Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 51
Takara -parte 2


Notas iniciais do capítulo

E aqui têm o capítulo 51, desta vez não demorei tanto, espero que gostem
Leiam as notas finais



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Bem falado, garoto, bem falado.” Murmurou Takumi com um sorriso sereno no rosto, com o jovem chorava no seu ombro, enquanto pensava. “Tasuku, Mayuko, vocês criaram um excelente tigre… Aposto que vocês devem estar bem orgulhosos agora, não é?”

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            No seu quarto, Shirokiba encarava uma caixa que retirara do seu armário de demonstrava bastante hesitação em abri-la.

            “É essa?” Questionou Mukawa entrando no quarto. “A tal arma amaldiçoada que falaste.”

            “Isso mesmo.” Respondeu o grisalho sem se virar para o seu amigo e continuando a encarar a caixa. “Cheguei à conclusão de que se vou enfrentar pessoas com armas amaldiçoadas, vou precisar de as usar também.”

            “Combater fogo com fogo, hein.” Comentou encostando-se à porta. “Não é uma má ideia. Mas não é tão simples para ti, não é?”

            “Esta arma… Foi ela que matou o Tasuku.” Falou Shirokiba com um tom meio raivoso e cerrando fortemente as mãos. “Só que pensar nisso… Não consigo parar de tremer.”

            “Shirokiba-dono, você está errado.” Afirmou Mukawa com um suspiro. “Não foi essa arma que matou o Tasuku-dono.”

            “Como assim?” Questionou Shirokiba espantado, virando-se para o seu rival.

            “Quem o matou não foi mais que a pessoa que a utilizou.” Explicou Mukawa. “Armas não passam de meras ferramentas, o que fazer com elas apenas depende de quem as utilizar. Claro, essas armas são algo completamente fora do comum, podem causar desastres, matar e muito mais, porém, também podem ser usadas para proteger os outros. Tenho a certeza que o Tasuku-dono sabia disso quendo te ofereceu a arma no seu leito de morte. Shirokiba-dono, a decisão do que fazer com essa arma é plenamente sua.”

            “O que eu quero fazer com esta arma? Vingar-me e matar aqueles caras?” Pensou Tasuku abrindo a caixa e colocando as suas mãos sobre Seiran. “Não… Eu quero este poder para proteger o que me resta.”

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            Seis anos depois, nos arredores de Tóquio, uma batalha entre as Gangues White Tigers e Kumatori acontecia intensamente.

            Porém, passando como um furacão devastador no meio da batalha, estava o grande Ás da White Tigers, Shirokiba Katou, de 20 anos, que sozinho acabara com um grande número de inimigos, sem nem usar a sua arma amaldiçoada.

            “Vocês estão muito enganados se pensam que podem passar por nós.” Declarou Shirokiba com um sorriso vitorioso, frente aos inimigos. “Tóquio pertence aos White Tigers!”

            Uma grande massa de Yakuzas começou então a correr em direção a ele, porém o seu sorriso só aumentou.

            “Stage 2! Arma amaldiçoada, modelo elementar: Seiran!” Gritou Shirokiba transformando as suas braceletes num par de tonfas. “Finalmente chegou a hora de experimentar a nova técnica que pensei.”

            Enquanto os inimigos estavam quase a chegar a ele, Shirokiba começou a rodopiar intensamente o seu par de tonfas em direção ao exército, criando um gigantesco tornado azul que os repelia por completo.

            “Vou chamar a esta coisa Storm Wall.” Pensou ele confiantemente.

            “O boatos eram verdade, os White Tigers também andam usando armas amaldiçoadas.” Comentou um dos Yakuzas da Kumatori.

            “Não conseguimos nos aproximar.” Comentou outro.

            “Se ao menos o Oyabun estivesse aqui com a sua Excalibur.” Murmurou outro.

            “Hehe, não temam.” Falou outro com os seus sapatos brilhando e se transformando num par de botas prateadas com uma asa em cada. “Arma amaldiçoada, modelo botas: Hermes! Eu cuido disto.”

