Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 24
Mysterious gentleman


Notas iniciais do capítulo

Chegou o capítulo desta semana!
Caso não se lembrem do Namonai e do Kohaku, eles aparecem por primeira vez no capítulo 10
Espero que gostem

Abaixo podem ver como é o emblema da Onigumi, falem o que acharam



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Numa certa noite, na cidade de Shizuoka, no topo de um edifício, Namonai acompanhado por Kohaku disfrutavam da vista noturna de cidade.

"Oh, incrível!" Exclamou o albino animado. "Dá para ver o monte Fuji daqui, mesmo já sendo de noite."

"Exatamente, não devemos estar muito longe de Tóquio." Comentou Namonai com o seu típico sorriso. "Já nos encontramos com o Doku-kun (N/a: Veneno). Agora só faltam dois."

"Elas estão nesta cidade, não é, Namonai-san?" Inquiriu o tal Doku se aproximando, o mesmo usava bastante roupa, não expondo qualquer parte da sua pele, juntamente com um cachecol roxo e uma máscara de gás que lhe cobria todo o rosto, o seu cabelo era verde e era possível ver através do visor da sua máscara um tom vermelho nos seus olhos.

"Isso mesmo, Doku-kun." Confirmou Namonai pousando a ponta da sua bengala no chão. "Mas enquanto vamos buscá-las, podemos fazer uma coisa interessante ao mesmo tempo."

"Como o quê?" Perguntou Kohaku curioso.

"Matar a família Yakuza a quem este território pertence." Respondeu o moreno sorrindo com o seu olhar vazio e sem emoção. "Isso servirá como um bom ensaio antes da nossa estreia em Tóquio."

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Nesse momento, numa rua pouco movimentada, um homem usando um estranho uniforme com um leve toque militar de cor vermelha, com detalhes brancos e uma insígnia com uma cruz dourada rodeada de quartos de lua caminhava descontraidamente lendo um livro de bolso, segurando-o apenas com uma mão. Até que o seu passeio noturno foi interrompido por um grupo de delinquentes que se aproximou, vindo de alguns becos, rodeando o senhor que imediatamente parou.

"Velhote, não sabia que ler enquanto anda pode ser perigoso?" Interrogou um deles com um tom sarcástico. "Você tem de ser mais cuidadoso por onde anda."

"Ora, ora. Que jovens mais atenciosos." Comentou o homem fechando o seu livro, o mesmo tinha cabelo castanho claro, um par de óculos redondos pequenos apoiados na ponta do seu nariz, os seus olhos eram puxados de forma que pareciam estar fechados, a sua expressão fazia lembrar uma raposa matreira."Agradeço pelo aviso."

"Você usa uma roupa bem estranha, mas parece ter grana." Observou um dos delinquentes pegando numa navalha. "Passa tudo e talvez lhe deixemos ir."

"Isso mesmo, nós somos Yakuzas da gangue Kumatori." Falou outro com um ar ameaçador. "É uma das 12 famílias, sabia?"

"Entendo, então vocês não reconhecem este uniforme." Suspirou o homem guardando o seu livro. "Mesmo nós tendo sido oficializados pelo governo há já três anos. A situação realmente piorou agora que falaram isso... para vocês."

"Hã? O que você está falando?" Questionou um dos delinquentes irritado. "Você está-se achando?"

"Só falei a verdade." Respondeu ele com um sorriso matreiro.

"Então nos mostre do que é capaz." Provocou um deles indo-se aproximar do homem, no entanto, assim que deu um passo, o seu peito foi perfurado por uma bala.

"Lamento, mas não tenho tempo para brincar com vocês, meus jovens." Desculpou-se o homem com a sua expressão inalterada, segurando um pequeno revolver que saíra da sua manga. "Oh, já me esquecia de me presentar. Eu sou o Major Kitsuhara do Exercito Escarlate, os meus hobbies envolvem ler e acabar com a escumalha que encontro nas ruas."

"Exercito Escarlate?! Aquele Exercito Escarlate?!" Exclamou um dos Yakuzas assustado recuando vários passos e caindo.

"Fique calmo! O que tem?" Perguntou um Yakuza próximo a ele.

