Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 29
Apenas uma espada


Notas iniciais do capítulo

Sim, atrasei-me um pouco com o capítulo, mas é que ele acabou ficando bem maior que o pensando
Bem que seja do vosso proveito



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Num lugar completamente negro com uma lua vermelha no topo, Jin encontrava-se deitado no chão, completamente imóvel. Tsukuyomi encontrava-se cravada no solo, perto da cabeça do azulado, enquanto o mesmo parecia estar-se afundando lentamente.

Foi então que se sentiu um enorme tremor e as pálpebras de Jin se mexeram levemente, como se estivesse para acordar.

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“Jin…” Falou Nobi com um olhar intimidador e selvagem. “Realmente me desiludiste.”

“Aquele garoto de cabelo vermelho…” Murmurou Namonai sem tirar os olhos de Nobi. “Parece ser bem interessante.”

“Ei, não exageraste um pouco?” Perguntou Nikko preocupada. “Podias ter pegado um pouco leve, não?”

“Nikko, não digas mais nada, por favor.” Pediu o ruivo sem se virar para ela e retirando o seu bastão de beisebol das costas. “Agora estou fazendo o meu trabalho como Oyabun. Vocês já fizeram o suficiente, podem se afastar, eu trato do Jin.”

“O que vais fazer?” Questionou a loira receosa.

Nobi olhou para a sua mão esquerda e viu que a mesma ainda estava sangrando.

“É mesmo, ferimentos de arma amaldiçoada demoram um pouco mais a curar.” Murmurou ele cerrando a mão com força. “Bem, isso agora não importa.”

“Estás-me ouvindo?” Reclamou Nikko ao perceber que estava sendo ignorada.

“Não vale a pena falar com o Aniki agora.” Falou Goru chegando perto dela. “Ele está levando isto a sério.”

Stage 2!” Gritou Nobi enquanto a sua arma amaldiçoava assumia a sua verdadeira forma. “Arma Amaldiçoada, modelo Kanabō: Onihime!

“Ele ativou o Stage 2 logo no começo, está mesmo indo com tudo.” Pensou Koji ligeiramente impressionado.

“O que você vai fazer, Nobi-san?” Perguntou Chiyo preocupada. “Você sabe que o Jin não está agindo por conta própria, não sabe?”

“Vocês não me ouviram?” Questionou Nobi com voz firme, batendo com a ponta de Onihime no chão, enquanto a temperatura à sua volta começava a aumentar. “Eu falei para se afastarem, é uma ordem do Oyabun.”

“Entendido.” Respondeu Nikko com a sombra da franja lhe cobrindo o olhar, se virando de costas. “Espero que você saiba o que está fazendo...”

“Nee-san?” Indagou Chiyo confusa pela loira ter aceitado tão facilmente.

“Uma gangue que não confia no seu Oyabun não tem outro destino a não ser a ruína.” Comentou Koji se aproximando delas. “Vamos deixar o nosso fazer o seu trabalho.”

“Compreendo.” Suspirou a rosada, demonstrando um leve sorriso de confiança. “A verdade é que ele nunca nos desiludiu.”

“Vamos para um lugar seguro. Nós estamos contando contigo, Nobi.” Falou Nikko com um olhar firme e resplandecente de pura confiança.

“Podem deixar!” Respondeu Nobi apoiando o seu Kanabō no ombro, enquanto sorria levemente, pensando. “Eu realmente sou um Oyabun com sorte.”

“Parece que vai começar.” Comentou Kohaku observando a direção para onde Jin tinha sido arremessado.

“Vais ficar aí a noite toda, Jin?” Perguntou o ruivo olhando em frente. “Não me digas que isto foi o suficiente para acabar contigo.”

“Doeu… Mas de uma forma diferente do normal.” Murmurava Jin se levantando e com a mão no lado esquerdo do seu rosto. “Por alguma razão, isto também me irrita mais que o normal.”

