Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 17
Idiota


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, não me atrasei com este capítulo, espero que gostem



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Ao entardecer desse mesmo dia, Chiyo foi a casa de Nikko, mas para surpresa dela, a mesma não se encontrava lá.

"Onde está a Nee-san?" Questionou ela curiosa.

"Ela saiu." Respondeu Momoka bocejando. "Já está ficando tarde."

"Não pode ser! A Nee-san tem vida social?! Quer dizer, será que lhe aconteceu alguma coisa?" Inquiriu Chiyo preocupada.

"O que você acha disto, Aniki?" Perguntou Goru.

"Pesado..." Murmurou Nobi fazendo flexões com uma máquina de lavar e uma televisão antiga nas suas costas. "Isto não é um exagero, Momo?"

"Sim... Para alguém normal." Respondeu ela ajeitando os óculos. "Para ti é só aquecimento."

"Droga..." Ele se lamentava enquanto fazia as flexões, porém não mostrava assim tanta dificuldade, como se já tivesse feito coisas piores.

"Não se estão esquecendo da Nee-san?" Reclamou a rosada. "E se realmente aconteceu algo de ruim com ela?"

"Eu vi ela passar pelo café Kobushi, enquanto eu e o Sakurama-senpai estávamos no nosso turno." Comentou Jin aproveitando a porta ainda estar aberta para entrar juntamente com Koji. "Ela estava acompanhada por um cara que nunca tinha visto antes."

"Oh, então ela só deve estar tendo um encontro." Supôs Momoka se sentando no sofá. "Vocês se preocupam demais."

"Como assim?" Gritou Nobi lançando a maquina de lavar e a televisão pelos ares. "A Nikko foi raptada!"

"A mim também me parecer ser um encontro." Comentou Koji. "Uma pena ela já não estar disponível."

"Não! É da Nikko que estamos falando! Acham mesmo que alguém com a vida social dela estaria num encontro?" Insistiu o ruivo, enquanto os dois eletrodomésticos aterravam no jardim.

"Ela foi raptada." Pensaram Jin, Chiyo e Goru mutuamente chocados.

"Então é só esperar pelas condições de resgate." Bocejou Momoka despreocupada.

"Não podemos ficar simplesmente parados à espera!" Reclamou Chiyo correndo de um lado para o outro. "Temos de fazer algumas coisa!"

"Nestes momentos, o melhor é manter a calma, tal como a Momo-dono está fazendo." Aconselhou Jin parando Chiyo pela gola do seu uniforme.

"Sim, na verdade eu estou bem preocupada." Falou Momoka sarcasticamente, enquanto abria uma revista, com um pocky na sua boca.

"Ela é muito boa mantendo a calma numa situação destas." Comentou Chiyo admirada.

"Vocês não estarão exagerando?" Questionou Koji tentando colocar alguma razão. "Claro que qualquer um quereria raptar uma beleza como a Nikko-chan e fazer um monte de coisas com o seu belo e macio corpo, ma-"

O esverdeado fora interrompido por um chute de Chiyo bem no seu rosto.

"Vê como falas da Nee-san!" Gritou ela furiosa.

"Mas bem, com eu estava dizendo." Continuou Koji com um lado do rosto inchado. "Não podemos presumir logo que ela foi raptada."

"Pessoal, isto estava na porta." Avisou Goru com uma carta nas mãos.

Nobi rapidamente pegou no envelope e começou a ler. Assim que o fez, os seus olhos mostraram uma raiva imensa, apertando o papel frustradamente, quase o rompendo. Depois, sem dizer uma única palavra, pegou na sua arma amaldiçoada e saiu a correr.

"Mestre, para onde vai?" Questionou Jin, mas já era tarde demais, o ruivo passara pela porta de saída sem falar nada. "O que diz a carta?"

"Nós temos a vossa garota demónio." Momoka pegou a carta deixada no chão e começou a lê-la em voz alta. "Se a querem de volta, então exigimos a total rendição de Hirata Nobi, se se entregar, todos os outros serão poupados, assim como a garota. Venha até à escola antes que o sol se ponha, sozinho e aceite a punição pelos seus atos. Assinado, Shinohara Hiroshi, presidente do comitê disciplinar."

"É obviamente uma armadilha." Concluiu Jin seriamente.

"Aquele idiota." Suspirou Momoka largando o papel em cima da mesa.