"Você não ouviu falar do Exercito Escarlate?" Indagou o jovem sem manter a calma. "São uma força especial criada pelo governo tendo como objetivo acabar com os Yakuzas, em apenas três anos reduziram 40% da onda de criminalidade, exterminando centenas de famílias Yakuza secundárias (N/a: nome dado às famílias que não pertencem às 12 principais). Dizem que são autênticos demónios enquanto trabalham."

"Ora, isso é bem cruel. Nos chamar de demónios." Comentou Kitsuhara com o reflexo da luz da Lua nos seus óculos. "Pensem em nós como os Anjos que purificarão este mundo."

"Não importa se ele é um demónio ou um Anjo, ele não pode com todos nós!" Gritou um deles tomando a dianteira. "Vamos!"

Então, uma corrente apareceu do nada e golpeou a nuca do Yakuza que dera as ordens, fazendo-o desmaiar, surpreendendo todos ao seu redor, tirando o Major.

"Então você também vai agir, Cabo Saito." Notou Kitsuhara esboçando um sorriso despreocupado, sem perder a expressão matreira.

"Eu, Saito Suzuki, não poderia permitir que o Major sujasse as suas mãos neste lixo." Se pronunciou aparecendo pelas sombras, o seu uniforme vermelho era ligeiramente diferente, provando que os dois não pertenciam à mesma patente, pela sua baixa estatura aparentava ser bem jovem, o seu cabelo curto era de um azul bem escuro e os seus olhos âmbar eram bastante rígidos, carregando em cada mão uma longa corrente enrolada. "Me permita eliminá-los."

"Há vontade." Permitiu Kitsuhara pegando novamente no seu livro. "Os jovens de hoje são bem ativos."

"Fico grato." Agradeceu Suzuki se curvando ligeiramente e partindo para atacar os Yakuzas que ainda estavam tentando entender a situação.

O jovem Cabo usava as suas correntes como chicotes e com uma destreza impressionantes foi nocauteando vários Yakuzas apenas com um ou dois golpes. Além de possuir excelentes reflexos, acompanhados por uma velocidade incrível que lhe permitiam desviar de golpes inimigos, incluindo balas. Em menos de três minutos, todo o bando de Yakuzas foi imobilizado.

"Um excelente trabalho, Cabo Saito." Elogiou o Major se aproximando.

"Não fiz mais que o meu dever, Major." Respondeu Suzuki prendendo as suas correntes no cinto, como se fossem chicotes.

"Humilde como sempre." Comentou Kitsuhara esfregando a cabeça do seu subordinado. "E como está a situação da Cadete Takahashi?"

"Ela acabou de reportar que a infiltração foi um sucesso e que podemos começar a operação a qualquer momento." Informou Suzuki algemando os Yakuzas que nocauteara.

"Entendo, então vamos começar assim que os reforços chegarem e prendermos estes delinquentes." Ordenou Kitsuhara arrumando novamente o seu livro e ajeitando os seus óculos.

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Enquanto isso, numa espécie de porão, diversa mulheres jovens estavam presas e com olhares entristecidos e sem esperança. O local tinha uma fraca iluminação e tanto as paredes como o chão estavam imundos.

"Não percam a esperança!" Pediu uma jovem de cabelo curto e castanho, de olhos azuis escuros. "Já contatei os meus companheiros, eles vêm para salvar todas vocês."

"Oh, então você é uma agente infiltrada ou algo do tipo? Isso parece mesmo uma situação de mangá." Comentou uma garota de cabelo negro preso com maria-chiquinha e olhos vermelhos, usava uma coleira com espinhos no pescoço, um top preto e umas calças jeans, enquanto comia uma maçã, sentada no chão e encostada a um pilar. "Mas isso será inútil."

"O que você quer dizer com isso?" Perguntou a jovem que se tratava ser a Cadete Takahashi.

"Por favor, perdoe a rudeza da minha irmã." Se desculpou uma outra garota de longos cabelos negros, os seus olhos vermelhos brilhavam como jóias, com seu vestido branco e preto aparentava ser de classe alta, no seu cabelo usava dois grandes laçarotes vermelhos que faziam destacar ainda mais os seus olhos e uma pequena coroa no topo da cabeça. "O meu nome é Muzai e o da minha irmã é Tsumi (N/a: Inocência e Pecado, respetivamente). O que ela quis dizer é que o nosso líder está vindo para cá também."

