Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 14
Uma luta entre homens e uma briga de biblioteca


Notas iniciais do capítulo

Em primeiro lugar, aviso que este capítulo acontece exatamente ao mesmo tempo que o anterior
Sem mais demoras, podem começar

Abaixo podem ver outro desenho feito por mim (sim, não está lá grande coisa) do presidente do Clube de ocultismo, Endo Satoru, para terem uma ideia como ele é. Lembrem-se que ele usa um uniforme com mangas largas demais e costuma andar com os braços descontraídos. Fiz em normal e em chibi porque gosto de desenhar em chibi:



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“Hirata Nobi, irei por à prova a tua masculinidade.” Informou Ben colocando-se numa posição de combate.

“A minha masculinidade?” Perguntou Nobi confuso.

“Isso mesmo, homens de verdade comunicam pelos punhos.” Explicou o executor com um enorme topete. “Tenho de verificar se és digno de ser o irmão mais novo do Seika.”

“Oh, então és amigo do Seika-nii.” Percebeu o ruivo com um sorriso confiante.

“Somos amigos de longa data, por isso tenho de ser eu a avaliar o seu irmão.” Respondeu Ben com um olhar sério. “Agora, Hirata Nobi! Prepara-te para lutar para valer!”

“Estou pronto.” Respondeu jovem Oyabun adotando uma posição semelhante, com os punhos erguidos.

“Não vais usar a tua arma?” Questionou Ben arqueando a sobrancelha.

“Tu também não estás usando arma nenhuma.” Explicou Nobi cerrando os punhos de emoção. “É tal como disseste, homens de verdade comunicam com os punhos.”

“Gostei da tua atitude.” Respondeu Ben com um sorriso de aprovação. “Mas não te arrependas depois!”

Então partiu para cima de Nobi de punho cerrado para lhe socar. O ruivo cruzou os braços para se proteger, porém, no momento que foi atingido, sentiu algo no seu braço rachar, seguindo-se de uma enorme onda de impacto que obrigou Nobi a recuar uns centímetros.

“O que foi isto?” Indagou o Yakuza agarrado ao seu braço com uma expressão de dor.

“Os meus punhos são os mais fortes desta escola.” Declarou Ben colocando as mãos na cintura. “Estás diante do primeiro colocado no ranking do terceiro ano da classe C, Ben!”

“Ainda não percebo a razão do nome estrangeiro, mas fica bem legal.” Pensou Nobi enquanto o ferimento causado no braço se regenerava lentamente. “Está bem mais lento que o normal, ele causou muito dano apenas com um simples soco, melhor tomar cuidado.”

“Vais desistir apenas por um golpe desses?” Inquiriu Ben desafiador.

“Nem morto.” Respondeu Nobi socando o rosto de executor, que não se moveu nem um milímetro. “O quê?”

“Nada mal, isso foi um exelente soco.” Elogiou Ben com parte da cara inchada. “Mas não importa o quão forte seja, um homem irá sempre receber um soco e permanecer de pé, sem qualquer recuo.”

“É a primeira vez que um humano que não seja o Seika-nii aguentou um soco meu dessa maneira.” Pensou Nobi voltando à posição inicial e depois sorrindo. “Fazia tempo desde que encontrava alguém assim tão forte.”

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“Kya!” Gritou Nikko desviando outro chute de Aya.

“Por favor, fique parada.” Pediu a presidente do clube de literatura educadamente.

“Como se eu fosse fazer isso!” Reclamou a loira, que após observar bem a sua adversária reparou em algo. “Ela está usando uma arma amaldiçoada.”

“Se você continua esquivando, então não outra escolha.” Falou Aya descalçando os seus sapatos, então as suas meias que chegavam até cima do joelho se encheram de pequenas lâminas.

“O que ela fará?” Pensou Nikko receosa.

Aya atacou-a novamente com um chute, mas desta vez, as lâminas nas suas meias começaram-se a mover como se fossem motosserras. Instintivamente, Nikko baixou-se rapidamente, tendo apenas uns fios de cabelo de cabelo cortados.

“Ela conseguiu desviar outra vez?” Pensou Aya surpreendida. “Impressionante.”

“I-i-isso foi muito perigoso!” Gritou Nikko assustada. “Isso podia ter-me matado! Que tipo de disciplina é essa?”

“Por favor, não faça barulho na biblioteca.” Pediu a executora atacando novamente com um chute cortante.

“Veja! Aquele cara está usando as páginas daquele livro para fazer aviões de papel!” Avisou Nikko fazendo com que o chute parasse a uma curta distância do seu rosto.

