Give Your Heart a Break escrita por StrangeDemigod


Capítulo 31
Thirty


Notas iniciais do capítulo

Hellou, people.
Demorei, pois é. E todo aquele blablabla....
Enfim, eu estava editando os capítulos, passando tudo para travessão - ao invés de underline- e eu parei para escrever.
Espero que gostem. Tá bem doce - de causar diabetes- e bem safado - de causar lavagem cerebral- kkkk
Enjoy, ~StrangeDemigod



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“Quando olhos nos seus olhos, não tem mais jeito

Você me deixou gamada com seu controle de amor

Estou viajando e não consigo esquecer

Estou me sentindo sortuda, como um trevo de quatro folhas”

~I’m Into You - Jennifer Lopez

POV’s Castiel ON

Senti a luz do sol no meu rosto e apertei os olhos, abrindo-os um pouco. Tive a melhor visão que qualquer um poderia ter. A loira que amo, ressonando de leve, com um sorriso no rosto. Depois da noite passada, acho que sua expressão não poderia ser diferente. Abri um sorriso. É engraçado o amor. Fico com esses pensamentos sobre ela e ainda me martirizo por isso ser tão gay.

—Para de me olhar assim, parece que você quer mais da noite passada.- ela falou, ainda de olhos fechados.

—Você me conhece tão bem.- falei, rindo. Ela me acompanhou e abriu os olhos. Aquelas orbes verdes que transmitiam conforto e uma leve pitada de malícia ao mesmo tempo. Olhei-a e ela retribuiu.

—O que tanto olha?- perguntou, subindo em cima de mim. Dobrou os braços em cima do meu peito e apoiou o queixo ali.

—Talvez seja a minha beleza refletida em seus olhos.- eu disse e recebi um tapa no braço. Ri com isso.

—Engraçadinho.- falou, sorrindo. Ouvimos um pequeno barulho vindo da cômoda. Ela esticou o braço e alcançou o celular. - Ah, céus.

—O que foi?- perguntei.

—Meus pais querem falar com a gente.- respondeu, bloqueando a tela do celular.

—É só acordar o resto do povo, então.- eu disse.

—Não, querido.- me olhou. -É apenas conosco. Eu e você. Você e eu.

—Ok, isso é preocupante.- falei.

—Bom, pelo menos sei que eles não vão nos levar para um sacrifício de sangue.- deu de ombros.

—Ah, nossa! Estou menos preocupado agora. Muito obrigado.- falei sarcasticamente. Ela revirou os olhos e se levantou. Ela usava apenas um conjunto de lingerie preto.

—Esse quarto ‘tá uma bagunça.- pegou a camisa que usei e vestiu. Abri um sorriso malicioso, mordendo o lábio inferior. Ela saiu recolhendo as peças do chão, jogando o resto das minhas na cama e as dela, levou até o closet. Voltou e ainda me viu deitado. - Eu vou descer e ver o que tem pra comer.- Abriu a porta e parou no batente, virando-se na minha direção. -Se você acha que eu vou trazer comida na cama pra você, vai morrer de fome.- e saiu andando. Me levantei rindo. Essa mulher vai me levar à loucura!

—_//__

—Será que os outros chegaram bem aqui?- ela perguntou.

—Você não ouviu os roncos quando passou pelo corredor?- brinquei. Ela riu.

Estávamos sentados à mesa da cozinha, comendo panquecas com chantilly e morangos. Trocávamos olhares e sorrisos. Parecia que tudo era perfeito.

—Sério, ruivo. Você ‘tá muito feliz. ‘Tô até assustada.- ela comentou, se levantando com os pratos em mãos.

—Acho bom você se acostumar, então.- falei, chegando perto dela, que lavava os pratos na pia. A abracei. -Acho que vou estar assim durante uns bons dias.- dei um beijo na bochecha dela. Ela terminou de lavar os pratos e secou as mãos, em seguida, se virou pra mim.

