Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 18
O labirinto de Shinohara


Notas iniciais do capítulo

Tal como avisei, este capítulo demorou, mas para compensar, hoje temos um capítulo grande
Espero que seja do vosso agrado



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Koji, Jin e Nobi, com Goru agora no seu ombro, percorriam os longos corredores da escola, numa tentativa de encontrar Nikko.

“Parece que temos alguns obstáculos ali na frente.” Apercebeu-se Goru vendo um monte de executores bloqueando o caminho.

“Isso deve significar que estamos no caminho certo.” Concluiu Jin sem parar de correr como o resto do grupo.

“Atenção, desordeiros, em nome do presidente do conselho estudantil não vos posso permitir a passagem.” Anunciou Kamegura, Gerente de Assuntos Gerais do conselho estudantil, imponente frente à barreira de executores. “Eu, Kamegura Toshiro vos deterei.”

“Saiam…” Falou Koji endurecendo a sua mão direita.

“Do…” Falou Jin desembainhado levemente a sua espada.

“Nosso…” Falou Nobi pegando o seu bastão das suas costas.

“CAMINHO!” Gritaram os três, derrubando simultaneamente o monte de executores que lhes bloqueava o caminho.

“Estes caras… Não são normais.” Murmurou Kamegura conseguindo escapar por pouco.

“Parece que sobrou um.” Reparou Koji enquanto continuava a correr.

“Não temos tempo para isso.” Respondeu Nobi focado no caminho.

“Ei! Não me ignorem!” Reclamou Kamegura, enquanto os outros se iam afastando.

“Por aqui, consigo sentir a garota!” Indicou Goru apontando em frente.

“Pensei que só conseguisses sentir armas amaldiçoadas.” Comentou Nobi curioso.

“Por alguma razão também consigo sentir aquela garota.”

“Entendi, isso agora não importa. Pessoal, vamos seguir as indicações do Goru!” Ordenou o jovem Oyabun e os seus dois subordinados assentiram.

“Falei para não me ignorarem.” Falou Kamegura com uma expressão arrepiante, aparecendo de repente na frente de Koji, de cabeça para baixo e vindo de cima, atacando com um chute. “Eu detesto isso.”

Surpreendido e sem de tempo de reagir, Koji bloqueou o ataque com o seu braço endurecido no último momento.

“Oh, você reage rápido.” Falou o Gerente de Assuntos Gerais aterrando com as mãos no chão e depois dando um mortal na direção de Koji, que ainda desorientado, acabou levando um outro chute, desta vez no queixo, sem ter conseguido endurecer a área atingida antes. “Mas parece que eu sou mais.”

“Ele não é como os outros executores.” Pensou Koji recuando uns passos, segurando o seu dorido maxilar inferior. “Melhor tomar cuidado.”

“Koji!” Gritou Nobi se preocupando, parando logo de correr.

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"Quem é você?" Perguntou Chiyo recuando uns passos, colocando-se numa posição defensiva. "Ele não é como os outros."

"Meu nome é Aizawa Takechi, secretário do conselho estudantil." Apresentou-se ele com um tom educado. "Vim para acabar com esta situação."

“Que coincidência, eu também.” Respondeu ela ironicamente com um sorriso confiante.

“Então vamos passar para as ações.” Propôs Aizawa começando a retirar o seu uniforme.

“O-o-o q-que e-estás fazendo? Por que é que estás tirando a roupa?” Indagou Chiyo corada, tapando os olhos com as mãos e deixando um pequeno espaço com os dedos involuntariamente.

“Eu já fui o antigo capitão do clube de Sumo.” Respondeu ele apenas com as poucas vestes tradicionais da arte marcial, mostrando que além de ser muito alto, todos os músculos do seu corpo eram bem desenvolvidos e firmes. “Apesar de eu preferir não recorrer à violência, esta é a minha forma de lutar.

“E não o podias fazer com mais roupa vestida?!” Reclamou a rosada constrangida.