“Onde?” Perguntou Aya virando-se preocupada, porém não viu nada e quando olhou para trás, a loira já tinha desaparecido. “Não acredito que caí nesse truque.”

“Isto é ruim, isto é ruim, isto é ruim. Isto é muitíssimo ruim!” Pensava Nikko escondida atrás de uma das centenas de estantes de livros que pertenciam à grande biblioteca daquela escola. “Eu não quero morrer ainda! Ainda sou muito jovem, tem um monte de coisa que ainda não fiz. Ainda quero ver Itália, viajar muito e ir a um parque de diversões com alguém especial e mais coisas do tipo. Não quero morrer antes disso!”

“Te achei.” Falou Aya cortando as estante onde a loira se escondia e que por sinal não tinha nenhum livro.

“Como posso enfrentar alguém que parece uma trituradora ambulante.” Pensou Nikko colocando-se em guarda, bem nervosa.

Aya atacou novamente, só que desta vez Nikko não tinha por onde fugir. A mesma fechou os olhos temendo o pior, porém abriu-os lodo de seguida ao ouvir o som refinado de duas lâminas colidindo, ao fazê-lo, avistou Goru bloqueando a perna da presidente de clube, usando duas lâminas que saiam das suas mãos que eram ligeiramente maiores que navalhas.

“Goru!” Exclamou a loira admirada ao ver o pequeno robô vermelho.

“Para alguém que detesta meter-se em confusões, parece que estás sempre rodeada por elas.” Comentou ele refletindo a perna de Aya, recuando depois alguns passos.

“Já tinha percebido isso.” Suspirou Nikko indo para junto do robô e analisando melhor as suas lâminas ocultas. “Não sabia que tinhas essa tipo de truques.”

“Não te esqueças que eu também sou uma arma amaldiçoada artificial criada pela Anego.” Respondeu Goru de olhar fixado na executora. “Estou recheado de surpresas.”

“Você… É aquele brinquedo que anda sempre com Hirata Nobi.” Apercebeu-se a presidente do clube de literatura ajeitando os seus óculos.

“Quem estás chamando de brinquedo? Sua maldita quatro-olhos!” Gritou Goru extremamente irritado e com algum vapor saindo da sua cabeça.

“Só o teu temperamento é de dar pena.” Comentou Nikko suspirando mais uma vez.

“Não devias falar assim com quem acabou de salvar a tua vida!” Reclamou ele ainda irritado.

“E por que agora estás chateado comigo? Estamos no meio de uma batalha com o inimigo!” Avisou a loira também ficando irritada.

“Foste tu que começaste!” Respondeu o robô.

“Parem de fazer barulho na biblioteca, por favor.” Pediu Aya dando um chute cortante no meio deles, obrigando-os a se separar.

“Melhor deixarmos isto para depois.” Propôs Nikko com um olhar sério.

“Afirmativo.” Concordou Goru ativando de novo as suas lâminas.

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Enquanto isso, na sala do conselho estudantil, todos os membros, menos Kamegura, se encontravam lá tratando dos seus deveres diários, esperando os resultados das missões de execução.

“Vice-presidente Hitomi-chan, como está indo?” Perguntou Seika inclinando-se na cadeira e olhando para o teto.

“Por enquanto, as batalhas estão muito renhidas, tirando que Sakurama Koji não está demonstrando grandes dificuldades para enfrentar o esquadrão que enviamos especialmente para ele.” Reportou Hitomi com se soubesse de tudo o que estava ocorrendo.

“Hum… Entendo.” Murmurou o presidente sem deixar de encarar o teto. “Hoje seremos capazes de ver do que eles são capazes.”

“Realmente, eles parecem ser um grupo bastante problemático.” Comentou Murakami, a tesoureira, enquanto tratava das suas unhas deitada no sofá. “Será que os executores que enviamos serão capazes de detê-los?”

“Tenho a certeza que sim.” Respondeu o enorme secretário, Aizawa, entrando vestido com um avental, carregando uma bandeja com duas chávenas de chá e um copo de leite. “Afinal, eles foram escolhidos pelo Presidente.”

“Na verdade, não há como ter certezas nesta operação, eles são o tipo de grupo que sempre surpreende no final.” Explicou Seika pegando o copo de leite e bebendo um pouco, enquanto Aizawa servia as chávenas de chá às garotas.

“Você está sendo muito relaxado como sempre, senhor presidente.” Comentou Shinohara, presidente do comitê disciplinar, entrando na sala. “Como pode ficar parado bebendo leite numa hora destas?”

