Meia-hora antes, na actual base da Onigumi, Momoka marcara uma reunião.

“Semana passada uns estranhos insectos estavam rondando esta casa.” Falou ela pegando num Pocky e colocando-o na boca. “O Goru conseguiu sentir um baixo sinal de arma amaldiçoada. Devido a não terem um comportamento hostil, só consigo pensar numa função para essas abelhas.”

“Espionagem.” Murmurou Koji pensativo.

“Exactamente.” Confirmou a Wakagashira. “É provável que eles saibam do nosso plano de ataque para amanhã.”

“Então o que vamos fazer?” Perguntou Nikko preocupada.

“Se eu fosse o inimigo, enviaria as minhas forças antes do seu ataque, no momento em que estivessem mais vulneráveis.” Explicou ela trincando o Pocky. “É por isso que vamos anteceder o nosso ataque ao deles.”

“Quer dizer que vamos poder acabar com eles mais cedo.” Comentou Nobi com um sorriso confiante.

“Mas assim a minha ca- quer dizer a nossa base não ficaria desprotegida durante o nosso ataque?” Questionou Chiyo receosa.

“É por isso que eu e o Jin ficaremos aqui durante o ataque.” Respondeu Momoka com um ar sério. “Já discutimos os detalhes.”

“Mas o Jin é um dos nossos melhores combatentes.” Interveio Koji. “Não seria melhor ter ele na nossa linha de frente?”

“Mas o Jin-kun ainda não está recuperado.” Falou Chiyo autoritariamente. “Por mim, ele nem devia lutar.”

“Jin.” Chamou Nobi de costas para o mesmo, pousando a ponta do seu bastão no chão. “Estou contando contigo para proteger a nossa nova casa. Sei que um ferimento desses não é o suficiente para te parar.”

“Agradeço a compreensão, Mestre.” Agradeceu Jin baixando a cabeça. “Prometo não desiludi-lo.”

“Não há o que recear, Aniki.” Afirmou Goru sacando uma lâmina oculta da sua mão. “Eu, o grande Goru-sama, acabarei com todos eles no lugar do Jin-san.”

“Que seja. Vamos começar o plano, se preparem!” Ordenou Momoka imponente.

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De volta ao tempo corrente, o grupo de ataque da Onigumi se movia em direção à Mansão Branca, guiados por Koji, com Goru na sua cabeça.

“Será que eles vão ficar bem?” Questionou Nikko preocupada, carregando consigo um taco de golfe, provavelmente para o usar como arma.

“São o Jin e a Momo, não há razões para me preocupar.” Respondeu Nobi sem olhar alguma vez para trás, esboçando um sorriso de pura confiança.

“A Nee-san se esforçou bastante nesta semana.” Pensou Chiyo vestida com um curto traje rosa que se assemelhava ao de um ninja, além de carregar consigo algumas bolsas de armas a mais, encarando o caminho em frente com um olhar determinado. “Eu também não ficarei para trás, desta vez usarei tudo o que tenho.”

“Será nesta noite que acabarei com os White Tigers.” Pensou Koji com um sorriso malicioso.

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“Parece… Que ela… Tinha… Razão.” Falou Satoru no meio dos executores que estavam protegendo a escola do ataque liderado por dois Generais White Tigers.

“A Yamaguchi é realmente surpreendente.” Comentou Ben ao seu lado. “Foi uma atitude máscula mesmo ela sendo mulher.”

“O nível… De raciocínio… Dela… E a forma… Como ela… No comanda… Como piões… É realmente… Assustador.” Afirmou soltando algumas bandagens pelas suas mangas.

“Sério?” Riu Ben animadamente. “Ela de certa forma me lembra o antigo presidente, Kazuo-senpai.”

“É exactamente… Por isso… Que é tão… Assustadora.” Respondeu Satoru andando em direção ao inimigo.

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“Então o inimigo já esperava o nosso ataque.” Murmurou Mukawa retirando a sua lança das costas. “Pelo menos será uma investida justa.”

“Primeiro um aviso.” Falou Jin desembainhando um pouco da sua katana. “Esta espada, Tsukuyomi. Ela tem uma sede de sangue bem grande, por isso… Me deixem testá-la em vocês.”

Nesse momento, uma aura vermelho-escuro rodeou Jin, paralisando a maioria dos Yakuzas que acompanhavam o general. Então, no espaço de um instante, o espadachim da Onigumi fez a sua investida, derrubando cerca de 10 deles com uma sacada de espada.