O azulado embainhou Tsukuyomi e a retirou da cintura, transportando-a na mão esquerda. Então começou a correr em direção a Nobi, que se colocava em guarda, aguardando pelo seu ataque. Quando já estava a uma certa distancia, ainda insuficiente para a lâmina alcançar o seu objetivo, Jin colocou a mão direita no punho da espada e então, numa fração de segundos a desembainhou imediatamente.

Ao mesmo tempo, o ruivo sentiu um escalafrio e por instinto, inclinou rapidamente o corpo para trás. Assim que o fez, uma onda cortante passou por cima dele, cortando uns fios de cabelo da granja e deixando uma marca de corte numa casa atrás.

“Um corte à distância?” Indagou Koji ligeiramente surpreendido, tanto ele como as garotas e Goru assistiam tudo de um lugar mais afastado. “Oi, oi, quão apelona é essa coisa?”

“Ele concentrou o Anima negro na espada, enquanto esta estava na bainha e então lançou-o como um projétil cortante na hora que a sacou.” Pensou Nikko após observar a cena, as suas habilidades de análise haviam melhorar desde que havia experimentado diversas coisas com o seu próprio Anima após saber mais pormenores do seu irmão. “É algo que requer uma enorme concentração e precisão. Não é uma habilidade da espada, mas sim o próprio controle natural de Anima do Jin.”

“Nada mau, Jin.” Comentou Nobi se erguendo rapidamente para bloquear a espada do azulado, que já se encontrava próximo o suficiente.

“Eu vou cortar qualquer coisa que estiver no meu caminho.” Falou Jin com um olhar gélido, tentando fazer com que a sua força se sobreposse à do seu Oyabun, que bloqueava com Onihime.

O olhar de Nobi mostrou sinais de fúria e então, exercendo mais força, fez com que o espadachim tivesse de recuar com um salto para trás. Sem perder tempo, o jovem Oyabun lançou-se em direção a ele, pronto para o esmagar com o seu Kanabō de ferro.

Sem tempo para defender, Jin se esquivou agilmente para o lado, os seus reflexos estavam tão bons como os de um animal selvagem. Conseguindo assim evitar o potente ataque de Nobi, que acabou acertando o chão e causando uma levem nuvem de poeira.

“Que emocionante, até parece aquelas lutas dos mangás da Tsumi.” Comentou Kohaku impressionado como uma criança.

“O garoto de cabelo azul também não é muito entediante.” Falou Namonai pegando numa outra chávena de chá. “Mesmo que esteja dominado, ele mesmo parece ter um bom controle de Anima. Talvez até seja capaz de vencer. Talvez isto se torne um duelo interessante.”

Foi então que uma borboleta negra pousou na cartola dele, fazendo, por alguma razão, com que os dois levantassem a sua guarda.

“Namonai, você também sentiu?” Perguntou o albino começando com um leve suar frio. “Esta pressão de Anima?”

“Uma borboleta feita de Anima negro materializado.” Apercebeu-se Namonai quando a mesma ficou pairando à sua frente.

“É esta a fonte? ...Não, ela está um pouco mais longe.” Persentiu Kohaku observando também a misteriosa borboleta.

Então palavras começaram a surgir nas suas obscuras asas.

O seu Bispo (角行/kakugyō) é realmente incrível, porém, ele não será páreo para o meu Rei (玉将/gyokushō)” Namonai leu a mensagem que pareceu despertar o seu interesse.

“Isso são… Peças de Shogi? (N/a: basicamente, o xadrez japonês, por curiosidade: o termo usado para Rei é usado para o Rei Negro)” Questionou Kohaku estranhando a mensagem.

“O Bispo é o garoto azul… O Rei é o garoto vermelho…” Murmurou Namonai esboçando um grande sorriso no seu rosto e esmagando a borboleta com a sua mão. “Interessante… É como se alguém me estivesse desafiando. Terei todo o prazer em aceitar.”

