Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 25
Nobi vs Nikko


Notas iniciais do capítulo

Peço imensa desculpa pelo meu atraso, atualmente tenho de me focar mais nos estudos, por isso a saída de novos capítulos pode tornar-se irregular, mas vou tentar que não demore muito entre as postagens
Sem mais delongas, espero que gostem do capítulo



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Uma semana se passou desde a conquista da Academia de Tóquio, o prédio foi facilmente reparado pelo clube de carpintaria liderado pelo seu presidente, Mokichi. Os dias passaram correndo para os membros da Onigumi, que agora estavam reunidos no telhado da escola, almoçando.

"Dominamos esta escola, mas parece que não mudou muita coisa." Comentou Jin enquanto aproveitava para limpar a lâmina da sua espada.

"Bem, isto só passou a ser o nosso território, para os alunos isso não significa muita coisa." Explicou Momoka enquanto cortava uma fatia de bolo de chocolate que ela mesmo trouxera para comer sozinha.

"Mas a história é diferente para outros Yakuzas." Koji sorriu enquanto comia pão de Yakisoba. "Não deve tardar para sermos atacados por outras gangues."

"Entendo, então teremos de lutar em breve." Murmurou Chiyo afiando as suas Kodachis.

"É exatamente esse o nosso objetivo. Este foi o nosso primeiro passo." Afirmou Nobi olhando para a bandeira de Onigumi que ondulava ao vento, presa num dos mastros do telhado,

"É isso mesmo, Aniki." Concordou Goru bebendo o seu óleo quente como se fosse chá.

"Mas posso saber porque vocês os dois estão tratando das vossas armas enquanto comemos?" Perguntou Nikko com uma gota de suor atrás da cabeça.

"Os alunos da classe C não podem descuidar na manutenção das suas armas." Respondeu Jin voltando a guardar a sua espada na bainha.

"Pelo motivo de termos permissão para portar armas e poder traze-las para a escola, somos submetidos a uma examinação mensal." Explicou Chiyo enquanto afiava as suas lâminas.

"A arma de um guerreiro é como uma extensão da sua arma." Comentou Jin com um ar sério.

“Que maneiro!” Exclamaram Nobi e Chiyo com os olhos brilhando.

“Pareceu até uma frase de mangá.” Comentou Nikko voltando depois a comer o seu onigiri.

“Bem falado.” Elogiou Koji contendo o riso. “Nada mal, Samurai-san.”

“Esqueçam o que eu disse.” Falou Jin com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos e ficando levemente corado de constrangimento.

“Eles não pegam leve.” Murmurou Goru com uma gota de óleo atrás da cabeça.

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Na tarde desse mesmo dia, num hospital da cidade, Seika encontrava-se lá internado, deitado numa cama com um braço e uma perna enfaixados.

"Isto é demasiado entediante." Murmurou ele encarando o teto.

"Nem pense em fugir, você ainda não está completamente recuperado." Advertiu Hitomi descascando uma maçã.

"Você é mesmo chata, Vice-Presidente Hitomi-chan." Reclamou Seika fazendo bico. "Os rebeldes não aguentam estar presos a algo."

"Existem limites para a rebeldia de uma pessoa." Retrocou a Vice-Presidente sem tirar os olhos do que estava fazendo. "Então, o resto do conselho veio-te visitar?"

"Sim." Respondeu Seika com um leve sorriso. "Eles se preocupam demais."

"Seika!" Gritou Ben entrando no quarto brutamente, trazendo consigo uma cesta com pacotes de leite. "Trouxe a sua oferenda!"

"Assim... parece que... ele... morreu." Comentou Satoru saindo detrás do executor de topete. "Oh... Presidente... eu ia... trazer... umas flores... mas esqueci-me... delas... num vaso... na sua mesa... na sala de classe."

"Assim também parece que morri!" Reclamou Seika.

"Bem, já está na hora de eu ir." Comentou Hitomi olhando para o relógio e comendo a maçã que estava descascando.

"Espera, essa maçã não era para mim?" Indagou o azulado confuso.

"Não, apenas estava com fome." Explicou Hitomi ajeitando os seus óculos e saindo.

"Como esperado da minha vice-presidente." Murmurou Seika desanimado.

"Você tem de se recuperar logo, Seika!" Encorajou Ben animado. "Isso é ser másculo!"

"Presidente..." Falou Satoru com um tom sério que despertou a atenção do presidente. "Essas bandagens... Você... está... tentando... roubar o meu visual?"

"Claro que não!" Reclamou Seika irritado.

Algum tempo depois, quando Ben e Satoru já haviam saído, Seika recebeu mais uma visita.

"Eles são bem barulhentos." Comentou Momoka entrando com um embrulho azul atado com uma fita rosa.

"Verdade. Eles não têm mesmo jeito." Concordou Seika dando um leve suspiro e depois sorrindo para a sua visita. "Não esperava que me viesses ver, Momo-chan. Como está o Nobi?"

"Perfeitamente, sem qualquer sinal da briga que vocês tiveram." Respondeu a Wakagashira se sentando num banco ao lado da cama do internado.