“O que foi isto?” Pensou Mukawa impressionado. “Os meus olhos nem conseguiram acompanhar tal velocidade.”

“Então é verdade.” Murmurou Jin fazendo Tsukuyomi regredir ao Stage 1. “Consigo controlar o fio da lâmina à minha vontade, por isso eles não foram cortados. Ainda tenho muita coisa a aprender com esta arma problemática.”

“Inugawa Jin!” Gritou Kentaro atacando com a lâmina extensiva de Orochi.

“Você.” Respondeu Jin bloqueando o ataque com a sua Bokuto.

“Shimura-dono, você não devia partir para o ataque sem instruções.” Advertiu Mukawa colocando-se em guarda.

“Mukawa-sama, este cara é a minha presa, não se intrometa.” Pediu Kentaro insistindo a sua lâmina na espada de madeira do azulado. “E o meu nome é Shamura Kentaro!”

“Mas que novato mais insolente.” Suspirou o general olhando em volta. “Não há mais nenhum inimigo por aqui.”

“Collective Boost!” Uma voz feminina ressoou atrás de Mukawa, que se virou rapidamente, vendo Momoka pegando num poste eléctrico com os dois braços. “10%!”

“O quê?” Indagou o general surpreendido.

Então, sem prévio aviso, Momoka investiu o poste em direção ao grupo de Yakuzas, atropelando cada um deles até chegar a Mukawa que bloqueou o ataque com a sua lança.

“Esta velocidade e força… Então é assim que são os Onis.” Comentou Mukawa destruindo o poste com uma investida da sua lança. “Meu nome é Mukawa Yamanosuke., 6º General da família White Tigers. Quem é você, jovem guerreira?”

“Qual é a razão de falar o nome para o inimigo?” Suspirou Momoka jogando o que restou do poste para trás. “Yamaguchi Momoka, Wakagashira da Onigumi. Contente, monte de lata?”

“Então tive a sorte de encontrar logo o 2º no comando.” Falou Mukawa apontando a sua lança em direção à Wakagashira. “Por respeito, não me irei conter, Yamaguchi-dono.”

“Não esperava que alguém como ele fosse aguentar os 10%.” Pensou Momoka olhando fixamente para o seu adversário. “Parece que vou ter de levar isto mais seriamente.”

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Enquanto isso, na agência de detetives Usagi, Kazuo estava encostado no seu cadeirão de escritório com um mangá no seu colo, enquanto olhava pela janela.

“Parece que hoje vai ser uma noite bem agitada.” Comentou ele se levantando.

“Você não vai ajudar a sua irmãzinha?” Perguntou Michiko bebendo um pouco de café.

“Essa briga com a White Tigers é coisa dela e da sua gangue, nós não somos chamados.” Respondeu o loiro descontraidamente. “Mas já faz um tempo que estou com um mau pressentimento.”

“Lá vem, o famoso 6º sentido do Kazuo-san!” Falou Michiko animada.

“Vou sair um momento.” Informou ele vestindo um casaco e colocando uma boina. “Cuida de tudo durante a minha ausência.”

“Espera, onde você vai, Kazuo-san?” Perguntou ela se levantando.

“Apenas vou dar uma volta.” Respondeu ele com um sorriso, fechando a porta ao sair.

“Ele foi meter-se numa encrenca.” Comentou Michiko com uma gota de suor atrás da cabeça. “Estava escrito na cara dele.”

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Pouco depois, na Mansão Branca, a informante Shasiko, relatou o sucedido a Hikaru, no seu escritório.

“O quê? Eles não estavam naquela casa?” Questionou ele batendo com a mão na mesa.

“Apenas dois deles estavam à nossa espera.” Explicou Shasiko se ajoelhando frente a ele. “Parece que viram através do nosso plano. Lamento, fui descuidada com as minhas abelhas.”

“Não, nós é que subestimamos o nível estrategista do nosso inimigo.” Percebeu Hikaru se levantando. “O mais provável é que os restantes se dirijam para aqui. Shasiko, levanta a tua cabeça e avisa os restantes Generais. Iremos defender a fortaleza de Takara-hime.”

“Entendido.” Assentiu Shasiko se levantando e saindo.

“Isto é capaz de ser conveniente.” Pensou Ishida que ouvira a conversa encostado à parede do outro lado da janela do escritório.

