Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 39
Ideais fantasiosos


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas espero que entendam o motivo, tenho de me focar mais na escola, mesmo assim consegui fazer um capítulo grande, espero que gostem



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“Sério? Vocês duas ainda não foram afetadas?” Reclamou o 4º General, Usui, aparecendo atrás do grupo da Onigumi, carregando consigo uma rosa de coloração violeta, de onde Nikko viu emanar Anima negro. “Vamos, morram logo, seus vulgares.”

“Um inimigo foi aparecer logo agora.” Reclamou Chiyo colocando as mãos na sua bolsa de armas, porém ao ouvir Koji tossir violentamente, hesitou. “Não podemos lutar com eles os dois assim.”

“É um efeito da arma dele.” Revelou Nikko apontando para Usui. “Isso explica porque não fui afetada, mas porque é que também está bem?”

“Não sei.” Respondeu a rosada retirando algumas agulhas.

“Em vez de estarem na conversa, deviam estar olhando para o estiloso EU!” Declarou Usui fazendo diversas poses, com uma luz dourada atrás de si. “Muito bem, já que desejam saber, eu darei uma magnífica explicação! A minha estilosa arma amaldiçoada, Yousei-en (N/a: Jardim de Fadas), liberta um pólen de Anima que funciona como um veneno de efeito gradual, implacável em lugares fechados como este, imaginem uma câmara de gás lenta e dolorosa. Incrível, não é? Uma forma limpa e magnífica de matar!”

“Ele fala demais!” Pensaram Nikko e Chiyo irritadas.

“Então, resumidamente, fomos envenenados.” Murmurou Koji com uma expressão de leve sofrimento. “Uma jogada brutal logo no começo.”

“Acho que vou vomitar mesmo.” Comentou Nobi mal se aguentando em pé, apoiando-se apenas no seu bastão de beisebol. “É agora…”

“Não te atrevas a vomitar em cima de mim!” Reclamou Koji que estava bem abaixo do seu Oyabun.

“Vocês não estão agindo como se a vossa vida estivesse em perigo.” Comentou Goru com uma gota de óleo atrás da cabeça.

“Que idiotice, eu não morrerei tão fá-“ Falou o ruivo começando a vomitar de repente.

“Ele está vomitando mesmo!” Gritou Koji em pânico.

“Não ignorem o meu estilo!” Gritou Usui com as mãos nas ancas. “Como se atrevem a ignorar uma estrela que brilha mais que o próprio Sol.”

“Então é apenas pólen venenoso?” Falou Chiyo mostrando um sorriso confiante. “O meu clã vive nas florestas remotas, a nossa especialidade são plantas venosas, devido a isso nós desenvolvemos uma maior resistência a pequenos venenos. Nee-san, ele falou que o pólen é feito de Anima, você pode ver até onde é o seu alcance?”

Nikko se concentrou bastante, então, ao abrir os olhos, observou minúsculas partículas negras rodeando todas a divisão como uma névoa sombria.

“Parece que o salão está todo preenchido.” Relatou Nikko suando frio ao ver toda aquela quantidade.

“Leve-os para outro lugar onde não tenha pólen.” Pediu a rosada encarando o 4º General. “Eu cuido deste narcisista.”

“Eu também sou imune ao pólen, eu posso-te ajudar.” Falou a loira preocupada.

“Não, Nee-san. O Goru-san não seria o suficiente para levá-los e você tem a habilidade a anular armas amaldiçoadas, pode ser precisa mais para a frente. Deixe comigo e vá.” Explicou Chiyo com um olhar afiado focado em Usui. “Além disso, assassinos são mais efectivos trabalhando em menor número.”

“Tenha cuidado.” Pediu Nikko apoiando Nobi nos seus ombros e arrastando Koji, que havia ficado inconsciente após ter levado com o vómito do seu Oyabun.

“Não se preocupe, Nee-san.” Respondeu Chiyo levando as mãos até à sua bolsa. “Desta vez, vim preparada para tudo.”

“Por que é que elas não estão mais impressionadas comigo?” Pensou Usui confuso, olhando profundamente para uma grande janela que mostrava o céu estrelado. “É tão incompreensível.”

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Nesse momento, na casa de Chiyo, Jin e Kentaro cruzavam as suas espadas, enquanto Mukawa e Momoka se encaravam e o resto dos Yakuzas que não estavam caídos apenas observava.

“General Mukawa, nos iremos ajudá-lo!” Falou um dos Yakuzas da White Tigers.