            Então o Yakuza desfez-se em partículas de luz e surgiu de repente pouco metros atrás de Shirokiba, pronto para lhe atacar pelas costas. No entanto, quando ele se preparava para atirar no grisalho, uma armadura reluzente apareceu no caminho que reflectiu o tiro.

            Era o 6º General, Mukawa Yamanosuke, usando a sua arma amaldiçoada modelo armadura, Kinzoku-Sai. Sem dar tempo para o Yakuza inimigo racionar, deu uma potente investida e perfurou-o com as suas lanças.

            “Você achou mesmo que podia atacar o meu companheiro pelas costas?” Questionou Mukawa retirando as suas lanças. “Quando eu estou presente?”

            “Valeu, Mukawa.” Agradeceu Shirokiba sem se virar para o seu amigo.

            “Enquanto eu estiver aqui, as suas costas estarão seguras.” Respondeu ele pegando nas botas no Yakuza abatido. “Melhor levarmos isto conosco.”

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            Mais tarde, os White Tigers regressaram vitoriosos à base e todo o mundo veio recebe-los.

            “O Shirokiba foi incrível hoje.” Comentou um dos Yakuzas.

            “Acho que ele poderia ter feito tudo sozinho.” Falou outro.

            “Ei, vocês já estão exagerando.” Respondeu ele gargalhando, mas depois ficando atento ao redor. “Espera um momento… Ela não está aqui.”

            “O que foi, Shirokiba-dono?” Perguntou Mukawa ao seu lado.

            “Ela não nos veio receber. Isso só pode significar uma coisa. “Percebeu Shirokiba com uma veia pulsando no rosto. “Aquela pirralha voltou a fugir!”

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            Enquanto isso, na área comercial de Tóquio, a jovem Takara de 7 anos caminha alegremente pelas ruas.

            “Sabe tão bem andar fora da mansão.” Murmurou ela inspirando o ar fresco. “Aaah, isto é liberdade.”

            A jovem caminhou mais um pouco pelas ruas, até que a sua barriga começou a roncar.

            “Que fome.” Murmurou ela encarando uma loja de doces. “Devia ter trazido algum dinheiro comigo.”

            Mesmo assim, Takara entrou na loja. Discretamente, verificou se ninguém estava olhando para ela e tentou pegar alguns doces para ela, no entanto, alguém pegou no seu pulso antes de conseguir.

            “Roubar é errado.” Falou um garoto um pouco mais velho que ela, o seu cabelo era alaranjado e os seus olhos eram azuis-celestes.

            “Ah! Bem… Eu… Eu só ia… Por um bem maior… Quer dizer…” Respondeu Takara completamente atrapalhada por ter sido apanhada, até que o seu estômago roncou novamente, constrangendo-a. “Eu estou com fome…”

            “Sem jeito.” Suspirou o ruivo se dirigindo para o balcão. “Senhor, dois sacos de doces, por favor.”

            “Você é o meu herói!” Afirmou Takara com os olhos brilhando.

            “Não é para tanto.” Respondeu ele entregando um dos sacos para ela. “Agora vá para casa e não cause mais problemas.”

            “Você fala como um adulto.” Comentou Takara já começando a comer os doces. “Que idade você tem?”

            “10 anos.” Respondeu o rapaz de forma orgulhosa.

            “Incrível, você já tem dois dígitos.” Comentou ela impressionada.

            “Agora vá para casa.” Pediu ele acompanhando-a até à saída da loja.

            “Ok.” Respondeu ela começando a caminha e depois parando no meio da rua.

            “O que foi?” Perguntou o jovem confuso.

            “Eu… Não sei para que lado fica.” Respondeu ela com os olhos lacrimejando.

            “Você é mesmo sem jeito, não é?” Suspirou ele agarrando na mão dela. “Vamos andar juntos até que encontres o caminho de volta.”

            “Você é muito gente boa.” Afirmou Takara com os olhos brilhando.

            “Estou apenas fazendo o correto.” Respondeu ela surpreso com a reação dela.