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“Estão brincando comigo?” Questionou Takao, o baixo general, ao ver a escola repleta de executores. “Estes moleques acham mesmo que podem fazer frente a um exército Yakuza das 12 famílias guiado por 2 generais?”

“O que o Ishida-san respondeu antes no telefonema?” Perguntou o grande General, Mogoro, socando o ar com a suas luvas de boxe.

“Eliminar os estorvos.” Respondeu Takao com um sorriso malicioso.

“Perfeito.” Comentou Mogoro com uma expressão semelhante.

Os vários Yakuzas enfrentaram os executores da Academia de Tóquio como se de uma guerra de verdade se tratasse.

“Oi, oi, isto aqui não é lugar para uma garotinha.” Avisou um dos Yakuzas que estavam rodeando uma certa garota.

“Sim, se você implorar seremos gentis.” Propôs outro deles.

“As vossas falas… São demasiado clichê.” Comentou Aoki Aya, a garota rodeada e presidente com clube de literatura. “Num livro vocês fariam o leitor bocejar.”

“Como é que é?” Indagou um deles levantando um cano de ferro para lhe bater, quando de repente esse se cortou ao meio. “Hã?”

“Vocês são o tipo de personagens que só têm uma única cena.” Falou ela com a sua perna levantada, com as lâminas da sua arma amaldiçoada girando nela. “E ela termina aqui.”

“A Aoki-senpai está animada hoje.” Comentou Kiichi, executor que enfrentara Jin, acertando com a ponta do seu bou num Yakuza e depois girando-o para acertar no pescoço de outro que tentava atacá-lo por trás. “Mas eu também não vou ficar atrás.”

“Isto não é uma competição, Matsuda-san. Estamos lutando para proteger a escola.” Avisou Aizawa, primeiro colocado do 2º ano da Classe C arremessando um Yakuza contra o chão com um golpe de Sumo.

“Oh, o astro da nossa Classe também está aqui.” Respondeu Kiichi se colocando em guarda. “Não se preocupe, Aizawa, estes Yakuzas não vão tocar nesta escola.”

“Podem vir!” Gritou Ben de braços cruzados no meio do tumulto. “Como homem que sou, vou lidar com todos vocês com os meus punhos!”

Dito isto, foi atacado por todos os lados, porém no fim foram todos nocauteados com um soco cada um.

“Vocês estão perdendo para crianças? Deviam ter vergonha, seus desgraçados.” Reclamou Yamada Kako, Yakuza que Nobi enfrentara no seu primeiro dia em Tóquio. “Ainda se chamam Yakuzas da White Tigers?”

“Você também não perdeu para uma criança há umas semanas atrás, Kako-san?” Perguntou um Yakuza de cabelo verde-escuro que carregava consigo duas pistolas. “Os superiores até lhe retiraram a sua arma amaldiçoada, Orochi e deram-na para um novato qualquer.”

“Isso não é altura para falar disso, Tokage.” Reclamou Kako irritado e depois se acalmando. “Além disso, aquele cara que enfrentei era tudo menos humano.”

“Lá vem você com a história do moleque que se levantou depois de levar um tiro.” Riu Tokage descontraidamente. “Você sempre teve uma péssima mira.”

“Droga, eu estou fa-” Quando Kako estava respondendo, um flecha cravou no seu ombro esquerdo, sentindo-se bem zonzo depois. “O… quê?”

Pouco depois o Yakuza caiu inconsciente no chão.

“Kako-san!” Gritou Tokage espantado, virando-se rapidamente com as suas armas prontas para atirar. “Quem foi?”

“Um campo de batalha não é lugar para conversas amigáveis.” Informou Tanaka Ayumi, atual 1ª colocada do primeiro ano da Classe C, carregando consigo um arco e várias flechas. “Não se preocupe, as flechas apenas continham uma droga para dormir e evitei qualquer ponto vital.”

“Sua vadia!” Gritou Tokage prestes a atirar, porém um par de flechas perfurou as suas mãos antes que fizesse alguma coisa, fazendo com que ele largasse as armas. “Mal-… dita.”

E com o efeito da droga, mais um Yakuza caiu inconsciente.

“Tanaka Ayumi do primeiro ano, Aizawa Takechi do segundo ano e Ben-senpai do terceiro ano.” Analisou a Vice-Presidente do Conselho estudantil, Hitomi, frente à entrada do edifício principal da escola. “É raro ver os primeiros colocados de cada ano lutando juntos.”

