Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 21
Stage 2, o surgimento de Onihime


Notas iniciais do capítulo

Tal como avisei, o capítulo chegou atrasado, mas pelo menos chegou
Acho que pelo título devem estar ansiosos para ler o capítulo, mas antes queria avisar que este fim-de-semana vai sair o capítulo semanal da minha outra fic, portanto o próximo capítulo só será postado no fim da próxima semana
Sem mais demoras, aqui têm o capítulo



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Os dois irmãos de criação se encaravam com uma rara seriedade de ambos. Era possível sentir a tensão entre eles à distância.

"Finalmente a hora chegou, não é?" Disse Seika rompendo em fim o silêncio. "Vamos acertar as nossas contas."

"São 231 vitórias a meu favor e outras 231 tuas." Contabilizou Nobi retirando o seu bastão de basebol metálico das costas.

"Não te esqueças dos outros 300 empates e confrontos em que a Momo-chan interferiu." Relembrou o presidente estalado os dedos das suas mãos enluvadas.

Os dois esboçaram um leve sorriso se lembrando do passado. Porém, tal expressão durou apenas uns segundos momentâneos, logo em seguida os dois partiram para o ataque.

Nobi tentou atingir a cabeça de Seika com o seu bastão, mas o azulado previu o seu movimento e esmurrou o lado esquerdo do peito do seu irmão, bem próximo do coração, soltando uma potente descarga elétrica que o fez soltar um grito de dor e cuspir um pouco de sangue.

"Mesmo com a tua regeneração, ataques elétricos ainda podem causar efeitos colaterais no teu corpo, especialmente para o coração." Falou Seika ajeitando as suas luvas. "Não vou entregar esta escola para ninguém, muito menos para ti, Nobi."

"A tua arma está mais potente que antes." Comentou Nobi ainda sentido a dor do golpe, mesmo as queimaduras já estando quase curadas. "Alteraste-a, não foi? A Momo disse que isso era perigoso."

"Já sabes que eu sou do tipo rebelde." Respondeu o presidente com um leve sorriso. “Não costumo dar atenção a conselhos.”

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"Isto foi por pouco." Comentou Shinohara caminhando pelos escuros corredores da escola, após ter escapado de Nobi. "Este conselho estudantil atual não sabe fazer nada direito. Não se podia esperar mais de um conselho formado por alguém tão incompetente para o cargo de presidente. Mesmo que o anterior fosse uma cabeça de vento, a escolha foi péssima demais... Maldição!"

O presidente do comitê disciplinar mostrara um pouco da sua frustração ao se lembrar do dia que fora elegido o novo presidente do conselho estudantil. Tudo indicava que ele seria escolhido para o cargo, as suas notas eram das melhores da escola, sempre ajudava a gerenciar o conselho e sempre informava o presidente de tudo o que se passava no recinto escolar. Porém, aquele que fora elegido como novo presidente fora Hirata Seika, um aluno transferido e arruaceiro que por alguma estranha razão tinha sido aceite pelo anterior presidente, o que lhe enfurecera.

Então, de repente, no silêncio noturno, Shinohara ouviu o som de passos se aproximando, acompanhado pelo som de uma lâmina raspando no solo.

" Quem está aí?" Questionou ele ligeiramente nervoso.

Os sons estavam aumentando de intensidade, dando a entender que o seu autor estava cada vez mais próximo.

"Se revele de uma vez!" Exigiu Shinohara começando a suar frio. "Eu sou o presidente do comitê disciplinar!"

"Então é você. O estava procurando, Shinohara-senpai." Falou uma silhueta surgindo entre as sombras, frente ao presidente, armado com uma katana.

"O que você quer?" Inquiriu o presidente de comitê com algum nervosismo na sua voz.

"Foi você que enviou aquela carta e o responsável pela Nikko-dono ter sido sequestrada." Respondeu Jin revelando a sua face gélida e erguendo a sua espada em direção ao executor. "Qualquer um que se meta com um membro da nossa gangue deve arcar com as consequências. Prometi ao mestre que se o visse, lhe faria pagar."

"Se acalme, nós podemos falar civilizadamente." Propôs Shinohara com as mãos escondidas atrás das costas.

Então, formou uma coluna enorme a partir do teto para esmagar o jovem espadachim. No entanto, dita coluna foi cortada sem esforço pelo azulado, sem tirar o seu olhar do presidente de comitê.