“Você não sabia, Shinohara? Leite contem cálcio, o bem mais essencial de sempre, quanto mais cálcio tiveres, mais forte serás, é uma verdade universal” Respondeu Seika bebendo tudo de uma vez e batendo com o copo na mesa. “Beber leite é coisa de macho. Mas acho que você não entenderia.”

“Nenhuma pessoa em todo o mundo entenderia você.” Falou o presidente de comitê dando os ombros. “Alguém como você realmente não serve para o posto de presidente.”

“O que você quer, Shinohara?” Perguntou Murakami se levantando com um olhar de ódio.

“Apenas vim ver como o brilhante plano do presidente estava correndo.” Respondeu Shinohara sarcasticamente. “E também para fazer uma proposta.”

“Qual?” Inquiriu Seika arqueando a sobrancelha.

“Se nem um único executor conseguir cumprir a sua missão, me deixe iniciar a fase 2 da Operação de Limpeza.” Propôs Shinohara abrindo os braços.

“A fase 2?” Indagou Murakami ficando tensa, assim como Aizawa e Hitomi. “Isso é ser demasiado extremo para um grupo de arruaceiros do primeiro ano.”

“Tudo bem.” Permitiu Seika com uma expressão séria, que fez Shinohara sorrir.

“Presidente.” Falaram os restantes membros do concelho estudantil.

“Porém, tenho uma condição.” Disse o azulado levantando um dedo. “Me inclua na operação, assim como todos os membros do conselho.”

“Fico feliz por você finalmente estar a agir como um bom presidente.” Felicitou o presidente do comitê disciplinar. “Claro que podem participar, a verdade é que já tenho todo o plano pronto.”

“Pergunto-me se isto será a coisa certa a fazer.” Murmurou Hitomi ajeitando os seus óculos.

“Bem, agora devo-me retirar.” Despediu-se Shinohara fazendo uma pequena vénia e dirigindo-se para a porta. “Boa sorte com a sua operação, senhor presidente.”

“Tem a certeza disto, Presidente?” Perguntou Aizawa preocupado.

“Não te preocupes, Secretário Aizawa, esta também é a situação perfeita para o Shinohara mostrar as suas verdadeiras intenções.” Respondeu Seika inclinando-se na sua cadeira. “Podes trazer-me mais um copo de leite, por favor?”

“Claro, Presidente.” Assentiu o enorme aluno indo buscar mais.

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Nobi e Ben continuavam numa veloz troca de golpes, os seus braços moviam-se a tal velocidade que pareciam ter mais de dois.

“Nada mal, nada mal.” Elogiou Ben trocando mais alguns golpes. “Fazia tempo desde que alguém conseguia rivalizar comigo.”

“Digo o mesmo.” Respondeu Nobi sorrindo no meio da feroz troca de golpes. “Eu adoro encontrar pessoas fortes.”

“Então vamos ver do que mais és capaz.” Falou Ben desviando facilmente um soco de Nobi e logo em seguida esmurra-lo no peito, fazendo com que ele ficasse momentaneamente com problemas de respiração, mas não recuou nem um pouco ao receber o golpe. “Vejo que já estás aprendendo.”

“Isso não foi nada.” Respondeu Nobi com respiração ofegante e com a mão agarrada ao peito, mostrando exatamente o contrário.

“Então vamos continuar.” Decidiu Ben prestes a dar mais um soco, porém Nobi bloqueou o golpe apenas com o seu punho cerrado, causando uma forte onda de impacto.

“Sim.” Concordou o ruivo com um sorriso confiante.

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“É difícil aproximar-se dela.” Pensou Nikko desviando de mais um chute. “Não posso continuar apenas a fugir. Mas como posso contra-atacar se estou completamente desarmada?”

“Já sei!” Falou Goru animado.

“O que foi?” Perguntou a loira esperançosa.

“Ela só luta usando as pernas, isso quer dizer que… Deve gostar realmente de cozinhar!” Concluiu Goru brilhantemente, na opinião dele. “Os melhores cozinheiros só lutam usando os pês, li uma vez num livro.”

“Estás lendo mangás a mais! E não é altura para isso!” Reclamou a loira irritada.

“Como descobriram que culinária é o meu hobbie favorito depois de literatura?” Questionou Aya espantada.

“O quê? Ele realmente acertou?” Indagou Nikko admirada. “Mas espera, essa informação continua sendo inútil para esta ocasião.”

“Não fiques o tempo todo pensando em parvoíces, estamos no meio de uma luta. “Advertiu Goru seriamente.

