Nobi, aquele que dominará o Japão! escrita por Kasu251


Capítulo 11
Há sempre coisas que acabamos por esquecer


Notas iniciais do capítulo

Yo, pessoal! Pode parecer que me atrasei, mas não é verdade, o que aconteceu foi que o capítulo anterior foi postado bem mais cedo, por causa do meu entusiasmo. Mas este está no prazo correto, espero que gostem

Abaixo podem ver os aspetos do Namonai e do Kohaku respetivamente, que apareceram no capítulo passado:



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Numa tranquila manhã de sábado, Jin acordou do seu sono e levantou-se imediatamente. Após se arrumar e vestir, foi em direção à pequena cozinha do seu apartamento. Porém, ao chegar à divisão, foi surpreendido pela sua irmãzinha usando um avental rosa.

“Bom dia, Onii-chan.” Cumprimentou Hina alegremente.

“Hina? O que fazes de pé tão cedo?” Perguntou o irmão mais velho preocupado. “E porque estás cozinhando? Eu podia comprar algo numa loja de conveniência, não precisavas fazer esforços.”

“Não me trates como se eu não pudesse fazer nada.” Reclamou a garotinha cruzando os braços e fazendo bico. “Comer sempre essas coisas não é saudável. E como hoje me sinto bem melhor, decidi fazer alguma comida caseira para ti.”

“Entendo, mesmo assim não te esforces demasiado.” Pediu Jin se sentando e comendo a comida preparada pela sua irmã. “Realmente está delicioso.”

“Claro que sim, afinal tenho praticado bastante.” Afirmou Hina apoiando as mãos nas ancas e fazendo uma expressão de superioridade.

“Bem, estou indo.” Falou o azulado levantando-se.

“Já terminaste?” Indagou Hina surpreendida. “Isso foi rápido.”

“Foi porque foi feito por ti.” Respondeu Jin com a sua típica expressão séria, demonstrando pouca emoção.

“Nunca sei quando estás falando sério ou a brincar, Onii-chan.” Comentou a azulada suspirando. “Vais para a casa da Nikko-nee, não é?”

“Isso mesmo.” Respondeu ele calçando os seus sapatos e pegando na sua espada. “Tenho uma reunião importante hoje.”

“Então toma isto.” Falou ela entregando ao seu irmão um pequeno saco com diversos biscoitos caseiros nele. “Partilha com todos, ok?”

“Entendido.” Respondeu ele aceitando o saco e o guardando no bolso do seu casaco. “Ficas bem sem mim por perto?”

“Não te preocupes, Onii-chan.” Pediu ela confiante. “Eu já tenho 12 anos, sou o suficientemente crescida para cuidar da casa.”

“Se algo acontecer, liga para mim imediatamente.” Falou Jin com uma expressão bastante séria. “Caso não tenhas sinal, podes enviar um sinal de fumo como te ensinei.”

“Onii-chan… estás exagerando de novo.” Alertou a sua irmãzinha. “Eu vou ficar bem.”

“Entendido, fica bem.” Despediu-se o azulado saindo pela porta.

“Estou tão feliz.” Comentou Hina pegando num lenço como se estivesse comovida. “O meu irmão finalmente conseguiu fazer amigos, temia que isso nunca fosse acontecer e ele acabasse como um cara solitário sem qualquer tipo de vida social.”

“Hina… eu ainda te consigo ouvir.” Comentou Jin do outro lado da porta.”

“Diverte-te, Onii-chan!” Despediu-se Hina agindo como se nada tivesse acontecido.

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“Todos sabemos porque estamos aqui, portanto vou direta ao assunto.” Anunciou Momoka, na improvisada sala de reuniões, na casa de Nikko, com um ar sério. “A verdade é que estamos precisando de dinheiro.”

“Tendo duas pessoas e um robô a mais vivendo nesta casa, os gastos diários aumentam bastante.” Explicou Nikko suspirando.

“Por isso precisamos de ideias para ganhar dinheiro, quanto mais rápido, melhor.” Concluiu Momoka batendo num quadro em branco. “Comecem a ter ideias imediatamente.”

“É simples.” Comentou Koji sentado numa cadeira com um ar imponente, iluminado por uma luz celestial. “Só precisamos fazer um calendário erótico com a Nikko-chan e a Momoka-chan e o vendermos.”