"Não importa se é uma armadilha." Chiyo pronunciou-se com um olhar decidido. "Tenho a certeza que o Nobi-san também percebeu. Mesmo sendo uma armadilha, a única forma de chegar até à Nee-san é colocando-se na boca do lobo para a poder salvar, não importando o risco."

"Tenho de admitir, falaste bem, Loli-chan." Concordou Koji com um sorriso confiante. "Um homem não deve deixar uma mulher sofrer, não importa as consequências disso, não se deve perder um único segundo. Esse é o tipo de homem idiota que o nosso Oyabun é."

"E nós, como sua gangue, não podemos deixar aquele Oyabun idiota sozinho." Concordou Jin pegando na sua espada. "Nem deixar uma companheira nossa nas mãos do inimigo tão facilmente."

"Façam o que quiserem." Falou Momoka caminhando até ao seu quarto, sem mostrar a sua face. "Apenas tragam aquele idiota de volta a salvo... E aquela garota irritante também, seria um saco não ter alguém que fizesse as tarefas domésticas."

"Podes deixar, Anego." Respondeu Goru, enquanto os outros se olhavam com expressões confiantes.

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"Nikko... Estou indo trazer-te de volta." Pensavam Nobi decidido enquanto corria o máximo que podia em direção à escola. "Vou acabar com eles."

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"Hum... O que aconteceu?" Murmurou Nikko acordando, estava de mãos e pés atados, numa sala escura ligeiramente ampla, iluminada apenas pelo brilho de diversos monitores. "Onde estou?"

"Então você finalmente acordou, Garota Demónio." Disse Ume, o executor do comitê disciplinar que usava uma máscara de raposa. "Dormiu bem?"

"Você!" Gritou ela ao reconhece-lo. "O que aconteceu com o Uchida-senpai? ... Espera... Não pode ser."

"Então você já percebeu. Você é bem esperta." Comentou Ume retirando a sua mascara de raposa, revelando o seu verdadeiro rosto, sendo esse o de Uchida Masaki.

"Então foi tudo mentira, não foi?" Percebeu ela, com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos.

"Isso mesmo, apenas a usamos para atrair Hirata Nobi para a nossa armadilha." Confirmou Masaki com uma expressão sádica. "Você realmente achou que alguém como eu teria interesse em ter um encontro com uma garota chata e irritante que nem você? Além de um monte de outros aspetos negativos."

"Uchida-senpai... Quando me libertar, vou soca-lo com toda a minha força." Declarou Nikko com um olhar perfurante semelhante ao de uma fera selvagem, fazendo o executor recuar por momentos.

"O quê? Por que é que ela não está mostrando nem uma única fraqueza num momento como este. Ela fala como se o resultado já estivesse decidido a seu favor... Esta garota certamente não é normal." Pensou Masaki suando frio por um momento. "Você não está um pouco confiante demais para a sua situação?"

"Não é confiança... Neste momento simplesmente me apetece bater em você." Respondeu ela ainda com o mesmo olhar. "Não suporto pessoas como você que apenas tratam as outras como brinquedos. O que você acha que são os sentimentos de uma pessoa?"

"Cala-te!" Importunado, Masaki estava prestes a chuta-la, quando uma mão enluvada agarrou a sua perna, a poucos centímetros o rosto de Nikko, que nesse momento não vacilou um único segundo.

"O que você pensa que está fazendo?" Questionou Seika com um olhar de fúria jogando a perna do executor para trás, fazendo-o desequilibrar-se e cair. "O que isto significa?"

"Se acalme, senhor presidente." Pediu Shinohara entrando também. "Tudo isto faz parte do meu plano."

"Plano? Isto já e ir longe demais!" Reclamou Seika furioso. "E você por acaso sabe quem é esta garota?"

"As ligações dela não importam, ela não deixa de ser uma desordeira que atua sob as ordem de Hirata Nobi e tal como ele, merece a punição absoluta." Respondeu o presidente do comitê disciplinar fazendo frente ao azulado. "Recordo-lhe que esta operação está sob a minha jurisdição, usaremos os meus métodos para trazer a verdadeira ordem a esta escola. Algum problema com isso?"

"Existem limites!" Insistiu Seika batendo com o punho na parede, deixando uma ligeira fenda na mesma. "Isto ainda é o trabalho de um executor? Tenho a certeza que ele não queria que as coisas acabassem assim."