“Tu é que começaste com isso!” Reclamou a loira tentando acalmar-se depois para pensar num bom plano.

Porém, Aya não lhe deu muito tempo, partindo logo para o ataque. Goru tentou bloquear mais uma vez, mas não foi rápido o suficiente e acabou sendo atingido no tronco.

“Ei, estás bem?” Perguntou a loira preocupada recuando juntamente com o robô.

“Não te preocupes, foi apenas um corte superficial.” Respondeu Goru com um corte diagonal no seu tronco, de onde saiam umas pequenas faíscas. “Não atingiu nada de importante.”

“Tens a certeza?” Inquiriu Nikko ainda preocupada.

“Concentra-te na batalha.” Advertiu o pequeno robô vermelho ao ver que Aya se aproximava mais uma vez.

Aya atacou novamente, Nikko saltou para agarrar Goru e desviar-se das lâminas em movimento da executora, porém dessa vez sofreu um leve corte na perna direita.

“Oi, estás bem?” Perguntou o robô com um tom de preocupação já nos braços dela.

“Não foi nada demais, foi apenas um corte superficial.” Respondeu Nikko com um sorriso fraco e uma leve expressão de dor.

“Você só vai fugir? Esta luta está ficando muito repetitiva, se isto fosse uma história, o leitor já se havia fartado e parado de ler.” Comentou Aya com as lentes dos óculos fazendo reflexo.

“Ei, tenho um plano que é bem provável de não resultar.” Sussurrou a loira pousando Goru no chão.

“Podes falar.” Disse o pequeno robô com um tom de confiança.

A presidente do clube de literatura partiu novamente para o ataque, só que desta vez, Nikko permaneceu firme , com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos, pegou numa cadeira de madeira e correu em direção a ela. O chute cortante de Aya atingiu a cadeira e um monte de pedaços voaram, porém Nikko aproveitou esse momento de distração para dar uma cotovelada no estômago da executora, empurrando-a contra a maior estante da biblioteca.

Então, quando a mesma ainda estava atordoada, Goru, do outro lado, usou toda a sua força para inclinar a enorme estante, enquanto Nikko corrida dali, fazendo com que caísse em cima de Aya, a soterrando.

“Conseguimos!” Festejou Nikko se sentando no chão, estafada.

“Ainda bem que já acabou.” Comentou Goru num tom de suspiro.

“Vocês… Causaram uma enorme confusão na biblioteca.” Murmurou Aya se libertando graças à sua arma amaldiçoada, tanto o seu uniforme com o seu cabelo estavam desarrumados e uma das suas lentes estava rachada.

“Droga, afinal não funcionou.” Falou Nikko se levantando com uma leve expressão de dor. “O que podemos fazer?”

“Não tenho escolha, teremos de usar o meu trunfo.” Decidiu Goru com um tom determinado.

“O que vais fazer?” Perguntou a loira curiosa.

“Já vais ver.” Respondeu Goru olhando fixamente para Aya que arrumava o seu uniforme e retirava a poeira.

Então, Goru abriu uma espécie de boca, de onde saiu a ponta de um cano que fazia lembrar ligeiramente um pequeno canhão.

Técnica Especial: Red Cannon!”Goru soltou um raio vermelho extremamente potente que devastou por completo a parede que atingiu, deixando um enorme buraco, enquanto um monte de folhas de papel esvoaçava pelo ar devido à força de impacto.

“Isto foi por pouco.” Comentou Aya que se havia desviado no último segundo.

“Incrível.” Murmurou Nikko completamente admirada. “Mas parece que falhamos… Ei, me estás ouvindo?”

Bateria insuficiente. Entrando em modo de repouso.” Uma voz mecanizada saiu do corpo de Goru, enquanto o mesmo caía “inconsciente” no chão.

“Não utilizes uma técnica especial que gaste a tua energia toda!” Reclamou a loira pegando no pequeno robô e agitando-o para ver se ligava.

“Não entendi muito bem, mas parece que você não pode fazer mais nada, Izumo Nikko.” Falou Aya se aproximando lentamente dela.

“Droga.” Murmurou Nikko fugindo com Goru nos seus braços.

“Você vai continuar fugindo?” Questionou a executora indo atrás dela calmamente.

“Eu sei que não posso continuar assim. Mas o que eu posso fazer? Sou apenas uma simples estudante que queria ter uma vida normal. O que mais posso fazer?” Pensava Nikko enquanto corria, até que finalmente se lembrou de algo. “Verdade, ainda tenho aquilo… É arriscado, mas tenho de tentar.”

