Give Your Heart a Break escrita por StrangeDemigod


Capítulo 35
Thirty Four


Notas iniciais do capítulo

Aeeeeeooow! Voltei! *palmas*
Sim, me atrasei, pois é, eu sou uma cuzona... Fazer o que, né?
Enfim, fiz tudo com muito amor e carinho, queridos! Espero que apreciem!
Boa leitura! ♥



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“No segundo que te vi através de meus olhos semicerrados[...]

Você e aquela garota, ela é sua namorada?

Rosto angelical, aposto tudo que ela não tem noção

Garotas bonitas não sabem das coisas que sei

Sigo meu caminho, compartilharei as coisas que ela não irá”

~Magnets - Disclosure ft. Lorde

POV’s Angely ON

Acordei com uma dor de cabeça imensa. Tentei me levantar, mas estava presa. Meu pulso esquerdo estava algemado à cabeceira da cama. Olhei ao redor, analisando o quarto. Era exatamente igual ao que estive anos atrás. O cheiro de mofo invadiu minhas narinas e eu quis vomitar.

—Até que enfim acordou.- ouvi a voz dele. Me virei e o encontrei sentado numa poltrona, me encarando.

—Dakota... Me solte.- pedi, puxando meu pulso, tentando me soltar.

—Quanto mais puxar, mais apertado vai ficar.- ele me respondeu, indiferente.

Ele se levantou e eu tremi. Se sentou à minha frente, me olhando. Eu não consegui olhá-lo nos olhos. Meu olhar se encontrava em um canto qualquer. Ele me segurou pelo queixo, alisando meu rosto. Engoli em seco, me arrepiando de medo.  

—Por quê, Dakota?- indaguei com a voz trêmula. Ele franziu o cenho.

—Você nem me chama mais de Dake...- ele divagou.

—Por favor, me deixe ir... -chamei a atenção dele, suplicando.

 -Me impediram de ter você, meu amor...- acariciou minha coxa desnuda. Me encolhi mais. -Com certeza ele colocou coisas na sua cabeça, não é?

—Dakota...- tentei fazê-lo parar, mas ele se revoltou.

—Você o ama?!- me perguntou, se levantando. Percebi que ele falava de Castiel.

—Sim, eu o amo.- afirmei. -O amo com todo o meu ser; com todas as forças que tenho.

—Você engravidou de mim, Angely...- ele falou. -Quase tivemos um filho juntos!

—Você acha que eu queria ter engravidado?!- eu estava meio alterada. As lágrimas escaparam de meus olhos. -Eu só tinha quatorze anos!

—Você disse que me amava!- puxou os próprios cabelos.

—Eu nunca deixei de amar Castiel...- falei em meio as lágrimas. Ele me olhou confuso.

—O que quer dizer com isso?- inclinou a cabeça para o lado.

—Castiel foi meu primeiro amor... O encontrei anos depois e nós estamos felizes...-eu disse, olhando a marca da aliança em minha mão direita, em seguida, a fechei em punho. -Ou estávamos...

—Não, não, não...- negava com a cabeça freneticamente. Ele se levantou de súbito e me deu um tapa na bochecha esquerda, fazendo-me inclinar violentamente, caindo na cama. -Você... É... Minha.- e saiu do quarto.

Me recuperei, sentando no colchão. Abracei os joelhos com um dos braços - já que o outro estava algemado - e me debrucei neles, chorando.

“Eu preciso sair daqui.”— pensei. Mas meus pensamentos desviaram para outra coisa. “Ah, Cast... Por favor, venha logo.”

POV’s Angely OFF

POV’s Castiel ON

Quebra tempo: dez dias

Nada da localização deles?— indaguei aflito.

Há dias estávamos à procura de Angely. Contatamos a polícia e eles estavam fazendo o possível.

—Infelizmente não.— o policial negou. Puxei meus cabelos e bufei.

—Você tem de se acalmar, Castiel.- Lysandre falou.

—Como posso me acalmar?!- explodi. -Ela ‘tá sozinha com aquele maníaco. Sabe-se Deus onde!- segurei a aliança dela que estava presa a uma corrente em meu pescoço.

—Todos estamos aflitos e preocupados, mas você precisa ficar calmo.- Rosa segurou meu ombro. -Por ela...- suspirei e apenas assenti. Um toque interrompeu o silêncio em que estávamos. Era meu celular. O peguei em mãos, olhando a tela. “Número Confidencial” era exibido em letras enormes na tela.

Atenda! Pode ser ele! Vamos tentar rastrear...— o policial falou, mexendo no notebook à sua frente. Ele fez sinal positivo e eu atendi.

Alô?— perguntei.

Uh, meu querido Castzinho! Que bom que me atendeu!- ouvi aquela voz anasalada e revirei os olhos.

Debrah...— falei indiferente.