"Tch. Quando ele chegar, todos estarão mortos." Murmurou Tsumi trincando mais uma vez a sua maça. "Ele nunca muda."

"Realmente, ele nunca muda." Concordou Muzai, mas com uma expressão de grande felicidade, oposta à da sua irmã.

"Quem são estas garotas?" Pensou Takahashi com uma gota de suor atrás de cabeça. "São bem estranhas. Na verdade, é como se nem se importassem em estar aqui presas."

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No interior de uma grande mansão, um homem gordo com um bigode e cabelo oleosos estava sentado na sala de jantar, acompanhado por uma mulher bem magra de cabelo loiro e com um penteado bem chique que envergava um vestido de gala roxo.

"Tudo está correndo às mil maravilhas, Onii-sama." Comentou a mulher fumando com um kiseru (N/a: uma espécie de cachimbo japonês).

"Verdade, Hiroko." Concordou o homem cortando um suculento bife. "Desde que herdamos o controle da gangue Kumatori do nosso falecido pai que a nossa vida só tem melhorado."

"Vamos ganhar bastante com aquelas jovens no mercado negro." Mencionou Hiroko com um sorriso perverso. "Elas foram mesmo tolas ao acreditar que iam encontrar uma oportunidade de sucesso aqui."

"Juntando isso ao trafico de drogas, manteremos este estilo de vida por muitos anos." Concluiu o Oyabun de grande porte.

"Benkei-sama, Benkei-sama!" Gritava um Yakuza entrando alarmado na sala de jantar.

"O que foi?" Perguntou o Oyabun com um ar ameaçador.

"Benkei-sama, os dois guardas que estavam no portão da mansão foram encontrados inconscientes e espumando da boca, tudo indica que foram envenenados." Reportou o subordinado.

"O quê?" Indagou Benkei furioso.

"Quem faria algo assim?" Questionou Hiroko espantada.

"Realmente parece uma grande atrocidade." Comentou Namonai sentado na mesa de jantar tomando chá.

"QUEM É VOCÊ?" Gritaram Benkei e Hiroko irritados e surpreendidos.

"Podem me chamar de Namonai." Respondeu o mesmo pousando a chávena na mesa. "Vim buscar o que me pertence."

Então um grande estrondo se ouviu na mansão causando um ligeiro tremor.

"O que foi isto?" Indagou Benkei confuso.

"Uma explosão?" Supôs Hiroko alarmada.

"Parece que elas já começaram." Apercebeu-se Namonai sorrindo e se levantando. "Com licença, irei-me retirar para um reencontro emocionante com as minhas queridas subordinadas."

Dito isto, o cavalheiro pegou na sua bengala e foi calmamente em direção à porta, saindo.

"Não sei o que está acontecendo, mas aquele cara estranho parece ser o culpado." Falou Benkei irritado. "Ele vai pagar por ter causado confusão nesta mansão."

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"Acho que exagerei um pouco, não fazia isto há um bom tempo." Comentou Tsumi saindo de um enorme buraco na parede.

"Você continua incrível, Nee-sama." Elogiou Muzai saindo logo atrás dela.

"Ela... Fez este buraco na parede... apenas estalando os dedos." Lembrou-se Takahashi ainda espantada, enquanto ajudava as restantes jovens mulheres a sair. "Será que isto foi um poder de arma amaldiçoada? Mas onde estaria a arma dela?"

"Muito obrigado por nos salvar." Agradeceu uma das mulheres acompanhada de outras que também mostravam uma expressão de gratidão. "Lhe devemos muito."

"Hã?" Indagou Tsumi com um ar ameaçador. "Do que vocês estão falando? Eu e a minha irmã só estávamos lá para o chefe nos encontrar rápido e conseguirmos algumas informações. Nunca tivemos a intenção de salvar vocês. Agora dêem o fora antes que eu vos mate, vadias."

Dito isto, a morena lhes apontou a mão em forma de arma e as mesma fugiram assustadas.

"E você" Falou ela se referindo a Takahashi. "Garanta que elas consigam sair."

