Give Your Heart a Break escrita por StrangeDemigod


Capítulo 34
Thirty Three


Notas iniciais do capítulo

Hellou, people!
Volti com mais um! A criatividade 'tá baixando gostoso aqui.... *risos*
Espero que apreciem ~e que não me matem~.
Kissus e boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/545899/chapter/34

 

“Eu sei o que fiz de errado

Deixei seu coração despedaçado

É isso o que diabos fazem?

Te deixei tão pra baixo

Eu abalei o anjo em você

 [...]Eu preciso saber agora

Você pode me amar novamente?”

~Love me Again - John Newman

POV’s Angely ON

—O que você ‘tá fazendo?- perguntei, rindo.

—Procurando o ângulo perfeito pra essa foto.- ele respondeu.

—E na foto, vai aparecer esse seu sorriso lindo e a minha bunda ao lado?-gargalhei.

Estávamos na calçada perto da praia. O sol estava se pondo e esse ruivo maluco me colocou no ombro dele.

—Lógico! As duas coisas que mais amo: eu mesmo e a sua maravilhosa bunda.- deu um tapa em uma de minhas nádegas.

 -Castiel!-exclamei. -Me tira daqui, agora!- eu socava suas costas.

—Ok, ok.- ele me pôs no chão. -Que baixinha nervosinha.

—Ótimo, você vai começar a falar os diminutivos.- revirei os olhos.

—Você ‘tá querendo me provocar, né?- ele falou, próximo ao ouvido. Olhei-o, com a sobrancelha arqueada.

—Acho que esse jogo está invertido. Você é quem quer me provocar.- semicerrei os olhos. Ele sorriu de canto.

—Não sou eu quem estou fazendo esse biquinho.-comentou, em seguida mordeu meu lábio inferior. Pulei em cima dele e roubei um beijo, que foi retribuído imediatamente.

Olhem só! São Angely e Castiel!- ouvimos exclamarem. Desci do colo do meu ruivo e olhei a multidão que vinha na nossa direção. Gritos, cartazes, celulares. Eu e o ruivo nos entreolhamos. Ele estava com uma cara de medo. Eu gargalhei da sua reação.

—Acostume-se, querido.- dei um leve beijo em sua bochecha, sendo, em seguida, abraçada por diversas de pessoas.

—_//__

Após o episódio na praia com os fãs, Castiel e eu fomos para minha casa.

E, quando entramos, percebi o clima pesado. Arqueei a sobrancelha, desconfiada. Estavam todos muito sérios, sérios demais.

—Ok... O que foi que aconteceu?- indaguei, indo até eles.

Meus pais estavam um ao lado do outro, e meu pai estava segurando um jornal. Jason estava com Jane no colo, ninando ela; Mary fazia o mesmo com Nicolas. Logan, por incrível que pareça, não estava com um eletrônico em mãos; as mesmas estavam cruzadas, perto do queixo e Peggy se encontrava perto dele, sentada no braço da poltrona. Rosalya estava ao lado de Leigh, ambos abraçados. Íris e Kentin estavam num cantinho, ela acariciando os cabelos dele, enquanto que ele tinha o olhar opaco. Violette e Lys estavam sentados próximos à Rosa, de mãos dadas. Armin e Rapha estavam encostados numa das paredes, ela com a cabeça escorada no peito dele. Kim e Alexy e Kim estavam em outro canto, um ao lado do outro. Todos com a mesma expressão: temor.

—Filha... Acho melhor você se sentar.- minha mãe disse calmamente.

—Não vou sentar.- neguei com a cabeça. -Vocês estão começando a me preocupar. Por favor, digam logo.- meus pais se olharam, depois para mim. Com as mãos trêmulas, meu pai depositou o jornal em cima da mesinha de centro, com a primeira página para cima. Me aproximei da mesinha e li o título do artigo.

DAKOTA STUART FOGE DA PENITENCIÁRIA SAN QUENTIN.

Minhas mãos começaram a tremer, assim como meu corpo. Meus olhos quase saíram de minha cabeça. As lágrimas se formaram e começaram a escorrer lentamente, mas com força. Então um grito ecoou de meus lábios, enquanto eu caía de joelhos no chão.

—Angely!- Castiel exclamou, mas eu não dei ouvidos.

—Não, não, não, não...- eu falava repetidas vezes, balançando a cabeça para os lados. Enfiei os dedos por entre os cabelos e arranhava o couro cabeludo e puxava os fios. Gritei mais uma vez, em seguida solucei, voltando a chorar. Senti alguém me abraçar. Era Castiel. Ele me abraçava com força, tentando me manter no lugar. Acariciava meus cabelos, dando leves beijos em minha testa, sussurrando que tudo ia ficar bem.