Fiquei sabendo que sua querida Angely sumiu...- arregalei os olhos. Nós não divulgamos nada... Como ela poderia saber?

Você está de complô com aquele desgraçado...— disse, estranhamente calmo. Ela riu.

Aposto que você quer sua “loirinha” de volta, não?— eu podia sentir a acidez das palavras dela.

O que quer?— respirei fundo, apertando a ponte do nariz.

Me encontre no Starbucks da Hollywood Boulevard às 14h.- falou. Ia desligar, quando ela chamou novamente. -Ah, Castzinho... Venha sozinho. Não quero nenhum de seus amiguinhos nos atrapalhando.- desligou. Coloquei o celular em cima da mesa e me levantei, bufando.

—Eu vou matar essa piranha!- Rosalya se alterou. Leigh a segurou - com um pouco de esforço-, mas ela continuava a surtar, quase soltando fogo pelas ventas.

—O que vamos fazer?- Raphaella indagou.

Tive uma ideia!— o homem fardado exclamou, como se uma lâmpada tivesse se acendido acima de sua cabeça.

—Ora, então diga, homem!- Rosa pediu/ordenou. Leigh ainda a segurava e pedia para ela se acalmar.

Podemos armar uma emboscada e pegá-la.- coçava o queixo.

E como faríamos isso?— perguntei.

Vamos colocar uma escuta em você, junto com uma câmera.— começou, explicando. -Colocarei alguns de meus homens disfarçados e você deve persuadi-la a te contar onde Angely está. Assim que conseguir a informação, nós entramos em ação e a pegamos.

—E como podemos ter certeza de que vai funcionar? Que ela não vai desconfiar de nada?— Stefan questionou.

Isso só vai dar certo se Castiel fizer tudo como queremos.— o policial respondeu.

Tudo bem.- cruzei os braços. -O que tenho de fazer?

—_//__

Eu ajeitava a gola da camisa que usava. Pela explicação, em um dos botões havia uma câmera, ficava nos primeiros de cima para baixo, para capturar o rosto completo de Debrah. A escuta estava colada em meu peito. Era pequena, então nem transpareceria pela camisa. E, além disso tudo, eu tinha uma outra escuta no meu ouvido direito, por onde eu escutaria as instruções do delegado.

Me olhei no espelho do quarto de minha loira, passando as mãos pelos cabelos, suspirando. Arrumei a corrente em meu pescoço, onde eu havia colocado a aliança de Angel, colocando-a por dentro da camisa. Suspirando mais uma vez, coloquei meus óculos escuros e me dirigi até a saída do quarto.

Desci as escadas e observei todos apreensivos na sala.

—Assim que eu descobrir onde ela está, ligarei.- disse, olhando diretamente para meus sogros. Quando ia sair, fui surpreendido por um abraço apertado. Olhei para baixo e encontrei uma cabeleira negra, lisa. Retribui o abraço rapidamente. Minha sogra se distanciou, limpando as lágrimas das bochechas.

Por favor, Castiel... Encontre-a.- ela pediu em forma de suplica.

Eu irei.- respondi olhando em seus olhos, tão iguais ao de minha loira baixinha. Com o aceno de cabeça, me despedi de todos, indo em direção à Hollywood Boulevard.

Peguei um dos carros disponíveis e não demorei nem vinte minutos para chegar.

Entrei no Starbucks e senti os olhares voltados a mim. Nessas horas, odeio o fato de ter meus cabelos vermelhos. Olhei pelo local, vendo alguns homens que eram possíveis policiais disfarçados. Dando mais uma olhada, encontrei a dita cuja sentada numa mesa perto da janela. Andei até ela e me sentei no banco oposto a ela.

—Castzinho...- ela falou com aquela voz anasalada que me enojava, retirando os óculos escuros, colocando-os no topo da cabeça.

—Debrah...- respondi em tom apático.

—Fico feliz que tenha vindo, querido.- ela sorriu falsamente.

—Acredite... Não tive muita escolha.- girei minha aliança.

—Oras... Não me diga que está atrás daquela piranha...- ela emitiu um grunhido de nojo, revirando os olhos.

—A única piranha é você, Debrah.- olhei-a por cima dos óculos.

—Não sei o que você viu nela...- cruzou os braços e desviou o olhar para a rua.

“Faça-a confessar o crime e a localização de Angely”— ouvi a voz do delegado ecoar na escuta em meu ouvido.

—Digamos que ela é tudo o que você não é... E me deu tudo o que você não me deu.- deu de ombros, cruzando as mãos.

—E o que ela te deu que eu não dei?- a morena arqueou as sobrancelhas.

—Ela me entregou todo o amor e carinho que eu precisava... Me deu seu coração e eu dei o meu à ela.- vaguei em lembranças. -Ela não pegou o meu amor para usá-lo contra mim e depois me descartou.