—Posso tirar vantagem desse seu bom humor, pelo menos.- sorriu, retribuindo o abraço. Selei nossos lábios, puxando o corpo dela o mais perto possível do meu. Sorri entre o beijo e desci minhas mãos até suas coxas, a puxando para cima. Ela cortou o beijo e soltou uma gargalhada. Eu a acompanhei. A sentei sobre o balcão que tinha no centro da cozinha e fiquei entre suas pernas. Ela me puxou para bem perto e mordeu o lábio inferior ao direcionar seu olhar para a minha boca.

—Você olha como se quisesse.- comentei. -Pode pegar, eu deixo.

—Com todo o prazer.- respondeu, me puxando pela nuca. Mal colou nossas bocas e já pediu passagem, que eu prontamente cedi. Eu acariciava suas coxas e, em vezes, apertava-as.  Desci os beijos por sua clavícula e subi minhas mãos até sua cintura, levantando a camisa minha que ela usava. - Cast... Ah!- arfou, arranhando meus ombros, se contorcendo de prazer.

ANGELY NAGASHAGHI MCCULLEN! O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?!— ouvimos um grito e eu rapidamente me separei dela. Assim como eu, ela olhou na direção de onde a voz vinha.

V-Vovó?— arregalou os olhos. Eu a acompanhei.

A senhora colocou sua bolsa em cima da mesa num baque. A baixinha desceu do balcão, ajeitando a camiseta. Ambas chegaram uma perto da outra e se olharam. A baixinha tinha um leve rubor em suas bochechas. A senhora tinha seu olhar estreitado. O desviou para mim e um arrepio de medo percorreu meu corpo.

Explique-se. Agora.— pediu. Minha loira engoliu em seco e se afastou, vindo até mim, agarrando meu braço.

Vovó. Castiel— apontou pra mim. -Cast... Minha avó. Josephine Mccullen.

Josephine era uma mulher que exalava superioridade. As roupas de marca e as joias enormes e aparentemente caras, além da vaidade, denunciavam isso. Longos cabelos louros arruivados e olhos escuros. A expressão de raiva dela se amenizou.

Rapaz, o que houve com o seu cabelo? Jogaram molho de tomate e não saiu mais ou o quê?— a baixinha abafou o riso com a mão e se encurvou levemente. Sua avó a acompanhou. Elas se abraçaram. —Me perdoe, meu bem. Mas não resisti.- se desculpou comigo. —Quando descobri que você havia voltado, entrei no primeiro avião de para Los Angeles. Obviamente, seu avô resmungou.— revirou os olhos. —Mas nada como a pequena Jane para animá-lo.

Vovô até esquece dos netos nessas horas.— a baixinha suspirou.

—Angel, eu vou lá pra cima me trocar.- coloquei as mãos dentro dos bolsos da bermuda que usava.

—Tudo bem, eu já vou subir.- ela me olhou. Eu já me retirava, quando ela me puxou pelo braço e me beijou. Quebramos o beijo por falta de ar. Dei uma piscadela e me retirei dali.

POV’s Castiel OFF

POV’s Angely ON

Suspirei e me virei, encontrando minha avó com um sorrisinho em seu rosto.

—De onde saiu esse rapaz cheio de saúde?- ela perguntou.

—De Amoris. E sai. É só meu.- mostrei a língua pra ela.

—Acalme-se.- riu. -Há quanto tempo namoram?- a pergunta dela me fez congelar

—Não sei.- cruzei os braços. - Estamos ficando há uns dois meses e praticamente agimos como namorados. Eu até cheguei a fingir ser a namorada dele para seus pais. - ri com a lembrança de Valérie e Jean- Louis nos encontrando deitados no sofá.

—Ah, querida. Não dependa dele para um pedido chegar. Seu avô demorou praticamente um ano para me pedir em casamento.- deu uma piscadela.

