“Ele… Se… Multiplicou.” Murmurou Satoru sendo rodeado juntamente com Ben, por vários Takaos.

            “Eu não gosto de brincar.” Comentaram eles em simultâneo. “É por isso que eu começo sempre com o Stage 2.”

            “Então isto é um efeito de arma amaldiçoada.” Concluiu Ben olhando em volta. “Mas são todos reais ou apenas ilusões?”

            “Só… Há… Uma maneira… De descobrir.” Falou Satoru usando as suas bandagens para chicotear as várias cópias, porém o seu ataque atravessou-os como se fossem miragens. “São… ilusões.”

            “Então só temos de procurar o verdadeiro.” Atravessando um deles com o seu braço esquerdo e retirando-o logo depois para socar o seguinte.

            “Será?” Questionou esse Takao apunhalando o braço do executor com uma faca, fazendo-o gritar de dor.

            “Ben?” Indagou Satoru surpreendido.

            “Mas o meu braço atravessou-o.” Murmurou Ben afastando-se e agarrando-se ao seu braço esquerdo.

            “Não vale a pena tentarem.” Comentou Mogoro chocando os seus punhos. “O poder do Takao-san é bem assustador.”

            “Vocês não conseguem tocar nos meus múltiplos.” Explicou um Takao dando um chute em Satoru, que tentou ataca-lo com as suas bandagens que atravessaram o corpo do general. “Mas eles podem tocar-vos.”

            “Aqueles dois parecem estar com problemas.” Observou a vice-presidente Hitomi.

            “Talvez devêssemos ajudá-los.” Comentou o gerente de assuntos gerais Kamegura escondido atrás de uma árvore.

            “Você não parece muito convincente aí escondido.” Comentou a tesoureira Murakami arranhando mais alguns Yakuzas que a atacavam.

            “Foram vocês que falaram que eu sou inútil em terreno aberto!” Reclamou Kamegura revoltado.

            “Eu gostava de poder ajudá-los.” Confessou o secretário Aizawa dando um poderoso golpe de sumo que derrubou 5 Yakuzas em linha. “Porém nós também estamos ocupados.”

            “Isto… É… Ruim…” Murmurou Satoru olhando em volta. “Um inimigo… que não… conseguimos tocar.”

            “Isso não é nada másculo.” Comentou Ben cerrando o punho do seu braço ferido. “Numa luta, os dois lados devem trocar golpes entre si.”

            “Assim?” Questionou Mogoro atrás deles, com as suas luvas transformadas em metal, socando Satoru e jogando-o contra o prédio da escola.

            “Endo!” Gritou Ben surpreso, virando-se para o inimigo. “Maldito.”

            Preparado para socar de volta o seu oponente, Ben atacou, porém uma faca arremessada por um Takao o fez recuar, abrindo uma brecha para de Mogoro lhe acertasse no queixo com um gancho de direita.

            “Então… Este é o nível… De 2… Generais da… White Tigers.” Murmurou Satoru se levantando e com manchas de sangue nas bandagens do seu rosto. “Não vai ser… O suficiente… Para acabar conosco.”

            Ben estava quase caindo devido ao golpe trapaceiro, porém pisou firme no solo, cerrou fortemente o punho e socou o rosto de Mogoro brutalmente.

            “Tch, com essa resistência absurda, até parece o Mukawa.” Pensou Takao enquanto Mogoro tinha dificuldade em se manter de pé e ficava cuspindo sangue.

            “É assim que homens lutam.” Declarou Ben com um olhar intimidador.

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            Frente à casa de Chiyo, todos observam Takao ainda surpresos com o que ele fizera.

            “O-o que você quis dizer com que também está participando no ataque à escola?” Perguntou Mukawa cuspindo um pouco de sangue através do visor da sua armadura medieval.

            “Você foi completamente contra a esse plano, então por que é que lhe devia contar?” Questionou o 8º General com um sorriso sádico chutando o corpo do Yakuza Yotaro que havia sido esfaqueado por ele.

            “Seu maldito, respeito o nosso General!” Falou outro Yakuza tentando atacá-lo, porém o seu corpo atravessou o de Takao, ficando perplexo. “O quê?”

