Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 22
Irmãos arruaceiros


Notas iniciais do capítulo

Chegou o clímax do arco da Academia de Tóquio, espero que gostem

Mas antes disso, uma leitora enviou este desenho perfeito do Namonai (Lembram-se dele? Personagem que aparece no capítulo 10) O que acharam?



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Um ano atrás, no dojo da academia de Tóquio, o jovem Aizawa, que ainda estava no primeiro ano, fazia as suas práticas diárias de Sumo, quando alguém o interrompeu.

"Então você é que é o estudante monstruoso que faz parte do clube de Sumo." Comentou Seika entrando no dojo. "Ouvi dizer que todos os membros desistiram por medo."

"Você é o presidente do conselho estudantil, não é?" Questionou Aizawa aproximando-se dele, mesmo Seika sendo mais velho, o aluno do primeiro ano era bem maior que ele. "O que você quer?"

“Vou se direto. Primeiranista Aizawa Takechi da classe C, junta-te ao meu conselho estudantil!” Pediu Seika num tom de ordem, apontando para o enorme aluno.

“O quê? Você está brincando?” Indagou ele surpreendido. “Todas as pessoas que me vêem têm medo de mim, eu não faço o perfil de um membro do conselho estudantil! O que eu faria lá?”

“Eu vi os seus posters para atrair novos membros para o clube de Sumo. A caligrafia neles… Foi você que fez, não foi? Aquilo é a caligrafia de alguém bastante hábil e dedicado, não se parece nada à de um monstro.” Falou o presidente cruzando os braços e com um olhar convicto. “Eu quero que seja o secretário do conselho, tenho fé em você!”

“É a primeira vez que alguém enxerga além da minha aparência dessa forma.” Pensou Aizawa admirado. “Que tipo de pessoa é ele?”

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Na sala da classe 2º-E, a jovem Murakami fazia diversos cálculos na sua mesa, até que um certo alguém lhe chamou a atenção.

“Fazendo cálculos como sempre, Murakami-chan.” Comentou Seika para ela, enquanto estava bebendo um pacote de leite, os dois eram colegas de classe.

“Oh, Hirata-kun.” Falou ela notando a presença do azulado. “A minha família está enfrentando alguns problemas económicos, por isso estou tratando da nossa economia, arranjando formas de poupar.”

“Ei, queres ser a tesoureira do conselho estudantil?” Perguntou o presidente de repente.

“… Eh?” Indagou ela parando por um momento. “Porquê uma pergunta dessas dita de uma forma tão casual? Isso me surpreendeu.”

“Porque confio em ti e tenho a certeza que farás um excelente trabalho.” Respondeu o azulado sorrindo. “Estou contando contigo.”

“Ele é meu colega há um ano e ainda assim não o compreendo.” Pensou Murakami suspirando. “Tudo bem, eu aceito, mas quero receber ordenado.”

“Nem pensar, vais trabalhar para mim de graça.” Respondeu Seika continuando a beber o seu pacote de leite normalmente. “Pronta para começar?”

“Como disse, realmente não há como entende-lo.” Pensou Murakami suspirando ainda mais.

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“Então, por causa de eu ser a melhor aluna do meu ano, fui indicada para ser a vice-presidente.” Concluiu Hitomi, na sala do conselho estudantil, de frente para o presidente que se encontrava sentado atrás da sua mesa.

“Ao que parece foi isso.” Respondeu Seika se espreguiçando. “Ser presidente dá um trabalhão e como eu sou do tipo rebelde, não estou habituado com trabalho. Estava mesmo precisando de um vice-presidente para me ajudar.”

“O que lhe leva a pensar que eu vou aceitar?” Perguntou ela com um ar frio. “Não tenho interesse em fazer o seu trabalho por você.”

“Não precisas ser assim, primeiranista Iwasaki Hitomi-chan da classe D.” Falou o Hirata se levantando. “Só quero a sua ajuda. Eu… Não, toda esta escola precisa de você! Alguém como eu precisa de alguém como você por perto para me manter na linha do caminho de um bom presidente! Eu não quero desiludir o anterior presidente.”

“Então é assim que é o presidente do conselho estudantil da academia de Tóquio. Tal como os rumores dizem, ele é diferente do comum.” Pensou Hitomi intrigada, ajeitando os seus óculos. “Então eu aceitarei a sua proposta, mas será apenas um teste por enquanto, não gosto de gastar o meu tempo com coisas sem sentido.”