Quando a poeira se dissipou, foi possível observar uma pequena cratera sob os pés de Nobi, enquanto este apoiava Onihime no seu ombro.

“Eu não estou interessado em ouvir as palavras de uma espada.” Falou Nobi apontando o seu Kanabō para o azulado, que se encontrava em guarda. “Eu queria ouvir as palavras do próprio Jin.”

A expressão de Jin ficou mais enraivecida, e então, investiu mais uma vez contra ruivo. Visando cortar-lhe um braço, moveu-se rapidamente para o lado esquerdo do jovem Oyabun, preparando-se para o ataque. Nobi conseguiu acompanhar ligeiramente o ágil movimento do espadachim com os seus olhos, mas não era rápido o suficiente para retaliar.

Numa tentativa esforçada de se desviar, Nobi girou o seu corpo, levando um corte nas costas que lhe fez perder o equilíbrio e cair.

“É o seu fim.” Declarou Jin apontando Tsukuyomi para a cabeça o caído Oyabun. “Você também será eliminado.”

“Esses não foram os movimentos de Inugawa Jin.” Murmurou Nobi ainda deitado no chão, com a lâmina negra apontada à sua cabeça.

“O quê?” Indagou o azulado mostrando por momentos hesitação.

“Eu já lutei com ele de verdade, por isso eu sei. O estilo de luta do Jin é mais fluido e limpo, se ele quisesse, podia acabar com tudo com um único corte, sem causar sofrimento.” Disse o Yakuza de cabelo vermelho, apertando fortemente o punho da sua arma amaldiçoada, enquanto o seu adversário estava distraído. “O JIN NÃO LUTA COMO UM ANIMAL SELVAGEM COMO VOCÊ!”

Com este grito de fúria, Nobi pressionou a sua mão esquerda no solo com tanta força que o rachou e usando-a como apoio, dirigiu com a sua perna, um coice no estômago do azulado, desnorteando.

O ruivo levantou-se de imediato e atacou Jin usando a sua Onihime. Mesmo ainda com uma enorme dor na área atingida, o espadachim conseguiu desviar-se do ataque novamente, se baixando. Aproveitando essa abertura criada em Nobi, Jin perfurou a sua perna esquerda com Tsukuyomi.

Porém, o jovem Oyabun apenas sorriu e atacou com o seu Kanabō, com intensão de esmagar o seu adversário, que agora se encontrava preso pelo próprio ataque. Jin agiu rápido e colocou o braço esquerdo sobre a cabeça, para absorver parte do impacto. Então, o azulado foi atingido pelo esmagador ataque do seu Oyabun, mas permaneceu agachado, com Tsukuyomi cravada na perna de Nobi e Onihime esmagando e fervendo o seu braço, enquanto demonstrava uma expressão dolorosa ao mesmo tempo que permanecia firme. Assim que encontrou uma brecha, saltou para trás, retirando a espada da perna do ruivo.

“Eles estão bem equilibrados.” Comentou Chiyo enquanto assistia. “Mas o Jin a partir de agora vai ter dificuldade em usar o braço esquerdo, provavelmente fraturou e com alguma sorte não quebrou.”

“Eu soube que eles já lutaram duas vezes.” Comentou Koji lendo o seu bloco de notas. “Na primeira o Jin venceu, na segunda foi o Nobi.”

“Na primeira, o Aniki não estava usando a sua arma amaldiçoada e estava restringido às regras de Kendo. Na segunda, não havia qualquer regra e apenas o Aniki estava usando uma arma amaldiçoada, apesar de estar no Stage 1.” Explicava Goru sem tirar os olhos da luta que decorria. “Esta é a primeira luta em que os dois estão usando armas amaldiçoadas, ambas no Stage 2.”

“E pode não parecer, mas o Nobi está contendo levemente a sua força.” Reparou Nikko analisando também aquela batalha. “A Onihime parecia ser mais potente na luta contra o presidente.”

