Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 28
Espada Negra, Tsukuyomi


Notas iniciais do capítulo

Aqui têm o novo capítulo, aposto que estavam curioso para saber o que vai acontecer, por isso sem mais demoras, desfrutem da leitura



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No quartel general do Exército Escarlate, em Nagoya, Kitsuhara caminhava pelos corredores da base, quando Suzuki se juntou a ele.

“Major, tem a certeza que não quer perseguir pessoalmente aquele criminoso?” Perguntou o jovem Cabo com o seu típico rosto inexpressivo. “Afinal, você o classificou com um Rank S.”

“Caro Cabo Saito, nós somos uma força destinada a espalhar a paz e a justiça por este país. Não podemos ficar o tempo todo perseguindo presas.” Respondeu Kitsuhara lendo um pequeno livro enquanto caminhava. “Somos uma organização governamental, podemos usar a nossa inteligência para capturar qualquer criminoso.”

“Você é muito apressado, Suzuki-kun.” Comentou Takahashi encostada na parede do corredor pelo qual os dois estavam passando. “Você precisa crescer se quer ser um bom soldado.”

“Entendido, Major Kitsuhara. Você tomou uma sábia decisão afinal.” Respondeu Suzuki passando pela jovem Cadete sem dizer nada. “Perdoe-me por ter duvidado das suas ações.”

“Não me ignores!” Reclamou ela ficando envergonhada por ter sido completamente ignorada.

“Cale-se, Takahashi.” Mandou Suzuki com um olhar tedioso. “Você é irritante.”

“Você está falando com uma superior, me respeite!” Pediu Takahashi com algumas lágrimas nos olhos. “Porque você sempre fala como se fosse superior a mim?”

“Porque sou.” Respondeu o jovem Cabo seguindo o seu caminho com o Major.

“Suzuki-kun… Você é sempre tão cruel.” Murmurou ela num canto entristecida.

“Amigos de infância são sempre animados.” Riu levemente Kitsuhara. “Oh isso me lembra, Cabo Saito. Tóquio foi uma das possíveis rotas que calculamos que aquele criminoso poderia fazer.”

“A cidade onde o meu Nii-san está?” Recordou Suzuki curioso.

“Isso mesmo.” Confirmou o Major sem tirar os olhos do seu livro. “Preocupado?”

“Não.” Negou ele com um leve e raro sorriso no seu rosto. “O meu Nii-san é o mais forte, nunca vai perder.”

“O Suzuki-kun admira muito o Sindo-san.” Comentou Takahashi com alguma nostalgia.

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Na manhã do dia seguinte, mais uma vez no telhando da escola, a Onigumi discutia alguns assuntos enquanto almoçava.

“E pensar que seríamos atacados tão cedo.” Murmurou Nikko fazendo referência ao incidente de Jin. “Os White Tigers não perdem tempo.”

“Agora seria a nossa vez de reivindicar.” Falou Koji cerrando o punho animado.

“Isso!” Concordou Chiyo motivada. “Tempos de vingar o Jin-kun!”

“Já falei que estou bem… Deixem-se de se preocupar.” Murmurou Jin comendo o seu arroz calmamente e ligeiramente distante no seu tom.

“Para mim tanto me faz quando é que atacamos, só não quero ficar muito tempo fora de casa.” Comentou Momoka com uma expressão meio cansada, pois passará a noite inteira jogando online. “Odeio estas dores de cabeça matinais.”

“Anego, não sei se isso se pode chamar ainda de matinal.” Observou Goru que se encontrava em cima da cabeça de Nobi.

“Todos sabem que a manhã só acaba depois das duas.” Respondeu Momoka enquanto comia um bolo de morango inteiro, sem partilhar com ninguém.

“Só para você.” Pensou Nikko com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Os White Tigers fizeram algo imperdoável.” Disse Nobi se levantando e batendo com o seu bastão no chão, chamando a atenção do grupo. “Atreveram-se a machucar alguém da nossa gangue! Eu não permitirei que eles fiquem sem punição.”

