Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 27
Fraqueza


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, peço imensa desculpa pela demora, aconteceram umas coisas que atrasaram o capítulo, mas pelo menos chegou

Abaixo podem ver os aspetos de Doku, Muzai e Tsumi do grupo do Namonai respetivamente (ainda se lembram deles?)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/546155/chapter/27

No seu apartamento, Hina estava preparando um lanche, vestida com o seu avental, quando a porta foi aberta repentinamente, surpreendendo a mesma.

“Hina-chan!” Falou Chiyo alarmada enquanto carregava o ensanguentado Jin nas suas costas. “Rápido! Traga o estojo de primeiros socorros!”

“Hã? Certo!” Respondeu ela atrapalhada e em pânico, trazendo imediatamente o estojo. “Aqui!”

“Por sorte, o corte não foi muito profundo.” Murmurou Chiyo enquanto tratava dos ferimentos do jovem espadachim inconsciente. “Ele vai ficar bem.”

“Que alívio.” Suspirou a irmãzinha. “O que aconteceu?”

“Fomos atacados.” Explicou a rosada concentrada. “Eu não o devia ter lutado sozinho.”

“Não… se culpe.” Pediu Jin acordando. “Eu perdi porque me desconcentrei e fui fraco.”

“Onii-chan!” Falou Hina animada abraçando o seu irmão com força. “Pensei que te fosse perder.”

“N-não… consigo… respirar…” Murmurava Jin enquanto a sua irmãzinha abraçando-o cada vez com mais força.

“Hina-chan! Assim você vai abrir ainda mais os ferimentos!” Advertiu Chiyo em pânico. “Se continuar vai mesmo perdeu o seu irmão!”

“Oh, desculpa.” Se desculpou a garotinha soltando o seu irmão.

“Não é todos os dias em que a minha vida corre perigo duas vezes seguidas.” Murmurava Jin meio inconsciente e depois se recuperando. “Eu já estou bem, vou para o meu quarto.”

“Tens a certeza?” Perguntou a rosada ainda preocupada.

“Sim… Só preciso pensar um pouco.” Respondeu ele se dirigindo para o seu quarto sem mostrar o seu rosto.

“O Onii-chan parecia estar um pouco estranho.” Comentou Hina intrigada.

“Aquele maldito Shi…Qualquer coisa!” Murmurou Chiyo frustrada.

_______________________________x______________________________

“É Shamura!” Reclamou Kentaro furioso. “Aprenda o meu nome, por favor, Sensei!”

“Não fique irritado por algo assim, foi perto.” Respondeu Hikaru olhando para uns papéis.

“Perto não é o suficiente! Pessoas têm nome por alguma razão, não?” Continuou o espadachim a reclamar. “Então, o que está tratando?”

“Estou vendo as informações da garota de cabelo rosa.” Respondeu o ruivo alaranjado continuando a folhear. “Agora que confirmamos a sua relação com a gangue inimiga, ela também se tornou num alvo.”

“Quer que eu também vá atrás dela?” Perguntou Kentaro seriamente.

“Não é preciso.” Respondeu Hikaru derrubando os papéis na sua mesa. “O Katsugawa adora explodir garotinhas como ela, acho que posso deixar com ele. Mas… Esta gangue realmente tem muitas crianças, o que pode levar a alguém dessa idade entrar neste mundo?”

_______________________________x______________________________

“Isto pode vir a ser um problema.” Comentou Kazuo sentado na cadeira do seu escritório, observando as fotos tiradas por Michiko no dia em que se infiltrou num dos armazéns da White Tigers. “Não vejo sentido em a White Tigers estar a negociar com a Shi-fū… Quem foi que fez este pedido?”

“Foi anónimo, tudo o que sabia é que pagava bem.” Respondeu Michiko contando dinheiro. “Hum… Esta última semana não tivemos muitos trabalhos.”

“Podias ao menos desconfiar de um pedido como esse.” Comentou Kazuo com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Kazuo-san, você tem de decidir, a nossa segurança ou a segurança da nossa conta bancária.” Falou Michiko com um ar sério.

“Por que é que as duas coisas não podem ficar seguras?” Indagou ainda com a gota. “Mesmo assim, não quero que te arrisque assim sem me consultar antes.”

“Sim, claro.” Murmurou ela voltando a contar o dinheiro.

“Hey! Estás-me ouvindo?” Questionou Kazuo stressado.

“Parece que te tornaste um pouco mais responsável com a idade, Kazuo.” Comentou Inari, pai dos irmãos Izumo, entrando no escritório de detetives Usagi. “Então você sempre montou uma agência de detetives.”