            “Você devia disciplinar melhor os seus homens.” Comentou Takao esfaqueando esse Yakuza pelas costas. “Eles agem demasiado pelas emoções.”

            “Takao-dono… Você passou dos limites.” Murmurou Mukawa com um tom de voz imponente, levantando-se lentamente, surpreendendo todo o mundo, era possível ver a chama da sua alma guerreira nos seus olhos através do visor da armadura. “E claro que eu fui contra, destruir uma escola vazia apenas para conquistar território é algo ridículo e covarde, assim como você.”

            “Levantando-se nesse estado… Você é realmente um monstro. Eu nunca gostei desse seu lado puro e nobre.” Respondeu Takao com uma expressão séria. “Mas parece que você está desinformado. Tem bastantes alunos naquela escola nesse momento, por isso primeiro vamos ter de limpar o caminho, se você me entende.”

            “TAKAOOOOO!!!!” Gritou Mukawa em fúria partindo para cima do 8º General que sorria confiantemente como se estivesse esperando por isso, porém antes que o General de armadura chegasse ao seu alvo, Momoka parou-o com um soco de 10% de ampliação de força na sua nuca que foi o suficiente para apaga-lo de vez.

            “Idiota, está querendo morrer?” Questionou ela ao inconsciente Mukawa.

            “Você é que parece que está querendo matar ele!!!!” Gritaram os Yakuzas restantes.

            “Calados, figurantes.” Falou Momoka com um olhar sério. “Eu salvei a vida do vosso General.”

            “Então você percebeu. Mas está dizendo que salvou a vida de alguém que é seu inimigo?” Takao começou a rir. “Vocês crianças devem achar que isto tudo é só brincadeira de Yakuza.”

            “Inimigo? Se você está falando deste monte de lata, eu só vi um homem com um senso de justiça altamente anormal e que foi provocado propositalmente para avançar sem pensar, resumidamente, um idiota dos grandes.” Respondeu Momoka estalando os dedos. “Mas encontrei um inimigo bem à minha frente.”

            “Ela realmente é uma mulher violenta.” Comentou Kentaro com uma gota de suor atrás da cabeça. “Se ao menos eu ainda me pudesse mover… Poderia ajudar.”

            “Não vai ser preciso.” Respondeu Jin despreocupadamente. “A nossa Wakagashira, por mais intimidadora que seja, é alguém confiável. Ela não vai precisar da nossa ajuda.”

            “O que você vai fazer, garota? Como viram antes, não podem tocar em mim.” Declarou Takao orgulhosamente.

            “Deixe de falar estupidezes.” Respondeu Momoka com as lentes dos seus óculos reflectindo a luz da Lua Cheia. “Eu já saquei o truque da sua arma amaldiçoada.”

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            No interior da Mansão Branca, Shasiko observava uma bola de cristal de cor âmbar, quando Hikaru entrou no seu quarto.

            “Como estão indo as coisas?” Questionou ele.

            “Creio que não gostará de ouvir isto.” Ela hesitou levemente. “O Usui-san foi imobilizado no andar inferior e os membros da Onigumi continuam a vaguear pela mansão. Além disso, perdi o contacto com as abelhas que enviei para a base deles, creio que alguém as tenha destruído.”

            “O quê?” Indagou Hikaru surpreso. “Não esperava que um dos nossos Generais caísse tão facilmente. Especialmente alguém perito em assassinato silencioso como o Usui.”

            “Aquele cara não é nem um pouco silencioso.” Pensou Shasiko com uma gota de suor atrás da cabeça.

            “Eu vou ficar de guarda no quarto de Takara-hime.” Informou Hikaru analisando a situação calmamente. “Eu quero que você trate dos intrusos, Shasiko.”

            “Entendido.” Respondeu ela se levantando e desfazendo a bola de cristal. “Mas nem tudo são más noticias, o ataque à escola parece estar a ir bem com o Takao-san e  o Mogoro.”

            “Ataque à escola?” Questionou o 2º General confuso. “Do que você está falando?”

            “O ataque à Academia de Tóquio que foi encarregado ao Takao-san e Mogoro para conquistarmos o território.” Informou Shasiko estranhando a reação de Hikaru.