“Parados!” Ordenou Mukawa erguendo a sua lança. “Nenhum de vocês está à altura destes dois. Recuem! Como general não quero presenciar mais perdas sem sentido!”

“General Mukawa…” Murmuraram os Yakuzas com lágrimas nos olhos. “Você é tão bondoso!”

“Calados, homens! Um soldado não deve chorar no campo de batalha.” Declarou o Yakuza de armadura de forma imponente. “Guardem essas lágrimas para a vitória.”

“Por que é que eu estou presenciando uma cena clichê de um filme de má qualidade?” Suspirou Momoka com um ar entediado. “E pensei que vocês fossem Yakuzas, não cavaleiros da idade média.”

“Mochizuki-dono, este é o espírito guerreiro e nobre dos White Tigers, o espírito daquele homem! Não é algo que você possa entender.” Falou Mukawa apontando a lança para ela. “Charge!” (N/a: Carga)

Então, a ponta da lança de Mukawa começou a brilhar, e com uma velocidade inacreditável se esticou em direção à Wakagashira da Onigumi, que por instinto se desviou imediatamente, escapando por pouco de ter seu corpo perfurado.

“Uma arma amaldiçoada.” Pensou ela mantendo a calma e a frieza.

“Ela se estica igual à Orochi.” Comentou Jin impressionado, enquanto enfrentava Kentaro.

“Preste atenção no seu oponente.” Reclamou Kentaro dando uma chicotada cortante, que Jin bloqueou com a sua Bokuto. “E não compare a minha arma com aquele rinoceronte.”

“Elas são bem diferentes.” Falou Momoka se levantando. “A Orochi se move como um chicote com vida, enquanto esta arma parece só ir em uma direção, com se fosse uma bala perfurante.”

“Devo elogiá-la por ter percebido tão rapidamente.” Disse Mukawa recolhendo a sua arma. “Como pensei, este será um duelo memorável.”

“Não fique se achando, monte de lata.” Aconselhou Momoka cerrando os punhos. “Você acabou de perder uma grande oportunidade.”

“Ei, ei, você não devia usar uma espada de verdade?” Perguntou Kentaro pressionando Jin no seu duelo. “Achas mesmo que podes me derrotar com uma espada de madeira?”

“No teu atual estado de espírito, uma Bokuto é mais que suficiente.” Respondeu Jin com um olhar firme, pensando. “E também… Fica mais difícil controlar a sede de sangue da Tsukuyomi quando está no Stage 2, não posso me descuidar.”

A resposta do azulado enfureceu o seu rival, que começou a atacar mais violentamente, enquanto Jin bloqueava habilmente os ataques irregulares de Orochi graças aos seus novos reflexos animalescos.

“Essa é a única coisa que a tua arma pode fazer?” Questionou Kentaro aumentando a velocidade dos seus golpes. “Apenas ser um pouco mais rápido não vai ajudar nada! Você foi logo encontrar uma arma tão fraca.”

“Não importa se é fraca ou não.” Respondeu o espadachim da Onigumi aproximando-se do seu adversário, deixando-se cortar de leve. “Tudo o que preciso é de uma espada!”

Kentaro, fora surpreendido pela súbita aproximação do seu rival, baixando a guarda por um segundo, o que foi suficiente para Jin golpear o seu estômago com a ponta da sua Bokuto, o que teria sido um golpe fatal caso Jin empunhasse uma espada verdadeira.

“Desgraçado.” Murmurou Kentaro agarrado ao seu estômago com uma expressão de dor.

Jin preparava-se para atacar novamente, quando a lâmina de Orochi surgiu atrás deles, pronta para o perfurar. Graças aos seus novos instintos super-desenvolvidos, Jin conseguiu virar-se e bloquear o ataque trapaceiro com a sua Bokuto, sendo apenas jogado para trás com o impacto, porém manteve-se de pé.

“Shimura-dono, como se atreve a usar um ataque covarde como esse?” Gritou Mukawa irritado. “Você ainda se diz um guerreiro honrado?”

Right Arm Boost: 15%!” Momoka deu um poderoso soco no rosto do General enquanto o mesmo estava distraído dando lições de mural ao seu subordinado. “Você é mesmo um idiota.”

“Não há idiotice nenhuma numa luta justa e honesta, Yamaguchi-dono.” Respondeu Mukawa com o seu capacete amolgado com o formato do punho da Wakagashira, porém mantendo-se de pé como se nada tivesse acontecido. “Alguém justo não pode ser derrubado tão facilmente.”