“Sem ideias pervertidas.” Reclamou Chiyo sentada a seu lado, cruzando os braços. “E porque é que não fui incluída?”

“Por razões óbvias.” Respondeu ele ajeitando o cabelo de forma convencida.

“Esse cara é extremamente irritante.” Pensou a rosada com raiva.

“É capaz de resultar.” Comentou Momoka com um ar pensativo.

“Nem considere essa ideia, por favor!” Pediu Nikko envergonhada.

“Tenho a certeza de que os vossos excelentes corpos irão vender bem.” Falou Koji determinado. “Bem mais que a Loli-chan.”

“Chega de perversão.” Ordenou Chiyo batendo com as costas da mão na cara do esverdeado, fazendo-o cair juntamente com a cadeira. “E não me chames loli. Você não tem nenhuma ideia, Nee-san?”

“Eu? Hum… Já sei.” Falou Nikko pegando em Goru. “Podia-mos vende-lo por peças na Internet.”

“Maldita! Quem pensas que sou?” Reclamou Goru furioso tentando-se soltar.

“Não podemos fazer isso.” Respondeu Momoka seriamente.

“Anego…” Murmurou o pequeno robô emocionado.

“As peças por separado não valeriam quase nada, ficaríamos na mesma.” Explicou ela.

“Entendo.” Respondeu a loira desanimada, largando o robô.

“Começo a sentir que não sou respeitado aqui.” Murmurou ele chorando óleo.

“Que tal um trabalho de meio-período?” Sugeriu Jin levantando a mão.

Então todos o olharam em silêncio durante um momento até que se aperceberam que nem tinham pensado no mais simples.

“Bem, já temos o nosso primeiro objetivo.” Falou Momoka escrevendo no quadro branco. “Agora só temos de pensar num lugar.”

“O que estão fazendo aqui?” Perguntou Nobi entrando na sala confuso. “Estava procurando por vocês.”

“Estamos fazendo uma reunião da Onigumi, Aniki.” Explicou Goru se recompondo.

“Bem me parecia que me tinha esquecido de algo.” Comentou Momoka se apercebendo.

“Como te podes esquecer de falar ao Oyabun da gangue sobre uma reunião importante da mesma?” Reclamou Nobi. “Isso foi cruel, Momo!”

“Deixa de reclamar, se queres participar, senta-te e cala-te por um momento.” Ordenou a morena com um olhar intimidador.

“Sim, senhora.” Respondeu o Oyabun se sentando imediatamente.

“Os papéis não estão um pouco invertidos?” Pensou Nikko com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Então, temos de pensar num lugar para trabalhar de meio-período.” Murmurou Chiyo pensativa.

“Continuo achando a minha ideia a melhor.” Comentou Koji ainda no chão.

“Eu sei de um bom lugar.” Falou Nobi levantando o braço, surpreendendo todo o mundo.

“Onde?” Perguntou Momoka intrigada, porém, o ruivo apenas demonstrou um sorriso confiante.

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“Vai ser aqui.” Anunciou Nobi apontando para a entrada do café Kobushi atrás de si. “Eles estão precisando de pessoal.”

“Logo este sítio?” Comentou Nikko se recordando da última vez que estivera lá.

“Já esteve aqui, Nee-san?” Perguntou Chiyo curiosa.

“Sim, foi aqui onde conheci o Nobi e o Goru.” Respondeu ela lembrando-se desse louco dia. “Foi um dia bem agitado.”

“Bem, vamos entrar.” Falou Momoka tomando a liderança e entrando no café, sendo seguida pelos outros.

“Oi! Sejam todos bem-vindos!” Cumprimentou Bunny, a garçonete do local, animadamente. “Vieram pelo anúncio?”

“Sim, isso mes-”

“Mas que mulher tão bela!” Gritou Koji, cortando a fala de Jin. “Um corpo bem desenvolvido e maduro, acompanhado por uma personalidade ligeiramente infantil e mesmo assim cativante. Um sorriso aparentemente gentil que esconde uma personalidade sádica irresistível. E como bónus, isso tudo num uniforme de Maid com cores alegres para combinar com a personalidade!”

“Ele já começou.” Murmurou Chiyo levando a mão à cara.