“Tanto o ferimento na perna como o das costas vão demorar um pouco mais a curar.” Pensava Nobi enquanto sentia dor nos seus ferimentos. “Não posso ser tão descuidado.”

Jin também aparentava ter ficado mais preventivo, após o que acontecera ao seu braço. Os dois analisavam-se mutuamente, procurando por aberturas que lhes permitissem golpes definitivos.

Nobi foi então o primeiro a atacar. Tentou atingir o desprotegido lado esquerdo do espadachim com o seu fervente Kanabō, mas este conseguiu saltar agilmente, evitando o golpe e aterrando na arma. Ignorando a alta temperatura da mesma, correu em direção ao ruivo para lhe cortar a cabeça, porém, a lâmina foi segurada mais uma vez pela mão nua de Nobi, que o arremessou juntamente com a espada contra o chão.

O Oyabun atacou então novamente o caído espadachim com um golpe esmagador, que desta vez foi bloqueado pela espada do mesmo, enquanto se levantada. Os dois entraram novamente num confronto intenso de forças, sem que um superasse a força do outro.

“Jin…” Chamou Nobi enquanto insistia com o ataque. “Eu realmente esperava mais de ti.”

“Cale-se!” Gritou Jin com um olhar raivoso. “Eu vou-lhe cortar de uma vez!”

“Diz-me, Jin.” Falou o ruivo com um olhar de superioridade, enquanto fazia mais força, causando a rachadura do chão por baixo de Jin, que tentava bloquear o ataque apenas com uma mão. “Desde quando é que é a espada que controla o espadachim?”

Aquelas palavras, por alguma razão, abalaram novamente Jin, causando um momento de hesitação, crucial para que o ataque de Nobi atravessasse a sua defesa, obrigando-o a recuar rapidamente com um único salto.

“Jin! És tão fraco assim, ao ponto de te deixares controlar por uma simples espada?” Perguntou Nobi com uma voz autoritária. “Um espadachim deve controlar a sua espada, não o contrário!”

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Jin então abriu os olhos naquele espaço negro, vendo que o seu corpo estava-se afundando no solo daquele lugar. Alarmado, levantou-se imediatamente, reparando depois que conseguia ficar de pé no mesmo lugar em que se estava afundando.

“Que lugar é este?” Questionou Jin estranhando tudo.

“Impressionante.” Comentou um lobo aparecendo à frente dele, o seu pelo era branco e resplandecente e os seus olhos eram de um tom azul-celeste que transmitia um espírito sereno e ao mesmo tempo intimidador. “Você consegue se manter consciente neste espaço.”

“Um lobo falante?” Inquiriu Jin ficando mais confuso, até que tudo o que acontecera nestes dois dias voltou repentinamente à sua mente, fazendo-o finalmente compreender. “Você… É o espírito da Tsukuyomi?”

“Jovem…” Falou novamente o lobo, a sua voz se assemelhava à de um sábio já idoso, passou algum tempo sem dizer mais nada, aumentando gradualmente a tensão entre os dois, após alguns segundos após se ficarem encarando sem trocar qualquer palavra, o animal prosseguiu. “Você sabe que isto não é uma Zanpakutou, certo?”

A quebra de clima foi tal, que Jin até caiu para trás.

“Como você sabe o que é uma Zanpakutou?” Reclamou Jin se levantando logo de seguida. “Então, o que você é?”

“Oh, adaptaste-te muito bem à situação. Algumas pessoas ainda não conseguiriam aceitar se quer o fato de estarem falando com um velho lobo como eu.” Comentou o lobo impressionado. “O meu nome é Ishiou Mitsuki, o primeiro portador de Tsukuyomi. Estou aprisionado dentro dela há mais de 400 anos.”

“O quê?” Murmurou Jin espantado com a resposta do misterioso lobo. “Porque é que o senhor está preso nela? Como é que isso aconteceu?”