“Oi, oi, este cara é mesmo humano?” Pensou Momoka com um olhar sério, recuando imediatamente. “Isto era o suficiente para arrancar a cabeça de alguém normal, ele devia no mínimo apagar.”

Charge!” Mukawa investiu novamente com a ponta da sua lança, porém Momoka baixou-se facilmente antes que o ataque perfurante a atingisse. “Oh.”

“Bem, a resistência anormal dele não importa.” Murmurou a Wakagashira com um olhar frio.

Mukawa reconheceu a sua lança e imediatamente deu mais um Charge em direção à sua adversária.

Collective Boost: 20%!” Falou Momoka envolvendo o seu braço direito na lança e pegando na mesma com a mão esquerda, usando a sua força bruta para a travar. “Eu falei.”

“Mas o que-” Murmurou o 6º General impressionado.

“Eu avisei que tinha perdido uma grande oportunidade. Se tivesse sido um pouco mais rápido e certeiro no seu primeiro ataque, você me teria atingido.” Explicou Momoka com um olhar frio e afiado com o de um predador que já aprisionou a sua presa nas suas garras. “Você perdeu a única oportunidade de me apanhar de surpresa.”

“Mas que sensação arrepiante é esta?” Pensou Mukawa espantado, sem conseguir mover a sua lança. “Apenas o olhar dela foi suficiente para fazer o meu corpo tremer, é como se estivesse mesmo a enfrentar um demónio.”

Sem mais palavras, Momoka agarrou fortemente a lança do seu adversário e, usando-a como um cabo, arremessou Mukawa contra o muro de uma casa com uma força estrondosa.

“General Mukawa!” Gritaram os Yakuzas que apenas assistiam.

“Acabou.” Afirmou a Wakagashira dando as costas para o seu adversário.

“Você não me ouviu?” Uma voz ressoou dos escombros, surpreendendo até a própria Momoka. “Alguém justo não pode ser derrubado tão facilmente.”

“Ei, você por acaso é um Tank ou alguma coisa assim?” Questionou Momoka se virando imediatamente, avistando o Yakuza de armadura se levantando imponentemente dos escombros.

“Você é um dos guerreiros mais fortes que enfrentei, Mochizuki-dono.” Afirmou Mukawa erguendo a sua lança. “Você tem o meu respeito. Stage 2!

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Enquanto isso, na Academia de Tóquio, Executores e Yakuzas se enfrentavam numa espécie de guerra.

“Caramba, são muitos deles.” Comentou Kiichi batendo em três deles com o seu bou. “O nosso lado parece começar a estar cansaço.”

“Você não está falando apenas de si?” Questionou a presidente do clube de literatura, Aya.

“Dê um tempo, Aoki-senpai. Eu sou apenas um humano normal, ao contrário de alguns por aqui.” Respondeu o 3º colocado no ranking do 2º ano da Classe C rodando o seu bou e dando um golpe brutal no estômago de um Yakuza, deixando-o inconsciente. “Não há muito que eu possa fazer.”

“Você só está sendo preguiçoso.” Comentou Aya, sem se aperceber que um Yakuza se preparava para atacar pelas costas.

Porém, nesse exato momento, ele foi preso por várias bandagens, antes que conseguisse encostar na presidente do clube de literatura.

“Por favor… Não incomode… Os alunos… Desta… Escola.” Pediu Satoru de forma monótona, arremessando-o contra os muros da escola violentamente. “E vocês… Não se… Distraiam… Tão facilmente.”

“O-obrigado, Endo-san.” Agradeceu Aya ao aperceber-se do que havia acontecido atrás dela.

“Apenas… Fiz… O meu… Dever.” Respondeu o presidente do clube de ocultismo voltando para o campo de batalha.

“Como esperado do Endo-senpai.” Murmurou Kiichi suando frio. “Não é à toa de que é chamado de o melhor executor desta escola.”

“O número… Inimigo… Não parece… Estar diminuindo.” Comentou Satoru olhando em redor.”

“Mas nenhum deles é homem o suficiente para ficar de pé.” Respondeu Ben atrás dele, arrastando três Yakuzas inconscientes. “Eles só têm números.”

“Realmente… Todos parecem… Amadores.” Concordou ele intrigado. “É como… Se apenas… Estivem usando… Os menos… Experientes.”