"Não vale a pena pensar no passado, isto é o necessário para trazer a verdadeira ordem para esta escola. Todos precisam de um exemplo para não quebrarem as regras.." Explicou Shinohara confiante. "Isto era o que precisávamos para trazer Hirata Nobi, o maior desordeiro da nossa escola, para cá."

"Por agora, não vou interferir." Decidiu Seika com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos, caminhando em direção à porta, passando assim ao lado de Shinohara. "Mas não toquem na garota, nem vão longe demais... E caso eu ache necessário, quebrarei todas as regras que forem precisas, portanto é melhor você não exagerar."

"Essa sua atitude rebelde não combina nem um pouco com a sua posição de presidente. Mas não se preocupe, você pode confiar claramente em nós, senhor presidente." Respondeu o presidente de comitê com um sorriso malicioso. "Agora é só esperar que Hirata Nobi se renda."

"Isso não vai acontecer." Falou o azulado abrindo a porta. "Se bem o conheço, ele deve estar vindo correndo, pronto para bater em qualquer um, não importando quem seja, tudo por essa garota... Esse é o tipo de idiota que ele é."

"Nobi..." Murmurou Nikko olhando para cima com um ligeiro sorriso. "Ele certamente é idiota a esse ponto

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"Cheguei." Pensou Nobi com respiração ofegante, frente ao portão da escola, que se encontrava convenientemente aberto. "Estou indo, Nikko."

"Então é ele que vai salva-la." Comentou Kazuo observando do topo de um prédio, usando binóculos. "Eu sabia que ele seria interessante. Então, Hirata Nobi, me mostre o que você tem de diferente dos outros amaldiçoados."

Nesse momento, o celular do detetive privado começou a tocar e o mesmo atendeu logo de seguida.

"Kasuo-san, onde raio você esteve!" Gritou uma voz feminina do outro lado da linha.

"Desculpa, Michiko, a minha hora de almoço acabou se estendendo." Se desculpou descontraidamente. "Aconteceu alguma coisa por aí?"

"Recebemos um trabalho, mas como você não estava aqui, tive de o aceitar por mim mesma." Explicou ela sussurrando.

"Entendi. Então, qual é o trabalho?" Perguntou Kazuo observando o Sol que se começava a pôr.

"Bem..." A voz de Michiko começou a mostrar um leve nervosismos. "Investigar um armazém pertencente aos White Tigers."

"Oi, estás louca? Para aceitar um trabalho desses sozinha." Questionou Kazuo preocupado.

"Mas pagavam tão bem." Explicou ela de forma infantil.

"Realmente não tens jeito." Suspirou o loiro acendendo um cigarro. "Diz-me onde estás, eu vou para aí imediatamente."

"Não."

"O quê?" Questionou ele confuso.

"Você é um extremo preguiçoso, mas quando falta ao trabalho é porque julga que algo é mais importante e merece a sua atenção." Explicou ela com uma voz serena. "Eu posso tratar deste trabalho sozinha, continue com o seu dever."

"Não faças nenhuma loucura." Pediu Kazuo com um leve sorriso, soprando um pouco de fumaça. "Seria difícil achar outra assistente com tu."

"Do que você estás falando, Kasuo-san? Você nunca conseguiria achar alguém para me substituir." Respondeu ela desligando logo a seguir.

"Suponho que isso seja verdade." Comentou ele fechando o seu celular e sorrindo para o mesmo. "Desde aquela época que ela é presa a mim."

Nesse momento, Nobi era rodeado por um monte de executores mascarados e com as costas dos seus uniformes dizendo "Punição Divina", identificando-os como executores do comitê disciplinar.

"Você veio se render?" Perguntou um dos mascarados.

"Onde está esse tal de Shinohara?" Inquiriu Nobi adentrando lentamente, ignorado a pergunta que lhe fora feita.

"Você não me ouviu?" Voltou a questionar o mesmo executor apontando-lhe uma lança japonesa, mostrando que talvez pertencesse à classe C.

"Qualquer um que se meta com um membro da minha gangue tem de pagar." Respondeu Nobi pegando na ponta da lança e quebrando-a com a mão. "Se não me vão levar até ao Shinohara, saiam da frente."

"Maldito!" Exclamou o executor furioso atacando, assim como todos os que rodeavam o ruivo.

