Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 19
Instinto assassino


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo acabou de chegar!
Foi um pouco difícil fazer este capítulo pois tinha muita coisa acontecendo e tinha de fazer muitas passagens de cenas, mas espero que esteja do vosso agrado



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Alguns minutos antes da chegada de Nobi à escola, Hitomi entrou na sala do conselho estudantil que estava pouco iluminada pelo sol que já se estava pondo.

“Realmente não acredito que o Shinohara-senpai sequestrou uma aluna, ele já está passando dos limites.” Murmurou ela fechando a porta. “Você está aqui, Presi… O que aconteceu aqui?”

A vice-presidente foi surpreendida ao ver que o chão estava cheio de pacotes de leite, foi então que avistou um monte deles empilhados e sentado em cima desse monte estava Seika bebendo o último deles.

“Você bebeu tudo isto?” Questionou Hitomi ajeitando os seus óculos. “Isto daria para todos os alunos desta escola e ainda sobraria.”

“Eu me tomarei a responsabilidade.” Respondeu ele com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos, jogando o último pacote, já vazio, para o chão. “Estava precisando de cálcio.”

“Assim tanto?” Perguntou ela assim que o presidente passou por ela.

“Vou enfrentar o Nobi, espero que seja suficiente.” Respondeu ele com um olhar semelhante ao de um predador avistando a sua presa. “Você também devia ir para o seu posto.”

“Sim, presidente.” Falou Hitomi lançando um olhar receoso para o seu superior e murmurando. “Não se esforce demasiado.”

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Atualmente, Nobi encontrava-se ainda correndo nos corredores da escola, com Goru apoiado no seu ombro.

“Droga, os corredores não param de mudar.” Reclamou o ruivo ainda andando às voltas.

“Talvez você é que tenha um péssimo sentido de orientação.” Supôs Goru pensativo.

“Eh? Eu não sou tão mau ao ponto de me perder em linha reta.”

“Verdade, devia-mos esperar isso do Jin.”

“Por quê?” Perguntou Nobi confuso.

“Ele é um espadachim.” Respondeu Goru com um olhar que não mostrava qualquer dúvida nas suas palavras.

“Que lógica estás utilizando?” Questionou o ruivo ainda mais confuso.

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“Então? Você não consegue bater mais forte?” Inquiriu Kamegura ressaltando nas paredes e atingindo Koji rápido demais e de diferentes ângulos para que o mesmo não tivesse a oportunidade de se proteger.

“Lamento desapontar-te, mas as minhas mãos foram feitas para satisfazer as mulheres, não os caprichos de um moleque masoquista que pede para lhe baterem mais forte.” Respondeu Koji sorrindo com algumas nódoas negras espalhadas por todo o corpo, com os braços cruzados frente ao seu rosto.

“Maldito.” Murmurou Kamegura aumentando a velocidade e intensidade dos seus golpes ressaltando por todas as paredes daquele corredor fechado.

Porém, Koji mantinha-se erguido sem recuar um único passo.

“Mesmo sem usares a tua arma amaldiçoada, és duro.” Reconheceu o gerente de assuntos gerais parando por momentos o seu ataque ficando frente ao aluno Yakuza. “Mas devias desistir, esta é uma luta que não podes vencer.”

“Primeira lição de como ser um homem.” Falou Koji levantando o braço que tremia ligeiramente pelos golpes que tinha levado. “Um homem não foge de uma briga, mesmo que não tenha oportunidade de vencer. O que não é o meu caso.”

“Hã?” Questionou Kamegura confuso.

“Aposto que você venceu todas as suas brigas fazendo com que os adversários desistissem.” Supôs Koji fazendo novamente alongamentos. “Se tivesses mantido a tua boca fechada, eu também acharia que não tinha como vencer. Mas você me entregou a chave para a vitória.”

“Só estás fazendo blefe.” Gritou Kamegura partindo para o ataque, sendo novamente socado por Koji e batendo na parede, sendo projetado com o dobro da força, mas só foi novamente socado, repetindo tudo outra vez. “O quê?”

“Lembraste da tua provocação quando te soquei por primeira vez?” Perguntou Koji socando-o com o seu punho endurecido novamente assim que retornou.

Mas devo admitir que você é notável, até doeu um pouco… Como se fosse uma criança do fundamental a socar.” Kamegura recordara-se das suas próprias palavras enquanto continuava com o seu ciclo de idas e vindas. “Não pode ser.”

“Isso mesmo, percebi a fraqueza da tua arma.” Declarou Koji confiante. “É verdade que consegues repelir qualquer golpe físico, mas não consegues repelir 100% do dano. Ou seja, só tenho de continuar a te bater até que o dano acumulado seja significativo! Prepara-te para um exército de crianças do fundamental!”