            “Eu nunca ordenei esse ataque, é a primeira vez que oiço sobre ele.” Respondeu Hikaru sem conseguir entender.

            “O ataque foi organizado pelo Ishida-san e foi-nos dito que tinha a sua aprovação.” Respondeu Shasiko espantada.

            “Foi coisa do Ishida? Já devia esperar por isso.” Murmurou o ruivo cerrando o punho com força. “Vou falar com ele, faça o que lhe pedi.”

            “Entendido.” Respondeu ela fazendo continência, enquanto Hikaru abandonava o quarto apressado.

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            Novamente na Academia de Tóquio, Mogoro recuou após ser socado por Ben, enquanto o mesmo ia em direção a Satoru preocupado.

            “Endo, consegues-te levantar.” Questionou o Executor ao seu amigo.

            “Um pouco… De dor… Não é um problema… Para mim.” Respondeu Satoru com alguma dificuldade. “Ainda temos de lidar com estes dois.”

            “Eu posso acabar com o boxeador, mas o que fazemos com os clones intangíveis do outro?” Questionou Ben ao observar que ainda estavam rodeados.

            “Não nos vamos… Preocupar com isso… Agora. Se podermos… Acabar… Com um deles… Já é um… Bom começo.” Falou Satoru soltando algumas bandagens pelas suas mangas.

            “Esse foi um pensamento másculo, gostei.” Concordou Ben erguendo os punhos. “Vamos com tudo, Endo!”

            “Eu realmente não suporto crianças.” Comentou um Takao ao lado de Mogoro. “E você devia parar de brincar e lutar a sério, ainda nem ativou o Stage 2.”

            “Eu só recebi a minha arma há um mês, ainda não a controlo muito bem.” Respondeu Mogoro soltando duas pequenas esfera de metal da suas luvas, fazendo com que as mesmas voltassem ao normal. “Os socos do cara de jaqueta preta não são normais, vou precisar absorver um material mais forte.”

            “Se essa é a sua desculpa, é só me livrar dele.” Respondeu Takao aproximando-se com os seus múltiplos.

            “Não… Se nós formos… Mais rápidos.” Declarou Satoru com uma potente investida das suas bandagens que atravessou o corpo de um dos Takaos.

            “Isso é inútil.” Respondeu esse Takao com um sorriso confiante.

            “Eu… Não… Disse… Que você… Era o… Nosso alvo.” Comentou o presidente do clube de ocultismo quando as mesmas bandagens que haviam atravessado o corpo de Takao atingiram Mogoro desprevenido.

            “O quê?” Indagou Takao surpreso.

            “Um corpo intangível também é incapaz de proteger os outros.” Declarou Ben socando o rosto de Mogoro, enquanto o mesmo ainda estava zonzo pelo ataque anterior, obrigando o 9º General a recuar vários passos, agarrado aos seus ferimentos.

            “Droga, eu não esperava por isso.” Reclamou Mogoro cuspindo mais um dente. “Takao-san, me dê uns dos seus anéis de ouro.”

            “Não se esqueça de devolver.” Pediu Takao jogando dois anéis para que o seu colega pegasse.

            No momento que o General os pegou, um com cada mão, as suas luvas de Boxe ficaram completamente douradas.

            “Aquelas luvas parecem absorver a composição dos objetos que elas seguram quando fechadas, então esse é o efeito da arma dele.” Pensou Ben adotando uma posição de pugilista. “Veremos quem é mais durão.”

            “Se prepare, pirralho.” Avisou Mogoro socando os seus punhos de ouro. “Já me fartei de você.”

            “Só vai ficar na conversa?” Perguntou Ben prestes a dar um gancho de direita no seu adversário.

            O 9º General conseguiu recuar a tempo de esquivar o ataque e contra-atacou socando o rosto de Ben com a sua luva de ouro. Porém, Ben continuou de pé e retribuiu com um soco no estômago do Yakuza.

            “Admito que foi uma jogada inteligente para uns pirralhos” Comentou o Takao que havia sido atravessado pelo ataque do Executor. “Porém continuam sem poder lidar comigo.”

            “Isso… Agora… Não é… Importante.” Respondeu Satoru recolhendo as suas bandagens. “Se podermos… Acabar… Com um… Já estaremos…. A fazer… Alguma coisa… Em vez de… Ficarmos pensando… Numa forma… De derrotar… o outro.”