“Você devia estar-se focando noutras coisas neste momento!” Advertiu o secretário prestes a lhe atingir com a palma da sua mão.

Chiyo, usando os seus incríveis reflexos, conseguiu-se desviar no último segundo, saltando para trás, fazendo com que o golpe do seu adversário atingisse o solo e levantasse uma nuvem de poeira.

“Tanto impacto apenas como um golpe?” Inquiriu a jovem kunoichi tossindo devido à nuvem de poeira e, assim que a mesma se dissipou, avistou uma cratera no lugar do impacto. “Que tipo de força ele tem?”

“Você não tem hipóteses contra mim.” Declarou Aizawa se colocando numa posição de Sumo, batendo com um dos pês no chão e logo a seguir o outro. “Afinal, você é apenas a sétima colocada no ranking do 1º ano.”

“Se sabes dos rankings da classe C, isso significa que… És também um aluno da classe C.” Apercebeu-se Chiyo tomando ainda mais cuidado.

“Isso mesmo, eu sou o primeiro colocado do 2º ano.” Revelou ele fechando o punho e tocando com ele no solo, enquanto as suas pernas continuavam arqueadas.

“Primeiro colocado?” Pensou ela suando frio, recuando mais alguns passos. “Isto é mau… O primeiro colocado do meu ano é o Jin-kun. Será que este cara está no mesmo nível?”

“Falei para você não se distrair!” Gritou Aizawa ficando rapidamente próximo dela e a atingindo com a palma da mão, jogando-a para longe com bastante força. “Isso significará a sua derrota, eu não planejo pegar leve, mesmo que seja uma garota.”

“Que bom… Eu odeio que peguem leve comigo.” Respondeu Chiyo se levantando com alguns machucado que fizera ao derrapar no chão do pátio da escola.

“Você é mais resistente do que parece.” Comentou ele adotando uma postura defensiva.

“Pode crer!” Gritou a rosada arremessando três agulhas envenenadas que atingiram o peitoral do seu adversário, porém não tiveram qualquer efeito. “O quê?”

“Lamento desiludi-la, mas não é tão fácil assim perfurar os meus músculos.” Respondeu o secretário retirando as agulhas do seu corpo, de onde não saíra uma única gota de sangue.

“Devem estar brincando comigo!” Reclamou Chiyo revoltada.

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“Parece que não podemos subestimar os membros do conselho estudantil.” Comentou Jin parando de correr, assim como Nobi.

“Oyabun, não se preocupe comigo.” Falou Koji com uma expressão confiante. “Eu posso muito bem cuidar deste moleque sozinho.”

“Será mais rápido se acabar-mos com ele todos juntos.” Sugeriu o jovem espadachim voltando a sacar a sua espada.

“Por mim tudo bem.” Respondeu Kamegura confiante, à sua frente tinha Koji e atrás de si tinha Nobi e Jin. “O meu objetivo é parar-vos a todos.”

Porém, quando o ruivo e o azulado estavam prestes a se aproximar do membro do conselho estudantil, uma parede surgiu do nada e bloqueou-lhes o caminho, além de os separar de Koji.

“Uma parede?” Indagou o esverdeado surpreendido.

“Isto deve ser coisa do Shinohara-senpai.” Pensou Kamegura olhando para o teto com uma expressão incómoda.

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“Ele criou uma parede do nada.” Comentou Nikko surpreendida, enquanto observava Shinohara assistindo os monitores daquela sala que mostravam vários pontos da escola. “Como ele fez isso?”

“Este é o poder da arma amaldiçoada do presidente Shinohara.” Explicou Masaki encostado à parede ao lado dela. “Se ele conhecer bem um local dentro de uma determinada área pode alterar as sua estrutura como desejar, porém não pode fazer coisas do nada, para fazer aquela parede ele teve de desfazer outra.”

“Uma arma amaldiçoada que lhe permite alterar a escola como quiser.” Murmurou a loira impressionada, vendo que saía aquela estranha fumaça negra de uma pulseira que o presidente do comitê disciplinar usava, indicando que seria essa a arma amaldiçoada.