“Isso é… Loucura!” Comentou o gerente de assuntos gerais sem conseguir sair daquele ciclo sem fim, já começando a sentir o feito colateral. “Não tem como você continuar a coordenar o seu ritmo com os meus ressaltos! O ritmo só vai aumentando e você não terá força nem energia suficiente para me machucar de verdade!”

“Então só preciso de mais força e energia, não é?” Respondeu o esverdeado com um sorriso confiante, continuando a bater em Kamegura sempre que o mesmo era jogado na sua direção. “Isso resolve-se.”

Então, o anel de Koji começou a brilhar com uma luz branca.

STAGE 2!” Proclamou ele com todas as suas forças.

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Enquanto isso, Chiyo continuava a tentar inutilmente atingir Aizawa que desviava perfeitamente dos seus múltiplos golpes.

“Droga, droga, droga, droga, droga, droga, droga! Por que é que já não consigo atingi-lo? Por quê, por quê?” Indagava ela na sua mente furiosamente, assim como a forma desesperada como se movia. “Sou assim tão fraca? É só isto que eu consigo? Sou assim tão inútil?”

“A velocidade dela continua a aumentar, se não fosse a precisa analise dos dados que a Iwasaki-san recolheu e as suas indicações, já teria sido o meu fim.” Pensava Aizawa desviando dos golpes e contra-atacando. “Sinceramente, não gosto de usar um truque desonesto como este, mas isto é pelo bem do conselho estudantil. Não! Isto é pelo bem da segurança e ordem que devemos fornecer aos estudantes desta escola. Esse é o dever do conselho estudantil!”

“Esta garota está difícil de ler. Os pensamentos dela estão ficando cada vez mais primitivos e ferozes.” Comentou Hitomi isolada naquela sala de aula. “Se não fosse a minha arma amaldiçoada, seria extremamente difícil ler os seus movimentos.”

“Droga, droga, droga, droga!” Continuava Chiyo a pensar, dando tudo de si para atingir Aizawa, mas o mesmo atingiu-a com um potente golpe que a jogou no chão. “Droga! O que eu posso fazer para o deter? Como o posso parar? Como?”

“Isto termina aqui, delinquente.” Declarou Aizawa atacando com a palma da mão usando toda a sua força.

“Como? Como? Como? Como?” Pensava Chiyo frustrada enquanto o imponente golpe final se aproximava.

MATAR…” Essa palavra passou por curtos instantes na mente da rosada, ressoando em todo o seu corpo, seguida de um silêncio total, como se todos os sons que a rodeavam e até os que a mesma produzia tivessem desaparecido por completo. Tudo à volta dela pareceria estar-se movendo cada vez mais devagar…

Então, quando o golpe a estava prestes a atingir, Chiyo retirou uma das suas Kodachis e cravou-a na mão do seu oponente, sem se quer hesitar. Aizawa gritou de dor agarrando por instinto o pulso da mão ferida para evitar que saísse mais sangue.

Quando se acalmou, olhou para onde a rosada antes estava, mas a mesma desaparecera do seu campo de visão. Foi então que ela surgiu do nada e, com a agilidade de um felino, subiu para cima do secretário e retirou a lâmina, antes que o mesmo se desse conta da sua presença, fazendo o mesmo soltar ainda mais sangue.

“É mesmo… Eu sou uma assassina…” Murmurou ela com um olhar vazio e com um pouco de sangue manchando o seu rosto.

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“Mas que saco.” Suspirou Momoka ao ver que estava rodeada por executores. “Vocês não têm nada mais interessante que fazer do que passarem a noite na escola brincando de justiceiros? Carecem assim tanto de vida social?”

Ofendidos, partiram todos ao mesmo tempo em direção à Wakagashira da Onigumi, que simplesmente estava parada com um pocky na boca.

“Eu realmente…” Murmurava ela cerrando os punhos com força. “Odeio vir à escola!”

E essas foram as últimas coisas que aqueles executores ouviram.

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“O que acabou de acontecer?” Murmurou Aizawa aterrorizado. “A atmosfera à volta dela mudou por completo, é quase como se fosse outra pessoa.”

Sem dizer uma única palavra, Chiyo correu em direção ao secretário, empunhando a sua Kodachi. Seguindo as indicações de Hitomi, ele desviou o golpe, mas durante esse processo, Chiyo voltara a desaparecer e quando já era tarde demais, Aizawa sentiu um corte ligeiramente profundo na sua perna esquerda, fazendo-o ajoelhar-se.