A expressão séria de Nobi surpreendeu todo o mundo, tirando Momoka que estava quase a adormecer e Jin que olhava para o seu Oyabun com um olhar frio e cerrando os dentes disfarçadamente, como se tivesse frustrado com alguma coisa.

“Quando se trata destes assuntos, o Aniki fica bem sério.” Notou Goru ainda na cabeça do seu Oyabun.

“Claro! Eu não posso deixar ileso quem se mete com a minha gangue.” Falou Nobi cerrando o punho. “Nós vamos acabar com eles, Jin.”

“Já falei que não precisam fazer isso por mim.” Respondeu Jin com um tom rude, fazendo os outros estranhar. “Me perdoem, mas não falta muito para a aula começar, vou andando.”

E assim, o jovem espadachim levantou-se e foi embora, deixando um silêncio desconfortável no grupo.

“Ele está bem stressado.” Comentou Koji sem dar muita importância.

“Ele está assim desde o incidente.” Falou Chiyo preocupada.

“Isso é bem estranho. Ele não costuma ser assim.” Afirmou Nikko intrigada, enquanto Momoka já estava a dormir.

“Sim…” Murmurou Nobi com os seus olhos ainda fixos na direção em que Jin fora. “Pode dizer-se que é estranho.”

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Mais tarde, na casa de Nikko, a gangue havia-se reunido novamente para conversar sobre a sua investida contra a White Tigers. Ficaram falando até tarde, mas não chegaram a qualquer conclusão, pois não sabiam primeiramente onde era a sede da gangue adversária.

“Não acredito que não conseguimos pensar em nada de útil.” Suspirou Nikko sentando-se no sofá e ligando o televisor para assistir o noticiário.

Jin encontrava-se sentado na outra ponta e aparentava estar meio ensonado.

Últimas notícias. Ontem há noite, foram encontrados três corpos na rua.” O jornalista falou alarmado. “Como é possível ver nestas imagens, os sujeitos foram mortos cada um com um único corte. A polícia acredita que a arma do crime seja uma espada longa…

“Aqueles caras…” Falou Nikko surpreendida ao ver as imagens.

“Conheces eles, Nikko?” Perguntou Nobi atrás do sofá olhando fixamente para o televisor.

“Sim… Bem, mais ou menos.” Respondeu ela com alguma dúvida. “Se bem me lembro, aqueles caras eram alguns dos Yakuzas que estavam no Hospital para fazer mal à Hina-chan, quando eu e o Goru a salvamos.”

“Entendo…” Murmurou o ruivo com uma expressão séria e um estranho brilho vermelho nos seus olhos, observando atentamente as imagens que passavam. “Jin… O que achas disto?”

“Que provavelmente ninguém vai sentir falta de lixos como eles.” Respondeu ele friamente.

“Ei, Jin.” Falou Nobi com um tom de voz ameaçador, com um olho tapado pela sombra da franja e o outro ainda com o brilho vermelho, enquanto apontava o seu bastão de beisebol à cabeça do azulado. “Estás falando de vidas humanas.”

“Vidas que não valem nada.” Retrocou Jin lançando um olhar frio para o seu Oyabun.

“O que é esta pressão entre os dois?” Pensou Nikko suando frio.

A atmosfera entre os dois parecia ficar cada vez mais pesada, enquanto os dois se encaravam. Até que, quando algum dos dois estava prestes a fazer um movimento, Momoka apareceu surpreendentemente no meio.

“Não causem confusão.” Falou ela com uma expressão ameaçadora. “Eu estou indo cochilar e quero fazer isso em paz.”

“Não se preocupe, Momoka-dono.” Respondeu Jin se levantando. “Eu precisava sair de qualquer maneira.”

Sem dizer mais nada, o jovem espadachim abandonou a casa e seguiu o seu caminho.

“Ainda bem que não aconteceu nada.” Suspirou Nikko aliviada. “Obrigada, Momo-san.”

“Hã? Não sei o que estás falando.” Disse a Wakagashira limpando o ouvido com o dedo mindinho e depois soprando para a sujeira sair e depois fazendo um expressão intimidadora. “Agora vou dormir. Não me incomodem. Perceberam?”