“É a arma ideal para um presidente do conselho estudantil governar a escola, não é?” Comentou Shinohara sem tirar os olhos dos monitores. “Mas mesmo assim, sou apenas o presidente do comitê disciplinar.”

“Parece-me mais uma arma ideal para um arquiteto.” Respondeu Nikko sinceramente.

“Não menospreze a arma do presidente Shinohara.” Exigiu Masaki lançando-lhe um olhar ameaçador.

“Não te preocupes, Uchida-kun.” Falou Shinohara dando uma leve gargalhada. “Alguém como ela não entenderia o quão incrível pode ser o poder da minha arma amaldiçoada.”

“Esse cara parece ser bem chato.” Pensou Nikko ainda tentando se libertar das cordas que lhe prendiam. “Tenho de conseguir escapar o mais rápido possível, não posso deixar tudo para o Nobi e os outros.”

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“O que vamos fazer com esta parede?” Perguntou Jin observando a mesma. “Devo tentar cortá-la?”

“Não, vamos continuar o nosso caminho.” Respondeu Nobi com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos, dando meia volta e seguindo caminho.

“E o Sakurama-senpai?” Questionou o azulado ligeiramente preocupado.

“Ele mesmo disse, não disse? Ele ficará bem sozinho.” Respondeu Nobi virando-se para o seu subordinado com um sorriso confiante que acalmou o mesmo. “Agora vamos, a Nikko está à nossa espera.”

“Certo.” Assentiu Jin confiando no seu Oyabun e também no companheiro que deixaram para trás.

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“Você também não deve ter ficado muito contente com esta tática cobarde.” Comentou Kamegura olhando para o seu único adversário que agora se alongava.

“Bem, a ideia de ficar preso com um homem não me agrada nem um pouco.” Respondeu Koji no meio dos seus alongamentos. “Mas isto veio a meu favor.”

“Como assim?” Inquiriu o gerente de assuntos gerais confuso.

“É que tem coisas que eu ainda não quero mostrar para eles.” Explicou ele colocando-se numa posição de combate juntamente com uma expressão confiante.

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“Será que só eu fico com os inimigos mais estranhos?” Reclamou Chiyo no meio do seu confronto com Aizawa. “Esta montanha de músculos deve ter alguma fraqueza.”

“Pensar muito não lhe vai ser de grande ajuda.” Comentou o secretário atacando com sucessivos e rápidos golpes com as palmas das suas mãos que Chiyo só podia ir desviando.

Mas o ritmo do furioso ataque só ia aumentando e a jovem kunoichi ia se tornando incapaz de seguir tal ritmo. Após uma infinidade de ataques, Chiyo foi finalmente atingida e projetada para trás, batendo numa árvore do pátio.

“Isto é ruim.” Pensou ele se levantando. “Utilizei todas as minhas agulhas, agora só posso contar as minhas Kodachis e os meus golpes de combate corpo-a-corpo. O problema é que o Aizawa-senpai deve ser bem melhor que eu em combates a curta distancia. Acho que só me resta fazer uma coisa.”

“Você continua mostrando aberturas, enquanto fica de mente distraída.” Avisou Aizawa atacando novamente com a palma da mão, derrubando a tal árvore com a potência do golpe, mas sem conseguir avistar a rosada. “Onde está ela?”

“Você tem razão, Senpai! Por isso não vou pensar mais!” Gritou Chiyo vinda de cima.

“Ela saltou no último momento?” Indagou o secretário impressionado.

Então, Chiyo deu um veloz mortal no ar e chutou fortemente a nuca de Aizawa, fazendo-o cair com o impacto.

“Os músculos não protegem todas as partes do corpo.” Falou ela aterrando de costas para o seu adversário caído. “E não há ninguém que conheça melhor as fraquezas do corpo humano que os assassinos profissionais.”