            “Nunca lhe disseram que o seu jeito de falar é irritante?” Questionou Takao jogando uma faca em sua direção. “Não me subestime.”

            Satoru observou a faca silenciosamente, sabia que tentar defendê-la seria inútil. Certificou-se que não havia ninguém atrás dele e então se esquivou no último segundo.

            “Bons reflexos.” Elogiou o Takao que arremessara a faca.

            “Porém aquilo era apenas uma isca.” Complementou outro Takao que se pusera no caminho para o qual Satoru havia se esquivado, pronto para o apunhalar.

            Vendo que a faca lhe atingiria no abdome, o Executor colocou o seu braço esquerdo na direção da lâmina, impedindo que a mesma atingisse um ponto vital, em troca de ter a faca cravada no seu braço.

            “Os reflexos deste moleque são muito rápidos, completamente contraditórios à forma como fala.” Pensou Takao impressionado. “Mas ele não vai conseguir escapar.”

            “Como… Você… Sabia… Para qual… Lado… Eu me ia…. Esquivar?” Questionou Satoru arrancando a faca do seu braço e cobrindo o ferimento com as suas bandagens.

            “Não sabia. Eu tinha um múltiplo preparado para qualquer direção que você fosse.” Respondeu o Yakuza com um sorriso sádico, enquanto todos os Takaos começavam a formar um circulo em volta do Executor.

            “Desde que… Ele ativou… A sua arma… Juntamente com… O original… São ao todo… Nove… O número… Não variou… Um único momento.”  Analisou Satoru mentalmente. “Suponho… Que esse… Seja… O seu… Limite.”

            “É hora de finalmente parar com o jogo de criança.” Falaram os Takaos simultaneamente, cada um tirando uma faca da sua roupa. “Veremos até quando você poderá aguentar.”

            As 9 facas foram jogadas em simultâneo. Para se defender, Satoru criou um domo de bandagens à sua volta, porém, 8 facas passaram pela sua defesa. O executor tentou ao máximo se esquivar das facas naquele espaço pequeno, no entanto acabou por ser atingido por uma, nas costas, perto do ombro direito.

            “É inútil tentar defender.” Comentaram os Takaos com ar de superioridade.

            “Apenas… Um.” Murmurou Satoru desfazendo o domo de bandagens, chamando assim a atenção do Yakuza. “Apenas… Um… É real.”

            “D-do que você está falando?” Questionou Takao com uma veia pulsando na testa. “Todos os meus múltiplos são reais.”

            “Errado.” Negou Satoru apontando para a faca cravada nas suas costas. “Mesmo eu… Tentando desviar… É impossível… Ter sido… Atingido… Apenas… Por uma… Faca.”

            “Como esperado do Endo, ele consegue pensar friamente em qualquer situação.” Comentou Ben no meio da sua trocação de golpes com Mogoro.

            “Estar ciente disso não altera a situação.” Respondeu Mogoro dando um potente soco que Ben bloqueou cruzando os braços.

            “Isso mesmo, vocês ainda não têm como me tocar.” Concordou Takao dando os ombros. “A situação é a mesma.”

            “Errado… Novamente.” Respondeu Satoru com o seu olhar focado no Takao que falara. “Nós… Demos… Mais… Um... Passo… Para a vitória.”

            “Finalmente consegui analisar a arma daquele Yakuza.” Comentou Hitomi focando os seus óculos amaldiçoados. “Tenho de dar estas informações para os Senpais, mas desta distancia e com todos estes confrontos, eles não me devem ouvir.”

            “Temos de nos livrar destes Yakuzas todos para chegar até eles.” Observou Aizawa derrubando alguns deles, porém a multidão não parecia reduzir.

            “Isso é demasiado.” Reclamou Murakami visivelmente cansada por usar as suas unhas amaldiçoadas repetidamente.

            “Já chega!” Gritou Kamegura revoltado, correndo para o pequeno bosque da escola.

            “Vais fugir numa hora destas?” Gritou Murakami irritada.