“Ora, ora. Temos um garotinho animadinho aqui.” Comentou Bunny alegremente.

LUST EYE!” Falou o esverdeado ativando a sua técnica pervertida secreta que, recorrendo à sua análise, dados recolhidos e a uma imaginação bem pervertida, lhe permitia adivinhar as calcinhas de qualquer garota. “Não pode ser… É impossível…”

“Passa-se alguma coisa?” Perguntou Bunny curiosa.

“Não consigo ver… Não, não é isso… Ela… Ela não está usa…” Antes de terminar a sua frase, Koji teve uma enorme hemorragia nasal e caiu numa poça do seu próprio sangue.

“Koji!” Gritou Nobi preocupado, se baixando. “O que te aconteceu?”

“Ela… é… muito forte.” Murmurou Koji com voz fraca. “O poder erótico dela é demasiado elevado… deve ser maior que 8 mil… Não pude resistir…”

“Se forte, Koji! Não podes acabar assim!” Gritou Nobi soltando algumas lágrimas.

“Não fiques assim… Foste um bom discípulo durante este tempo… Não tenho qualquer arrependimento.” Respondeu o esverdeado pegando na mão do seu Oyabun. “Nobi… Agora cabe a ti me superar, tenho a certeza que serás capaz.”

“Sim.” Decidiu Nobi engolindo em seco e tentando enxugar as suas lágrimas. “Darei o meu melhor para ser um grande pervertido à altura!”

“Não vais nada!” Reclamou Nikko se intrometendo na cena, mas foi simplesmente ignorada.

“Se desejas ser o novo Rei dos Pervertidos, deves acha-la… A calcinha lendária… a One Pantsu! Deixei-a… naquele lugar…” Explicou Koji com a voz cada vez mais fraca.

“Sim, eu farei isso, Koji.” Falou Nobi com os olhos a lacrimejar.

“Por favor… utiliza o senpai…” Pediu o pervertido no seu ultimo suspiro, fechando os seus olhos e largando a mão do ruivo.

“KOOOOOOOOOOOJIII!” Gritou o jovem Oyabun frustrado por não ter conseguido salvar o seu subordinado, sem reparar que nem estava respeitando o último pedido do mesmo.

“Então, já acabaram com o show?” Perguntou Momoka com um olhar entediado.

“Que divertidos.” Comentou Bunny sorrindo.

“Realmente não para os entender.” Suspirou Nikko. “Não é, Chiyo-chan?”

Porém, ao virar-se para a rosada, viu a mesma tentando conter as lágrimas.

“… Chiyo-chan?”

“Eu não achei a cena comovente, nem nada disso.” Negou ela enxugando as lágrimas. “Foram apenas ciscos nos meus olhos.”

“Temos de admitir, foi uma cena bem máscula e comovente.” Falou Goru avaliando a cena com fosse um experto.

“Essa cena… Teve um monte de referências a mangás da Jump.” Comentou Jin seriamente.

“Essa é a única coisa que te incomodou?” Indagou Nikko surpreendida.

“Que algazarra toda é esta?” Perguntou Bobby, o gerente do café, saindo pela porta que levava à cozinha. “Esses são os caras que aceitaram a oferta de emprego?”

“Eles mesmos.” Respondeu Bunny animada.

“Então são seis pessoas e… uma máquina registadora?” Falou Bobby analisando o grupo com o olhar.

“Quem estás chamando de máquina registadora, velho maldito?” Reclamou Goru irritado.

“Vocês dois são-me familiares.” Comentou o gerente olhando para Nobi e Nikko.

“Ah sim, eu me lembro.” Disse Bunny. “São aqueles dois que limparam o café daqueles White Trash (N/a: Lixo Branco).”

“É White Tigers.” Corrigiu Bobby suspirando. “Então vocês querem trabalhar aqui?”

“Isso mesmo.” Respondeu Nobi, que já tinha abandonado o corpo inconsciente de Koji que ainda mantinha um sorriso pervertido. “Também pretendo fazer deste local parte do meu território Yakuza.”

“Oh, então temos aqui um Oyabun.” Supôs Bobby se aproximando do ruivo. “E diz-me, o que planejas fazer com o meu estabelecimento no teu território?”

“Nada.” Respondeu Nobi simplesmente. “O meu objetivo é conquistar o país inteiro, portanto tudo estará no meu território.”