“Você é melhor do que eu esperava.” Comentou Aizawa se levantando, massajando a nuca. “Parece que não podemos mesmo apenas olhar para o ranking.”

“Sabia, aquilo não era o suficiente para fazer alguém como ele apagar.” Pensou Chiyo se virando para o membro do conselho estudantil.

“Não pensei que chegaria a usar isto.” Murmurou ele retirando um microfone do seu traje tradicional de sumo e o colocando na sua orelha.

“Por que é que guardadas coisas aí?” Reclamou a rosada constrangida.

“Iwasaki-san, estou pronto.” Falou ele para o microfone.

“Melhor acabar com ele, antes que faça alguma coisa.” Pensou Chiyo correndo em direção ao seu adversário, pronta para lhe acertar com um chute voador.

Porém, Aizawa desviou facilmente, como se soubesse previamente do ataque da jovem kunoichi, e pegou na sua perna, fazendo-a bater no chão.

“Eu não gosto de ter de recorrer a este tipo de violência, mas também não posso pegar leve, lamento.” Falou Aizawa observando a rosada deitada no chão.

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Jin e Nobi corriam novamente pelos corredores da escola, mas desta vez pareciam meio perdidos.

“Então, Goru, para que lado está a Nikko?” Perguntou o ruivo impaciente.

“Não sei o que se passa, Aniki.” Respondeu Goru confuso. “De repente toda a escola começou a reagir como uma arma amaldiçoada, isso está interferindo.”

“Droga.” Murmurou Nobi apertando os punhos com força.

“Os corredores também parecem diferentes do normal.” Comentou Jin olhando em seu redor. “E mais longos.”

“Jin, sempre teve aqui dois caminhos?” Perguntou o jovem Oyabun parando de correr ao ver uma bifurcação no caminho.

“Tenho a certeza que não.” Respondeu o azulado também parando. “Por onde devemos ir?”

“Talvez o melhor seja separar-nos.” Sugeriu Goru com um tom pensativo. “Mas também pode ser isso que eles querem.”

“Eu vou por este caminho.” Falou Nobi apontando para o caminho da esquerda.

“Então eu vou por este.” Falou Jin apontando para o da direita.

“Vocês ouviram o que eu disse? Podemos estar a fazer exatamente o que eles querem.” Reclamou Goru no ombro de Nobi.

“Se algo correr mal é só acabar com eles.” Responderam os dois em uníssono.

“Realmente é difícil argumentar com estes dois neste tipo de coisas.” Disse o pequeno robô num tom de suspiro.

“Jin, nos vamos separar aqui.” Falou o ruivo estendendo o seu braço direto para o jovem espadachim, com o seu punho fechado e de frente para o seu caminho. “Se encontrares primeiro aquele tal de Shinohara, dá-lhe uma boa lição por ele se ter metido com uma companheira nossa no meu lugar.”

“Pode contar comigo, mestre.” Respondeu ele estendendo o seu braço esquerdo e assim chocar o seu punho com o do seu Oyabun, ambos com uma expressão confiante própria, seguindo cada um o seu caminho.

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“Não percebi o que você quis dizer com isso.” Comentou Kamegura com uma expressão séria. “Mas acho que você me está subestimando.”

“Você é do primeiro ano, não é?” Percebeu Koji cruzando os braços. “Devia tratar com mais respeito os seus Senpais.”

“Posso ser do primeiro ano, mas também estou no conselho estudantil, portanto é você que me deve respeito, Senpai.” Explicou o gerente de assuntos gerais colocando-se numa posição de combate.

“Parece que temos aqui um moleque atrevido.” Comentou o esverdeado endurecendo a sua mão direita e indo em direção ao membro do conselho estudantil. “Melhor te ensinar uma lição!”

Então deu-lhe um potente soco bem no meio do rosto que o fez voar em direção à parede. Porém algo inesperado aconteceu, ao atingir a parede, Kamegura foi projetado pela mesma e, com o dobro da velocidade, atingiu o estômago de Koji com os dois pés, sem que o mesmo tivesse tempo de se endurecer.