            “Eu me chamo Takara e você?” Perguntou ela curiosa.

            “O meu nome é Hikaru.” Respondeu começando a andar e a guiá-la. “Primeiro vamos sair da zona comercial para ver se você lembra o caminho.”

            “Ok.” Respondeu ela encarando as costas do rapaz, enquanto pensava. “É a primeira vez que pego na mão de um garoto próximo da minha idade… A mão dele é tão cálida e confortável.”

            Takara e Hikaru caminharam por duas horas e a garota não conseguiu lembrar-se do caminho de volta. Os dois agora encontravam-se numa ponte que atravessava um rio.

            “Você tem mesmo uma péssima memória.” Suspirou Hikaru.

            “Eu não tenho culpa.” Respondeu ela. “Não consigo sair muito de casa e nunca me afastei tanto dela.”

            “Não falta muito para o entardecer.” Reparou ele encarando o céu. “Os seus pais devem estar preocupados.”

            “Os meus pais deixaram este mundo antes de eu ser capaz de lembrar deles.” Murmurou Takara com um tom entristecido.

            “Oh, desculpe, eu não sabia.” Desculpou-se Hikaru arrependido.

            “Não tem problema, eu tenho o Vovô e o Katou-nii-sama, então sou feliz.” Respondeu ela com um grande sorriso, com a paisagem do Sol começando a se pôr atrás dela.

            “Esta garota é bem fofa.” Pensou momentaneamente admirando a visão.

            “Hã? Hikaru? Você agora anda com garotinhas?” Perguntou um rapaz um pouco mais velho, acompanhado por outros dois da mesma idade. “Está fazendo de babá?”

            “Kazuki.” Murmurou Hikaru com um ar mal humorado.

            “São teus amigos?” Perguntou Takara curiosa.

            “São apenas escória da minha escola.” Respondeu Hikaru com um olhar hostil.

            “Vejo que continuas a não saber o teu lugar, merdinha.” Respondeu Kazuki aproximando-se de forma intimidadora. “Você ainda se recusa a ser um dos meus garotos de recados.”

            “Só porque você reprovou uns anos e é mais velho que todo o mundo da classe acha que pode mandar em quem quiser.” Falou Hikaru revoltadamente. “Você não passa de um lixo.”

            Nesse momento, Kazuki socou o ruivo rosto com tal força que o jogou para o chão.

            “Você devia aprender a ter melhores modos.” Aconselhou Kazuki pegando-lhe pelo cabelo, no entanto levou imediatamente um chute no rosto.

            “Não toquem nele.” Ordenou Takara, a autora do chute, com um olhar raivoso. “Já vi que vocês são pessoas ruins.”

            “Takara-chan.” Murmurou Hikaru surpreso e depois se levantando. “Não te meta nisto, por favor.”

            “Não te preocupes, o Vovô e o Katou-nii-sama me ensinaram a lutar.” Falou a albina socando o peito de Kazuki, porem sem nenhum efeito. “É… O Katou-nii-sama faz parecer bem mais fácil”

            “Sua vadiasinha.” Murmurou Kazuki agarrando-a pelo rosto e levantou-a, ele não só era mais velho, como também tinha uma grande força física.

            “O que você vai fazer?” Questionou Hikaru prestes a atacar o mais velho, quando os seus braços foram agarrados pelos capangas de Kazuki.

            “Se fosse você não me mexia.” Aconselhou o jovem delinquente aproximando-se da borda da ponte. “Talvez eu decida atirar a sua amiguinha para um mergulho no rio.”

            “Maldito.” Murmurou Hikaru cerrando os dentes.

            “Vocês dois, podem espancar ele para aprender a lição.” Ordenou Kazuki para os seus companheiros, enquanto apertava fortemente o rosto de Takara.

            A albina observou Hikaru levando socos no estômago e chutes nas costas, enquanto não fazia nada para se defender, tudo por ela ser uma refém. Takara odiou isso do fundo da sua alma, encarou Kazuki com um olhar feroz e mordeu-lhe a mão que lhe segurava o rosto, fazendo-o gritar de dor e soltá-la. Enquanto ainda caía, deu um chute no rosto do delinquente.