“Este moleque é hilário.” Comentou o gerente de cabelo verde, de um tom mais claro que o de Koji, enquanto ria. “Bem, poupaste-nos o trabalho de os termos de expulsar aquele dia. Podes considerar este café como parte do teu território ou o que quiseres, desde que isso não interfira nos meus negócios.”

“Isso foi bem fácil.” Comentou Nikko com uma gota de suor atrás da cabeça. “Podemos mesmo considerar isto uma conquista?”

“Quanto menos trabalho tivermos, melhor.” Respondeu Momoka ainda com um olhar entediado. “A verdade é que eu preferiria passar o dia inteiro em casa, usando o computador, mas sem dinheiro não se pode viver.”

“Então estamos contratados?” Perguntou Chiyo esperançosa.

“Ainda não.” Respondeu Bobby com um olhar sério. “Primeiro trabalharam aqui como teste, se tudo correr bem, então estão contratados.”

“Entendo, então as nossas capacidades serão avaliadas.” Percebeu Jin com um ar pensativo.

“Muito bem, pessoal! Agora que todos já entenderam, vão vestir os vossos uniformes.” Falou Bunny animadamente. “As meninas vêm comigo e os meninos podem ir com o Bobby.”

E assim fizeram, indo cada grupo para o seu lado, tendo o lado masculino de arrastar o corpo inconsciente de Koji.

Um pouco depois todos se reuniram, já usando os seus uniformes.

“Isto não combina nada comigo.” Murmurou Momoka de mau humor, com uma veia pulsando na testa, pois usava um uniforme de Maid amarelo-claro com laços rosa igual ao de Bunny, assim como todas as garotas.

“Estas saias não são um pouco curtas demais?” Indagou Nikko envergonhada por usar tais roupas.

“Estes uniformes até são bonitinhos.” Comentou Chiyo dando uma pequena volta.

“Mas que visão magnifica!” Exclamou Koji como se fosse irradiado pela bela visão de ver as garotas usando os uniformes. “Maids realmente estão noutro nível.”

“Faz tempo que não usava uma roupa deste tipo.” Comentou Nobi que usava um uniforme de garçom preto e branco, assim com o resto dos rapazes.

“De repente, sinto como se fizesse parte da classe alta.” Falou Goru que apenas usava um lacinho negro por baixo da cabeça.

“Quando vamos começar?” Perguntou Jin ainda com o seu típico ar sério.

“É fim-de-semana, em breve estaremos na hora de maior movimentação. Se preparem.” Começou Bobby a explicar. “As garotas irão servir às mesas. O cabeludo (N/a: Koji) pode ajudar na cozinha e ruivo vai-me ajudar no atendimento ao balcão, juntamente com a lata com pernas.”

“Não sou uma lata com pernas!” Reclamou Goru furioso.

“E o que eu vou fazer?” Questionou Jin apontando para si mesmo.

“Tenho um trabalho especial para ti.” Respondeu o gerente com um sorriso intimidador.

“Tenho um mau pressentimento.” Confessou Jin temendo o pior.

Então, todos foram para as suas posições, abrindo o café ao público, ao princípio, a movimentação de clientes foi bem moderada, mas também, ainda era muito cedo.

“Está na tua hora.” Falou Bobby do lado de fora, usando óculos escuros.

“Realmente não sei como isto vai ajudar.” Afirmou Jin saindo do café, com uma placa apoiada no ombro.

“Apenas faz.” Respondeu o gerente voltando para o interior. “Oh, e tem cuidado.”

“Isto não faz sentido nenhum.” Suspirou o azulado.

Então, levantou a placa que continha o nome do café e falou com um raro sorriso gentil e amável, juntamente com uma voz doce.

“Por favor, visitem o nosso café. Não se irão arrepender.”

De repente, todas as garotas que passavam naquela rua pararam e olharam para o mesmo. Em menos de nada, começaram todas indo em direção ao café como uma debandada, acabando por atropelar o jovem espadachim.

“Não sabia que o Jin era tão popular com as garotas.” Comentou Nikko com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Sim, ele é bem popular.” Confirmou Chiyo.

“Aquele desgraçado.” Amaldiçoo Koji desde a janelinha da cozinha. “Aqui nem posso conviver com as clientes!”