“Velhote…” Murmurou Kazuo com um ar de desgosto.

“Seja bem-vindo.” Cumprimentou Michiko já com uma travessa com chá e biscoitos caseiros na mão. “Fique à vontade.”

“Que rápida!” Pensou Kazuo surpreendido. “Deve-lhe ter cheirado a dinheiro.”

“Kazuo…” Murmurou Inari olhando para Michiko e depois levantando a cabeça até ao seu filho com um olhar desapontamento. “Então você finalmente… Raptou uma colegial?”

“Por que é que você sempre espera o pior de mim?” Gritou Kazuo irritado e depois se acalmando. “Mas então, o qual é a tua razão para estares aqui?”

“Um pai precisa de uma razão para visitar o filho?” Questionou Inari com um olhar sério.

“Tch… Não quero saber de um pai que decidiu fugir e não aceitar a verdade, apenas porque não tinha o dom e que não dá atenção aos filhos.” Respondeu Kazuo com um tom de ligeira raiva, rodando a sua cadeira, ficando de costas para seu pai e de frente para a janela do escritório. “Pode ir embora.”

“Foi por isso que saíste de casa há dois anos atrás?” Indagou Inari ainda com o mesmo olhar.

“Eu não suporto viver sob o teto de alguém que foge da verdade.” Confessou o detetive acendendo um cigarro.

“Entendo. Pensei que tivesses ficado um pouco mais maturo, mas parece que me iludi.” Comentou Inari dando as costas e se dirigindo para a porta. “Mas espero que saibas… Não importa o que aconteça, nós sempre te esperaremos de braços abertos, Kazuo.”

E então, o Izumo mais velho saiu sem que houvesse mais uma única palavra entre os dois loiros.

“Nossa, Kazuo-san, você é mesmo um incessível.” Comentou Michiko voltando a estar na sua mesa e comendo os biscoitos caseiros, juntamente com o chá.

“Não quero ouvir isso de alguém que venderia a alma por dinheiro.” Respondeu Kazuo virando a cadeira.

“Não exagere. Tanto a minha alma como o meu corpo já foram vendidos a você e esta agência.” Respondeu Michiko com um sorriso confiante. “Não penso entrega-los a mais ninguém.”

“Michiko, não fales coisas que possam ser mal entendidas.” Pediu o loiro suspirando.

_______________________________x______________________________

No dia seguinte, no portão da Academia de Tóquio, Jin acabava de chegar, ainda com alguns curativos no seu rosto, quando avistou uma nuvem de poeira indo na sua direção a alta velocidade.

“Jin!” Gritou Nobi surgindo da tal nuvem e travando ao lado do seu subordinado, surpreendendo o mesmo. “Como estás? A Chiyo contou tudo à Nikko e ela contou-me! Sentes-te melhor? Estás bem? É preciso reunir algum item mágico esférico para pedir um desejo?”

“Mestre, não precisa se preocupar tanto.” Respondeu Jin com uma gota de suor trás da cabeça e então reparando que na mão esquerda do seu Oyabun estava um cão pendurado mastigando-a. “Mas mais importante, o que é isso?”

“Oh, a caminho encontrei este cachorrinho abandonado.” Explicou o ruivo elevando a sua mão que ainda estava sendo mastigada. “Ele é bem fofo, não é? Cachorros realmente são os melhores.”

“Se você diz…” Disse Jin com uma gota ainda maior.

“Mas voltando ao assunto.” Falou Nobi conseguindo arrancar o cachorro da sua ensanguentada mão com alguma dificuldade e soltando na rua. “Não te preocupes, Jin. Eu e o resto da gangue vamos acabar com aquele que te fez isto!”

“Não precisa…” Murmurou o azulado com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos. “Não precisa se preocupar, Mestre...”

Sem dizer mais nada, Jin continuou o seu caminho para o prédio escolar.

“Estranho.” Comentou Nobi ligeiramente confuso.

“Finalmente… te alcançamos!” Falou Nikko com respiração ofegante chegando perto do ruivo e caindo no chão, cansada e com Goru na sua cabeça. “Não comeces a correr de repente, mal te conseguimos acompanhar.”

“Você bem que podia correr mais rápido, não?” Comentou Goru com um tom rigoroso.

“Nikko, não estás em muito boa forma física, não é?” Analisou Nobi se agachando para falar com ela.

“Calado! Você é que tem uma forma física completamente anormal!” Reclamou a loira irritada e depois perdendo novamente as forças. “Estou estafada.”