“Nem a consegui ver… Aquilo não foi uma velocidade normal.” Pensou Aizawa agoniado, agarrado ao ferimento da sua perna.

“Finalmente percebi…” Murmurou Chiyo com a sombra da franja lhe cobrindo um olho e o outro se revelando frio e sem vida. “Não estava dando tudo de mim porque receava matar o meu oponente… Mas isso não faz sentido… Afinal, todos os membros do clã Mochizuki nasceram para matar…”

“Impossível.” Falou Hitomi espantada. “Não tem como alguém se mover naquela velocidade! Nem a minha arma conseguiu calcular os seus movimentos! Mochizuki Chiyo… O que é você?”

“Se isto continuar assim, não poderei garantir que sairei com vida.” Pensava Aizawa se levantando. “Não existe qualquer hesitação no seu olhar… Para ser mais preciso, é quase como se não houvesse consciência naquele olhar.”

“Você é uma presa muito lenta.” Sussurrou ela extremamente próxima ao secretário.

“Presa?” Indagou ele surpreso.

Então, Chiyo deu-lhe um chute no rosto que o fez desequilibrar. Antes que ele recuperasse, com a outra perna deu-lhe outro no estômago e ainda pisou no ferimento que lhe fizera na perna, usando-a como apoio para saltar e dar-lhe outro chute no queixo, tudo isto em menos de 30 segundos.

Como tudo aquilo, Aizawa caiu cheio de dores e quando abriu os olhos, tinha a rosada sentada em cima dele lhe apontando a lâmina da Kodachi ao pescoço.

“Então este é o meu fim?” Questionou-se mentalmente. “Pelo menos morrerei seguindo os ideais do Presidente. Peço desculpa por não o poder apoiar daqui em diante.”

“Aizawa…” Murmurou Hitomi juntando as suas mãos trémulas, enquanto os seus olhos começavam a ficar húmidos.

Quando Chiyo estava prestes a cortar a garganta do secretário, uma sombra quebrou uma janela do 2º andar.

Dynamic Entry!” Gritou a misteriosa sombra, aterrando depois no pátio e levantando uma nuvem de poeira.

“Quem é?” Indagaram Aizawa e Hitomi ao mesmo tempo.

“Quem sou eu?” Falou um vulto saindo da poeira levantada, se revelando. “Eu sou o herói pervertido que protege a perversão no coração de todos, o meu nome é… Sakurama Koji!”

“Espera, pensei que o Kamegura-kun estivesse tratando dele.” Murmurou Hitomi ajeitando os seus óculos. “Não pode ser…”

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Voltando para o corredor fechado, Kamegura, todo acabado, encontrava-se meio inconsciente, com os olhos totalmente brancos e encostado a uma parede que tinha uma gigantesca cratera.

“Peço desculpa… Presidente…” Murmurava ele. “Mas aquele cara é… insano demais.”

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“Estava demasiado focada nesta luta que deixei as outras de lado.” Pensou Hitomi frustrada. “Fui desleixada.”

“Aquele é o Sakurama da classe A… Ele parece ser mais louco que os boatos dizem.” Pensou Aizawa intrigado.

“Será que não tens um pouco de vergonha? Como podes dizer coisas como essas, ainda por cima numa situação critica como esta?” Reclamou Chiyo constrangida e irritada. “Eh? …O que eu estava fazendo?”

“A atmosfera à volta dela mudou novamente.” Reparou o secretário impressionado. “Terá sido pela chegada do Sakurama?”

“Kya! O que eu estou fazendo nesta posição?” Gritou Chiyo completamente vermelha ao reparar que estava sentada em cima do caído membro do conselho estudantil, se levantando logo.

“Oi, oi. O que é isto? Será que tens um fetiche por Senpais, Loli-chan?” Comentou Koji tentando conter o riso e apontando para a rosada.

“Claro que não, seu maldito!” Respondeu a jovem kunoichi arremessando algumas das suas agulhas que tinha pegado no chão e que quase atingiram o esverdeado. “E não me chames de Loli!”

Depois de se acalmar, Chiyo reparou no estado de Aizawa e mostrou uma expressão preocupada.

“Você está bem? Isto é ruim, você está sangrando.” Falou ela começando a aplicar alguns primeiros socorros no ferido secretário, tal como cobrir os ferimentos com bandagens depois de os ter desinfetado apropriadamente com uma pomada feita de produtos naturais. “Isto deve servir.”

“Ela tratou os ferimentos que ela mesma causou.” Pensou Aizawa ainda mais impressionado. “Porque é que você fez isso? Nós não somos inimigos?”