“Você não pode correr para sempre.” Avisou Aya seguindo-a até um beco sem saída, onde a loira se virou para ela, ficando imóvel. “Finalmente se cansou?”

“Simplesmente fartei-me de correr.” Respondeu ela pousando o desligado Goru no chão e lançando um olhar decidido para a sua adversária.

“Então aceite a sua punição!” Declarou Aya usando a sua perna para dar um golpe cortante no ombro esquerdo de Nikko, de onde jorrou bastante sangue, porém, em poucos instantes, as suas lâminas pararam de se mover. “O quê? Por que é que a minha arma deixou de funcionar?”

“Novamente, essa coisa.” Pensou Nikko com uma expressão de sofrimento, enquanto era capaz de ver aquela fumaça dourada rodeando novamente o seu corpo, segurando logo a seguir com as suas mãos a perna cheia de lâminas cravada no seu ombro. “Ainda não sei o que é, mas fico agradecida, funcionou.”

“O que está acontecendo? Como você é capaz de parar uma arma amaldiçoada?” Indagou Aya completamente confusa.

“Como se eu soubesse!” Gritou ela enfurecida, enquanto a fumaça dourada se concentrava na sua mão direita, usando-a para dar um potente soco no rosto da executora, quebrando os óculos da mesma durante o processo. “Finalmente posso descansar.”

Ao largar a perna de Aya, a mesma caiu no chão nocauteada, comprovando a vitória de Izumo Nikko, que simplesmente se encostou numa estante e se deixou deslizar até ao chão, onde decidiu fazer o seu merecido descanso.

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“Novamente esta sensação?” Murmurou Nobi intrigado.

“Deves estar sempre focado numa briga.” Advertiu Ben esmurrando-lhe no estômago, fazendo-o cuspir um pouco de sangue.

“Fala sério… A força dele não é igual à de um humano comum.” Pensou Nobi limpando a sua boca, apesar de nervoso com a situação, estava sorrindo, era quase como se todo o seu lado instintivo estivesse adorando aquilo.

“Acho que está na hora de eu lutar sério.” Falou o executor do topete começando mais uma série de golpes, só que desta vez muito mais velozes que antes.

Nobi tentou trocar golpes com ele, porém todos os seus socos eram desviados a uma velocidade incrível. A uma dada altura, só ele estava recebendo os golpes, no entanto, no meio disso tudo, não recuou um único passo, recebendo na força total os punhos do melhor lutador terceiro-anista da classe C.

“Tenho de admitir, você realmente é um bom homem.” Elogiou Ben esmurrando mais uma vez a cara do ruivo. “Não é qualquer um que aguenta os meus punhos dessa forma.”

“Se eu não conseguisse aguentar uns simples socos como estes… Como seria capaz de suportar todo um país?” Respondeu Nobi com um olhar convicto, enquanto os seus olhos vermelhos emitiam um estranho brilho.

“Não te esqueças das tuas palavras!” Gritou Ben retornando à sua série de golpes que o ruivo voltou a tentar revidar, mas com uma ligeira diferença. “O quê? Ele está começando lentamente a acompanhar a minha velocidade. É quase como se ele… estivesse se adaptando à situação.”

Não demorou muito para que a troca de golpes voltasse a ser igualitária, ficaram rivalizando na velocidade dos golpes durante bastante tempo, ambos estavam completamente envolvidos na lutam e Nobi sorria como nunca, chegava quase a ser assustador a forma como ele encarava aquela batalha violenta.

Os movimentos do jovem Oyabun se assemelhavam cada vez mais aos de Ben, mas também parecia que se estava movendo por puro instinto, como um animal selvagem. Os punhos dos dois lutadores voltaram a chocar, porém, desta vez, Ben foi obrigado a recuar com a força do impacto.

“Estou impressionado, Hirata Nobi.” Admitiu Ben voltando a atacar, assim como Nobi. “Você certamente não é normal. Que tipo de homem você é?”

“Eu sou… Aquele que dominará o Japão!” Declarou Nobi finalizando com uma potente cabeçada na cabeça de Ben, que o fez cair para trás, já sem forças para continuar “Apenas isso.”

“Isso foi bem másculo… Você foi aprovado.” Murmurou Ben no chão, com um sorriso satisfatório e o seu topete desfeito.

“Você também não esteve nada mal.” Comentou Nobi voltando a ter o seu sorriso gentil, se acalmando.


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Notas finais do capítulo

Hoje também não teremos Omake, espero que não se importem
Como já disse antes, não sou muito bom escrevendo lutas, mas espero que tenham gostado
É tudo por hoje, até à próxima!



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