"Você..." Murmurou a Cadete impressionada com as palavras da garota de olhos vermelhos.

"Apenas vá, não preciso da gratidão de ninguém." Respondeu Tsumi dando as costas.

"Entendido." Afirmou Takahashi seguindo as mulheres antes mantidas em cativeiro.

"Nee-sama, você realmente é uma Tsundere (N/a: termo japonês para uma personalidade que é inicialmente agressiva, que alterna com uma outra mais amável)." Comentou Muzai com um sorriso matreiro.

"Você está com vontade de morrer também, Muzai?" Gritou Tsumi irritada. "Além disso, se eu sou uma Tsundere, tu és uma Yandere perfeita (N/a: termo japonês para uma personalidade que é inicialmente amável e gentil, que alterna com uma outra mais agressiva e ameaçadora, de certa forma psicótica)."

"Que cruel, Nee-sama." Bufou Muzai fazendo bico.

"Mas que atitude louvável, Tsumi-chan. Mesmo que sem sentido." Comentou Namonai entrando na sala com um leve bater de palmas. "Kohaku diria que estavas bem maneira."

"Namonai-sama!" Falou Muzai animada e com um olhar cintilante. "Você voltou mesmo!"

"Claro, um cavalheiro como eu não volta atrás na sua palavra." Explicou ele se curvando e beijando a mão da jovem de cabelos negros que ficou rapidamente corada e surpresa.

"Chefe..." Murmurou Tsumi com um ligeiro tom de desgosto.

"O que foi, Tsumi-chan? Não está contente por me voltar a ver pós dois longos anos?" Indagou Namonai se aproximando dela.

"Nem um pouco." Respondeu ela secamente, cruzando os braços e olhando em outra direção. "Preferiria que você tivesse morrido naquela prisão."

"Tsumi-chan, você... realmente é uma excelente Tsundere." Comentou Namonai abanando a cabeça positivamente.

"Foi exatamente o que eu disse." Falou Muzai se intrometendo.

"QUEM VOCÊS ESTÃO CHAMANDO DE TSUNDERE?" Gritou Tsumi em pura fúria.

"Continuam muito barulhentas mesmo depois de 2 anos ." Comentou Doku que também havia entrado na sala.

"Oh, Doku-san, você também está aqui." Reparou Muzai animada. "Você mudou de máscara?"

"Sim. Você reparou?" Respondeu ele com um tom envergonhado, apesar de não ser possível ver a sua expressão.

"Como ela conseguiu notar?" Indagou Tsumi com uma gota de suor na atrás da cabeça. "É exatamente igual à que ele usava há 2 anos atrás."

"Parece que os convidados finalmente chegaram." Comentou Namonai ao ver que um monte de Yakuzas havia entrado na sala e na liderança deles se encontrava Benkei segurando uma espada dourada.

"Então vocês libertaram as preciosas escravas que nós esforçamos tanto para capturar." Concluiu o Oyabun apontando a espada para o grupo peculiar. "Preparem-se para a vossa punição."

"Oh, uma emboscada." Comentou Kohaku que se encontrava sentado numa viga observando toda a situação com uma expressão tranquila e infantil. "Eles não têm qualquer quer hipótese."

"Você é o Oyabun desta família principal, não é?" Perguntou Namonai educadamente mas com um sorriso arrepiante. "Realmente estou bem desiludido, nunca pensei que um dos 12 Oyabuns fosse uma piada ridícula como o senhor."

"Maldito." Gritou Benkei movendo-se a uma extrema velocidade tentando cortar o moreno com a sua espada, porem o mesmo defendeu o golpe desembainhando uma espada da sua bengala.

"Oh, você é do tipo que perde os nervos facilmente, que entediante." Comentou Namonai sem deixar de sorrir e com o seu olhar obscuro centrado na expressão de raiva do seu adversário. "Mas estou impressionado por um porco imundo como você se conseguir mover a esta velocidade."

"Arma amaldiçoada, modelo espada medieval, Excalibur. Com ela sou capaz de me mover a alta velocidade, não importando qual seja a minha condição física." Explicou Benkei com uma expressão triunfante. "Herdei esta arma do meu pai, o anterior Oyabun. Não existe nada que supere esta espada suprema."