            Porém, ela estava demasiado perto da borda da ponte e caiu em direção ao rio, no entanto, no seu rosto estava um sorriso de satisfação.

            “Aquela vadia.” Murmurou Kazuki com a mão no rosto.

            Sem nem passar uma fracção de segundo, Hikaru saltou do nada da ponte em direção a Takara.

            “Idiota.” Gritou o ruivo caindo junto.

            “Tch, os dois saltaram por vontade própria, não tenho nada a ver com isto.” Falou Kazuki mal humorado. “Vamos sair daqui.”

            Nem Takara, nem Hikaru sabiam nadar e ambos estavam em grandes apuros tentando não se afogar.

            “Droga, droga, droga, droga! Por que raios eu saltei? Eu nem sei nadar.” Pensava Hikaru tentando alcançar a mão de Takara e perdendo a consciência quando finalmente o conseguiu. “Droga…”

            Minutos depois, Takara e Hikaru estavam inconscientes na margem do rio com Shirokiba encharcado ao lado deles.

            “Ela consegue ser mais impulsiva que o Tasuku.” Suspirou Shirokiba com respiração ofegante. “Quem diria que quando eu a achasse, ela estaria numa situação tão extrema, caramba. Sem falar neste garoto, mesmo não sabendo nadar, não hesitou nem por um momento em saltar para a salvar… Mas devo admitir, ele parece bem promissor.”

            “Hum…” Murmurou Takara abrindo os olhos lentamente e depois gritando. “Estou viva!”

            “Pois, por muito pouco.” Respondeu Shirokiba com um ar ameaçador. “Pensei ter dito a você para ficar na Mansão.”

            “K-Katou-nii-sama!!” Gritou ela surpresa, acordando Hikaru.

            “Fomos salvos?” Pensou Hikaru olhando em redor.

            “Vamos voltar já e você vai ficar sem sobremesa.” Ordenou Shirokiba carregando-a por cima do ombro como se fosse um saco de batatas.

            “O que está acontecendo?” Questionou o ruivo observando a cena.

            “Espera, eu quero que ele venha conosco.” Pediu Takara apontando para Hikaru.

            “O quê?” Indagou ele surpreso.

            “O que queres dizer?” Questionou Shirokiba curioso.

            “Eu quero que ele venha até a nossa casa para ficar sabendo onde fica para me poder visitar.

            “Não decida as coisas pelos outros!” Reclamou Hikaru se levantando.

            “Interessante.” Riu Shirokiba. “Ei, garoto, melhor você vir conosco, se não esta pirralha vai fugir de novo só para te arrastar com ela.”

            Hikaru suspirou e acabou por seguir os dois.

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            “Enorme.” Murmurou Hikaru encarando a mansão branca. “Você é algum tipo de nobre ou algo do tipo?”

            “Nada disso.” Riu Takara ao seu lado. “O meu vovô é simplesmente um Oyabun Yakuza.”

            “Entendi… QUÊ?” Inquiriu Hikaru apanhado de surpresa. “Você é tipo… Uma princesa Yakuza?”

            “Oh, gostei desse título.” Comentou ela animada.

            “Como pode uma garota como ela estar ligada a Yakuzas?” Questionou Hikaru mentalmente.

            “Vamos, Takara-chan, o velhote está esperando.” Chamou Shirokiba passando pelo portão da mansão.

            “Ok.” Respondeu ela também entrado e depois se virando para Hikaru. “Vem visitar-me, ok?”

            “Ah, sim.” Respondeu ele sem pensar. “Por que raios eu respondi que sim? Este lugar parece ser muito perigoso!”

            “Estarei esperando!” Falou ela alegremente.

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            “Não acredito que acabei por vir mesmo.” Pensou Hikaru encarando o portão da mansão no dia seguinte.

            “Hã? O que está fazendo aqui, moleque?” Perguntou um Yakuza com um ar ameaçador.

