadinho.” Agradeceu Koji descontraidamente, quando de repente chocou contra alguém que estava virando a esquina. “Ei, olhe por onde anda.”

            “Isso digo eu.” Respondeu Katsugawa irritado.

            “Ah…” Falaram os dois ao verem os seus rostos.

            “O pervertido blindado.” Falou Katsugawa.

            “O general bombinha.” Falou Koji.

            “Quem você está chamando de bombinha?” Questionou Katsugawa irritado.

            “Pervertido Blindado… Gostei. Dá um nome de herói bem legal.” Comentou Koji com uma expressão pensativa.

            “Finalmente vos encontrei, Onigumi.” Falou o 5º general invocando as suas esferas explosivas. “Vou fazer-vos pagar por aquela humilhação.”

            “Você sabia? Mulheres não gostam de homens que guardam ressentimentos.” Respondeu Koji colocando-se em guarda.

            “Você devia ser mais cauteloso ao andar na base inimiga.” Reclamou Goru atrás do esverdeado. “Você pode lutar depois do que aconteceu?”

            “Não tenho escolha agora, pois não?” Respondeu Koji sem deixar de encarar Katsugawa.

            “Alvos encontrados.” Falou um Yakuza para um comunicador.

            Então vários Yakuzas surgiram e bloquearam todos os caminhos de fuga.

            “Estamos cercados.” Observou Goru preocupado.

            “Quem são vocês?” Perguntou Katsugawa olhando em volta.

            “Hã?” Indagaram Goru e Koji.

            “Nunca vi as vossas caras por aqui, você não são da White Tigers.” Revelou Katsugawa ficando em guarda.

            “Então até alguém como você percebeu.” Riu o Yakuza do comunicador. “Agora é tarde demais. Já está tudo em curso. A White Tigers será tomada pela Shi-Fuu.”

            “Que merdas estão falando?” Indagou Katsugawa agressivamente.

            “Shi-Fuu?” Questionou Koji com um olhar sério.

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            O ataque de vento cortante de Takara fez Nobi atravessar a parede do quarto e cair do segundo andar até ao jardim. O tornado abrira-lhe cortes por todo o corpo e estes estavam demorando para regenerar.

            “Parece que quantos mais ferimentos tem, mais lenta fica essa regeneração.” Percebeu a albina, descendo até ao jardim no pequeno tornando. “Você perdeu a sua vantagem.”

            “Takara…” Murmurou o semi-inconsciente Hikaru, que fora também arremessado para o jardim pelo ataque de Nikko, ao avistar a princesa.

            “Vou-lhe dar mais uma chance de desistir.” Ofereceu Takara aproximando-se do Oyabun inimigo. Este respondeu começando a rir. “Qual é a graça?”

            “Você é muito gentil. Completamente diferente de como eu imaginava o Oyabun dos White Tigers.” Respondeu Nobi com um sorriso sincero e se levantando mais uma vez, mesmo com os ferimentos ainda não curados. “Você também é muito forte. Gostei de você.”

            “Elogios não o vão ajudar.” Falou ela com um olhar firme e preparando os seus leques.

            “Eu vou vencer você.” Declarou Nobi agarrando firmemente no seu bastão.

            “Slime Case!” Uma voz se pronunciou e então uma misteriosa gosma verde surgiu do nada e envolveu o Oyabun da Onigumi, aprisionando-o numa espécie de bolha.

            “Você fez um bom trabalho, Hime-sama.” Comentou Ishida se juntando a eles. “Deve estar um pouco cansada, já que não está habituada a usar a sua arma amaldiçoada.”

            “Eu não pedi para você interferir, Ishida-san.”  Reclamou Takara friamente.

            “Realmente tenho de agradecer a este garoto.” Comentou Ishida ignorado a princesa, enquanto admirava Nobi aprisionado naquela bolha, claramente se afogando na misteriosa gosma. “Pena ter de matá-lo.”

            “Do que você está falando, Ishida-san?” Perguntou Takara confusa.