“Sim, mas eu preferiria ver o Inugawa Jin no lugar da Ayumi-chan.” Comentou a Tesoureira Murakami ao seu lado.

“Agora é a minha vez que brilhar!” Afirmou o Gerente de Assuntos Gerais Kamegura confiante. “Aqui vou eu!”

“Você não pode ir.” Falou Hitomi ajeitando os seus óculos.

“Por que é que não?” Questionou Kamegura impaciente.

“Porque o poder da sua arma amaldiçoada é inútil em espaços abertos como este.” Respondeu Murakami arranjando as unhas.

“Exactamente.” Concordou a Vice-Presidente.

“ESTÃO DE BRINCADEIRA!!!” Gritou Kamegura caindo de joelhos desesperado.

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Frente à Mansão Branca, o grupo de ataque da Onigumi finalmente chegara.

“Segundo a informação que consegui reunir, esta casa é a base inimiga.” Informou Koji apontando para a mansão.

“Eles vivem uma vida bem mais luxuosa do que pensei.” Comentou Nikko engolindo em seco devido ao leve nervosismo.

“Os Tigres já fizeram as suas jogadas.” Falou Nobi pegando no seu bastão e rompendo a fechadura do portão principal. “Agora é a vez dos Onis.”

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Já dentro da grande mansão branca, os Yakuzas da Onigumi foram surpreendidos por uma casa completamente sem sinal de vida.

“Estranho, não parece ter ninguém neste salão principal.” Comentou Chiyo olhando em redor. “Ei, Pervertido, tens a certeza que é este o sitio?”

“Tanta como os mamilos dos gorilas serem completamente negros.” Respondeu Koji com uma expressão séria.

“A que veio essa comparação?” Questionou Nikko com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Mesmo que não tenha cá ninguém à vista, consigo sentir sinais de armas amaldiçoadas.” Advertiu Goru.

“Bem, vamos ter de explorar este lugar então.” Concluiu Nobi voltando a colocar o seu bastão nas costas. “Quero acabar com eles logo.”

Então o grupo começou a circular pela Mansão, porém, poucos minutos depois Koji caiu de joelhos repentinamente.

“O que aconteceu, Koji?” Perguntou Nobi preocupado.

“Não sei… Estou-me sentindo meio zonzo… O meu corpo está pesado… E a minha cabeça dói.” Falou ele com a mão no rosto que estava ficando ligeiramente pálido.

“Agora que falas nisso… Também não me estou sentindo muito bem.” Murmurou Nobi se desequilibrando e usando o seu bastão para se apoiar. “Acho que vou vomitar.”

“O que está acontecendo com eles?” Perguntou Nikko preocupada.

“Não sei… Nunca vi algo assim.” Respondeu Chiyo alarmada.

“Isto é… Uma arma amaldiçoada.” Sentiu Goru ficando sério.

“Sério? Vocês duas ainda não foram afetadas?” Reclamou o 4º General, Usui, aparecendo atrás deles, carregando consigo uma rosa de coloração violeta, de onde Nikko viu emanar Anima negro. “Vamos, morram logo, seus vulgares.”

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Enquanto isso, em Nagoya, o quartel general do Exército Escarlate recebeu uma ligação que foi atendida por Takahashi.

“Sim, quem fala?” Perguntou a jovem tenente.

“É você, Mio-chan?” Perguntou o Capitão Saito Sindo do outro lado da linha.

“Oh, Sindo-san, você quer falar com Suzuki-kun?” Perguntou ela feliz por voltar a ouvir a voz do irmão mais velho do seu amigo de infância.

“Você podia passar para o Major Kitsuhara? É urgente.” Pediu Sindo seriamente.

“Entendido.” Respondeu Takahashi estranhando o comportamento do seu superior.

Pouco depois a ligação foi passada para o Major Kitsuhara que lia um livro, enquanto apoiava o telefone entre o rosto e o ombro.

“Então, o que você queria falar comigo, Capitão Saito?” Questionou descontraidamente.

“Estou no encalço do criminoso de Classe S que o senhor encontrou em Shizuoka.” Reportou ele imediatamente.

“Oh sim, o sujeito que se fazia chamar de Namonai. Então ele sempre foi para Tóquio.” Kitsuhara se recordou imediatamente, enquanto passava a página do seu livro. “A que distancia você está do alvo?”

“Estamos frente a frente, senhor.” Respondeu Sindo desligando a ligação.