Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 16
Um encontro?


Notas iniciais do capítulo

Desculpem ter demorado, o meu PC teve uns problemas, mas já está resolvido por agora

Abaixo podem ver outros dois desenhos que fiz quando estava entediado, são respetivamente ao Koji e a Chiyo e no outro, o Nobi e a Nikko



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“Espero que estejas pronto, Nobi.” Disse Momoka com uma expressão confiante. “Eu não pegarei leve.”

“Eu estive-me preparando para isto a minha vida toda.” Respondeu o ruivo com um olhar desafiante. “Podes vir com tudo, Momo!”

“Não te arrependas das tuas palavras depois.” Falou a Wakagashira mostrando um ligeiro sorriso de aprovação perante a atitude do seu Oyabun.

“Jan ~ Ken ~ Po! (N/a: jogo do pedra, papel, tesoura japonês)” Gritaram os dois em uníssono, Nobi tirando pedra e Momoka papel.”

“NÃO!” Gritou Nobi desesperado caindo de joelhos como um lutador derrotado.

“O que vocês estão fazendo?” Perguntou Nikko chegando perto deles, já que estavam fazendo muito barulho na sala de estar de sua casa.

“O Aniki e a Anego estão no meio de uma disputa.” Respondeu Goru que já observava a cena.

“Por quê?” Indagou a loira intrigada.

“A Anego ofereceu-se para voltar a treinar o Aniki, mas ele recusou e desafiou-a para um Jankenpo, quem perdesse, teria de fazer o que o vencedor mandar, sem questionar.” Explicou o pequeno robô.

“É o meu fim… Este é um destino pior que morrer…” Murmurou Nobi ainda em estado de choque.

“Sempre foste muito fácil de ler, Nobi.” Falou Momoka com um ar de superioridade bem ameaçador. “Também corrigiremos isso no nosso treino.”

“Aniki… Rezarei por você.” Falou Goru baixando a cabeça.

“Não estão a exagerar?” Questionou Nikko suspirando.

“Vamos, temos muito para fazer, Nobi-kun.” Falou Momoka estranhamente animada, enquanto arrastava o corpo desanimado do ruivo.

“Nada de bom acontece quando ela usa o –kun.” Murmurou ele sem esperança.

“Bem, eu vou sair, cuidem da casa.” Despediu-se Nikko, a mesma estava vestida com roupas casuais de andar pela cidade.

“Estranho saíres num fim-de-semana, sempre pensei que fosses uma pessoa sem qualquer tipo de vida social.” Comentou Goru intrigado.

“Vocês não podiam pensar um pouco melhor de mim?” Reclamou a loira.

“Nikko! Salva-me!” Implorou Nobi enquanto era arrastado.

“Não a incomodes, ela vai sair agora. Certo, Nikko-chan?” Presumiu Momoka com um sorriso amigável, enquanto era rodeada por uma aura ameaçadora.

“Sim… Claro! Estou indo.” Respondeu ela assustada, enquanto pensava. “Ela… Usou –chan.”

“Nikko!” Gritava Nobi, enquanto a loira partia sem olhar para trás.

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Mais tarde, na área comercial da cidade, Nikko encontrava-se apoiada na parte debaixo de um relógio de rua, esperando por alguém.

“Nem acredito que vou mesmo fazer isto.” Suspirou ela, se lembrando do que acontecera há uns dias na escola.

–-----------------------------------------(Flashback On)-------------------------------------------

“Desculpe-me, Izumo-san.” Falou um garoto de aspeto atraente, cujos olhos eram dourados e profundos, acompanhados por um cabelo suave e negro, que se intrometeu no seu caminho. “Podia por favor, sair comigo?”

“Eh?” Indagou ela travando para processar a situação. “Como assim?”

“Bem, a verdade é que eu vim do interior e acabei de me transferir para esta escola. Não conheço muito bem a cidade e queria saber se me podia ajudar.” Explicou ele meio envergonhado. “Oh, não me apresentei devidamente. O meu nome é Uchida Masaki da classe 2º-D.”