“Segundo o regulamento escolar, pessoal não ligado à instituição ou aos alunos deve enviar previamente um pedido formal para que a sua entrada seja permitida no ressinto escolar.” Declarou Kihoshi, o novo presidente do comitê disciplinar, tendo atrás de si dezenas de Yakuzas inconscientes e algemados. “Vocês infringiram as regras!”

“Takao-san, parece que o lixo descartável já está acabando.” Comentou Mogoro, 9º General dos White Tigers. “Já está na nossa vez?”

“Você é bem impaciente.” Respondeu o 8º General com um sorriso malicioso. “Mas eles já devem ter conseguido cansá-los.”

“Eles não acabam nunca?” Questionou a Tesoureira Murakami cortando um Yakuza com as suas unhas propagadoras de vírus, fazendo-o contorcer-se de dor. “Eu ainda tenho papelada para por em dia. O Presidente não podia aparecer logo?”

“Ele está hospitalizado desde o incidente de Hirata Nobi.” Recordou a Vice-Presidente Hitomi escondida atrás de uma árvore.

“E o que você está fazendo aí?” Questionou Murakami com uma gota de suor atrás da cabeça.

“A minha arma amaldiçoada apenas me permite observar tudo num raio de 70 metros e fazer cálculos e analises de tudo o que se passa nessa distância. Por outras palavras, o meu poder ofensivo é 0!” Respondeu Hitomi com uma expressão séria e convicta.

“Não fale isso como se fosse motivo de orgulho!” Reclamou Murakami surpreendida. “E o que aconteceu com o Kamegura-kun?”

Kamegura encontrava-se deitado em posição fetal ao lado de Hitomi, murmurando.

“Sou inútil… Sou inútil… Sou completamente inútil em espaços abertos…”

“Esquece-o, ficou traumatizado ao perceber a verdade.” Respondeu Hitomi tocando nele com um graveto e observando que não havia qualquer resposta.

“E pensar que esta gente é o conselho estudantil da Academia de Tóquio…” Pensou Murakami suspirando . “Eu devo ser a única que presta aqui.”

Após alguns segundos, algo percorreu a sua mente, fazendo o seu corpo tremer de desespero.

“N-não p-pode ser.” Murmurou ela com uma expressão abalada. “E-Esqueci que hoje tinha promoção no mercado! Estava contando com essa promoção para sobreviver a próxima semana! O que eu vou fazer? Droga! Não devia ter gasto aqueles 500 yens num refrigerante!”

“Você é tão pobre assim?” Questionou Hitomi com uma gota de suor atrás da cabeça.

“O que vocês três estão fazendo? Dessa forma estão envergonhando o conselho estudantil, enquanto o Presidente não está presente.” Reclamou o Secretário Aizawa, vestindo apenas o seu uniforme tradicional de Sumo, que aparentemente sempre usava por baixo da roupa.

“Olha quem fala, seu pervertido de cueca!” Reclamou Kamegura se recuperando do seu estado de choque.

“Isto é um uniforme tradicional, por favor o respeite, Kamegura-san.” Pediu Aizawa com uma expressão séria.

“Não quero saber, você fica ridículo assim, Aizawa-senpai.” Respondeu Kamegura irritado.

“Este… É o conselho… Estudantil… Dos dias… De hoje?” Questionou Satoru com o seu típico olhar monótono.

“Eles parecem bem divertidos.” Riu Ben gravemente com os braços cruzados. “É um clima bem másculo.”

“O que raio… Quer isso… Dizer?” Indagou Satoru suspirando.

Então, repentinamente, Mogoro apareceu à frente de Ben, e com a sua luva de boxe, que aparentava agora ser de metal reluzente, socou o rosto do executor, jogando-o para longe.

“B-EN!” Gritou Satoru surpreendido.

“Ele caiu bem fácil.” Comentou Mogoro socando o ar com as suas luvas feitas de metal.

“Esperava mais do rapaz com aspeto de delinquente juvenil, mas parece que foi tão fácil como pisar uma formiga.” Falou Takao ficando frente a frente com Satoru. “Esta guerra está apenas começando, crianças.”

“Vocês… Agora… Me irritaram.” Murmurou Satoru com um olhar feroz.

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“Você tem o meu respeito. Stage 2!” Falou Mukawa enquanto a sua lança brilhava fortemente. Então, em questão de segundos, a armadura do Yakuza havia dobrado de tamanho, agora empunhava duas grandes lanças, aparentemente fundidas nos seus braços, e um grande e imponente cifre crescera no seu elmo. “Arma amaldiçoada: modelo armadura, Kinzoku-Sai!” (N/a: Rinoceronte metálico)

“Cá está, a verdadeira forma da arma amaldiçoada do General Mukawa, nenhum inimigo foi capaz de aguentar o seu poder devastador!” Comentou um Yakuza entusiasmado.