“O que foi isso?” Indagou ele espantado, fazendo algum esforço para se manter de pé depois daquele golpe.

“Todo o meu uniforme é uma arma amaldiçoada.” Explicou Kamegura que aparentava não ter sofrido qualquer dano. “Ela cria uma película invisível que cobre todo o meu corpo e me torna capaz de repelir qualquer impacto físico. Mas devo admitir que você é notável, até doeu um pouco… Como se fosse uma criança do fundamental a socar.”

“Oi, oi, isso é algo muito cruel de se dizer.” Comentou Koji sem tom de seriedade, se recompondo e voltando a erguer os punhos. “Assim até me feres o orgulho.”

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“Aniki, porque é que você escolheu este caminho?” Perguntou Goru curioso.

“Instinto, acho eu.” Respondeu Nobi continuando a correr.

“Como esperado do Aniki.” Comentou Goru com uma gota de óleo atrás da cabeça. “Mas é impressão minha ou temos estado a andar em círculos?”

“Então também achas isso.” Falou Nobi ligeiramente sério. “Parece que o caminho tem estado a ser alterado à medida que andamos.”

“Sério? Isso é mesmo possível?” Indagou o pequeno robô surpreso. “Dessa forma nunca chegaremos à garota.”

“Não temos outra escolha a não ser continuar a tentar.” Respondeu Nobi com convicção.

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“Esse Hirata Nobi é bem intrigante.” Comentou Shinohara observando tudo através dos seus monitores. “Não importa o quanto eu altere o seu caminho, ele acaba sempre por correr na direção certa. Chega até mesmo a ser irritante. É como se ele subconscientemente soubesse onde você está. Que tipo de relacionamento vocês dois têm?”

“Ele é apenas um cara louco que virou por completo a minha vida de cabeça para baixo e que conheci há uns dias.” Respondeu ela com um sorriso confiante. “Acreditem em mim, não existe forma de detê-lo, seja no que for.”

“Isso é o que veremos.” Falou Shinohara mexendo os seus braços à medida que ia alterando subtilmente os corredores da escola. “Não importa se ele sabe onde você está, se ele não conseguir chegar aqui, então isso será em vão.”

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Jin também continuava o seu caminho, mas ao chegar à conclusão que estava andando em círculos, decidiu parar de correr e andar com mais calma, pensando numa forma de encontrar o caminho correto.

Enquanto caminhava, avistou a porta de uma sala de descanso que tinha a luz ligada e decidiu entrar por curiosidade. Ao fazer, apanhou Murakami, tesoureira do conselho estudantil, sentada a comer um ramen instantâneo extra grande com extra carne de porco que, pelo que dizia na embalagem, estava 40% mais barato.

Os dois ficaram-se encarando durante uns segundos, até que Murakami finalmente reagiu ficando com uma tonalidade vermelha.

“I-i-i-i-i-i-isto n-n-não é o que parece!” Gritou ela constrangida.

“Peço perdão por interrompe-la.” Desculpou-se Jin prestes a fechar a porta.

“Pare! Já disse que não é o que parece!” Gritou ela ainda mais histérica e com algumas lágrimas exageradas. “Eu não comprei uma porção extra grande apenas porque estava mais barata, nem a estava comendo em vez de estar fazendo o meu trabalho como executora! Acredite em mim!”

“Lamento, gostava de acreditar, mas você já se entregou.” Respondeu Jin sem saber como reagir.

“O que vão pensar de mim agora? Que garota colegial come uma porção de ramen extra grande? Será que vão pensar que só compro coisas em promoção? ...Bem, isso até é verdade… Mas não é porque sou pobre, apenas gosto de economizar o meu dinheiro, afinal sou a tesoureira, esse é o estereótipo, não é? Espera, está tudo bem em eu ser um estereótipo? Pensando bem, o que podemos definir como um estereótipo?” Murakami ficara novamente presa no seu ciclo sem fim de perguntas.