“Deixando-a estafada logo de manhã… Estou orgulhoso do meu pupilo.” Comentou Koji passando por eles para entrar na escola e levantando o polegar de forma positiva.

“Hã?” Indagou Nobi não entendendo.

_______________________________x______________________________

Mais tarde, numa das aulas da classe 1º-C, todos os alunos estavam em linha com as suas armas, prontos para a inspeção do professor responsável pela classe C, Mori.

“Até agora tudo certo.” Murmurou o gigantesco professor cujo físico lembrava um homem primitivo, enquanto anotava no seu bloco. “Próximo… Inugawa.”

“Sim, Sensei.” Respondeu Jin dando um passo em frente, porém sem a sua katana em mãos.

“Onde está a sua espada?” Perguntou Mori intrigado.

“Ela… quebrou.” Explicou o azulado cabisbaixo e com um tom frustrado, enquanto cerrava os punhos com força.

“Entendo.” Suspirou Mori dando com o bloco de notas na cabeça de Jin com tal força que o mesmo foi jogado no chão, causando algumas rachaduras, chocando todos os alunos.

“Sensei, isso não foi demasiado?” Questionou Chiyo preocupada.

“Oiçam bem.” Falou Mori com um olhar frio e intimidador. “Vocês são a Classe C, a elite desta escola. Nos permitimos que vocês portem armas para desenvolver os vossos talentos. Vocês deviam saber que a arma é como uma extensão do corpo de um guerreio. Aqueles que se negligenciam no cuidado das suas armas não merecem o direito de as portar! Não se esqueçam disto. Inugawa, você realmente me desiludiu desta vez… Tem algo a acrescentar?”

“Não… Mori-sensei.” Respondeu Jin se levantando com algum sangue escorrendo da sua cabeça. “Peço desculpa pela negligência.”

“Perfeito. Mas o aluno nº1 do ranking do primeiro ano não pode cometer esse tipo de infração.” Decretou Mori com um olhar de desilusão. “Tanaka, a partir de agora és a nº1.”

“Certo, Sensei.” Respondeu uma garota de cabelo castanho preso num longo rabo-de-cavalo e que transportava consigo um arco e flechas como arma.

“Entendido.” Respondeu Jin com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos e não falou mais nada durante as aulas, deixando Chiyo preocupada com aquele estranho comportamento.

_______________________________x______________________________

Depois da aula, Jin caminhava sozinho pelos corredores da escola, perdido nos seus pensamentos.

Mas quer saber porque perdeu? Foi porque você é fraco! Muito fraco! Tão fraco que me chega a dar nojo!" As palavras de Kentaro ainda ressoavam na sua mente,

“Ei, Inugawa Jin.” Chamou uma voz atrás dele, o surpreendendo.

Quando se virou, viu que era Tanaka, a sua colega de classe.

“Oh, Tanaka-dono… O que você quer?”

“Você parece estar bem estranho hoje.” Observou a garota carregando a sua mala por cima do ombro. “Você ficou sentido por eu ter ficado com o seu lugar?”

“Não, eu nunca me importei com esses rankings.” Respondeu ele com um olhar distante.

“Então o que se passa com você? Também parece estar bem machucado.”

“Diga-me, Tanaka-dono… Você já sentiu fraca?”

“Hã?” Questionou ela confusa.

“Nada, esqueça… Era apenas uma bobeira.” Respondeu o azulado se virando e seguindo caminho.

“Garoto estranho.” Murmurou Tanaka dando os ombros e também seguindo o seu caminho.

_______________________________x______________________________

No escritório do diretor, Mori reportava os resultados da inspeção que ele mesmo havia efetuado à Classe C dos três anos.

“Tirando o que aconteceu com o aluno Inugawa Jin, este mês também está tudo em ordem. Ah sim, ao que parece, um aluno do terceiro ano faltou, o seu nome é… Shamura Kentaro.” Reportou Mori olhando para o seu bloco, enquanto pensava. “Eu realmente tenho um aluno com este nome?”

“E em relação ao outro objetivo da inspeção?” Perguntou Izumo Seiji, diretor da Academia de Tóquio.

“Todos os resultados foram positivos. Nenhum aluno portava uma arma amaldiçoada.” Respondeu Mori fazendo continência.

“Perfeito. Os alunos da classe C são os únicos que se devem manter puros. Eles são o futuro do Exército Escarlate.” Declarou Seiji entrelaçando os dedos e apoiando os cotovelos na sua mesa. “Enquanto os alunos com armas amaldiçoadas serão o “alimento” para que eles possam evoluir.”