“Estarei contando com você.” Respondeu Seika com um sorriso confiante.

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Vários meses depois, no começo deste ano, Seika fazia uma das suas já raras idas à escola, acompanhando por Hitomi, quando o caminhos dos dois foi bloqueado por um dos novos estudantes.

“Você é o presidente do conselho estudantil, não é?” Perguntou Kamegura, aquele que lhes bloqueara o caminho.

“Sim, sou eu.” Respondeu Seika estranhando a situação.

“Por favor, me aceite no conselho!” Pediu o caloiro se ajoelhando.

“Oi, o que estás fazendo?” Perguntou o presidente confuso e surpreso.

“Eu sempre admirei o conselho estudantil, sempre quis ser útil… Por favor, me aceite!” Gritou Kamegura convicto.

“Você acha que é assim tão fácil entrar no conselho estudantil?” Questionou Hitomi ajeitando os seus óculos. “Não se humilhe nos corredores da escola.”

“Ela tem razão, não te devias humilhar desta forma.” Comentou Seika se agachando para ficar no mesmo nível que o caloiro. “Você é o primeiranista Kamegura Toshiro da classe A, não é? Seja bem-vindo ao conselho estudantil como gerente de assuntos gerais.”

“Sério?” Indagou Kamegura entusiasmado.

“Sério?” Indagou Hitomi surpreendida. “Assim tão facilmente?”

“Ele demonstrou determinação para poder ser útil para esta escola.” Falou Seika se levantando e ajudando o novo membro do conselho a fazer o mesmo. “Tenho a certeza que ele será útil para proteger a escola, assim como todos vocês.

–----------------------------------------(Flashback Off)--------------------------------------------

Todos os membros do conselho estudantil foram derrotados, sobrando apenas o seu presidente. Na sala da classe 3º-E, que ficava exatamente por baixo da parte do telhado que fora destruída na luta dos irmãos, Seika se levantou no meio dos escombros.

“Isto foi muito perigoso.” Murmurou cambaleando um pouco. “Ele falhou no último segundo… Não, para começar, ele nunca teve a intenção de me acertar com um golpe tão poderoso, o objetivo dele era quebrar o chão desde o começo. E pensar que ele utilizaria a sua própria arma amaldiçoada como distração, mesmo eu sendo aquele que o melhor conhece, ele continua sendo bem imprevisível.”

Então, após uns momentos de silêncio, Nobi saiu debaixo de um monte de destroços, respirando ofegantemente.

“Preciso calcular a queda melhor da próxima vez.” Murmurou ele se levantando ainda com Onihime no Stage 2.

“Parece que isto ainda não acabou.” Comentou Seika tentando-se manter firme, aparentemente machucara a perna durante a queda.

“É, parece que não.” Concordou Nobi com uma expressão cansada, utilizar a Onihime parecia consumir bastante energia.

“Já que soltaste o teu trunfo, agora é a minha vez.” Falou o azulado retirando do seu uniforme um pequeno interruptor e apertando-o imediatamente.

Então, uma espécie de pára-raios surgiu no telhado da escola, apontando para o ameaçante céu trovejante.

“O que é isto?” Perguntou Nobi confuso.

“Digamos que este seria o meu Stage 2.” Respondeu Seika ligando ao pára-raios do telhado os dardos que as suas luvas lançaram, ainda presos com um fio condutor. “Nobi… Este será o meu ataque final, recebe-o juntamente com toda a minha determinação!”

“Entendi.” Murmurou Nobi pousando a ponta da sua Onihime no chão. “Podes vir, Seika-nii! Receberei o teu ataque e determinação em toda a sua potência e os superarei!”

“Bem dito… irmãozinho.” Murmurou Seika sorrindo.

Um forte relâmpago atingiu o pára-raios e a eletricidade foi imediatamente transferida pelos fios dos dardos para as luvas de Seika. A forte potência do relâmpago ressoava por todo o corpo do azulado, faíscas azuis saiam de todo o lado e o mesmo soltava gritos involuntários que o mesmo tentava sufocar, enquanto soltava sangue pela boca. Aos poucos a forte eletricidade foi-se concentrado nas luvas até chegar ao ponto em que só saíam faíscas das mesmas.

Kaminari Kokuō!” (N/a: Trovão Rei) Gritou Seika soltando um extremamente potente choque, mais forte que todos os que ele fizera nessa batalha, atingindo diretamente Nobi, que nem tentara desviar.