“N-não seria melhor p-pedir a alguém do teu ano?” Questionou Nikko sem jeito.

“A verdade… É que eu queria que fosse uma garota bonita como você a me mostrar a cidade.” Respondeu Masaki desviando o olhar constrangidamente.

“Oi, oi, oi, oi, oi, oi, oi, oi, oi! O que raio está acontecendo aqui?!” Gritou mentalmente Nikko em pânico, suando frio. “Este garoto bonito com quem eu nunca falei antes me está chamando para sair agora mesmo, não é? É a primeira vez que alguém me chama para sair. O que eu devo fazer? Devo aceitar? Mas e se ele fica com a ideia errada? Não quero começar já um namoro, seria muito repentino. Os meus pais provavelmente diriam que sou muito nova para esse tipo de coisa. O que faço, o que faço? Espera, eu só devo estar pensando de mais, ele só quer que eu lhe mostre a cidade, nada demais. Mas e se ele na verdade tem intenções impuras? E se isto acaba no pior dos casos? Calma, Nikko! Controla-te! Não deve ser nada demais, é para isto que serviu todo aquele treino lendo livros sobre vida social. Eu vou ser uma garota normal e aceitar! Mas o que eu devo dizer ao Nobi e aos outros? Por que é que eu fui pensar nele logo num momento como este?!”

“Izumo-san… Você está bem?” Indagou Masaki preocupado, encarando a batalha mental da loira, com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Eu aceito!” Gritou Nikko completamente vermelha e com o olhar em espiral.

–----------------------------------------(Flashback Off)--------------------------------------------

“Eu realmente não tenho jeito.” Murmurou ela desanimada.

“Esperou muito, Izumo-san?” Perguntou Masaki surpreendendo-a.

“N-não, acabei de chegar.” Respondeu Nikko novamente sem jeito. “Então, onde vamos?”

“Não era você que me ia mostrar a cidade?” Inquiriu o segundo-anista confuso.

“Ah… Pois é… Bem, acho que podíamos… Hum…Vamos começar com uma volta pela área comercial.” Resolveu ela nervosamente se movendo como um robô enferrujado.

“Ok.” Respondeu ele com uma gota de suor atrás da cabeça.

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Na escola, Shinohara encontrava-se na sala do comitê disciplinar trabalhando em algo, quando Seika entrou sem bater à porta.

“Ora, ora, estarão os meus olhos a ver bem?” Questionou Shinohara sarcasticamente. “Já é raro vê-lo na escola durante a semana e agora vem até ao fim-de-semana? O que lhe está acontecendo, senhor presidente?”

“Eu sei que os altos membros dos comitês tem chaves da escola para caso precisem utilizar as instalações, mas o que fazes aqui, Shinohara?” Perguntou Seika indo direto ao ponto.

“Estou apenas tratando dos preparativos para a fase 2.” Respondeu ele se levantando e dirigindo-se calmamente até ao presidente do conselho estudantil. “Agora é a sua vez de falar.”

“A vice-presidente Hitomi-chan disse-me que estavas aqui e eu queria saber o que irias fazer.” Explicou Seika com um olhar afiado para o presidente de comitê.

“Não se preocupe, senhor presidente, o meu plano já está ocorrendo neste preciso momento.” Falou Shinohara com um leve sorriso ao passar pelo azulado, dirigindo-se para a porta. “Vou sair agora, faça o favor de trancar tudo antes de ir embora.”

“Nada de bom vem do Shinohara.” Pensou Seika olhando para trás assim que o mesmo saiu. “Só espero que ele não faça nenhuma loucura.”

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Depois de terem passado cerca de uma hora vendo a cidade, Nikko e Masaki se sentaram no banco de um parque.