Aos poucos, fui me acalmando, mas as lágrimas ainda escorriam. Ainda abraçada ao meu ruivo, olhei na direção de meus pais. Minha mãe chorava também.

—Como ele fugiu?- Castiel perguntou.

—Ao que tudo indica, ele teve a ajuda do tio dele, Boris.-meu pai disse. -Depois de uma convulsão, causada por uma torta que o tio dele fez, ele foi levado ao hospital para uma lavagem estomacal. Na madrugada, fugiu, levando o carro de um dos médicos de plantão.

—E não se sabe onde ele está agora.- Logan comentou. -A polícia está procurando, e não vai descansar até encontrá-lo.

—Mãe... Amanhã era o dia...- eu comecei, olhando pra ela.

—Infelizmente você não poderá ir, querida.- ela falou, limpando suas lágrimas.

—Mas... Eu nunca faltei um ano sequer.- eu disse.

—Não podemos arriscar, Angely.- meu pai falou. Abaixei minha cabeça e assenti. Me soltei dos braços de Castiel e fui até o jornal. Peguei-o em mãos e o analisei. Tinha uma foto de Dakota na capa. Soltei o ar que prendia e amassei aquele conjunto de papéis, andei até a lareira e taquei a bola de papel dentro do fogo, vendo-a queimar lentamente.   

Subi as escadas e fui para o meu quarto, sem falar com ninguém. Encostei a porta e suspirei, passando as mãos pelos cabelos, piscando algumas vezes para conter as lágrimas. Pressionei os lábios em uma linha fina e andei até meu closet, abrindo uma das gavetas e encontrando um envelope. Lá tinha uma foto, de um ultrassom. As inscrições me fizeram voltar a chorar.

“Meu terceiro ultrassom.

Olá, mamãe!

Sou um menino!”

—Angely?- ouvi meu ruivo chamar.

—Ele teria a idade do Nicolas agora...- divaguei, ainda olhando aquela foto. Castiel suspirou, ficando próximo à mim, passando as pontas dos dedos por meus braços.

—Não podemos controlar tudo, baixinha...- ele comentou. -Se eu pudesse mudar algo...

—Se você pudesse mudar algo, talvez jamais teríamos nos reencontrado. Temos de pensar por esse lado.- guardei a foto dentro do envelope e fechei a gaveta. Me virei para Castiel, olhando-o nos olhos. -Pelo menos o destino me trouxe você de volta.

—Digo o mesmo.- entrelaçou nossas mãos. -Eu fazer de tudo para te proteger. Saiba que vou sempre estar aqui.

—Vai me fazer chorar de novo, ruivo.-falei com os olhos lacrimejando. Ele me pegou no colo e eu enlacei minhas pernas ao seu redor.

—Eu te amo.- ele falou.

—Eu te amo.- eu disse o mesmo.

O beijei intensamente, puxando seus cabelos, aproximando nossos corpos.

—Acho que não é uma boa ideia.- ele tentava falar por entre os beijos. Quebrei o beijo.

—Eu preciso de distração, querido.- sussurrei em seu ouvido. Foi o suficiente para atiçá-lo. No instante seguinte, estávamos na minha cama.

—_//__

Acordei na manhã seguinte, com a luz dos primeiros raios de sol tocando meu rosto. Olhei as horas: 6h10min. Virei meu olhar para minha direita e encontrei meu ruivo, dormindo sereno. Sorri de leve.

—Prometo que volto logo, querido.- murmurei, dando-lhe um selinho nos lábios.

Me levantei, colocando um vestido preto qualquer, um sobretudo por cima e um par de sapatilhas. Amarrei meus cabelos em um rabo de cavalo e passei um rímel. Saí do quarto sem fazer barulho, dando uma ultima olhada em Castiel, antes de fechar a porta. Desci as escadas na ponta dos pés, indo até a porta de entrada, fechando a mesma com cuidado.

Fazia um pouco de frio do lado de fora. Cruzei os braços e fui andando até o portão. Meu porteiro cochilava. Saí de casa, caminhando até .

Poucas quadras depois, eu havia chego ao cemitério. Eu pedi para meus pais colocarem uma lápide com o nome dele. Ao menos assim, eu conseguiria desabafar. Entrei e caminhei até aquela lápide. Fiz o sinal da cruz no peito e me ajoelhei.

“Christopher Nagashaghi Mccullen”

"Eu te amo, mamãe."

Desabei a chorar, enquanto passava a mão por cima do nome dele.