            “Isto é uma propriedade privada.” Falou outro intimidador. “Não é lugar para crianças.”

            “E-eu… Eu…” Gaguejou o ruivo sem parar de tremer, enquanto pensava. “Sabia! Este lugar é assustador!”

            “Oh, você veio mesmo.” Comentou Shirokiba do outro lado do portão.

            “Você conhece ele, Aniki?” Perguntou um dos Yakuzas.

            “Sim, ele é o melhor amigo da princesa.” Respondeu Shirokiba com um sorriso descontraído.

            “Melhor amigo?!” Gritaram os dois Yakuzas e o próprio Hikaru espantados.

            “Nos perdoe, não era nossa intensão intimidar o melhor amigo da Hime-sama!” Se desculparam os dois Yakuzas escandalosamente se curvando.

            “O quê?” Indagou Hikaru assustado pelas acções repentinas dos dois.

            “Estou tão comovido, a Hime-sama finalmente conseguiu fazer amigos.” Comentou um deles chorando.

            “Crianças crescem tão rápido.” Comentou o outro também chorando.

            “O que se passa com esta gente?” Pensou Hikaru com uma gota de suor atrás da cabeça.

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            Shirokiba guiou Hikaru pela mansão branca para se encontrar com Takara.

            “Então…” Falou Shirokiba casualmente enquanto andavam. “Você está interessado na Takara-chan, não é?”

            “De onde isso veio?” Questionou Hikaru apanhado de surpresa.

            “Garoto, você é óbvio demais.” Riu Shirokiba.

            “Não é nada disso!” Respondeu Hikaru. “É só que… Por alguma razão acabo por ser arrastado para essa garota.”

            “Aaaah, a juventude é algo tão bom.” Suspirou Shirokiba relaxadamente.

            “Não fique com a ideia errada!” Reclamou o ruivo irritado.

            “Ei, Hikaru-kun, não é? Você não quer ficar mais forte?” Questionou o mais velho repentinamente.

            “Como assim?” Indagou o jovem confuso.

            “Naquela ponte, se você fosse mais forte, podia ter impedido que aquilo acontecesse com a Takara-chan.” Respondeu o grisalho virando-se para o garoto.

            “Bem…” Murmurou Hikaru mostrando alguns sinais de frustração.

            “Esta mansão tem um dojo.” Informou Shirokiba. “Você pode dizer aos seus pais que entrou num dojo oficial, enquanto eu treino você.”

            “Por que é que você faria isso por mim?” Questionou Hikaru desconfiado.

            “Você me pareceu alguém bem promissor. Quero ver que consigo tornar você num tigre.” Revelou Shirokiba sorrindo confiantemente. “Além disso, se você treinar aqui, vai poder passar mais tempo com a Takara-chan, é uma boa proposta, não é?”

            “Bem… Já que você insiste tanto.” Falou Hikaru desviando o olhar. “Acho que posso pensar em aceitar a sua oferta.”

            “Ele é tão óbvio.” Pensou Shirokiba.

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            Depois de pouco tempo caminhando pelos corredores da mansão, os dois chegaram a um quarto onde estava ocorrendo uma cerimónia de chá, onde Takara estava participando como um dos seus deveres diários.

            Vestindo um ilustre kimono branco com detalhes dourados, a garota parecia uma boneca requintada, comportando-se como uma autentica dama enquanto participava na cerimónia em silencio.

            “Ela parece uma pessoa completamente diferente de ontem.” Pensou Hikaru admirado.

            Depois da cerimónia ter acabado e todas as participantes terem saído, Takara levantou-se num salto e abraçou o seu visitante.

            “Sabia que você vinha!” Falou ela alegremente.

            “É, sem dúvida a mesma pessoa que conheci ontem.” Pensou ele enquanto era fortemente abraçado.

            “Bem, tenho coisas que tratar agora.” Falou Shirokiba saindo. “Podem divertir-se, mas não causem confusão.”

            “É a primeira vez que um amigo me vem visitar.” Falou Takara com os olhos brilhando.