"Você é mesmo retardado, não é?" Comentou Namonai repetindo a lâmina dourada sem deixar de sorrir. "Talvez devesse prestar mais atenção nos seus homens."

"O quê?" Indagou o Oyabun alarmado ao perceber que todos os seus subordinados estavam no chão, uns apresentavam estranhas marcas roxas e espumavam pela boca, outros ficaram de cabelo branco e os corpos todos enrilhados como se toda a sua força vital tivesse sido sugada. "O que aconteceu?"

"Lamento, mas todos vocês vão morrer dentro de alguns dias." Se desculpou Doku com um tom que demonstrava certa pena, tal como o seu olhar, enquanto voltava a calçar uma das suas luvas. "Essa é a minha maldição."

"Namonai-sama, deixei-os bem secos." Falou Muzai com um sorriso alegre e inocente. "Eles tinham um péssimo sabor."

"O seus poderes ainda são de dar arrepios." Pensou Tsumi meio enojada. "Para falar verdade, todos nós não passamos de monstros."

"Maldito! O que vocês fizeram?" Gritou Benkei em fúria começando uma série de cortes altamente velozes contra Namonai, mas o mesmo desviava-se facilmente dos mesmos.

"Como falei, foi negligencia sua." Respondeu o cavaleiro com um sorriso de satisfação. "Você é o responsável pela morte de todos os seus subordinados, Oyabun-san."

Benkei, tomado pela fúria, começou a atacar cada vez mais rápido, porém, não havia qualquer diferença no comportamento de Namonai. Na verdade, o mesmo até começou a tomar chá enquanto desviava dos velozes cortes de Excalibur.

"Você está-me zoando?" Inquiriu Benkei irritado, atacando sem parar.

"Sim." Respondeu Namonai saltando, apoiando-se apenas com uma mão na cabeça do Oyabun e esfaqueando o seu ombro esquerdo com a lâmina oculta da sua bengala, fazendo-o berrar de dor. "Eu estou."

"Como se atreve a fazer algo assim com alguém tão importante como eu?" Questionou Benkei agarrando-se ao seu ombro com força, enquanto Namonai se encontrava atrás dele sorrindo normalmente.

"Oyabun-san... Parece que o Show já terminou. Você já está morto." Afirmou Namonai ajeitando a sua cartola enquanto murmurava. "Impale (N/a: Empalar)."

"Do que você está fala-" Benkei reclamava até que cuspiu uma quantidade absurda de sangue e sentiu o seu corpo ser perfurado por algo, quando olhou para baixou avistou um enorme furo na sua barriga que o trespassava, logo depois o seu corpo pereceu, caindo numa poça do seu próprio sangue e murmurando as suas últimas palavras. "O que... aconteceu?"

"Se você não se importa, tomarei a sua arma amaldiçoada." Falou Namonai pegando em Excalibur e limpando o sangue com um lenço que retirou do seu bolso. "Tenho a certeza que ela merece um portador melhor. Mas se você é contra, pode muito bem falar, que eu lhe devolvo a arma."

"Mas sem dúvida, o Chefe é quem dá mais arrepios." Pensou Tsumi com um olhar sério.

"Então, já terminámos, Namonai-sama?" Questionou Muzai se aproximando.

"Ainda resta uma pessoa." Respondeu Namonai olhando para um monte de caixotes, onde Hiroko estava escondida observando tudo.

"Não, por favor!" Implorou Hiroko gritando em agonia, saindo de trás dos caixotes e encostando-se à parede numa tentativa inútil de recuar. "Fui obrigada por meu irmão, sempre fui contra isto! Me deixe ir, por favor! Não seria capaz de machucar uma dama inocente, correto?"

"Exatamente." Concordou Namonai se aproximando dela. "Como o cavalheiro que sou, sou incapaz de machucar uma dama."

"Fico aliviada por ouvir isso." Suspirou Hiroko retirando sorrateiramente do seu vestido uma pequena arma preparando-se para atirar no moreno, mas o mesmo esfaqueou a mão dela com a sua bengala, prendendo a mão à parede. "O que está fazendo? Pensei que não machucaria uma dama."