“Então estás na posição perfeita.” Comentou Chiyo com um sorriso convencido.

“Pelo menos é melhor que conviver com uma Loli de pavio curto.” Respondeu Jin agindo superiormente.

“Maldito!” Reclamou a rosada. “Não me chames Loli!”

“Vocês dois, parem de discutir.” Ordenou Momoka ajeitando os óculos. “Temos clientes que servir.”

Após umas horas, as coisas voltaram a acalmar no café, porém ainda sobravam alguns clientes.

“Preciso de uma pausa.” Confessou Jin com respiração ofegante e todo desarrumado, apoiando metade do seu corpo no balcão.

“Trabalhaste bem, garoto.” Felicitou Bobby entregando um copo com água ao azulado.

“Obrigado.” Agradeceu ele bebendo-a toda de uma vez.

“Foi mesmo incrível, Jin.” Falou Nobi admirado. “Não sabia que tinhas esse tipo de habilidade.”

“Não sei se isto pode ser considerado uma habilidade.” Suspirou o jovem espadachim.

“As coisas já acalmaram, podes descansar mais agora.” Disse Bobby limpando uns copos. “Todos vocês se saíram bem, acho que vos posso contratar.”

“Bem, isso resolve os nossos problemas monetários.” Desabafou Goru em cima do balcão.

“Parece que temos mais um cliente.” Comentou Bunny ao ver a porta se abrindo. “Seja bem-vindo.”

“Boa tarde.” Cumprimentou um jovem que usava o mesmo uniforme da escola de Nikko, os seus olhos eram azuis-claros e o seu cabelo castanho. O mesmo trazia consigo um saco de desporto semelhante ao que Jin usava para carregar as suas espadas.

“O que deseja?” Perguntou Bunny com o seu sorriso gentil.

“Bem… eu queri-” No momento que estava prestes a fazer o seu pedido, reparou no azulado debruçado sobre o balcão. “O que você faz aqui? Inugawa Jin!”

“Você?” Indagou Jin espantado, levantando-se imediatamente. “Shimura Ken (N/a: famoso comediante no Japão).”

“É Shamura Kentaro!” Reclamou o mesmo. “Como te atreves a esquecer o meu nome?”

“Quem é ele?” Perguntou Nikko confusa.

“Ele… hum… Quem eras mesmo?” Inquiriu Jin após pensar muito.

“Estás zoando com a minha cara?” Questionou o moreno furioso. “Eu sou o antigo presidente do clube de kendo, Shamura Kentaro, da classe 3-C, mas essa posição me foi retirada depois que esse maldito caloiro decidiu entrar no clube, desafinado todos os membros de uma vez. Após isso, a minha vida escolar foi apenas descaindo e tudo por culpa de Inugawa Jin!”

“Oh, sim, é você.” Falou Jin finalmente se lembrando.

“Maldito!” Resmungou Kentaro furioso. “Quanto mais me vais ridicularizar?”

“Este cara parece ser bem chato.” Comentou Momoka entediada.

“Se você perdeu para mim, não foi culpa minha e sim sua.” Respondeu Jin inexpressivamente.

“Já chega! Eu treinei bastante desde a última vez, quero uma revanche!” Exigiu Kentaro retirando a sua espada de bambu.

“Oh, as coisas estão ficando interessantes.” Notou Koji saindo da cozinha.

“Se vão lutar, façam-no nos fundos do café, não tem lá ninguém.” Aconselhou Bobby acendendo um cigarro. “Não armem confusão dentro do estabelecimento.”

“Entendo, se realmente desejas uma revanche, atenderei ao teu pedido.” Respondeu Jin com um ar sério, pegando na sua katana embainhada. “Claro, se o meu mestre me permitir.”

“Claro, brigar é a melhor forma de conhecer bem alguém.” Permitiu Nobi cerrando o punho. “Quero ver-te vencer, Jin.”

“Assim farei.” Decidiu o azulado.

“Não fiques muito convencido, Inugawa Jin.” Advertiu Kentaro determinado. “Te vencerei e recuperarei o meu título de capitão do clube de kendo.”

“Realmente parece que ele está bem determinado.” Reparou Goru. “Ele quer vencer o Jin mais do que tudo.”