“Sim, senhora.” Respondeu a loira com algum medo, enquanto pensava. “Ela parece ser um pouco mais ameaçadora quando está cansada.”

“Goru.” Chamou Nobi, fazendo com que o pequeno robô vermelho saltasse para o seu ombro. “Vamos precisar de ir a um lado daqui a pouco.”

“Entendido, Aniki.” Respondeu ele firmemente.

“Nikko, chama o Koji e a Chiyo.” Pediu o ruivo com um tom sério. “Tenho algo a vos pedir.”

“Certo.” Respondeu ela preocupada com o tom de voz do seu Oyabun.

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Mais tarde, Jin chegara então ao seu apartamento, a sua respiração estava meio pesada e o mesmo foi apressadamente para o seu quarto, onde fechou a porta e se sentou no chão, encostado à mesma.

“O que você me fez fazer?” Questionou Jin com um olhar selvagem de predador, olhando para a espada embainhada com a gravura de uma Lua-Crescente que se encontrava no seu quarto. “Tsukuyomi.”

–-----------------------------------------(Flashback On)-------------------------------------------

“Quem é você?” Perguntou Jin com um olhar ameaçador, mesmo estando desarmado.

“Podes chamar-me Namonai.” Ele se apresentou com o seu típico sorriso, saltando do poste para o chão e estendendo a misteriosa espada para o azulado. “Alegre-se, estou aqui para cumprir o seu desejo.”

“Desejo?” Questionou o azulado intrigado. “O que você quer dizer com isso?”

“Consigo ver nos seus olhos.” Afirmou Namonai observando com os seus olhos vermelhos e profundos como um poço o rosto do espadachim. “Você se sente frustrado com a própria fraqueza. Quer ser mais forte para alcançar os seus objetivos e proteger quem ama. Com esta espada isso será possível.”

“Isso é uma arma amaldiçoada?” Inquiriu Jin curioso.

“Oh, vejo que temos aqui um entendido.” Comentou o moreno com tom de sarcasmo, jogando a espada para o azulado.

“Apenas já me encontrei com algumas.” Respondeu ele pegando a espada que fora jogada na sua direção.

“O seu nome é Tsukuyomi (N/a: Deus Xintoísta da Lua).” Revelou Namonai com o seu típico sorriso. “Ela te dará o poder para realizar o teu desejo.”

“O poder para realizar o meu desejo?” Murmurou Jin observando a espada na sua mão, como se estivesse em transe, enquanto o Anima negro começava a rodear o seu braço.

Jin ficou alguns segundos encarando a espada embainhada até que finalmente voltou a si.

“Desculpe, mas eu não posso aceitar algo as-” O espadachim ia responder, quando notou que o estranho misterioso desaparecera entre as sombras da noite. “Ele foi-se embora… Será que devo ficar com isto?”

Ainda receoso, Jin colocou a katana à sua cintura e seguiu o caminho para casa.

Depois de caminhar algum tempo, encontrou três pessoas que ao saírem de uma loja de conveniência esbarram nele e deixaram cair as suas compras no chão.

“Ei! Olhe para onde está andando, moleque.” Falou o maior dos três.

“Hã?” Indagou Jin se virando para eles com um olhar frio, não estava com paciência para lidar com encrenqueiros.

“Olhem só.” Falou o maior com um sorriso convencido. “Encontramos o nosso velho amigo Jin.”

“Vocês?” Murmurou o azulado ao reconhece-los, eram parte do grupo que estava sempre de olho na sua irmãzinha caso ele não seguisse as ordem da White Tigers.

“Há quanto tempo, Jin-kun.” Cumprimentou o mais magro com um sorriso malicioso. “Como está a Hina-chan?”

“Não é da vossa conta.” Respondeu ele dando as costas para ir embora.

“Oi, oi, não seja tão frio, Jin-kun.” Falou o terceiro lhe agarrando pelo ombro com força. “Só queremos conversar um pouco.”