“Eu não suporto ver gente gravemente ferida. Foi por isso que aprendi medicina natural com a minha avó.” Respondeu Chiyo com um sorriso cálido e gentil. “Acho que sou gentil demais para vir de um clã de assassinos das montanhas, não é?”

“Ei! Não me roubes os holofotes com esse sorriso de coração puro!” Reclamou Koji exageradamente dramático, aproximando-se da rosada. “Faz parecer que a minha grande entrada foi em vão.”

“Hum, nunca tiveste holofotes nenhuns sobre ti. Quem é que quereria dar atenção a um pervertido imprestável como você?” Provocou Chiyo mostrando a língua.

“O que aconteceu à garota gentil de há pouco? Para onde ela foi? Quem é que a substituiu por uma pirralha malcriada de peito plano?” Indagou Koji sarcasticamente.

“Seu maldito…” Murmurou Chiyo furiosa.

Porém a discussão dos dois foi interrompida por uma breve gargalhada grave.

“Vocês são os delinquentes mais estranhos com que já lidei.” Comentou Aizawa mostrando um sorriso no seu robusto rosto. “Na verdade nem parecem ser isso. Eu admito a minha derrota, você me venceu, Mochizuki Chiyo.”

“Estranho, não me lembro muito bem do que aconteceu até certa parte da luta, a minha mente está um pouco bagunçada.” Falou Chiyo cruzando os braços confusa.

“Oh, então está tudo normal.” Concluiu Koji.

“Si- … O que queres dizer com isso?” Reclamou a rosada, enquanto o esverdeado ria e o secretário os observava deitado no chão.

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“Não esperava que derrotassem o Aizawa.” Suspirou Hitomi na sala vazia. “Pelo menos ele está bem… Mas é melhor comprovar a situação do Kamegura-kun.”

Então, de repente, alguém deitou a porta abaixo, surpreendendo a vice-presidente.

“Então você finalmente chegou aqui.” Comentou Hitomi olhando para a porta. “Yamaguchi Momoka.”

“Oh, então você percebeu que eu estava vindo para aqui.” Respondeu Momoka entrando na sala com um olhar entediado e um pocky na boca. “Que arma amaldiçoada conveniente.”

“Antes de mais, quero só lhe dizer uma coisa.” Falou Hitomi ajeitando os óculos. “A porta… Ela não estava trancada.”

“Eu sei. Apenas queria quebrar alguma coisa.” Explicou a Wakagashira estalando os dedos dos seus punhos. “Talvez você seja a próxima.”

“Ela é tal e qual o Presidente descreveu… Uma garota que não mostra qualquer fraqueza e que parece tão perigosa como um trem desgovernado.” Pensou Hitomi ligeiramente receosa.

“Uma arma bem interessante a que tens.” Comentou Momoka se sentando numa das cadeiras da sala ao contrário. “Esses óculos. Com eles podes observar qualquer coisa numa determinada área e ao mesmo tempo calcular todos os acontecimentos possíveis nessa mesma área à velocidade de uma máquina, quase ao ponto de parecer leitura de mentes, não é? Concordo que a habilidade observadora é bem interessante, mas o resto parece-me desnecessário, para isso tenho o meu próprio cérebro.”

“Você analisou muito bem a minha arma.” Reparou Hitomi meio nervosa com a situação, se sentando também numa cadeira de frente para Momoka.

“A partir do momento que descobrimos como se cria armas amaldiçoadas, começa-se a enxergar o mundo de uma forma diferente.” Murmurou ela terminando o seu pocky e olhando para o teto. “Bem, vou direta ao ponto. Quero que você desista e vá embora desta sala.”

“E porque é que eu faria isso?” Questionou a você-presidente começando a sentir uma grande pressão.

“Você claramente não é do tipo que luta e certamente não podes comigo.” Respondeu Momoka com um olhar sério. “Uma boa estrategista como você deve saber que por vezes a retirada é a melhor estratégia.”

“E o que te interessa nesta sala em especial?” Inquiriu Hitomi tentando-se se fazer forte.

“Nesta sala tem um quadro elétrico que está ligado ao sistema central da escola.” Explicou a Wakagashira. “Deve haver outros, mas seria um saco procurar. Então, podes sair?”

“Eu sou um membro do conselho estudantil, não vou permitir que delinquentes façam o que bem intendam com a escola.” Respondeu Hitomi com um olhar decidido.

“Eu tentei ser educada e legal… Mas parece que isso não combina muito comigo.” Disse Momoka se levantando e socando uma parede ao lado delas, abrindo um enorme buraco nela. “Agora farei as coisas da minha maneira. Não te preocupes, não vai doer… muito.”