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Nos fundos do café Kobushi, Jin e Kentaro se encontravam frente a frente, cada um empunhando a sua respetiva espada, prontos para começar.

“Eu, Bunny, serei a juíza deste duelo.” Anunciou a mesma, vestida como um árbitro, usando um boné com orelhas de coelho e um apito preso ao pescoço com uma corda. “Não serão permitidos beliscões, dentadas, nem golpes naquela zona. Se cumprimentem e que comece o duelo!”

“Ela é a que está mais animada com isto tudo.” Suspirou Bobby, soprando um pequena nuvem de fumaça, enquanto fumava.

Os dois adversários se aproximaram, fazendo simultaneamente uma vénia para o outro, levantando logo depois as suas armas, apontadas aos pescoços de cada um.

Kentaro, foi o primeiro a mover-se, com um movimento brusco mirou na cabeça do azulado, mas este se conseguiu esquivar facilmente. O antigo capitão voltou a atacar sem parar, os seus golpes eram movidos pela raiva e fáceis de prever para Jin, que bloqueou a espada do seu adversário com a sua katana embainhada e o jogou para trás.

Então, o moreno voltou a tentar atingir o espadachim da Onigumi, mas este foi mais veloz e lhe acertou no antebraço, fazendo-o soltar a espada.

“Primeiro ponto vai para o Jin-kun!” Anunciou Bunny.

“Até que esse Jin não é nada mau.” Comentou Koji, já que esta era a primeira vez que assistia ao azulado lutar.

“Claro, o Jin é bem forte, até a mim me deu trabalho.” Revelou Nobi com um sorriso confiante. “Não podia esperar menos dele.”

“Eu não vou perder.” Afirmou Kentaro furioso pegando na sua espada. “Eu irei-te vencer, Inugawa Jin.”

“Então vem e prova as tuas palavra.” Respondeu Jin apontando a sua espada para o seu senpai do clube.

O azulado adotou uma posição defensiva, enquanto esperava pelo ataque adversário. Não teve de esperar muito, pois Kentaro atacou imediatamente, com um ataque perfurante direcionado ao estômago, que Jin conseguiu desviar por pouco. Porem, Kentaro sorriu confiante e ainda quando Jin se estava desviando, mudou a trajetória da sua espada, embatendo fortemente no abdome do mesmo, causando o som de algo se quebrando.

“O segundo ponto vai para Shimura Ken!” Anunciou Bunny. “O próximo será o decisivo.”

“É Shamura Kentaro!” Corrigiu ele irritado.

Jin se recompôs e logo em seguida colocou a mão no bolso do seu casaco, tirando de lá o saco com biscoitos caseiros que sua irmã lhe dera.

“Os biscoitos da Hina…” Murmurou Jin ao ver que estavam todos quebrados, devido ao golpe do seu adversário.

“Vamos acabar com isto, Inugawa Jin.” Falou Kentaro decidido.

“Sim…” Respondeu Jin com a sombra da franja lhe cobrindo os olhos.

Desta vez foi Jin a fazer o primeiro movimento, quebrando a espada de bambu do seu adversário, além de lhe atingir fortemente no estômago e joga-lo contra um muro.

“Não voltes a destruir algo feito pela Hina.” Proferiu Jin apenas mostrando o olhos direito, enquanto voltava a colocar a espada à cintura.

“E o vencedor é o Jin-kun!” Anunciou Bunny levantando o braço do campeão depois de ter soprado o apito.

“Então já está tudo terminado. Ainda temos trabalho para fazer.” Concluiu Momoka voltando para dentro, sendo seguida pelos outros, deixando Kentaro para trás.

“Isto não ficará assim… Inugawa Jin.” Murmurou Kentaro ainda encostado ao muro, sem se conseguir mover.

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Na segunda de manhã, na escola, mais especificamente, na sala do conselho estudantil, todos os 5 membros do mesmo se encontravam lá.

“Está tudo pronto.” Falou Seika organizando uns papéis com um olhar sério. “Já podemos agir contra o grupo de Hirata Nobi.”


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Notas finais do capítulo

Hoje também não teremos Omake, mas acho que não faz mal, já que a maioria do capítulo foi virada para a comédia
Nos próximos capítulos a ação irá começar, se preparem
Até à próxima!



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