Nobi sofreu todo o dano do golpe final de seu irmão, o choque fora tanto, que os seus olhos ficaram brancos e fumaça saia da sua boca. Porém, Seika também não estava num estado muito melhor, o mesmo levara com um efeito colateral demasiado pesado, o seu corpo levara demasiados danos, somados com os que já recebera de Nobi.

“Os relâmpagos são uma das forças mais destrutivas da Natureza… Mesmo assim, o Homem conseguiu domá-los… Eletricidade, essa é a verdadeira força dos humanos!” Murmurou com voz fraca, enquanto observava o seu irmão caindo para trás. “Este é todo o meu poder”

“Eu recebi todo ele.” Falou Nobi, surpreendendo o seu irmão. “É realmente é um poder devastador.”

No último momento, os seus pés aguentaram firmemente e apoiou-se na Onihime, evitando assim a sua queda. A sua regeneração estava mais lenta que nunca, a sua respiração ofegante demais e com a mão livre, agarrava-se fortemente ao peito.

“Mas se eu recuar um passo que seja logo no começo, jamais serei capaz de conquistar este país. O homem que conquistará o Japão tem de ser capaz de suportar todo o tipo de dor.” Declarou o ruivo com um olhar selvagem e feroz, mesmo estando naquelas deploráveis condições. “Um homem capaz de suportar o país inteiro nas suas costas!”

“Nobi… Agora conseguiste. És ainda mais rebelde que eu!” Comentou Seika se esforçando para se manter de pé. “Agora não posso usar mais a minha arma.”

“Eu também não.” Falou Nobi com voz fraca, enquanto a sua arma voltava ao Stage 1. “Parece que não nos resta fazer outra coisa.”

“Verdade.” Concordou Seika com um sorriso fraco, assim como o seu irmão.

“Vamos ter de fazer como antigamente!” Gritaram os dois correndo em direção um ao outro, com os seus punhos erguidos.

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“Oh, incrível, parece que o telhado desabou.” Comentou Koji observando desde o pátio, juntamente com Aizawa que ainda estava sendo tratado por Chiyo. “Até parece um mangá.”

“Será que a Nee-san está bem?” Indagou a rosada preocupada olhando para cima. “Espero que os outros a tenham conseguido resgatar.”

“Presidente…” Murmurou Aizawa com um ar de preocupação, olhando para o teto. “Nós estamos torcendo por você. Todos nós.”

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“Eu… sei que você é capaz de os parar… Presidente.” Murmurou Kamegura levemente consciente, ainda completamente acabado pela força de Koji. “Afinal, você é… O Presidente.”

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“Presidente… Lamento não lhe poder ajudar neste trabalho.” Murmurou Hitomi ainda atada, agora sozinha na sala. “Tudo o que posso fazer agora é dar o meu apoio… Pensando bem, não é muito diferente do que faço diariamente. Você consegue.”

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“Eu sou realmente péssima para este trabalho.” Murmurou Murakami limando as suas unhas. “Como pude deixar um delinquente ir tão facilmente? Eu bem lhe disse que eu não era indicada para o conselho estudantil… Mas para falar verdade, graças à ajuda dele, a minha família conseguiu superar os seus problemas, por isso sou grata. Posso ser uma subordinada boa para nada que só sabe fazer cálculos, mas ainda posso depositar a minha fé nele, afinal, temos um presidente capaz de qualquer coisa. Você consegue, Presidente.”

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“Eu não posso cair aqui! Eu não posso desiludir as pessoas que me seguem! Essa é a minha função.” Pensava Seika acertando em Nobi com forte soco no rosto e levando logo em seguida um do mesmo.

O Oyabun da Onigumi e o Presidente do conselho estudantil, apenas sustentados pelas suas fortes determinações se confrontam numa troca de golpes violentos, aquele cuja determinação fraquejar primeiro será o perdedor.

“Eles estão aqui.” Informou Goru chegando com Nikko.

“O que… está acontecendo?” Indagou Nikko chocada ao ver o feroz confronto entre os irmãos Hirata. “Isto já não é demais? Temos de os parar.”

“Não faças isso.” Ordenou Momoka aparecendo ao lado dela, carregando o inconsciente Jin nas costas.

“Momo-san? Jin? O que aconteceu com ele?” Perguntou a loira preocupada com o espadachim.