—Ele teria sido um menino tão lindo, não é querida?- ouvi alguém dizer. Me virei e encontrei um homem de olhos verdes e cabelos loiros cortados irregularmente.

—D-Dakota!- arregalei os olhos. Ele sorriu.

—Quanto tempo, meu amor.- ele falou, se abaixando. Eu travei no lugar.

—O que você faz aqui?- indaguei, afastando meu rosto dele.

—Não posso visitar a lápide do meu próprio filho?- ele arqueou uma sobrancelha. Suspirei.

—Por favor, vai embora.- pedi, olhando para outro canto.

—Por quê?- perguntou. - Faz anos que não nos vemos, e quer me expulsar assim?- balançou a cabeça negativamente. Ele parou os olhos em minha mão direita e franziu o cenho. -Que anel é esse, Angely?- intercalei meu olhar entre minha mão e ele. Eu estava sem palavras. -Foi aquele cara de cabelo vermelho que te deu isso?!- ele agarrou meu pulso.

—Me solta!- exclamei. Ele me olhou, notando uma marca arroxeada no meu pescoço.

—E ele tocou em você?!- o loiro estava furioso. Arrancou meu sobretudo e o tacou no chão. Começou a rasgar partes do meu vestido.

—Dakota, por favor, pare!- eu chorava. Novamente ele agarrou meu pulso.

—Essa cicatriz no seu pescoço te marcou como minha! E SÓ MINHA!-arrancou minha aliança prateada e a jogou no chão.

—Me deixe ir!- meu corpo estava trêmulo. Ele olhou diretamente em meus olhos e retirou algo do bolso do casaco.

—Vamos ser felizes, Angely...- ele falou baixo. Quando fui gritar por ajuda, ele pressionou um tecido em meu nariz e boca. -E ninguém vai me atrapalhar...

 “Castiel...”— pensei, antes de cair na inconsciência.

POV’s Angely OFF

POV’s Castiel ON

Um arrepio subiu pelo meu corpo e eu acordei, me sentando na cama. Olhei em volta e não entrei Angely em nenhum lugar.

“O que é esse aperto no meu coração?”— pensei.

Me levantei rapidamente, me trocando e descendo as escadas correndo. Cheguei a cozinha e estavam todos lá, menos ela.

—Onde é que ela ‘tá?- indaguei, recebendo o olhar de todos.

—Pensamos que estivessem juntos. Os sons denunciam muitas coisas.- Rosa fez um comentário malicioso.

—Eu acordei e ela não estava lá.- falei.

—E se ela não está aqui, onde está?- Rapha se perguntou.

—Ah, não.- os pais de minha baixinha se entreolharam. -Será que ela foi...?

—Ela foi aonde?- eu estava para ter um ataque.

—Hoje faz exatamente quatro anos desde que ela perdeu o Christopher.- a mãe dela explicou.

—E todos os anos ela vai ao cemitério, na lápide dele, para lamentar.- o pai dela terminou.

—Onde fica esse cemitério?- pedi, as mãos tremendo.

—A umas três quadras.- não dei tempo para ele terminar. Saí correndo em direção ao cemitério.

—_//__

—Angely!- gritei seu nome, assim que cheguei ao cemitério.

—A lápide do menino fica por ali.- Logan indicou, já indo na direção onde apontara.

Ao chegarmos lá, encontramos um sobretudo no chão e tecido preto rasgado. Me abaixei e vi que era a  aliança dela.

—Ela esteve aqui.- falei analisando o anel.

—Ela não pode ter simplesmente fugido.- Logan falou. Foi nesse momento em que meu celular tocou. Peguei-o em mãos e vi que era o nome dela que estava escrito na tela.

—Angely!- exclamei, quando atendi.

Então é por você que ela se apaixonou?— ouvi uma voz masculina.

—Quem é você? O que faz com o celular da Angely?- questionei, fechando a mão em punho.

Um velho amigo dela.— riu com ironia. —E eu só peguei o que é meu por direito.

—Você sequestrou ela?-eu estava possesso.

Se você vê por esse lado.- comentou, vagamente.

—Seu...- eu estava prestes a explodir. -Quando eu te achar...

Duvido que me ache.— disse. -Ah, Castiel, só um recado... Ela é MINHA!— e desligou.

Abaixei o telefone, segurando-o firme - quase a ponto de quebrar.

—Quem era?- me perguntaram.

—Alguém que já está morto.- comentei.

“Eu vou te encontrar, Angely. Vou te salvar. E, quanto a esse cara... Ele vai morrer. Porque vou matá-lo com minhas próprias mãos.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que será que vai acontecer agora? Só no próximo, amorecos.
*gargalhada do mal*
Kissus, ~StrangeDemigod.