“Então você ainda não sabe.” Suspirou Mitsuki se sentando. “Isso agora não importa, Jovem. Mas primeiro deixa-me esclarecer uma coisa, a Tsukuyomi não tem um espírito ou uma consciência, ao contrário do que estejas pensando.”

“Então como ela está controlando o meu corpo?” Perguntou Jin agitado, não suportava estar naquele estado.

“Não está.” Respondeu Mitsuki com um olhar severo, fazendo o azulado suar frio. “Na verdade, ela está descontrolando-o.”

“Como assim?” Inquiriu o jovem espadachim engolindo em seco.

“A Tsukuyomi é pura sede de sangue concentrada.” Respondeu o lobo olhando para a lua vermelha naquele extenso céu negro. “Ela dividiu a tua consciência, deixando livres apenas os pensamentos negativos e o instinto, enquanto tudo o resto foi aprisionado neste espaço. Ela não só passou por diversos assassinos, como também criou muitos, durante estes 400 anos. Esse é o seu efeito colateral.”

“Efeito colateral…” Murmurou Jin abalado por aquilo, afinal tudo o que fizera fora por conta própria, ou pelo menos, de uma parte de si. “Então eu não estava sendo controlado… Eu sou mesmo assim. Uma parte de mim queria fazer aquilo.”

“Isso deve ter sido mesmo um grande choque.” Comentou Mitsuki olhando para o azulado que se encontrava com um olhar desolado, caindo de joelhos. “É normal uma pessoa perder toda a esperança neste ponto. Não deve tardar para adormeceres novamente.”

Desde quando é que é a espada que controla o espadachim?” Essas palavras ressoaram na cabeça de Jin. “Jin! És tão fraco assim, ao ponto de te deixares controlar por uma simples espada?

“Não.” Falou o azulado com voz firme, enquanto se levantava novamente, com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos, surpreendendo o lobo.

Um espadachim deve controlar a sua espada, não o contrário!

“Eu não vou deixar que esta espada faça o que quer comigo!” Gritou Jin com um olhar firme e feroz. “Não importa se essa sede de sangue é uma parte de mim! Eu não deixarei que ela prevaleça os meus princípios!”

“Boa atitude, Jovem. Mas o que vais fazer?” Questionou Mitsuki com um tom desafiador.

“Não é óbvio?” Indagou Jin se virando para a Tsukuyomi cravada no solo e pegando no seu punho. “Eu sou um espadachim, por isso vou usar uma espada.”

Jin tentou retirar a espada, mas esta não se movia, estava presa. Então, o jovem espadachim começou a fazer mais força, sem desistir.

“Então estás tentando destruir o selo que dividiu a tua consciência?” Percebeu o lobo com um tom irônico. “Você acha que vai mesmo conseguir apenas com força de vontade?”

“Ela está-se achando.” Murmurou Jin se esforçando.

“Hã?” Indagou Mitsuki não entendendo.

“Você não é mais que uma espada!” Gritou Jin usando toda a sua força, fazendo com que a espada se começasse a mover lentamente, mas ainda com muita dificuldade. “Não tens qualquer direito sobre o meu corpo e a minha mente!”

Era quase possível ver a intensidade com que Jin tentava puxar a espada cravada. As veias dos seus braços e do seu pescoço começavam a latejar, enquanto ele usava toda a sua força para puxar a arma amaldiçoada.

“Oi, Jovem, esqueci-me de dizer.” Avisou Mitsuki, enquanto a Lua começava a ficar cada vez mais vermelha e brilhante. “O selo do efeito colateral tem um mecanismo de segurança.”

Então, assim que o lobo acabou de falar, centenas de lâminas começaram a cair sobre o azulado, assim como algumas também surgiam do solo, todas cravando em diversas partes do corpo do azulado, todo ele fora perfurado, uma cena deveras perturbadora e horripilante, com sangue salpicando por todos os lados.