“Encontrei-o a dormir no chão, próximo àquele Shinohara.” Explicou Momoka sem tirar os olhos do confronto dos dois. “Por isso o trouxe comigo. Não te preocupes, ele não parece ter nada de grave.”

“Entendi.” Suspirou Nikko aliviada. “Mas porque é que não os podemos parar?”

“Há certas coisas em que não devemos nos intrometer.” Respondeu a Wakagashira observando os seus amigos de infância. “Neste momento eles estão descarregando os 5 anos que estiveram distantes nestes golpes. Ambos se recusam a ceder, por isso é necessário este confronto.”

“O que estás…” Nikko ia retrucar, até que notou que as mãos de Momoka tremiam de frustração, foi então que entendeu que ela também os desejava separar. “Isto é mesmo necessário?”

“Sim, tendo em conta a mentalidade idiota daqueles dois.” Suspirou ela. “Sinceramente, eles não amadureceram nem um pouco.”

Nobi e Seika se continuavam acertando múltiplas vezes, porém, ambos se recusavam a cair, mesmo nas suas condições, os seus golpes não pareciam perder a força, visto de fora mais parecia um confronto entre monstros, mas o que mais surpreendia era o facto de os dois estarem sorrindo de uma forma satisfatória.

“Evoluíste bastante nestes 5 anos.” Comentou Seika socando o rosto do ruivo. “Excedeste as minhas expetativas, Nobi!”

“Também não ficaste nada atrás.” Respondeu Nobi esmurrando logo a seguir o estômago do azulado, fazendo-o cuspir sangue. “Seika-nii!”

“Isto parece mais uma loucura do que qualquer coisa.” Afirmou Nikko frustradamente.

“É a primeira vez que vejo o Aniki numa situação destas.” Comentou Goru surpreendido.

“Isto é o necessário.” Falou Momoka com um olhar firme. “Se o Nobi realmente deseja dominar o Japão, não pode fraquejar num momento como este, mesmo que o seu adversário seja o seu próprio irmão.”

“Nobi!” Gritou Seika.

“Seika-nii!” Gritou Nobi.

Os dois correram em direção um ao outro e, ambos usando toda a força que lhes restava, se socaram mutuamente no rosto. Ficando depois imóveis.

“O que aconteceu? Quem venceu?” Indagou Goru admirado.

“Isto é…” Murmurou Momoka se demonstrado surpresa. “Um duplo nocaute?”

Os dois irmãos começaram a cair lentamente, cada um para o seu lado. Seria aquilo um empate?

“Nobi!” Gritou Nikko surpreendendo todo o mundo e revelando a sua presença. “Tu consegues!”

“Eu…” Murmurou ele recuperando a consciência e se aguentado de pé no último momento, apesar de ter as perna tremulas. “CONSIGO!”

“Droga…” Murmurou Seika fracamente atingindo o chão, sem se conseguir mover mais. “Eu perdi.”

Nobi permaneceu de pé, sem se mover um milímetro, até que as suas pernas finalmente cederam e o mesmo começou a cair. Mas foi segurado por um abraço reconfortante de Nikko.

“Não voltes a fazer uma loucura dessas, ouviste?” Reclamou a loira com algumas lágrimas nos olhos. “Eu fiquei preocupada, idiota!”

“Nikko… Obrigado.” Murmurou Nobi fechando lentamente os olhos e descansando no ombro da sua subordinada.

“Então…” Falou Momoka se aproximando do imóvel Seika. “Como foi experimentar a força do Nobi depois de 5 anos?”

“Uma experiência brutal.” Respondeu Seika sorrindo com sinceridade. “É só olhar como eu fiquei.”

“Sim, pelo aspeto, parece que vais ter de ficar internado num hospital durante uns meses.” Comentou ela dando os ombros.

“Não me subestimes, Momo-chan.” Falou Seika confiante. “Com todo o cálcio que ingiro, devo-me recuperar completamente dentro de umas semanas.”

“Ei. Tu realmente és humano?” Perguntou a Wakagashira com um tom irónico.

“Apenas um humano demasiadamente rebelde para ficar num hospital.” Respondeu ele rindo com alguma dificuldade. “Mas devo dizer que ele realmente me surpreendeu.”

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Dez anos atrás, o jovem Seika de 8 anos de idade brincava num caixa de areia, quando um homem se aproximou, trazendo ao seu lado uma criança que devia ter uns 6 anos, de cabelo vermelho, a quem dava a mão.