“Ela certamente não é como os outros executores, mas num sentido completamente diferente.” Pensou Jin com uma gota de suor atrás da cabeça. “O que eu devo fazer?”

“O que é o destino? Quem está por trás de isso tudo? Será que me lembrei de desligar o televisor antes de sair de casa?” Indagava ela sem parar, até sentir a mão de Jin pousar no seu ombro.

“Não se preocupe, eu não irei contar a ninguém.” Falou Jin com uma expressão séria e convicta.

“Você… É um bom rapaz!” Disse Murakami emocionada.

“Pronto, agora pare de chorar, por favor.” Pediu Jin se afastando alguns passos.

“Sim.” Concordou ele enxugando as lágrimas. “O meu nome é Murakami Sachi, tesoureira do conselho estudantil.”

“Ah… Eu sou Inugawa Jin, antigo candidato a executor.” Apresentou-se ele também, sem entender aquele clima amigável frente a uma inimiga.

“Prazer em conhece-lo, Jin-kun.” Falou ela atacando de repente com umas garras que apareceram de repente, cortando de leve o peito de Jin, o golpe só não fora mais profundo pois o mesmo saltara para trás no último segundo.

“O quê?” Indagou ele surpreendido. “Você me enganou.”

“Saber mentir é algo essencial quando se lida com dinheiro.” Falou Murakami com uma expressão completamente diferente, tendo agora uma atitude mais firme, com a sua mão direita revelou que as misteriosas garras eram na verdade as suas unhas que tinham crescido até ao tamanho de adagas e depois voltado à forma original.

“Isso não parece nada honesto.” Comentou Jin levando a mão a sua espada, mas de repente sentiu a sua respiração mais pesada e ofegante, além de começar a suar bastante.

“Surpreso? Estas unhas postiças são a minha arma amaldiçoada.” Revelou Murakami com uma expressão triunfante. “Qualquer um que eu arranhar com elas fica contaminado por um vírus que não tem cura, só eu o posso neutralizar.”

“Droga…” Murmurou ele usando a sua espada para se apoiar. “Fui descuidado.”

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“Podem levá-la.” Falou Aizawa para os executores do comitê disciplinar que ainda estavam no pátio, virando-se de costas para a rosada que estava no chão. “Isto já acabou.”

“Ei…” Murmurou ela espantando o secretário. “Não sabias que é rude dar as costas para um adversário?”

“Vejo que você é do tipo que nunca aprende a lição direito.” Comentou Aizawa virando-se para Chiyo que já estava de pé novamente.

Então a mesma começou a atacar novamente, socos, chutes, saltos, agilidade, ela estava fazendo uso de todas as suas habilidades físicas para atacar e desviar os contra-ataques de Aizawa. O problema era que o gigantesco secretário estava conseguindo desviar perfeitamente, como soubesse exatamente de onde e quando viriam os ataques.

“Como? Como é que ele consegue prever todos os meus movimentos?” Indagava ela sem parar de atacar.

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Nesse exato momento, Hitomi, vice-presidente do conselho estudantil, se encontrava numa sala de aula vazia, falando para uma espécie de microfone.

“… Agora vai dar dois chutes na direita. Um soco de esquerda. Ela vai atacar por baixo. À tua direita, agora. Ela vai desviar e aproveitar a abertura para atacar com tudo. Vai para a esquerda.” Falava ela, enquanto ajeitava os seus óculos, enquanto pensava. “Eles não têm como passar por nós, membros do conselho estudantil.”

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Enquanto isso, na porta dos fundos da escola, Momoka acabara de chegar, carregando consigo uma mochila e com um pocky na sua boca.

“Sinceramente, quem é que entra na base inimiga pela porta da frente.” Murmurou ela adentrando no recinto escolar. “Parece que não vou poder ficar em casa como queria… Também vou ter de agir.”


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Notas finais do capítulo

É tudo por hoje, mais uma vez peço desculpa por ter demorado tanto
Até à próxima!



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