“É realmente hediondo.” Comentou Mitsuki suspirando. “Claro que a dor e os ferimentos são apenas psicológicos, mas a mente de nenhum ser humano aguentaria sentir uma dor assim.”

“Já… Falei… Que você é uma simples espada.” Murmurou Jin cuspindo sangue e com um monte de lâminas cravadas no corpo.

“O quê?” Inquiriu Mitsuki espantado. “Não pode ser.”

Jin, sem vacilar, continuou puxando a espada negra, ignorando todas aquelas lâminas.

“Se tens tanta sede de sangue, podes ficar com o meu à vontade! Não me importo!” Gritou Jin fazendo com que ela se movesse mais um pouco, à medida que o fazia, as lâminas iam desaparecendo e começavam a surgir rachaduras brancas em todo aquele espaço.

“Ele está querendo romper o espaço apenas com força bruta.” Pensou Mitsuki espantado e depois esboçando um sorriso aprovador. “Gostei deste rapaz.”

“É o espadachim que usa a espada e nunca o contrário!” Proclamou fazendo ainda mais força, enquanto o espaço começava a tremer e a própria Lua vermelha rachava. “O único que tem o direito de usar as minhas habilidades… É aquele que conseguiu todo o meu respeito… O homem que vai dominar o Japão… O meu mestre… HIRATA NOBI!”

Com esse poderoso rugido, Jin retirou a espada do solo e tudo à sua volta se despachou em milhares de cacos.

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Nobi voltou a atacar o lado esquerdo do azulado, alcançando o abdome do mesmo com a sua Onihime. Porém, o impacto foi bloqueado pelo rápido posicionamento da lâmina de Tsukuyomi encostada ao seu abdome.

Com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos, Jin se moveu agilmente, num movimento fluído e rápido, que surpreendeu o ruivo, sendo atingido na cabeça. Mas para maior das suas surpresas, não foi cortado, apenas levou um leve golpe no topo da sua cabeça, percebendo que a lâmina estava sem fio.

“Um ponto.” Murmurou Jin com um suave sorriso no seu rosto. “Tsukuyomi, tal como a Lua que tem várias fases, consegue controlar perfeitamente o fio da sua lâmina, podendo-se tornar uma espada incapaz de cortar ou até um bisturi. Melhor tomar cuidado, eu podia ter-lhe cortado a cabeça, Mestre.”

“Uma espada que só corta o que quer.” Falou Nobi com um sorriso confiante. “Realmente é a arma perfeita para ti. Bem-vindo de volta, Jin.”

“Obrigado, Mestre.” Agradeceu Jin embainhando a sua espada.

“Fizeste com que eu ficasse muito preocupado, idiota!” Falou Nobi com um monte de lágrimas exageradas repentinas, abraçando o seu subordinado com toda a sua força. “Ainda bem que voltaste a ti!”

“M-Mestre…V-você vai quebrar a minha espinha… Se continuar assim.” Reclamava Jin, enquanto o seu Oyabun o abraçava forte demais.

“Ora, ora. Parece que perdi.” Comentou Namonai se levantando. “Sempre que faço uma aposta, aposto no que me parece que tem menos possibilidades, dessa forma parece mais interessante, mas infelizmente perdi. Realmente, alguém como eu não serve para apostas… Kohaku, qual é o nome do cabelo vermelho?”

“Hum… Nobi... Hirata Nobi.” Respondeu Kohaku fechando os olhos e apontando a sua palma ao ruivo. “O que vais fazer com ele, Namonai?”

“Por enquanto nada. Ele realmente parece ser interessante, mas ainda tem muito que evoluir.” Explicou Namonai se virando para se ir embora, olhando uma última vez para Nobi. “Hirata Nobi… Não me esquecerei desse nome. Tenho a certeza que quando você estiver maturo o suficiente será capaz de criar um excelente Show para me entreter. Essa será a minha aposta.”