“Oh. E aquela ali é a famosa torre de Tóquio.” Mostrou ela apontando para a enorme estrutura metálica que era possível de ver desde onde eles estavam. “No topo está uma bandeira com o emblema dos White Tigers, representando que a cidade pertence a eles.”

“Você se interessa por Yakuzas, Izumo-san?” Perguntou Masaki curioso.

“Nem um pouco.” Respondeu ela diretamente, sem deixar de olhar para a torre. “Já que desde pequena a única coisa que podia fazer era ler livros e coisas do tipo, tenho em mim um monte de informação que não interessa a ninguém. Pode dizer-se que os livros sempre foram os meus amigos.”

“Tenho a certeza que você já teve mais amigos na sua infância.” Falou Masaki dando um ligeira gargalhada para animar o clima.

“Não sei se se podiam chamar de amigos.” Murmurou Nikko com um sorriso amargo e os olhos cobertos pela sombra da franja.

Masaki ficou sem saber o que dizer, o clima ficara agora demasiado pesado e um silêncio constrangedor invadira o local, porém foi rapidamente quebrado pelo roncar de um estômago.

“Que tal comermos alguma coisa.” Propôs Nikko, a autora do ruído, com um sorriso sem jeito.

“Claro, conheço um bom restaurante.” Comentou ele se levantando.

“Pensei que você não conhecesse a cidade.” Falou a loira confusa.

“É que… Foi um colega de classe que me falou dele.” Respondeu ele rapidamente, depois de ter pensado um pouco.

“Ok, vamos lá.” Aceitou ela também se levantando , finalmente já se estava a acostumar a estar num suposto encontro.

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A caminho do tal restaurante, os dois passaram frente ao café Kobushi, onde Jin estava fazendo o seu turno, limpando as janelas nesse momento.

“Aquela é a Nikko-dono, não é?” Questionou-se ao avistar a dupla passar. “Quem será aquele com ela?”

“Jin-kun, rápido, as clientes estão à tua espera.” Avisou Bunny surpreendendo-o.

“Sim, vou já.” Respondeu ele indo trabalhar, ignorando o assunto.

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Mais tarde, já no restaurante, Nikko e Masaki foram guiados até à sua mesa, onde se sentaram.

“Este lugar parece ser bem chique.” Comentou ela ao observar o interior do estabelecimento que deveras transmitia uma classe requintada digna de um restaurante de 5 estrelas. “Mas não será um pouco caro?”

“Não se preocupe, pode pedir o que quiser, eu mesmo pagarei.” Ofereceu-se Masaki colocando a mão no peito com convicção.

“Incrível, será que o Uchida-senpai é rico? Mas pesei que ele era do interior.” Pensou Nikko intrigada. “Será que… Ele é um herdeiro legítimo de algum nobre no interior? Bem, mais vale aproveitar.”

Então, a jovem estudante foi pedindo todo o tipo de pratos caros que encontrava no cardápio, à medida que ia pedindo, Masaki ia ficando mais preocupado.

Quando lhe trouxeram a imensa quantidade de pedidos, Nikko retirou da sua mala vários tupperwares, começando a guardar a requintada comida nos mesmos.

“Izumo-san, o que você está fazendo?” Indagou o aluno mais velho confuso.

“Dessa forma vou poupar bastante esta semana.” Murmurou Nikko alegremente, enquanto guardava os mantimentos na sua mala, como se fosse uma dona de casa economizadora.

Depois, o almoço decorreu normalmente como qualquer outro, até que Masaki decidiu começar um novo assunto.

“Você costuma andar com o grupo de Hirata Nobi, não é?”

Ao ouvir a pergunta, Nikko cuspiu tudo o que tinha na boca, tendo sido apanhada desprevenida.

“Como sabes isso?” Inquiriu Nikko quase se engasgando.

“Ele se tornou bem conhecido na nossa escola.” Explicou ele cortando requintadamente um pouco do seu bife e comendo. “Você devia ter cuidado, dizem por aí que ele tem ligações com a Yakuza.”