            “Graças a gangue deste pirralho, todos os generais que me poderiam causar problemas estão fora de combate. Realmente estou muito grato, finalmente vou poder deixar de servir esta pirralha inútil.” Começou a rir com a mão no rosto.

            “Ishida-san…” Murmurou Takara não entendendo nada e antes de poder fazer qualquer movimento, a misteriosa gosma envolveu as suas mãos, impossibilitando-a de usar os seus leques. “O que você está fazendo?”

            “Eu estou revelando a minha verdadeira face.” Respondeu ele apontando uma pistola negra para ela. “Hoje será o fim dos White Tigers!”

            “Como você se atreve a nos trair?” Interrogou ela com um olhar de fúria.

            “Trair? Eu nunca estive do seu lado.” Revelou ele com um sorriso sádico. “Desde o momento que entrei, eu fui enviado para acabar com a White Tigers de dentro para fora. Claro, isso também inclui o Oyabun.”

            “Então… Você algo a ver com o que aconteceu com o vovô?” Questionou Takara com um olhar feroz, enquanto as suas mãos se tentavam libertar as algemas de gosma.

            “Ah, aquele velhote. Sim, fui eu que o matei.” Respondeu Ishida normalmente. “Coloquei no chá dele partículas da minha arma amaldiçoada, Slime, e elas foram-lhe destruindo os órgãos pouco a pouco. Devo dizer, ele era verdadeiramente um monstro, um humano normal teria morrido em apenas 3 ou 4 meses, mas ele durou um ano. Deve ter sofrido bastante até à hora da morte.”

            “BASTARDO!!!” Gritou Takara correndo em direção ele, sem temer a arma apontada a si e sem se importar por ter as suas mãos presas, só queria descontar a sua raiva naquele traidor.

            “Tenha calma, Hime-sama.” Falou o falso general dando um tapa no rosto da princesa com a arma, jogando-a para o são e depois pisando-lhe a cabeça. “Uma líder que não passa de uma boneca de exibição não devia perder a compostura tão facilmente. O pirralho de cabelo vermelho também já deve estar morrendo dentro da Slime Case, então vou ajudá-la a continuarem a vossa batalha no outro mundo.”

            Dito isto, Ishida puxou o gatilho da arma, porém, nesse momento, partículas de luz se formaram entre Ishida e Takara, surgindo Hikaru, que levou o tiro pela sua princesa.

            “Hikaru!” Gritou Takara em pânico.

            “Este cara sempre consegue aparecer nos piores momentos.” Reclamou Ishida, mas depois de reparar no estado do 2º general, começou a rir. “Isto é alguma piada? Você está completamente acabado! E mesmo assim saltou para salvar a sua princesinha? Essa sua lealdade só o vai levar à desgraça.”

            “Não importa, nem se eu perder os meus braços e pernas, enquanto eu respirar, vou proteger a Takara-hime!” Respondeu Hikaru ofegante, agarrado ao ferimento de bala na região do abdome, sem se conseguir levantar.

            “E o que vai fazer agora?” Perguntou Ishida apontando novamente para Takara.

            “Como você pode ser tão covarde?” Questionou Takara revoltava.

            “É assim que a família Shi-Fuu funciona.” Respondeu o traidor orgulhosamente.

            Enquanto Ishida ia apertando o gatilho novamente, começou-se a ouvir um som de borbulhar.

            “Não pode ser…” Murmurou Ishida desviando o olhar para a bolha que aprisionava Nobi e observou que a mesma estava aumentando de tamanho e borbulhando fervorosamente. “A Slime Case está fervendo!”

            Então, a bolha, já com o triplo do seu tamanho original, explodiu. Espalhando a gosma verde por todo o jardim. E no centro da explosão estava Hirata Nobi, empunhando a sua Onihime no Stage 2 e completamente incandescente.

            “Você disse… Shi-Fuu?” Questionou o Oyabun com um olhar raivoso e selvagem, um olhar de puro ódio. “Então você é um deles?”


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Notas finais do capítulo

O arco White Tigers está chegando ao seu clímax! (Finalmente)
Até à próxima e um bom ano novo para vocês!



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