"A recuperação dele realmente é algo monstruoso." Comentou o azulado olhando para os pássaros que voavam no céu a partir da janela do quarto. "Mas fico que feliz que o meu irmãozinho esteja bem."

"Vocês os dois foram realmente imprudentes. Quase se mataram pela vossa rivalidade." Falou Momoka com um olhar rígido. "Sempre foram assim desde pequenos e só pioram com a idade."

"Pelo menos ainda temos a Momo-chan para nos manter na linha." Respondeu o presidente com um sorriso sincero.

"Não tentes me distrair com elogios." Falou ela retirando do seu jaleco uma embalagem de Pocky. "Vocês ainda merecem uma surra por terem ido longe demais."

"Bem, o que aconteceu já é passado, não vale a pena se estressar por isso." Respondeu Seika descontraidamente.

"É impossível tentar colocar algum juízo nas vossas cabeças." Suspirou Momoka com um Pocky na boca e estendendo o embrulho para o presidente. "É para ti."

"O que é isto?" Perguntou ele aceitando.

"O teu presente de recuperação." Respondeu ela se levantando.

"Mas eu ainda não estou recuperado."

"É por isso que só o deves abrir quando estiveres totalmente recuperado." Explicou Momoka se dirigindo para a porta.

"Já sabes que sou do tipo rebelde. O que me impede de abrir agora?" Inquiriu Seika com um sorriso desafiador.

"Há vezes em que se tem de ser rebelde à própria rebeldia, não é?" Falou ela com um leve e raro sorriso, fechando a porta ao sair.

"Acho que ela tem razão." Murmurou Seika observando o embrulho e esboçando um sorriso misterioso.

"Ela é mesmo uma garota interessante, não é?" Comentou Kazuo que se encontrava do lado de fora do hospital, preso à janela apenas com as pernas, enquanto lia um mangá, além de se encontrar num terceiro andar.

"Desde quando vocês está aí, Izumo-senpai?" Perguntou Seika com uma gota de suor atrás da cabeça.

"Yo, Seika-kun." Cumprimentou ele se sentando no parapeito da janela. "Há algum tempo. E podes chamar-me Kazuo-san."

"Já sei que não vale a pena perguntar por que é que ele estava pendurado na janela lendo mangá este tempo todo." Pensou Seika ainda com a gota atrás da cabeça. "O que veio fazer aqui, Kazuo-san?"

"Vim apenas ver como estava o meu sucessor." Respondeu ele saltando para dentro do quarto.

"Lamento não ter conseguido defender a escola." Se desculpou o azulado ficando cabisbaixo.

"Não tem problema, ela ficou em boa mãos." Falou Kazuo com a sua típica expressão descontraída. "E mesmo a escola já não te pertencendo, o teu dever ainda é proteger os seus estudantes, isso não mudará."

"Sim, eu esmagarei qualquer ameaça para escola." Concordou Seika ficando logo animado, cerrando o punho com convicção. "Esse é o trabalho do presidente do conselho estudantil."

"Bem falado, Seika-kun." Elogiou Kazuo com um olhar aprovador, enquanto pensava. "O futuro daquela escola vai precisar de alguém como ele, só espero que as minhas suspeitas estejam erradas."

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Nesse momento, Jin e Chiyo acabavam de sair de uma farmácia da cidade e caminhavam juntos.

"Muito obrigado, Chiyo-dono." Agradeceu Jin segurando em alguns sacos de plástico. "Graças a você consegui encontrar os remédios mais apropriados para a Hina."

"Não precisas agradecer, já cuido da Hina-chan há um bom tempo, já me apeguei a ela." Respondeu ela alegremente. "Talvez deva fazer uma visita, já passou um tempo desde a última vez que a examinei."

"Mesmo assim sou muito grato." Falou ele curvando-se levemente. "E tenho a certeza que ela iria adorar.

Enquanto os dois colegas de classe conversavam, uma figura encapuzada surgiu no meio deles e com uma espécie de ataque cortante direcionado a Jin, desfez os sacos de plástico deixando cair os remédios e quebrando alguns.

"Quem é você?" Inquiriu Jin pegando imediatamente na sua espada, ao mesmo tempo que Chiyo pegava nas suas agulhas.

"Você está muito descontraído e cheio de aberturas, Inugawa Jin." Comentou o encapuzado se virando para eles e revelando a sua face. "Deviam estar mais atentos, os tigres começaram a caçar."

"Você!" Exclamou Jin espantado.

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Enquanto isso, na casa de Nikko, a mesma, para se distrair de toda a informação que ainda a incomodava, foi para a sala assistir o seu dorama favorito (N/a: nome dado às novelas japonesas e coreanas). Porém, ao se sentar e ligar o televisor, o controle desapareceu imediatamente das suas mãos e o canal mudou para um show tokusatsu. (N/a: Shows de heróis japoneses como: Super Sentai (Power Rangers), Kamen Rider, Ultraman, etc...)

"O quê?" Indagou a loira surpreendida.

"Vai começar!" Falou Nobi animado sentado ao lado dela. "Estava esperando tanto por este episódio especial de Kamen Oni X! (N/a: Oni Mascarado X)"

"O que estás fazendo?" Perguntou Nikko irritada.