Então, a dupla misteriosa desaparecera nas sombras da noite, tal como aparecera.

Enquanto isso, Tsukuyomi começou a brilhar e transformou-se numa espada de madeira com a marca de uma Lua-Crescente num dos lados.

“Uma Bokuto? (N/a: espada de madeira)” Questionou Jin observando a nova forma da sua arma.

“Ela agora está no Stage 1, ele varia dependendo do portador.” Explicou Nobi fazendo com que a sua Onihime voltasse a ser um bastão de beisebol metálico. “Agora és tu que a controlas.”

“Gostei.” Comentou Jin vendo a sua Bokuto iluminada pela luz da Lua-Cheia.

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“Este lugar realmente ficou mais agradável.” Comentou Mitsuki admirando o novo espaço.

O que antes era escuro e sem esperança se tornou num gigantesco mar de água cristalina, acompanhada de um grandioso céu azul e mesmo sendo um lugar iluminado, no topo ficava uma resplandecente Lua azul.

“O rapaz fez um bom trabalho.” Murmurou o velho lobo, quando sentiu uma repentina pressão que chamou imediatamente a sua atenção. “Esta pressão de Anima? Entendo… Então você também está nesta cidade… Chō-hime. (N/a: Princesa Borboleta)

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Observando de longe, no topo de um prédio, se encontrava a misteriosa mulher das borboletas, rodeada pelas mesmas.

“Parece que fui eu que venci a aposta.” Comentou ela com uma borboleta negra pousando nos seus dedos. “Eu sabia que o meu Nobi-sama conseguiria vencer facilmente. Você deve continuar avançando, para que o seu desejo se cumpra…”

Terminando as suas palavras, ergueu o seu braço delicadamente, deixando a borboleta partir pelo céu noturno.

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“Não me entendam mal, ainda bem que tudo acabou bem e tudo mais…” Falou Koji enquanto carregava Jin às costas. “Mas porque é que eu o tenho de o carregar? Não me importava se fosse uma garota peituda, mas não quero carregar homens!”

“Eu também não gosto disto.” Reclamou Jin com uma veia pulsando na testa.

“Ele ficou bastante ferido, por isso é melhor ele não fazer muitos esforços até eu o examinar na casa da Nee-san.” Respondeu Chiyo com um ar autoritário.

“Mas ele não machucou as pernas! Pode andar muito bem sozinho!” Reclamou Koji revoltado.

“Você ouviu o que eu disse?” Perguntou Chiyo com uma aura negra, enquanto segurava diversas agulhas.

“Ok, ok, já entendi.” Suspirou o esverdeado com uma expressão entediada. “Não vale a pena discutir com uma Loli destas.”

“O que me chamaste?” Gritou Chiyo irritada.

“Eles estão bem animados.” Riu Nobi andando mais à frente, com Nikko logo atrás.

“Nem parece que estivemos numa situação como aquela.” Comentou Nikko com uma expressão aliviada. “Foi tudo graças a ti.”

“Eu não fiz nada de especial.” Respondeu Nobi olhando para o belo luar daquela noite. “Eu só falei o que pensava, o Jin fez o resto.”

“Entendo.” Falou Nikko dando um leve sorriso.

Porém, aquele agradável momento não durou muito. Ao virarem a esquina, os membros da Onigumi foram completamente espantados pelo cenário que vislumbraram. A casa de Izumo Nikko encontrava-se em chamas… E num dos muros estava escrito em graffiti “White Tigers”.

Todos ficaram chocados por momentos, até ouvirem um estridente grito de pânico.

“Esta voz…” Murmurou Nikko a reconhecendo.

“Momo!” Gritou Nobi adentrando na casa coberta pelas chamas, sem hesitar um único segundo.


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Notas finais do capítulo

É tudo por hoje, tinha algumas dúvidas quanto a este capítulo, mas espero que tenham gostado
Até à próxima!



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