Shinohara começara a ficar apavorado com a presença imponente que o capitão do clube de Kendo transmitia, a cada passo do mesmo podia sentir a tensão a aumentar. Queria fugir, mas as suas pernas não se mexiam, era como se estivesse frente a frente com um feroz lobo selvagem.

“É só isso do que você é capaz?” Perguntou Jin embainhando a sua espada. “Alguém sem força de vontade como você não merece liderar ninguém.”

“O que você sa-” Gritou Shinohara, mas sua voz fora cortada ao ser atingindo no estômago pelo cabo da espada embainhada de Jin.

Quando o executor ainda se estava recuperando, o azulado lhe bateu no maxilar novamente com a espada, seguindo-se de uma série de golpes de espada velozes que nem deixavam Shinohara ter tempo para respirar.

No final, o presidente do comitê disciplinar acabou com vários ossos partidos e um monte de hematomas, ficando sem se conseguir mexer por um bom tempo.

“Não quis sujar a minha espada com o sangue de um imprestável como você.” Comentou Jin de costas para o seu inimigo, voltando a colocar a espada à cintura. “Fique feliz por lhe ter deixado com vida, não volte a tocar num único fio de cabelo de alguém da nossa gangue.”

Quando se afastava do corpo praticamente inconsciente de Shinohara, as pernas do espadachim falharam e o mesmo ficou deitado no chão.

“Droga… Ainda restou um pouco do efeito do vírus. Bem… Acho que vou descansar um pouco.” Murmurou Jin fechando os seus olhos, com um ligeiro sorriso de satisfação. “Eu confio em você… Mestre.”

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Nobi, ainda com a mão no peito, tomou uma posição mais firme e ergueu o seu bastão de basebol em direção ao seu irmão.

“Mesmo que a pessoa à minha frente sejas tu, se vais interferir no meu caminho, então eu terei de te derrotar para seguir em frente.”

“Então, para ti sou apenas uma pedra no caminho. Espero que não me estejas subestimando.” Concluiu Seika com faíscas azuis rodeando o seu corpo, criando uma grande estática em volta deles. “Eu sou um penhasco inteiro!”

Seika tentou então socar o rosto de Nobi com um punho eletrizante, mas o ruivo se baixou e atingiu-lhe no abdome, fazendo-lhe soltar um gemido de dor, a força física do ruivo era absurda e aquele golpe quase insuportável. Porém, o azulado aguentou a dor e agarrou rapidamente a arma do jovem Yakuza, soltando mais uma descarga que foi bem efetiva e fez o Oyabun recuar.

O mesmo não desistiu e investiu mais uma vez sobre o seu irmão mais velho, atacando mais uma vez com o seu bastão. Seika pulou, evitando o ataque no último segundo.

Em seguida, ainda no ar, pousou a sua mão direta na cabeça de Nobi e murmurou.

“Isto acaba aqui.”

Um potente choque é então soltado pelo presidente, saltando faíscas por todas as partes, enquanto Nobi gritava de agonia. Seika aterrou de costas para o seu irmão e com um triste olhar, enquanto o Oyabun da Onigumi caía, soltando fumaça pelo corpo devido ao poderoso golpe.

No entanto, quando estava prestes a cair, os seus pês se mantiveram firmes. O seu corpo se recusava a ceder.

“Eletricidade é bem perigosa.” Comentou Nobi, enquanto as suas queimaduras se curavam lentamente, de certa forma a sua regeneração parecia estar mais lenta que o normal e o próprio um pouco cansado, mesmo assim mantinha uma expressão confiante. “Por isso o Sensei sempre dizia para não colocar os dedos na tomada.”

“Por quanto tempo vais continuar a brincar?” Perguntou Seika se virando para ele com um olhar sério. “Quero ver todo o teu poder! Se vamos acertar contas, quero que dês tudo de ti, Nobi!”

“Eu realmente queria evitar usar isto para conquistar a escola.” Murmurou o ruivo com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos, erguendo a sua arma amaldiçoada horizontalmente e a pegando com as duas mãos. “Mas se vou enfrentar o Seika-nii, então usarei todo o meu potencial.”

“E eu vou demonstrar que sou capaz de vencer esse poder.” Falou Seika se colocando numa posição ofensiva.

Stage 2!” Proclamou Nobi, fazendo com que o seu bastão de basebol começasse a brilhar com um brilho intenso e ao mesmo tempo sombrio, enquanto os seus olhos vermelhos também brilhavam de forma semelhante.