“Seika, a partir de hoje, este será o teu irmãozinho.” Falou o homem deixando o mais novo se aproximar do mais velho.

“Um irmãozinho?” Questionou Seika se levantando animadamente. “O meu nome é Seika, qual é o teu?”

“O meu nome é…” O garoto ia responder, mas hesitou por uns momentos. “Podes chamar-me de Nobi.”

“Oh, que nome legal!” Elogiou o pequeno azulado animado. “Então, o que queres fazer, Nobi?”

“Eu quero… Marcar a minha existência neste mundo.” Respondeu o ruivo com um olhar decidido, aquele não era um olhar de uma criança inocente que diria algo impossível ou sem noção, era o olhar determinado de um verdadeiro conquistador.

“O quê?” Indagou Seika confuso.

–----------------------------------------(Flashback Off)--------------------------------------------

“Ele não mudou nem um pouco desde essa época.” Comentou Seika esboçando um sorriso de satisfação observando o seu irmão que descansava tranquilamente nos braços de Nikko. “Acho que o temor que ele acabasse mudando por causa daquilo era algo absurdo mesmo. Ele sempre continuará a ser o mesmo idiota de sempre.”

“Olha quem fala.” Suspirou Momoka. “Também não mudaste nada. Continuas tão idiota como ele.”

“Isso é verdade.” Riu o azulado ainda com dificuldades. “Também não mudaste nada, Momo-chan. Continuas a mesma de sempre. Apesar de agora pareceres ser mais forte.”

“Já agora… Seika.” Chamou ela desviando o olhar. “Não queres voltar a fazer parte da gangue? Antes o cargo de Wakagashira era teu, te substituir já se tornou um saco.”

“Isso não vai acontecer.” Respondeu ele imediatamente, surpreendendo-a. “Eu e o Nobi seguimos caminhos separados. Um dia, um de nós chegará ao topo, mas para que isso aconteça, teremos de permanecer separados. É algo complicado de entender.”

“Não, é algo que eu entendo perfeitamente.” Falou Momoka se virando e indo até onde estava Goru, que ficara responsável de cuidar do inconsciente Jin, sem mostrar o rosto para o presidente. “Mas que fique claro, a partir de agora, esta escola é território da Onigumi.”

“Odeio admitir, mas é verdade. Eu perdi.” Admitiu Seika suspirando e depois sorrindo. “Continua fazendo um bom trabalho cuidando de um Oyabun tão instável. Ele ainda pode precisar de ti.”

“Para alguém quase morto, falas demais.” Comentou Momoka sem se virar para o seu amigo de infância.

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Nesse momento, uma bela mulher de cabelos negros iluminada pela luz da Lua, que se revelara por entres as nuvens assim que a luta acabara, estava sentada no topo de um edifício, observando a escola, usava um kimono negro com detalhes rosa, os seus olhos cor-de-rosa eram profundos e de uma beleza inigualável, refletida pela luz lunar, a sua pele aparentava ser suave e delicada, estava rodeada de borboletas de asas negras, as mesmas que Nobi vira nos seus sonhos.

“Felicitações, Nobi-sama.” Falou ela com um sorriso misterioso, surgindo asas negras de borboleta nas suas costas. “Você acabou de dar o primeiro passo para conquistar este país. As engrenagens também já se começaram a mover.”

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Umas horas depois, Nobi já estava suficientemente bem para caminhar, recebendo apoio de Nikko e Jin já havia acordado, apesar de ainda se sentir um pouco fraco. Os três saíram juntamente com Goru e Momoka, deixando Murakami e Hitomi, já libertada, a cuidar do feridos do seu lado, indo para o pátio, onde se reencontraram com Koji e Chiyo, acompanhados por um Aizawa com demasiadas bandagens, quase no mesmo nível que Satoru.

“Oh, vocês dois estão com expressões bem acabadas.”Comentou Koji para Nobi e Jin. “Foi assim tão difícil lidar com um simples conselho estudantil.”

“Isto não é nada para mim e para o Mestre!” Reclamou Jin. “Você também não parece estar muito bem. Tens sangue no teu rosto e as tuas pernas estão tremendo.”

“Isso, sabes, é porque sou muito pervertido.” Respondeu ele ajeitando o seu cabelo para trás de forma superior.

“O que isso devia significar!” Gritou Jin irritado.

“Pronto, parem com isso.” Falou Nikko imponente. “Agora temos de voltar para casa e tratar dos feridos."