Sem dizer uma palavra e com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos, retirou o seu bastão de beisebol metálico das suas costas e se colocou em posição. Com um veloz movimento giratório, arremessou alguns deles para longe como se fossem apenas pedras no seu caminho. De seguida, um executor armado com um taco de hóquei o atacou, mas foi rapidamente bloqueado pelo ruivo, nesse momento, outro armado com uma navalha lhe tentou atacar pelas costas. Porém, este foi velozmente bloqueado por Jin que aparecera no último momento.

"Jin?" Indagou Nobi confuso, quebrando a arma do seu adversário e atingindo o rosto do mesmo com força suficiente para o fazer desmaiar.

"Eu cuidarei das suas costas, mestre." Falou Jin jogando a navalha para longe com a sua espada e acertando com o lado cego da mesma no seu adversário, nocauteando-o dessa forma. "Siga em frente."

"Obrigado." Agradeceu o ruivo com um sorriso confiante, continuando a seguir em frente.

Então, um monte de executores se colocou na frente de Nobi, prontos para impedir a sua passagem, porém uma sombra voou sobre eles, arremessando alguma coisa que os fez todos caírem imóveis. Visto de perto, eram visíveis algumas agulhas presas nos seus corpos.

"Eu reduzirei os números, vão e salvem a Nee-san." Ofereceu-se Chiyo revelando-se por entre as sombras.

"Contamos contigo, Chiyo." Respondeu Nobi correndo com Jin em direção ao edifício escolar, deixando a rosada para trás.

Então, outros dois executores apareceram de surpresa e tentaram atacar Nobi, Jin bloqueou um, mas o outro apanhara o jovem Oyabun desprevenido e quase o atingiu, se não fosse um potente soco de Koji que o enterrara no chão.

"Não seja tão descuidado, nós não podemos estar sempre olhando por você." Avisou o esverdeado com a sua mão direita endurecida com o poder da sua arma amaldiçoada.

"Mas agora trataremos de todas as distrações." Falou Goru apoiado no ombro de Koji.

"Koji, Goru, obrigado, não se preocupem. Agora vamos!" Anunciou Nobi correndo confiante, com os seus seguidores atrás. "Nikko, espera por nós!"

"Não os deixem entrar no interior!" Ordenou um dos executores.

"Terão de passar por mim primeiro." Falou Chiyo se intrometendo no caminho, com uma das suas kodachis na mão direita.

Os executores restantes concentraram-se então na jovem kunoichi, que graças à sua agilidade e habilidade de combate corporal estava conseguindo segura-los sem problemas, nocauteando alguns durante o processo.

"Estes caras não são nada comparados ao cara das bandagens." Pensou Chiyo chutando um deles no pescoço. "Só são demasiados."

"Lamento, mas não posso permitir que isto prossiga." Falou o gigantesco Aizawa ficando à frente da baixa kunoichi de cabelo rosa.

"Quem é você?" Perguntou ela recuando uns passos, colocando-se numa posição defensiva. "Ele não é como os outros."

"Meu nome é Aizawa Takechi, secretario do conselho estudantil." Apresentou-se ele com um tom educado. "Vim para acabar com esta situação."

–Fim de capítulo-

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–Omake-

Numa tarde normal, depois das aulas, Kiichi se encontra escondido frente à porta da sala de descanso, observando Aya e Satoru lá sentados, frente um ao outro com uma mesa no meio deles, ela, como sempre, lia um livro, enquanto ele simplesmente olhava para a janela fixamente.

"Depois da vergonha que passei na última vez, será agora o Endo-senpai a ter de enfrentar a frieza e o silencio da Aoki-san." Pensou Kiichi animado. "Vamos ver que ele fará."

O jovem executor então esperou até ver as tentativas de quebrar aquele silencio, esperou e esperou, até que mais de uma hora finalmente se passou sem que eles tivessem dito uma única palavra, ambos continuando com o que estavam fazendo.

"FALEM ALGUMA COISA!" Gritou Kiichi abrindo impacientemente a porta irritado.

Os dois que lá estavam o começaram a encarar fixamente durante um pouco e depois inclinaram as suas cabeças levemente, perguntando em uníssono.

"Qual é o seu problema?"

"Isso pergunto eu!" Reclamou ele furioso com aqueles estudantes muito pouco expressivos.


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Notas finais do capítulo

Aviso já que para a próxima semana é possível que não haja capítulo ou que esse se atrase,pois vou escrever o capítulo mensal da minha outra fic
É tudo, até à próxima!



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