“Me largue.” Ordenou Jin com um olhar raivoso que fez o outro lhe soltar imediatamente.

“O que foi? O vira-lata obediente ficou rebelde, foi?” Provocou o maior.

Jin estava ficando bem irritado, a presença daqueles três lhe trazia de volta memórias que só queria esquecer para sempre. Pensou então em afugenta-los com a sua espada, como costumava fazer, porém, assim que colocou a mão no punho de Tsukuyomi, todo o seu corpo estremeceu e a sua mente ficou completamente em branco, surgindo apenas uma palavra:

Cortar.

–----------------------------------------(Flashback Off)-------------------------------------------

“Fui eu que os matei.” Murmurou Jin com as mãos na cabeça e um olhar abalado. “Matei-os mesmo, não foi? Isto é algo errado… Muito errado! Algo imperdoável… Então… Porquê? Por que é que eu me senti… tão bem?”

Jin tentava entender os seus próprios pensamentos, mas só conseguiu sentir dores de cabeça cada vez mais fortes e a sua respiração ficado mais ofegante. Estava sentindo um desconforto descomunal por todo o corpo. Olhou então novamente para Tsukuyomi, estava encostada à janela, iluminada pela luz da Lua-Cheia, luz essa que parecia causar um desconforto maior a Jin quando olhava para mesma. O azulado então percebeu… Aquela sensação insuportável não ia passar até que ele pegasse naquela espada novamente. Ele finalmente aceitara… Não podia fugir daquela espada.

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Pouco tempo depois, Jin caminhava pelas escuras ruas iluminadas pela Lua, com Tsukuyomi presa na sua cintura.

“Finalmente entendo…” Murmurava ele com um olhar vazio. “O meu desejo é vingança… Eu não posso perdoar os White Tigers… Vou matá-los.”

“Onde pensas que vais, Jin?” Questionou Koji encostado num muro.

“Estava apenas dando um passeio noturno para me exercitar um pouco.” Respondeu ele levando discretamente a mão até ao punho da sua nova espada.

“Então qual é a razão dessa enorme sede de sangue?” Perguntou Chiyo em cima do muro oposto. “Uma assassina como eu consegue senti-la de longe.”

“O que vocês estão fazendo aqui?” Indagou Jin ficando desconfiado.

“O Nobi disse para ficarmos de olho em ti.” Respondeu Nikko atrás dele com um taco de golfe na sua mão, única coisa que tinha à mão para usar como arma. “Agora, diz para onde estavas indo, Jin.”

“Entendo… Vocês também vão ficar no caminho do meu desejo… Vocês também acham que não sou forte o suficiente.” Murmurou ele com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos e depois esboçando um leve sorriso que mostrava os seus caninos. “Eu devo cortar… Os obstáculos no meu caminho.”

“O Show está prestes a começar.” Afirmou Namonai assistindo tudo desde o telhado de uma casa, acompanhado por Kohaku.

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Nesse momento, Nobi, com Goru no seu ombro, invadiu o apartamento de Jin derrubando a porta com um chute.

“Aniki, por que é que estamos fazendo isto?” Perguntou o pequeno robô confuso.

“Goru, utiliza o teu radar, por favor.” Pediu o ruivo com um ar sério.

“Certo, mas mesmo assim não sei o que vo-” Respondia Goru até que notou uma coisa que o também fez ficar sério. “Há vestígios de uma arma amaldiçoada no local.”

“Tal como suspeitava.” Murmurou Nobi olhando em volta com os seus olhos vermelhos brilhando intensamente.

“Você já sabia, Aniki?” Questionou Goru levemente surpreendido.

“Uma mudança repentina no modo de agir de uma pessoa é um dos indícios de que foi dominado por uma arma amaldiçoada.” Explicou o jovem Oyabun virando-se novamente para a porta. “Estou preocupado… Especialmente com os outros.”

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“Ele não está dizendo coisa com coisa.” Comentou Koji endurecendo o seu punho direito. “Uma boa surra deve ser o bastante para acordar.”