“Eh?” Murmurou Hitomi assustada.

Alguns minutos depois, a vice-presidente do conselho estudantil encontrava-se atada e pendurada de cabeça para baixo, além de estar amordaçada.

“Oh, incrível. Dá para ver a calcinha.” Comentou Momoka com um tom de voz desinteressado enquanto tirava fotos com o celular. “Oh, é uma bem fofa para alguém do seu status escolar.”

Hitomi respondeu com vários murmúrios revoltados e imperceptíveis.

“Deves estar-te perguntando porque é que eu estou tirando fotos.” Supôs a Wakagashira com um olhar entediado. “A resposta é… Porque me apeteceu.”

“Presidente… Lamento muito… Mas não tinha como eu vencer esta garota.” Pensava a derrotada e humilhada vice-presidente se lamuriando.

“Se não for pedir muito, depois podia gravar um vídeo contigo usando uma coleira e ladrando?” Pediu Momoka como se fosse algo simples e normal.

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“Deves começar a sentir dificuldade em ficar de pé.” Comentou Murakami arranjando a suas unhas. “Você perdeu no momento que fiz o primeiro corte.”

“Se a minha condição piora a cada segundo…” Falou Jin com voz ofegante, suando bastante e ainda usando a sua espada como apoio, mas mantendo um olhar feroz, semelhante ao de um orgulhoso lobo. “Então só me resta acabar com isto num instante.”

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“Incrível como ele continua correndo.” Comentou Shinohara que continuava a observar Nobi pelos monitores e alterando os corredores por onde ele passava para que não chegasse até àquela sala. “Ele devia desistir logo.”

“Óbvio que ele não vai desistir.” Falou Nikko com um olhar firme. “Ele não é do tipo que deixa alguém para trás.”

“Você parece confiar bastante nele, para alguém que conheceu há tão pouco tempo.” Salientou Masaki com um olhar traiçoeiro. “Como sabe que eles não estão apenas te utilizando? Pelo que ouvimos dizer, és bem útil para Hirata Nobi.”

“Posso não conhecê-los há muito tempo, posso não ter tido uma larga história com cada deles. Mas já passei tempo o suficiente para os chamar de amigos!” Declarou Nikko cheia de convicção. “Eu confio neles.”

“Bem, essa confiança não servirá de nada.” Falou Shinohara rindo confiante, até que todos os seus monitores se desligaram. “O quê?”

“Teste… Teste, teste.” O rosto de Momoka apareceu de repente em todos os monitores. “Bem, tenho uma mensagem para quem se estava achando um controlador, todas as câmaras da escola estão agora sob o meu controle. Se deu mal, agora para ver a calcinha da vice-presidente terão de pagar uma boa quantia.”

“Momo-san!” Pensou Nikko animada.

“Não pode ser.” Murmurou Shinohara se mostrando por primeira vez com raiva. “Eu odeio quando alguém interfere nos meus planos.”

“E eu odeio quando insetos tentam fazer planos contra a nossa gangue.” Respondeu Momoka com um ar ameaçador. “Você vão precisar de mais uns 100 anos se me quiserem superar em estratégia.”

“Ela pode ouvir-nos?” Indagou Masaki espantado.

“Claro que sim.” Respondeu Momoka com um ar superior. “E tu, loirinha, vê se deixas de agir como uma princesa que precisa ser salva e de preocupar os outros. Você agora é uma Yakuza!”

“Você tem razão, Momo-san.” Concordou Nikko com um sorriso de canto, continuando, agora se esforçando ainda mais, a tentar romper as cordas que a prendiam e ao mesmo tempo que o fazia, a misteriosa fumaça douras começava novamente a rodear o seu corpo. “Eu não posso ser um peso morto!”

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“Esta sensação estranha outra vez.” Murmurou Nobi parando de correr. “É como se eu estivesse sendo atraído por algo.”

“Aniki, parece que os corredores pararam de mudar. A interferência também parou.” Comentou Goru animado. “A garota esta…”

“Naquela direção.” O ruivo cortou apontando a um suposto caminho sem saída.

“Isso mesmo.” Confirmou o pequeno robô assentindo.

“Vamos!” Gritou Nobi correndo em direção à parede.

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Nesse momento, no telhado da escola, Seika encontrava-se encarando o céu noturno que começava a ser coberto por nuvens escuras.

“Parece que hoje os céus estão do meu lado.” Murmurou ele cerrando os punhos com força, ao mesmo tempo que deles saiam algumas faíscas azuis. “Hoje acertaremos as nossas contas, Nobi.”


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Notas finais do capítulo

É tudo por hoje
Até à próxima!



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