“Como responsável pela Classe C, darei o meu melhor para que isso se cumpra.” Falou Mori decidido.

“Já me esquecia. Recebemos uma mensagem do QG.” Lembrou-se o diretor com um olhar sério. “Ao que parece, o esquadrão do Major Kitsuhara encontrou-se com um criminoso de alto nível em Shizuoka. Existe a possibilidade de que ele se dirija para Tóquio.”

“O que esse criminoso fez?” Perguntou Mori curioso.

“Exterminou por completo a família Yakuza Kumatori e o próprio Major o designou como um criminoso de Rank S.” Explicou Seiji com um olhar sério. “O criminoso intitula-se Namonai.”

“O próprio Major Kitsuhara o considera um Rank S?” Indagou o gigantesco professor espantado.

“Isso mesmo.” Confirmou o diretor pegando em alguns papéis. “A mensagem também foi enviada ao Capitão Saito que já se encontra nesta região, mesmo assim devemos aumentar a cautela.”

“Entendido.” Respondeu Mori fazendo continência.

_______________________________x______________________________

Nesse momento, num canto escuro da cidade, um homem de gabardine e chapéu observava algumas fotos.

“Sabia que podia confiar na agência de detetives do Kazuo.” Murmurou o Capitão Saito Sindo observando as fotos tiradas por Michiko e esboçando um leve sorriso. “Então, que tal falarem sobre as vossas trocas com a Shi-fū?”

Atrás do capitão encontrava-se um monte de Yakuzas da White Tigers amarrados, com vários machucados e caras inchadas.

_______________________________x______________________________

Ao anoitecer, Jin chegou a casa, pois tinha ficado até mais tarde a treinar no clube de Kendo.

“Hina, estou em casa.” Falou ele entrando no apartamento, mas então não houve resposta. “Hina?”

Preocupado, correu em direção à sala onde encontrou a sua irmã deitada no chão, com uma expressão de sofrimento e uma respiração pesada, além de estar bastante corada.

“Hina!” Gritou Jin em pânico.

_______________________________x______________________________

Mais tarde, no hospital, Jin falava com uma médica, enquanto Hina se encontrava a descansar num dos quartos.

“Parece que ela sofreu uma recaída mais cedo do que pensávamos.” Explicou a doutora com um olhar compreensivo. “Felizmente não se encontrava em estado crítico, mas ela terá de voltar a ficar cá durante umas semanas.”

“Entendo.” Respondeu Jin com um olhar distante e cerrando os punhos com bastante força. “Muito obrigado por cuidarem da minha irmãzinha.”

“Estamos aqui para isso.” Falou ela com um sorriso gentil e pousando a mão no ombro do azulado.

_______________________________x______________________________

“Droga.” Murmurou Jin enquanto caminhava pela rua iluminada pela Lua-Cheia. “Se ontem eu não tivesse derrubado os remédios… Se eu não tivesse ficado na escola até tarde… Droga! Nem a minha própria irmã sou capaz de ajudar! Acho que realmente é verdade... Eu sou fraco e inútil.”

“Kohaku.” Chamou Namonai no telhado de uma casa. “Como estão as ondas cerebrais daquele rapaz?”

“Bem instáveis neste momento.” Respondeu o albino apontando a palma da sua mão para o azulado. “Ele tem um forte desejo.”

“Perfeito.” Falou Namonai com o seu típico sorriso.

Alguns minutos depois, Jin ainda caminhava completamente envolto nos seus pensamentos de frustração.

“Você parece ter muita coisa em mente.” Comentou uma voz misteriosa que o acordou.

“Quem está aí?” Interrogou Jin ficando alerta e levando as mãos à cintura, apenas para se lembrar que já não tinha a sua espada.

“Não precisa ser tão hostil, eu sou bem amigável.” Falou Namonai de pé em cima de um poste de luz e carregando consigo uma katana guardada numa bainha de tom azul bem escuro e com a gravura de uma Lua-Crescente. “Você quer poder, não é?”

“Quem é você?” Perguntou Jin com um olhar ameaçador, mesmo estando desarmado.

“Podes chamar-me Namonai.” Ele se apresentou com o sei típico sorriso, saltando do poste para o chão e estendendo a misteriosa espada para o azulado. “Alegre-se, estou aqui para cumprir o seu desejo.”

Jin não era capaz de ver, mas aquela espada estava rodeada de Anima negro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É tudo por hoje, vou tentar não demorar muito para o próximo capítulo
Até à próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nobi, aquele que dominará o Japão!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.