"E diga-me, tem alguma dama à minha frente?" Questionou Namonai com um sorriso arrepiante e um olhar que sugava toda a esperança da mesma.

"Maldito!" Gritou Hiroko assustada e com raiva. "Você fez isto tudo apenas para salvar essas duas vadias?"

Nesse exato momento, Namonai deu um veloz chute do rosto de Hiroko, fazendo-a sangrar.

"Agradecia que lavasse bem a sua boca antes de falar das minhas adoráveis subordinadas." Declarou Namonai com a sombra da aba da sua cartola lhe cobrindo os olhos e o seu sorriso diminuindo muito levemente, quase nem dando para perceber. "Você também é bem entediante."

"Por momento quase vimos o pior lado do Chefe." Pensou Tsumi levemente nervosa.

"Tsumi-chan, porque não faz as honras?" Pediu Namonai com o seu típico sorriso.

"Certo." Respondeu ela se aproximando de Hiroko e colocando as suas mãos no rosto da mesma. "Não se preocupe, em breve não sentirá mais nada."

"NÃO!" Gritou Hiroko em agonia.

Alguns minutos depois, um pelotão do Exército Escarlate comandando pelo Major Kitsuhara chegou e vislumbrou aquele massacre, incluindo o corpo de Hiroko, ao qual faltava a cabeça. Os subordinados de Namonai já haviam abandonado a sala, porém o mesmo ainda lá se encontrava, sentando numa poltrona tomando chá e contemplando a vista.

"Tch. Quando ele chegar, todos estarão mortos." Takahashi recordara as palavras de Tsumi ao ver aquele horripilante cenário.

"O que aconteceu aqui?" Indagou ela escandalizada.

"Oh, o Exército Escarlate, estava esperando por vocês." Comentou Namonai pousando a chávena e se levantando.

"Quem é você?" Questionou Suzuki pegando nas suas correntes.

"Sou apenas um cavalheiro de passagem." Respondeu ele sorrindo normalmente. "Podem-me chamar de Namonai."

"Estou bastante impressionado." Comentou Kitsuhara tomando a dianteira. "Não é todos os dias que se vê um Stage 3. Você poderia nos dizer qual é o seu objetivo, Namonai-san?"

"Você tem bons olhos." Respondeu Namonai se mostrando interessado. "Mas antes de revelar os meus, gostava de ouvir os seus primeiro, se me permite."

"Claro, afinal é algo óbvio." Permitiu Kitsuhara com um sorriso matreiro e abrindo bem os seus olhos, mostrando um olhar sanguinário. "O nosso objetivo é exterminar todos os Yakuzas e as armas amaldiçoadas deste mundo."

"Entendo, isso realmente nos torna inimigos." Comentou o cavalheiro sinistro inclinando a cabeça para o lado e com uma mão segurando o queixo. "Pena que vocês todos parecem ser tão entediantes."

"Então, podia agora nos revelar os seus objetivos?" Questionou o Major ajeitando os seus óculos e voltando a ficar com os seus olhos meio cerrados.

"O meu objetivo?" Indagou Namonai com um tom pensativo. "Acho que poderia dizer que quero apenas matar o meu tédio."

"Oh, interessante." Comentou Kitsuhara estalando os dedos dos seus punhos. "Será que eu poderia entretê-lo, jovem?"

"Você não conseguiria, meu senhor." Respondeu Namonai dando último sorriso antes da mansão ter sofrido um apagão, escurecendo completamente a sala.

Quando a luz voltou, Namonai havia desaparecido.

"Ele fugiu." Observou Suzuki voltando a guardar as suas correntes.

"Devemos fazer uma busca?" Questionou Takahashi preocupada.

"Não, ele não é alguém que possa ser detido por este pelotão." Negou Kitsuhara ajeitando os seus óculos e com uma expressão séria. "Vamos voltar para o QG e reportar o acontecido."

"Entendido!" Responderam todos os soldados do pelotão.

"Namonai... Não esquecerei esse nome." Murmurou Kitsuhara observando o céu noturno a partir de uma janela aberta. "Sem dúvida será uma grande ameaça futura."


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Notas finais do capítulo

É tudo por hoje, Nobi e os outros não apareceram esta semana, mas voltam na próxima
Até lá!



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