“Já é tarde demais para me avisar.” Lamentou Nikko mentalmente.

“Estão fazendo-te estar com eles contra a tua vontade, não é?” Presumiu Masaki preocupado.

“Bem, pode dizer-se que no começo foi meio assim.” Falou ela nervosamente, desviando o olhar. “Mas está tudo bem.”

“Deixe de andar com eles, por favor, conheço gente que os pode manter afastados de você.” Ofereceu ele com uma expressão séria.

“Agradeço, mas não.” Recusou Nikko com um olhar convicto e uma expressão serena. “Mesmo que eles sejam bem loucos e por causa deles eu nunca mais deva voltar a ter uma vida normal. Eu mesma até gosto de estar com eles e viver um pouco dessas loucuras diárias. Eles são os melhores amigos que já encontrei.”

“Entendo, se é uma decisão sua, eu irei respeita-la.” Respondeu Masaki pousando os seus talheres. “Acho que devíamos pedir a sobremesa agora.”

Então, foi-lhes trazido, a cada um, uma fatia de bolo de morango. Nikko, ansiosa por provar, cortou um pouco e levou até à boca. Assim que comeu, a sua visão começou a enevoar e a sentir tonturas, perdeu assim os sentidos, sendo a sua última visão o sorriso malicioso de Masaki.

Enquanto isso, no topo de um edifício, Kazuo observava a mesa dos dois com um par de binóculos, enquanto comida Anpan.

“Não esperava que ela fosse tão ingénua.” Suspirou o detetive privado tirando os binóculos. “Isto pode vir a ser um problema.”

–Fim de capítulo-

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–Omake-

Numa tarde normal, depois das aulas, na sala de descanso, Kiichi, executor que enfrentara Jin, e Aya se encontravam sentados frente a frente, com uma mesa entre os dois. Enquanto ela lia calmamente um livro, ele batia nervosamente com o dedo na mesa.

“Já passaram 15 minutos desde que cheguei e ela ainda não disse uma única palavra.” Pensou Kiichi irrequieto. “Não podia esperar menos da Aoki-san, ela é uma das garotas mais difíceis de se lidar em toda a escola. Mas este silêncio é perturbador demais! Devo começar um assunto? Mas qual? Agora que penso, apesar de nós dois sermos executores, acho que nunca tivemos uma conversa apropriada.”

“Pode parar com isso, está muito barulhento.” Reclamou ela num tom não muito emotivo.

“Oh, desculpe, vou parar.” Ele se desculpou imediatamente. “Mas já agora, Aoki-san, como foi o seu dia?”

“Por quê essa pergunta trivial?” Questionou Aya sem tirar os olhos da sua leitura.

“Bem… Apenas queria quebrar um pouco o gelo para falarmos alguma coisa.” Explicou Kiichi tentando fazer uma expressão animada.

“Por favor, não faça perguntas desnecessárias.” Pediu ela sem menos lhe olhar, congelando-o figurativamente.

“E-esse livro parece interessante, sobre o que é?” Insistiu ele ao se recuperar.

“Nada que lhe interesse.” Aya respondeu do mesmo modo, afetando-o ainda mais.

“Não há forma de falar com esta garota!” Gritou Kiichi mentalmente. “N-não seja tão fria, Aoki-san. Já sei. Como correu a sua missão? Ouvi dizer que todos os executores falharam, até mesmo o Endo-senpai e o Ben-senpai. Pessoalmente, eu decidi desistir quando vi que não tinha hipóteses. Este grupo parece ser bem problemático, pergunto-me o que o Presidente fará com eles. Qual é a sua opinião, Aoki-san?”

Aya ficou em silêncio e após ler três páginas, perguntou.

“Você disse alguma coisa?”

“Ela… me ignorou por completo.” Pensou Kiichi petrificado.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, espero não demorar tanto a próxima vez
Até à próxima!



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