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Nesse momento, num armazém pertencente à White Tigers, Michiko se escondia atrás de algumas caixas, enquanto observava diversos Yakuzas carregando mais delas para dentro.

“Hum… Como temia.” Murmurou ela abrindo uma das caixas e vendo nela diversas armas de fogo. “Estão traficando armas.”

Michiko começou então a fazer várias anotações no seu bloco e a tirar fotos do local. Até que reparou em algo estranho numa das caixas.

“Este emblema…” Murmurou a detetive privada analisando o emblema com uma caveira com uma fenda no meio e duas foices cruzadas. “Não há dúvida, este é o emblema da Shi-fū (N/a: Vento da morte), uma das 12 famílias. Mas pensei que estas duas gangues fossem inimigas… Porque é que estão trocando mercadorias?”

“O que você está fazendo, garotinha?” Perguntou um Yakuza da White Tigers apanhando-a de surpresa, pousando a mão no seu ombro. “Isto não é lugar para crianças.”

“Droga.” Murmurou ela ainda sem se virar para o Yakuza. “Fui descuidada.”

“Não está nada mal. Se você se comportar, prometo ser gentil.” Falou ele com um sorriso malicioso.

“Lamento, mas você não é o meu tipo e nem parece ser rico.” Recusou ela, encostando uma revolver ao estômago do Yakuza de forma tão discreta que o mesmo não se apercebera até então.

“O quê?” Indagou ele assustado saltando para trás, ficando indefeso no chão. “Você por acaso é do Exercito Escarlate?”

“Exercito Escarlate? Não, eu não sou uma “defensora do bem” como eles.” Respondeu Michiko apontando a arma para o indefeso White Tiger. “Sou apenas um coelho que passava.” (N/a: Usagi, nome da sua agência, significa coelho)

“O que está acontecendo aí?” Perguntou uma voz se aproximando.

“Vêm aí mais.” Pensou ela calculista, voltando novamente para o Yakuza com um sorriso supostamente amigável. “Fique de bico fechado sobre o que aconteceu aqui, tá? Se não, eu mesma vou ter de silencia-lo… Lhe estarei observando de longe, ok?”

O Yakuza, suando frio, assentiu em silêncio, enquanto Michiko se retirava sigilosamente.

“Então o que aconteceu?” Questionou outro Yakuza chegando no local.

“Foi…” Ele estava prestes a responder, quando de repente sentiu um arrepio, como se estivesse a ser observado, ou então, como se estivesse na mira de alguém. “Não foi nada demais, apenas escorreguei e caí.”

“Entendi, agora volta logo para o trabalho.” Avisou o outro Yakuza. “O Chefe falou que temos de acabar de transportar tudo hoje.”

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Armas amaldiçoadas, tanto o seu funcionamento como a sua origem são até hoje um mistério, não se sabe há quanto tempo elas estão entre nós, pessoas fora do assunto as vêm apenas como uma lenda urbana. A razão disso é que no quotidiano elas não revelam a sua verdadeira forma, apenas quando alcançam o que é conhecido como…

Stage 2!” Dito isto, o bastão de basebol metálico de Nobi se transformara em um Kanabō de ferro bem longo. (N/a: bastão feito de metal ou madeira, cravejado de pontas metálicas)

Arma Amaldiçoada: modelo Kanabō.” Nomeou ele erguendo a sua arma. “Onihime!” (N/a: Princesa Oni)

A temperatura em volta de Nobi parecia estar aumentando gradualmente.

“Aqui está.” Pensou Seika com um olhar centrado na arma de seu irmão. “O poder que incendiou a nossa vila.”

Nobi pulou imediatamente em direção ao azulado, a uma velocidade incrível, surpreendendo o presidente que desviou do impacto no último momento.

“Arma amaldiçoada, Onihime. Com ela, todos as habilidades físicas do Nobi sofrem um aumento absurdo de potência.” Analisou Seika se lembrando de todas as vezes que já vira aquela arma em ação. “Mas o maior problema é…”

Enquanto o presidente pensava, Nobi já estava atacando novamente. O azulado se protegeu com os braços, porém, além de sentir o impacto do poderoso golpe, sentiu a sua pele queimar, fazendo-lhe soltar um grito de dor, saltando imediatamente para trás.

“É que o Kanabō emite um calor insuportável quando o Nobi está empolgado.” Concluiu Seika agarrando o braço direito que fora o que sofrera mais com o impacto. “Ele finalmente está sério?”