            “Não é isso.” Respondeu Hitomi analisando o seu colega do conselho estudantil. “Será que ele vai mesmo fazer uma coisa assim?”

            “Do que você está falando, Iwasaki-san?” Questionou Aizawa enquanto continuava a lutar contra o exército de Yakuzas.

            “Estou de saco cheio de ser inútil e sem destaque algum!” Pensava Kamegura correndo em direção ao bosque. “Eu sou o Gerente de Assuntos Gerais, a primeira linha de ação do Conselho Estudantil. O Presidente Hirata-senpai me confiou essa posição.”

—-----------------------------------------(Flashback On)-------------------------------------------

            “Presidente, o que faz um Gerente de Assuntos Gerais?” Perguntou Kamegura olhando para a sua braçadeira com o título.

            “Não faço ideia.” Respondeu Seika sentado na sua secretária bebendo de um pacote de leite.

            “O quê?” Indagou Kamegura espantado.

            “Bem, em primeiro lugar, essa posição foi inventada pelo Izumo-senpai quando ele era presidente do Conselho.” Explicou o azulado jogando o pacote no lixo, onde havia dezenas do mesmo. “Por isso não sei muito sobre isso. Ouvi dizer que ele tirou essa ideia de um mangá.”

            “Então a minha posição é apenas fictícia?” Questionou o jovem deprimido.

            “Bem, se eu tivesse de arranjar uma explicação para essa função…” Murmurou Seika pensativo. “Acho que ela seria a de abrir o caminho.”

            “Abrir o caminho?” Indagou Kamegura confuso.

            “Sim.” Confirmou o Presidente com um sorriso confiante. “O primeiro a entrar em ação, a primeira linha do Conselho Estudantil, aquele que abre o caminho.”

—-----------------------------------------(Flashback Off)-------------------------------------------

            Kamegura usou toda a força nas suas pernas e foi contra uma árvore. Graças ao poder da sua arma amaldiçoada, rebateu como uma bola de borracha, indo contra outra árvore, repetindo continuamente esse processo.

            “Ele vai fazer mesmo!” Exclamou Hitomi suando frio. “Baixem-se todos!”

            “O quê?” Indagou Murakami confusa.

            “Apenas faça.” Ordenou Aizawa se baixando juntamente com Hitomi, seguidos logo depois por Murakami, ainda sem perceber.

            O Gerente de Assuntos Gerais continuava a quicar pelas árvores do bosque, cada vez mais rápido e potente, ao pondo de começar a quebrar um pouco da madeira das mesmas.

            “Gerente de Assuntos Gerais do Conselho Estudantil da Academia de Tóquio, Kamegura Toshiro, está partindo!” Gritou saindo do bosque como uma bala. “Pinball Road!”

            Kamegura foi direto contra um Yakuza, nocauteando-o só com a força do impacto. Porém, não parou por aí, o impacto também o jogou contra outro Yakuza, onde o efeito foi o mesmo. Tal como acontecera no bosque, o Gerente de Assuntos Gerais quicava energicamente como uma bola de borracha, derrubando consecutivamente cada Yakuza com que chocava.

            “Parece que ele não é assim tão inútil em lugares abertos.” Comentou Murakami com um sorriso confiante.

            “Essa técnica é uma autentica loucura.” Argumentou Aizawa.

            “Iwasaki-senpai!” Chamou Kamegura no meio do seu ataque massivo. “O caminho está aberto!!!”

            “Entendido.” Respondeu Hitomi, aproveitando o caminho livre para correr em direção ao confronto de Ben e Satoru contra os dois Generais White Tigers.

            Ben estava conseguindo acompanhar os golpes de Mogoro, porém, o seu cansaço estava a começar a ficar evidente, não conseguindo bloquear ou esquivar de alguns golpes das luvas de ouro do Yakuza.

            Quanto a Satoru, o seu corpo sofrera vários golpes traiçoeiros de Takao, ainda sem ter descoberto como atingir o corpo verdadeiro do 8º General.

            “Onde está essa tal vitória para a qual vocês se estavam dirigindo mais cedo?” Questionou Takao com um tom irónico observando o corpo cheio do bandagens ensanguentadas do Executor.