"Vendo televisão." Respondeu o Oyabun meio confuso pela reação da sua subordinada.

"Mas eu já estava vendo! Isso é uma falta de educação." Reclamou ela chateada.

"Mas já está no meu canal." Respondeu Nobi com um tom infantil de preguiça.

"Não quero saber." Disse Nikko retirando-lhe o controle e mudando de canal.

"Não." Reclamou Nobi fazendo o mesmo.

"Estes shows tokusatsu são sempre a mesma coisa! Não te fartas?" Indagou ela tentando reaver o controle, enquanto o seu Oyabun se esquivava rapidamente.

"Uma garota nunca conseguiria entender a sensação incrível que é ver o Kamen Oni X em ação." Suspirou Nobi saltando para trás e depois mostrando-lhe a língua. "Com a tua velocidade nunca me vais conseguir pegar."

"Eu não vou desistir!" Respondeu ela fazendo uma rápida derrapagem na perna de Nobi, apanhando-o desprevenido e pegando no controle enquanto o ruivo caía desequilibrado. "Tenho a certeza que vai ser neste episódio que os protagonistas se beijam."

"Não quero saber." Respondeu o ruivo pegando no braço dela e puxando-a para o chão, onde conseguiu recuperar o controle e se levantou animado. "Consegui!"

"Maldito." Murmurou Nikko também se levantando.

"Ainda precisas de muito treino para poder competir com o Oyabun, Nikko." Se vangloriou Nobi infantilmente enquanto baloiçava o controle.

"Isso é o que vamos ver." Comentou a Izumo confiante, se dirigindo para a cozinha, que ficava junta com a sala e abrindo a geleira. "Estou com um pouco de fome... O que será que eu devia comer? Já sei! Que tal o último pudim?"

"Eh?" Indagou Nobi se focando imediatamente na loira que agora segurava o seu último pudim num prato e se preparava para o comer. "Não te atrevas, Nikko! Esse é o meu amado último pudim! Nem sabes pelo que tive de passar para que a Momo não o comesse!"

"Sério? O que eu devia fazer?" Perguntou Nikko sarcasticamente abanando a colher numa mão e com o pudim na outra. "Se eu ao menos tivesse algo que me distraísse da fome, como por exemplo... O meu dorama."

"Isso é jogar sujo! Será que não tens qualquer sentido de lei e justiça?" Questionou Nobi frustrado.

"Não quero ouvir isso de um Yakuza." Comentou Nikko com uma gota de suor atrás da cabeça. "Faz logo a tua escolha. A televisão ou o pudim?"

"Eu esperei muito tempo por este especial, desde que foi anunciado, tenho de o ver!" Reclamou Nobi furioso. "Mas também não posso perder o Pudim!"

"Melhor te decidires logo." Falou ela de forma provocadora, colocando a colher no pudim e retirando um pedaço, aproximando-o lentamente da boca.

"PUDIM-CHAN!" Gritou Nobi agonizado saltando para cima de Nikko, fazendo-a espalhar o suave doce por todo o seu corpo e roupas.

Na sua disputa pelo controle, os dois começaram a rebolar e acabaram no hall de entrada, ficando Nikko no chão e Nobi em cima dela.

"Droga, fiquei toda melada com o pudim." Reclamou ela olhando o estado das suas roupas. "É melhor me compensares por isto. O que tinhas na cabeça?"

"Nikko." Falou Nobi com um olhar sério e focado nela, chamando-lhe a atenção. "Não consigo me conter."

"Eh?" Indagou ela confusa e ficando bem vermelha.

Então, o ruivo começo a aproximar o seu rosto ao dela bem lentamente, a cada segundo, Nikko ficava mais nervosa e vermelha e quando ele já estava bem próximo, ela o afastou com as suas mãos.

"O-o-o-o-o-o-o q-q-q-que p-p-p-p-pensas que e-e-estás fazendo? Nobi!" Gritou ela numa mistura de constrangimento, pânico e confusão, enquanto tentava segurar o ruivo. "E-E-E-Espera! E-E-Eu n-n-n-não estou p-p-preparada p-para algo a-assim!"

"Por favor, Nikko!" Insistia o jovem Oyabun. "Deixa-me comer um pouco do pudim."

"... Hã?" Indagou Nikko fincando sem reação durante alguns segundos e depois ficando com bastante raiva. "Claro que não, seu tarado por doces!"

"Então só lamber um pouco." Propôs ele continuando insistindo, enquanto a loira o tentava afastar.

"Já disse que não!" Reclamou ela.

Então, a porta de casa se abriu e dela surgiram duas figuras.

"Chegamos, Nik-" Falou um homem loiro que usava uns óculos que pareciam ser dos anos 70 e vestido de uma forma bem americanizada que ficou perplexo ao ver aquela cena.

"Papai?" Indagou ela espantada e temendo o pior.

"Oh, bem-vindos." Cumprimentou Nobi normalmente sem sair de cima de Nikko.


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Notas finais do capítulo

Também peço desculpa pelo capítulo ter sido tão pequeno, mas espero que tenham gostado
Até à próxima!



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