“Acho que já posso andar sozinho.” Afirmou Nobi retirando o seu braço de envolta de Nikko, para poder caminhar livremente e depois sorrindo. “Obrigado, Nikko.”

“Nee-san!” Gritou Chiyo se atirando para cima de Nikko e derrubando-a, com rios de lágrimas lhe escorrendo pelos olhos. “Eu estava tão preocupada!”

“Pronto, Chiyo-chan, você está apertando muito forte.” Falou Nikko sendo sufocada pelo forte abraço da jovem kunoichi. “Eu estou bem… Só… não consigo respirar…”

“Não morra agora, Nee-chan!” Gritou Chiyo assustada começando a abanar exageradamente a loira para que a mesma recuperasse a consciência.

“O que aconteceu com o Presidente?” Perguntou Aizawa preocupado.

“Ele está bem.” Respondeu Momoka pegando num Pocky e colocando-o na boca. “O resto do conselho estudantil está cuidando dele.”

“Entendo. Então nós perdemos.” Concluiu o secretário olhando para baixo.

“Isso mesmo.” Confirmou Nobi. “Agora esta escola pertence ao território da Onigumi! Estou contando com vocês.”

“O que você quer dizer com isso?” Questionou Aizawa surpreso.

“O trabalho de vocês é proteger esta escola, não é? Estou contando que vocês façam um bom trabalho protegendo o meu território e todos os que nele se encontram.” Explicou Nobi com uma expressão confiante. “Tenho fé em vocês, afinal deram bastante trabalho à nossa gangue.”

“Eles podem não ser irmãos de sangue, mas sem dúvida são muito parecidos.” Pensou Aizawa com um leve sorriso de canto.

“Parece que as nossas informações estavam corretas.” Comentou um homem grande e de aspeto grotesco, entrando no pátio com um enorme machado apoiado no ombro e seguido por um monte de homens vestidos com jaquetas brancas com padrões de tigre. “Aquele presidente que nos impedia de conquistar este território está de baixa.”

“Quem é você?” Perguntou Momoka de forma calculista.

“Eu sou um dos 10 Generais da White Tigers e vim conquistar esta escola, isso é tudo o que precisam de saber.” Falou o homem com uma expressão convencida.

“Um dos 10 Generais?” Interrogou Jin espantado.

“O que são eles?” Perguntou Nikko curiosa. “Aquele machado que ele usa… É uma arma amaldiçoada!”

“São considerados a maior força da White Tigers.” Explicou Koji com uma rara expressão séria. “Dizem que cada um tem uma arma amaldiçoada. Não esperava que fossemos encontrar um tão cedo.”

“Isto é ruim, a maioria de nós não está em condições de lutar.” Falou Chiyo preocupada.

“Não podemos… Deixa-lo ficar com esta escola!” Falou Nobi caminhando em sua direção lentamente.

“Mestre, você não está em condições!” Advertiu Jin preocupado.

“O que um moleque como você pensa que pode fazer?” Inquiriu o general levantando o seu machado e descendo-o velozmente em direção ao ruivo. “Morra, insolente!”

“Oi, oi. Pegue um pouco leve com uma criança machucada, senhor.” Pediu Kazuo aparecendo no meio e parando o machado apenas com dois dedos, surpreendendo todo o mundo. “Realmente odeio que pessoas assim tenham armas amaldiçoadas. Acho que vou parar de ser um observador e começar a agir também.”

Foi então que Nikko ficou impressionada ao ver que daquele recém-chegado surgia a mesma misteriosa “fumaça” dourada que ela costumava ver sair de si mesma.

“O que você fez?” Indagou o general espantado tentando mover o seu machado, mas em vão. “Quem é você?”

“Eu? Eu sou apenas um detetive que adora mistérios.” Respondeu ele sorrindo e depois dando um forte chute no rosto do enorme Yakuza, fazendo-o cair de uma vez. “Me ligue sempre que precisar de um.”

“… Nii-san?” Questionou Nikko ao ver o rosto do detetive. “É você?”

“Yo, Nikko-rin.” Cumprimentou Kazuo com as sua típica expressão descontraída, com um pé em cima da enorme barriga de um dos 10 Generais da White Tigers. “Como vão os estudos?”


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Notas finais do capítulo

O arco da Academia de Tóquio terminará no próximo capítulo
Espero que tenham gostado, até à próxima!



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