            “Entendo.” Respondeu Hikaru com algum nervosismo. “Mas sabe, você já pode parar de me abraçar.”

            “Ok!” Respondeu ela animadamente o largando. “Então, o que os amigos fazem?”

            “O quê?” Indagou ele confuso.

            “O que os amigos fazem quando vão às casas uns dos outros?” Perguntou ela animadamente.

            “Bem, brincam, jogam videogame, lêem mangás, assistem TV, comem, coisas desse tipo.” Explicou ele.

            “Você parece um perito!” Comentou ela admirada.

            “Na verdade isto é conhecimento comum.” Respondeu Shirokiba com uma gota de suor atrás da cabeça.

            “Bem… É que eu nunca tive um amigo… Bem, eu considero todo o mundo da gangue como da minha família e muitos deles são amáveis comigo, mas muitas vezes parece que só me vêem como a neta do Oyabun e não como eu mesma… Isso é um pouco solitário.” Respondeu ela perdendo levemente o animo. “Eu diria que você é o meu primeiro amigo de verdade.”

            Hikaru, com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos, pousou as suas mãos nos ombros da princesa solitária, surpreendendo-a.

            “O que queres fazer primeiro?” Perguntou ele repentinamente. “Podes falar qualquer coisa, eu vou ficar aqui até anoitecer!”

            “Sério?” Perguntou ela voltando a ficar bastante animada.

            “Ele é um bom garoto.” Pensou Shirokiba encostado no outro lado da parede e dando um leve sorriso.

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            Um ano depois, Shirokiba e Hikaru estavam saindo do dojo após o treino e conversando.

            “Você está melhorando aos poucos.” Comentou Shirokiba rindo orgulhosamente. “Mas ainda falta muito para ser um tigre de verdade.”

            “Eu tenho de treinar mais.” Afirmou Hikaru convictamente.

            “Calma, calma, você só tem 11 anos, não exageres.” Advertiu Shirokiba descontraidamente. “Com a tua idade eu ainda perdia muito neste dojo.”

            “Tem alguém no portão.” Reparou o ruivo apontando para um homem de cabelo negro que lhe ia até aos ombros, tinha olhos azuis e usava um kimono verde.

            “Quer alguma coisa?” Perguntou Shirokiba se aproximando do misterioso homem.

            “Prazer em conhecer-vos, eu gostaria de falar com o Oyabun dos White Tigers.” Cumprimentou o homem se curvando, porém Hikaru teve um mau pressentimento dirigido a ele. “O meu nome é Ishida Tomazu.”

—Fim de capítulo-

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—Omake-

            Num certo dia, Takara recebeu permissão para passear pela cidade desde que Hikaru a acompanhasse. Os dois caminharam juntos até passarem por um gatinho preto numa caixa de papelão.

            “Olha, Hikaru, um gatinho.” Assinalou ela animada.

            “Verdade, que bonitinho.” Comentou Hikaru acariciando o felino que começou a ronronar. “Ele é tão fofo.”

            “Você gosta de gatos, Hikaru?” Perguntou Takara curiosa.

            “Bem acho que se pode dizer que sim.” Respondeu ele com um sorriso.

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            No dia seguinte, depois de treinar no dojo, Hikaru foi-se encontrar com Takara no jardim da mansão.

            “Desculpa pelo atraso, o treino se prolon-” Se desculpou Hikaru, travando ao avistar Takara.

            “Sem problema, vamos brincar!” Falou ela animadamente como sempre, com a diferença de agora estar usando bandolete com orelhas de gato.

            “Por… Por que é que ela está usando orelhas de gato?” Questionou Hikaru mentalmente, enquanto se encontrava petrificado.

            Desde esse dia até à atualidade, Takara nunca deixou de usar essas orelhas de gato por algum motivo.


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Notas finais do capítulo

O flashback termina no próximo capítulo (Já devem ter saudades dos personagens principais, eu pelo menos já estou :v )
Infelizmente eu vou estar ocupado nas próximas duas semanas, então é capaz de não haver capítulo novo durante esse tempo
Até à próxima!



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