“Jin, está tudo bem se te renderes e te explicares.” Falou Nikko com uma voz compreensiva. “Não queremos ter de ir contra ti.”

“Isso torna as coisas mais fáceis.” Respondeu Jin sacando Tsukuyomi, a sua lâmina era completamente negra e refletia a luz da Lua perfeitamente.

Então o azulado foi em direção à loira num ataque repentino, mas antes que pudesse fazer alguma coisa, Chiyo interveio, tentando bloquear a espada com as suas Kodachis.

“Nee-san, não entendo muito bem, mas consigo perceber.” Falou Chiyo olhando nos olhos vazios do espadachim, enquanto se esforçava bastante para conter a lâmina negra. “Este não é o Jin-kun que nós conhecemos.”

“Isso mesmo!” Concordou Koji correndo em direção ao azulado, aproveitando que este estava sendo distraído por Chiyo, para um ataque pelas costas.

Porém, Jin apercebeu-se a tempo e deu um veloz giro que conseguiu rebater as lâminas da rosada e indo em direção ao tronco do pervertido para o cortar.

“Ele é muito rápido.” Pensava Chiyo preocupada enquanto era atirada para trás e a espada do azulado se aproximava de Koji.

“Droga.” Pensou Koji surpreendido, endurecendo o lado direito do abdome no último segundo.

Então o esverdeado levou o impacto do golpe da espada e foi jogado contra um muro, fazendo-o desabar em cima dele.

“Koji-senpai/Pervertido!” Gritaram Nikko e Chiyo respetivamente preocupadas.

“Oi, oi, só podem estar brincando comigo. Qual é a dessa espada?” Questionou Koji saindo dos escombros, sacudindo as suas roupas e levantando a sua camisa para ver o local onde levara com a espada, ainda com o seu endurecimento ativo. “Conseguiu fazer um risco na minha defesa infalível.”

“É melhor que se afastem.” Advertiu Jin com um olhar selvagem semelhante ao de uma fera. “Como podem ver, eu sou forte o suficiente para me vingar.”

“Oh, ele está mesmo lutando com os amigos dele.” Comentou Kohaku agindo como uma criança que acabava de ver algo surpreendente. “Mas realmente, ele tem amigos muito incomuns. Um amaldiçoado, uma assassina e… Uma Izumo, esses são raros.”

“Mesmo assim está sendo um pouco entediante.” Falou Namonai sem desfazer o seu sorriso. “É sempre a mesma coisa. Eles fazem drama demais tentando trazer ele de volta à razão, enquanto acabam mortos pelas suas mãos. Já vi isto incontáveis vezes.”

“Mesmo assim, você mesmo disse, aquele garoto parece ter um potencial incrível para usar uma arma amaldiçoada.” Argumentou o albino interessado na luta. “Então, por que é que lhe deu uma arma tão fraca como a Tsukuyomi?”

“É verdade que a Tsukuyomi é a arma amaldiçoada modelo katana mais fraca que existe.” Concordou Namonai girando a sua bengala para se entreter. “Afinal, a única coisa que ela faz é aumentar intensamente os sentidos e instintos do usuário como um animal selvagem e a habilidade de controlar o fio da lâmina. Comparada às outras espadas amaldiçoadas, esta é demasiado simples.”

“Então por que é que a ofereceu a alguém com tanto potencial?” Questionou Kohaku novamente, pois não entendia.

“Exatamente por ele ter esse potencial todo.” Respondeu o moreno sorrindo para o seu companheiro, fazendo com que o mesmo inclinasse a cabeça para o lado, ainda não entendendo. “Eu quero saber… O quão forte será aquela arma nas mãos de alguém com tanto potencial. O poder de uma arma amaldiçoada depende 90% do seu portador. Deve ser algo bem interessante de se assistir.”

“Entendi.” Falou Kohaku com um sorriso puro e infantil. “É realmente uma pena alguém com tanto potencial ter caído tão facilmente no domínio da arma, especialmente de uma tão fraca como a Tsukuyomi.”