—Eu te amei sim!- me contradisse.

—Você me enganou, me traiu e me descartou...- me segurei para não socar a cara dela.

—O que senti por você foi real. E eu ainda sinto isso.- levou sua mão direita para encostar na minha esquerda.

—E você ainda consegue ser tão falsa a ponto de alegar que tem amor nesse seu coração...- tirei a sua mão da minha rapidamente.

—Como não tenho amor?- inclinou a cabeça confusa.

—Se você mata um bebê inocente você tem amor no coração?- perguntei retoricamente.

—Oh... Então é isso.- ela sorriu cinicamente, apoiando o queixo sobre a palma direita. - Eu já disse e repito: ele tinha de morrer.

—Por ser fruto de um estupro apenas?- neguei com a cabeça. -Você não era a mãe do bebê, Debrah. Angely era. E se ela quis ficar com o bebê, você não devia ter se metido na escolha dela.

—Eu quis ajudar!- exclamou. -Eu era a melhor amiga dela! Não queria vê-la sofrendo.

—E você fez justamente o contrário.- falei friamente, fechando a mão em punho. -Se realmente fosse amiga dela, jamais teria feito tal coisa.

—Você está errado, ela estava errada.- puxou os fios castanhos, soltando um suspiro.

—A única errada aqui é você, Debrah.- franzi o cenho. -Sinceramente, já me cansei dos seus joguinhos. Vamos direto ao ponto. Onde Angely está?

—Eu nunca vou dizer...- cruzou os braços.

—Pare de frescuras e me diga logo!- me alterei, batendo o punho na mesa.

—Não!- respondeu em mesmo tom.

—DIGA, AGORA!- berrei, me levantando. Ela apenas gargalhou.

—Você nunca a encontrará!- ela falou. -Até porque ela está num lugar onde nunca se pensaria em procurar. Na realidade é o último lugar em que qualquer um pensaria!

Parei para pensar, até que uma luz iluminou minha mente. Fiz o sinal que havia combinado com os oficiais e eles entraram em ação. Os que estavam disfarçados e os que aguardavam do lado de fora surpreenderam Debrah.

—Debrah Julliett Miller, você está presa.- ela gritou, tentando fugir, mas uma oficial a agarrou, a algemando.

—SEU DESGRAÇADO, FILHO DE UMA PUTA! EU VOU TE MATAR!- ela berrava comigo.

—Você tem o direito de permanecer calada. Tudo o que disser pode e será usado contra você no tribunal. Você tem direito a um advogado. Se não puder financiar um, o Estado providenciará um a você. - a oficial que a algemou disse os direitos que a morena tinha. Cheguei perto dela, a olhando profundamente nos olhos azuis falsos dela.

—Obrigado pela compreensão.- sorri sinicamente e sai do local, indo em direção ao carro onde tinha vindo.

Senhor Collins!- o delegado correu até mim. -Percebi que ela não lhe disse a localização exata de Angely. Como sabe onde ela está?— fiz um sinal para que o homem esperasse. Peguei meu celular e disquei o número de Stefan, já colocando no viva-voz para que o delegado também ouvisse. No segundo toque ele atendeu.

Castiel? E então? Acabamos de ver no noticiário que Debrah foi presa. Onde está minha filha?— ele jogou uma enxurrada de perguntas para mim.

Stefan, acalme-se!- ouvi sua esposa exclamar ao fundo.

Para onde Dakota levou Angely na primeira vez que a sequestrou?- indaguei rapidamente.

Foi para o Motel Sherman, no quilômetro 783, da rodovia que liga Los Angeles à Las Vegas. Por quê?— ele estava confuso.

—Obrigado.- nem dei tempo ao homem e já desliguei.

—Ela está lá?— o delegado me indagou. Assenti.

Debrah disse que era em um lugar onde nunca se pensaria em procurar; o último lugar, na realidade.— olhei-o. -Ela está no Motel Sherman, eu sei disso.

É nossa melhor hipótese no momento.- ele concordou. -Preciso dos equipamentos que você usou para podermos indiciar Debrah.- assenti rapidamente, arrancando a escuta do ouvido, tirando a camisa com a câmera e a escuta do peito, ficando apenas com uma regata preta. Entrei no carro e coloquei o cinto.

“Não se preocupe, minha baixinha... Eu ‘tô indo te buscar... Aguente só mais um pouco”—pensei.

Segundos depois arranquei pelas avenidas, indo resgatar a minha loira.

POV’s Castiel OFF


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Notas finais do capítulo

#horadoresgate!
Queridos, por hoje é só! Digamos que, talvez, eu demore a postar o próximo, até porque minha pequena pausa chegou ao fim e a batalha se inicia novamente.. ¬¬'
De qualquer forma, espero que tenham gostado.
Kissus, ~StrangeDemigod