“Que chatice.” Pensou Momoka focada no inimigo. “Vou ter de pensa-”

Rhino Charge! (N/a: Carga do rinoceronte)” Mukawa investiu imediatamente, enquanto a Wakagashira estava analisando a situação, não lhe dando tempo para racionar.

Apanhada de surpresa pela velocidade e potencia do General, Momoka foi atropelada pela devastadora investida que também quebrou o muro da casa de Chiyo, levando a luta para o seu interior.

“Momoka-dono!” Gritou Jin preocupado.

“O poder de um General não é brincadeira.” Comentou Kentaro atacando Jin, que conseguiu defender . “O Mukawa-sama pode ser um idiota obcecado com justiça, mas ele é conhecido por ser o General mais destrutivo, até mais que o Katsugawa-sama.”

“É verdade que me preocupei por um segundo… Mas não há necessidade.” Respondeu Jin dando um leve sorriso, confundindo o seu adversário. “Afinal, não existe ninguém mais destrutivo que a Momoka-dono.”

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“Devo admitir, você excede as minhas expectativas.” Comentou Mukawa.

Momoka encontrava-se encostada a uma parede da casa de Chiyo, segurando cada lança com as duas mãos e com o pé direito no elmo do seu adversário, escapando assim de ser perfurada pelos três “cifres” do General.

“Ainda bem que eu ainda estava usando os 20%, caso contrário teria morrido agora há pouco.” Pensou ela com um olhar firme. “Agora como saio daqui?”

“Você pode ter limitado os meus movimentos com a sua força colossal, porém acabou por fazer o mesmo com você mesma.” Afirmou Mukawa confiante. “Caso você mova algum dos seus membros, será xeque-mate.”

“Cala-te um pouco, estou tentando pensar.” Respondeu Momoka com um olhar agressivo.

“Você fala de um jeito muito rude para uma dama, mesmo que seja uma guerreira.” Comentou o Yakuza de armadura fazendo mais pressão.

“É, terá de ser assim.” Murmurou a Wakagashira apertando fortemente as lanças e fazendo pressão no seu pé esquerdo que era o único que assentava o chão. “Left Leg Boost: 15%!

Então, com um poderoso impulso, empurrou o seu grande adversário contra a parede oposta, a destruindo.

“E eu não sou nenhuma dama.” Respondeu Momoka ajeitando os seus óculos. “Sou uma Yakuza.”

Não houve qualquer resposta vinda dos escombros, tudo indicava que o inimigo havia sido derrotado de vez.

“Hum, acabei danificando um pouco a casa da garota ninja.” Comentou a Wakagashira olhando em volta e então virando-se para ir para fora e ajudar Jin. “Bem, tanto faz.”

“Isto ainda não acabou, por favor se vire.” Pediu Mukawa saindo do buraco feito na parede, com parte da sua armadura amolgada.

“Você é idiota mesmo.” Comentou Momoka se virando para ele. “Podia ter aproveitado esta oportunidade para me atacar pelas costas.”

“Isso não seria justo.” Respondeu o General ainda de forma imponente.

“Neste mundo não existe esse tipo de justiça fantasiosa.” Respondeu ela severamente. “Você é ingénuo demais. Eu sou sua inimiga, você devia fazer de tudo para me matar, é assim que o mundo Yakuza funciona.”

“Não quero saber.” Respondeu Mukawa dando o vislumbre de um olhar brilhante e determinado por trás do visor da armadura. “Não importa o quão injusto seja este mundo, se ao menos existir uma pessoa que seja justa, então ainda há esperança!”

“… Você é mesmo um idiota.” Suspirou Momoka após um momento de silêncio. “Você me lembra demais aqueles dois idiotas… Tudo bem, como você queria, monte de lata. Teremos um mano-a-mano aqui e agora, aquele que não aguentar, perde.”

“É exactamente isso que quero.” Respondeu Mukawa erguendo as suas duas lanças, enquanto Momoka estalava os dedos dos seus punhos.

Os dois se encararam por alguns segundos, e então se atacaram mutuamente. Mukawa preparava para dar mais uma carga na Wakagashira, mas a mesma desapareceu de repente do seu campo de visão.

“O quê?” Murmurou o General confuso.