            “Estes… Ferimentos… Não são… Nada.” Respondeu Satoru com um olhar sério. “Na verdade… Eles… Serão… A causa… Da vossa... Derrota.”

            “Você já está dizendo coisas sem nexo!” Falou o General pronto para dar um golpe fatal.

            “Endo-senpai!” Gritou Hitomi se aproximando. “Olhe para cima!”

            O Executor seguiu o conselho e foi então que avistou uns 9 pequenos discos negros voando no céu noturno, cada um sobrevoando um Takao. Pensando agilmente, destruiu o disco que estava por cima do Takao que estava prestes a atacá-lo, com uma das suas bandagens, fazendo com que o múltiplo se desvanecesse no ar.

            “Tsc.” Reclamou um dos Takaos. “Temos uma intrometida.”

            “Endo-Senpai, descobri como a arma dele funciona.” Falou Hitomi apressada. “Ela…”

            “Resumidamente… Só… Temos… De quebrar… Aqueles… Discos.” Concluiu Satoru com a sua típica monotonia.

            “Bem, basicamente é isso.” Confirmou a Vice-Presidente.

            “É tudo o que precisamos saber.” Falou Ben, afastando Mogoro com um chute no seu estômago.

            “Vamos… Trocar.” Sugeriu o presidente do clube de ocultismo, prendendo o 9º General com as suas bandagens.

            “Isso aí!” Concordou Ben arremessando duas pedras, destruindo mais dois discos.

            “Maldição.” Murmurava Mogoro, tentando se soltar das bandagens do executor. “Se eu ativasse o meu Stage 2 poderia me soltar, mas esta coisa não se transforma quando quero!”

            “Descobriram o truque.” Comentou Takao nervoso.

            “Você devia ao menos proteger essas coisas.” Comentou Ben com cinco pedras entre os dedos, lançando-as para destruir, de uma vez, 5 discos. “Agora só sobrou um.”

            “As coisas… Parecem… Que ficaram… Muito fáceis.” Pensou Satoru estranhando isso.

            “Eu quero mesmo bater em você!” Declarou Ben partindo para o ataque.

            “Ele pode tentar o quanto quiser. Eu enviei o último disco para a base da Onigumi para me livrar do Mukawa, enquanto esse disco estiver fora do seu alcance, não me poderão atingir.” Pensou Takao triunfantemente, até que percebeu algo. “O quê? O que aconteceu com o 10º disco? Não estou sentindo o sinal dele!”

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            “O disco cria uma marionete de Anima intangível com a imagem do portador. O mesmo pode trocar de lugar com a cópia antes de ser atingido, dando o efeito de que ele também é intangível, o mesmo parece se aplicar com os objectos e armas que o portador carregue consigo no momento.” Explicou Momoka enquanto esmagava os pedaços do disco nas suas mãos. “Usando as suas provocações para atrair a atenção do inimigo, impedindo que ele olhe para cima e veja o disco, esse tipo de estratégia é bem infantil.”

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            Enquanto Takao ainda estava confuso, Ben deu-lhe um potente soco no rosto, porém, antes de ser jogado para longe, conseguiu colar algo no peito do Executor.

            “O que é isto?” Questionou Ben tentando tirar um pequeno dispositivo electrónico preso no seu peito. “Não sai.”

            “Eu… Pretendia usar isto no Mukawa, mas não vou deixar estes moleques impunes.” Murmurou Takao com o rosto meio desfigurado pelo soco do Executor e quase perdendo a consciência. “Apesar deste método fazer mais o estilo do Katsugawa.”

            Hitomi analisou o dispositivo com os seus óculos amaldiçoados, percebendo imediatamente o que era.

            “Ben-senpai, você tem de tirar isso já!” Falou ela em pânico.

            “Hã?” Questionou ele confuso.

            “Isso é uma bom-” Quando a vice-presidente estava prestes a explicar, Takao pressionou um detonador, momentos antes de perder os sentidos, causando a explosão do dispositivo.

            “Ben!” Gritou Satoru alarmado ao ver a explosão.

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            Frente ao portão da escola, um homem encapuzado, com uma tatuagem na mão de uma caveira com duas foices cruzadas, acabava de chegar.

            “Então esta é que é a Academia de Tóquio.” Murmurou ele olhando para o edifício.