“Não é bem assim, Kohaku.” Corrigiu Namonai sentando-se no telhando e tirando uma chávena de chá sabe-se lá donde. “A Tsukuyomi pode ser uma das armas mais fracas, mas é sem dúvida das que contem a maior sede de sangue. Armas amaldiçoadas não são diferentes de drogas… Especialmente para aqueles que se deixam dominar por elas. Quanto maior for o desejo de alguém… Quanto mais intenso for ele… Maior será a instabilidade na sua mente. As armas aproveitam-se dessa instabilidade para assumirem o controle. “Quero ser mais forte.” “Quero protege-los.” “Quero supera-lo.” “Quero-o de volta.” “Quero que me notem.” “Quero que todos desapareçam.” “Quero matá-lo.” “Quero destruir.” “Quero viver.” Esses tipos de desejos destabilizam as mentes humanas, tornando-as veneráveis às armas que se oferecem a “cumprir os seus desejos”. Porém, ter o seu desejo cumprido apresenta sempre um risco pesado. Mas isso você deve saber melhor que ninguém, Kohaku.”

“Sim.” Murmurou o albino com os seus olhos vermelhos cobertos pela sombra da franja. “Um efeito colateral.”

“Exatamente.” Confirmou Namonai bebendo um pouco do seu chá. “E o efeito colateral da Tsukuyomi é uma vontade incontrolável de matar tudo à sua volta, como uma verdadeira besta selvagem.”

“Nós não vamos sair do caminho, Jin.” Falou Nikko convicta empunhando o seu taco de golfe. “Não, enquanto estiveres seguindo o errado.”

“Então vocês também acham que não sou forte o suficiente para seguir o meu próprio caminho?” Indagou Jin furioso indo mais uma vez em direção a Nikko.

“Muito bem, Nikko, tens de te concentrar.” Pensou ela para si mesma, enquanto concentrava o seu Anima dourado nas suas mãos e ia transferindo para o taco. “Tal como aquela vez com a vassoura, quando salvei a Chiyo-chan. Tenho de conseguir transferir o meu Anima para o que eu estiver a usar como arma e…”

Porém, Jin já tinha chegado muito perto e preparava-se para dar um golpe definitivo.

“Droga, não vou conseguir a tempo.” Pensou Nikko frustrada e ligeiramente espantada. “Não sou o suficientemente rápida para a velocidade dele.”

Então, quando a lâmina estava prestes a atingir a loira, uma mão se meteu no caminho e segurou-a sem qualquer proteção.

“Nobi?!” Exclamou Nikko surpreendida ao ver o seu Oyabun à sua frente, segurando a espada de Jin com a sua mão esquerda e sangrando da mesma.

“Oh, parece que mais um amigo apareceu.” Comentou Kohaku ainda interessado na luta.

“Vai ser a mesma coisa de sempre.” Falou Namonai apenas com um olho aberto olhando para a luta, enquanto bebia chá. “Ele vai tentar trazer o amigo de volta com palavras inúteis e sentimentais.”

“Você também vai ficar no meu caminho?” Questionou Jin com um olhar de fúria, enquanto exercia mais força na sua espada, que não se movia um centímetro na mão do ruivo.

Sem dizer uma única palavra, Nobi levantou a sua mão direita, fechando-a na forma de punho e então, deu um potente soco, bem no meio do rosto do azulado, arremessando-o para longe.

“ELE NÃO SE CONTEVE NEM UM POUCO!” Pensaram Nikko e Chiyo espantadas, enquanto Koji mostrava um leve sorriso .

“Jin…” Falou Nobi com um olhar intimidador e selvagem. “Realmente me desiludiste.”

“Que brutalidade.” Comentou Kohaku surpreendido. “Ele jogou o amigo quase uns dois quarteirões de distância.”

O som de algo se quebrando se ouviu e Kohaku olhou para trás, onde viu Namonai de pé, sorrindo bastante e com cacos da sua chávena no chão.

“Aquele garoto de cabelo vermelho…” Murmurou ele sem tirar os olhos de Nobi. “Parece ser bem interessante.”


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Notas finais do capítulo

É tudo por hoje, até à próxima!



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