“Você sabia? Rinocerontes têm uma visão ruim, parece que essa armadura também limita o teu campo de visão.” Comentou Momoka agachada frente a Mukawa, que devido à sua grande armadura e ao visor limitado, não reparara na mesma. “Acabou! Right Arm Boost: 30%!

Com um estrondoso soco, Momoka arremessou Mukawa para cima, destruindo parte do teto e lançando-o pelos ares.

“Parece que acabou…” Murmurou ele enquanto continuava a subir pelos céus. “Hime-sama, eu falhei… Toragami-sama, eu mantive o meu orgulho de tigre até o fim, espero não o ter desapontado.”

–-----------------------------------------(Flashback On)-------------------------------------------

Vários anos atrás, numa pequena vila no interior…

“Moleque maldito, como se atreve a apontar uma faca para o Oyabun?” Questionou um dos homens vestidos de negro que acompanhavam um grande homem usando um kimono com padrões de tigre e com uma grande e arrepiada barba branca.

“Não é nada disso.” Respondeu uma criança de cabelo negro e olhos azuis brilhantes, que vestia roupas remendadas e apontava uma faca para o imponente homem das vestes de tigre. “Eu, Mukawa Yamanosuke o desafio para um duelo!”

“RAH RAH RAH RAH RAH RAH!” Riu o tal Oyabun como se tratasse de um rugido. “As coisas que as crianças de hoje em dia dizem. Porque é que quer lutar comigo, moleque?”

“Toragami-sama, apenas ignore esse caipira, você tem assuntos importantes a tratar aqui.” Sugeriu um dos homens vestidos de negro.

“Calado, já falei que quero ouvir o moleque.” Falou Toragami levantando a mão, fazendo com que o subordinado baixasse a cabeça. “Então?”

“Você me pareceu forte.” Respondeu Mukawa com um olhar honesto. “Eu desejo testar a minha própria força de uma forma justa com pessoas fortes. Esse é o meu orgulho. Lute comigo, por favor, senhor.”

“RAH RAH RAH! Gostei da atitude deste moleque.” O homem riu de novo, mostrando um grande sorriso satisfatório. Vamos ver se és capaz de tocar no velho aqui.”

“O senhor não vai pegar uma arma?” Perguntou Mukawa baixando a sua faca. “Sendo assim também lutarei desarmado.”

“Não precisas.” Respondeu Toragami erguendo a sua mão e cerrando-a. “Os meus punhos são as minhas armas. Mas tenho uma condição para o nosso duelo.”

“O que você quer, senhor?” Perguntou o garoto curioso. “Eu não tenho quaisquer pertences de valor ou família. Não há nada que eu possa oferecer.”

“Se me derrotar, darei tudo o que eu tiver aqui de valor. Se eu vencer, quero que você venha comigo e se junte à minha família Yakuza.” Propôs Toragami com um largo sorriso. “Não é uma má proposta, certo?”

–-----------------------------------------(Flashback Off)-------------------------------------------

“Pergunto-me por que é que me fui recordar disto agora.” Murmurou Mukawa iniciando a sua queda livre, aterrando depois na mesma divisão onde ocorrera o seu duelo com a Wakagashira da Onigumi.

“Bem, agora tenho a certeza que foi de vez.” Comentou Momoka observando o corpo do General enterrado numa pequena cratera formada com a sua queda, sentindo logo depois o seu braço direito a ficar dormente. “Tch… Os efeitos colaterais já estão começando, parece que exagerei.”

Então Mukawa se levantou mais uma vez, espantando a Wakagashira.

“Oi, oi, estão brincando comigo?” Questionou Momoka recuando alguns passos, porém o Yakuza permanecia imóvel.

“Yamaguchi Momoka-dono… Sou-lhe muito grato por este duelo. Naquela hora, você podia simplesmente ter-me socado de surpresa, mas me alertou antes para que eu chegasse a ter a hipótese de me defender. Foi sem dúvida um duelo justo, frente a frente com a alguém forte. Eu, Mukawa Yamanosuke lhe agradeço por ter sido uma oponente tão digna.” Agradeceu Mukawa desfazendo o Stage 2 e desmaiando frente à sua adversária.

“Ele usou toda a sua força restante para se levantar e agradecer pelo duelo… Este cara é realmente um idiota completo.” Suspirou Momoka pegando num Pocky e colocando-o na boca, dando um leve sorriso. “Mas até que não são muito ruins, esses ideais fantasiosos.”


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Notas finais do capítulo

Mais um General caiu, porém ainda restam 7
É tudo por hoje, até à próxima!



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