Nobi atacou novamente, apontando ao peito de seu irmão, numa investida precisa. Seika baixou-se, porém, o ruivo já esperava por isso e acertou com uma joelhada no rosto do presidente rebelde, fazendo-o soltar sangue pelo nariz.

“Não me posso descuidar com o Nobi assim.” Pensou Seika recuando alguns passos, limpando o sangue com a manga e observando o rosto do seu irmão. “Tal como pensava, ele esteve sorrindo o tempo todo.”

De facto era verdade, desde que ativara o seu Stage 2, Nobi sorria como se estivesse apreciando cada momento daquele confronto.

“Vamos, Seika-nii. Estou esperando.” Falou Nobi apoiando Onihime no ombro como se a mesma não pesasse nada e estivesse a uma temperatura normal. “Também quero ver o quão forte ficaste nestes 5 anos.”

“Sempre que usas isso ficas empolgado demais.” Comentou Seika com um ligeiro sorriso de canto. “É o trabalho de um irmão mais velho esfriar a cabeça do mais novo.”

Seika soltou das suas luvas uma espécie de dardos atados com uma fina linha que cravaram no peito do jovem Oyabun, surpreendendo-o. O azulado soltou então um potente choque que, conduzido pela linha, eletrocutou o Yakuza durante um tempo perigosamente longo.

Assim que soltou os dardos, Nobi ficou cambaleando e soltando fumaça pelo corpo que se regenerava bem lentamente, ficando agarrado ao peito como se ainda sentisse uma aguda dor.

“Uma abertura!” Gritou Seika aparecendo bem à sua frente e atingindo-lhe o rosto com um punho eletrizante que o arremessou para perto do reservatório de água. “Eu sou a pessoa que te melhor conhece, Nobi. E esta arma tem como propósito te superar. Esta combinação garante a minha vitória.”

“Achas mesmo que a Momo criou essa arma apenas para brigarmos?” Murmurou Nobi encostando contra a cerca do telhado que estava amolgada por receber o seu impacto. “Pensei que fosse para que nenhum de nós ficasse para trás. Para que todos nós estivéssemos no mesmo nível. Para que nos pudéssemos apoiar!”

Aquelas palavras impactantes fizeram Seika recuar um passo e engolir em seco. Foi então que as lembranças de uma fatídica noite percorreram a sua mente, fazendo as suas mãos tremer.

“A culpa… É dessa arma.” Murmurou o azulado cerrando os punhos com raiva. “Se nunca a tivesses achado… Nada daquilo teria acontecido… Também não terias de ter passado por tudo aquilo… Como podes continuar a sorrir com essa maldição?”

“Porque estou vivo.” Respondeu Nobi se levantando com dificuldade. “Foi o apoio de todos que me salvou… Incluindo o teu.”

“Verdade.” Suspirou Seika se acalmando com as palavras do seu irmão. “Eu mesmo falei, não foi? Continuamos a ser uma família. Mas agora isso não importa. Não são os dois irmãos arruaceiros que se encontram aqui, frente a frente, mas sim o Oyabun da Onigumi e o Presidente do conselho estudantil num confronto territorial.”

“Isso mesmo.” Concordou Nobi com um sorriso confiante, destruindo o reservatório de água com a sua Onihime, que como se encontrava a uma alta temperatura, evaporou a água e criou uma cortina de névoa.

“Então este é o plano dele.” Pensou Seika olhando em redor, colocando-se em guarda. “Ele está começando a usar técnicas desesperadas.”

O Presidente continuou a procurar pelo seu adversário, mas a névoa improvisada realmente estava dificultando. Foi então que finalmente avistou uma sombra na névoa indo em direção a ele, a alta velocidade. Percebendo que se tratava de Nobi, desviou-se do golpe.

Porém, era apenas o Kanabō de Nobi que fora atirado em sua direção, passando-lhe por cima do ombro.

“Não pode ser.” Pensou Seika em pânico se virando rapidamente e avistando Nobi que surgira atrás dele, pegando a arma amaldiçoada no ar. “Ele usou a arma como distração.”

Heat Impact!” (N/a: Impacto de calor) Gritou Nobi com a Onihime incandescente, atingindo Seika com extrema potência, fazendo o solo do telhado ruir e engolir os dois.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, é tudo por hoje
Até à próxima!

Imagem de um Kanabō para terem uma ideia: http://img1.wikia.nocookie.net/__cb20130505040934/ultimate-crossover/images/7/75/Kanabo.jpg



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