Sorri, puxando os cabelos para cima, fazendo um coque. Enchi duas xícaras de café e dei uma à minha avó. Fechei os olhos enquanto tomava alguns goles. Quando os abri novamente, minha avó me olhava, meio espantada.

—Algo errado?- indaguei.

—Ah! Não, nada.- bebericou o café. - Só umas marcas roxas no seu pescoço.- arregalei os olhos.

—Merda, ruivo.-resmunguei.

— Vocês...- não terminou, mas eu soube o que ela quis dizer. Assenti com a cabeça. - Usaram proteção, correto?

—Sim, vó.- suspirei e coloquei a xícara na mesa. -Apesar de as chances de eu engravidar, agora, serem de, numa escala de 0 a 10... 0,5. - falei. Meu olhar ficou vago por momentos. Lembranças invadiram minha mente. Senti meus olhos começarem a lacrimejar. Pisquei várias vezes, fungando.

—Não, Angely, eu não...- eu a interrompi.

—Tudo bem, vovó.- sorri de leve, me levantando. - Vou lá em cima trocar de roupa. Meus pais já estão pra chegar. Querem conversar comigo e com o ruivo. E eu já tenho uma ideia do que é.- disse, indo até ela. Dei-lhe um beijo na testa. - Bom te ver de novo, vovó.- e saí da cozinha. Subi as escadas rapidamente. Ao chegar no corredor dos quartos, percebi que todos estavam no corredor, menos o ruivo. Eles estavam meio desnorteados. Sorri com a cena. - Povo do meu coração.- olharam na minha direção. - Tem comida na mesa lá embaixo, juntamente com algumas cartelas de aspirina. ‘Tô indo trocar de roupa. Já vamos descer para lá.

—O que você quer dizer com vamos?- Alexy indagou. Arqueei as sobrancelhas, balançando a camiseta que usava. Passei por eles e entrei no meu quarto, escutando arfadas de surpresa.

Ao entrar, escutei a torneira do banheiro. Fui diretamente para o closet, arrancando a camisa do ruivo, dobrando-a e guardando-a numa gaveta. Enrolei uma mecha de cabelo nos dedos, indecisa sobre o que usar. Optei por um vestido rodado de cor laranja, de alcinhas. Sapatilhas pretas, com lacinhos nas pontas. Voltei ao meu quarto e encontrei um ruivo colocando seus all-stars, com uma camisa pendurada nos ombros. Fui até o banheiro para escovar os meus dentes. Após realizar o mesmo, arrumei meu cabelo, prendendo uma mecha do lado esquerdo. Passei uma maquiagem leve e voilà, estava pronta. Mais uma vez voltei ao quarto, dessa vez para colocar meus acessórios. Fiquei em frente ao espelho e coloquei os brincos, as pulseiras e deixei por último o colar.

—Quer ajuda?- ele já estava atrás de mim. Assenti com a cabeça. Joguei os cabelos para o lado, enquanto ele colocava meu colar.

—Obrigada.- disse quando ele terminou.

—Falta mais uma coisa.- ele falou. Olhei-o através do espelho, com a expressão confusa. Ele sorriu e passou os braços pela minha cintura, encostando o queixo em meu ombro. Eu observava cada movimento seu. Vi que havia uma coisa na mão dele. Uma caixinha de veludo vermelha foi aberta na minha frente, relevando um par de anéis prateados. Um mais grosso, sem muitos detalhes; outro mais fino, com algumas pedrinhas de brilhante. Abri minha boca em surpresa. Eu não consegui proferir nenhuma palavra. Olhei-o mais uma vez através do espelho e ele tinha um sorriso em seu rosto. Eu alternava o olhar entre os anéis e ele. -Tudo bem, não precisa dizer nada. Só um sim ‘tá de bom tamanho.

—Cast...-suspirei, sorrindo. Me virei a ele, olhando-o no fundo dos olhos. Depositei minhas mãos trêmulas sobre seu peito, me aproximando de seu rosto. -É óbvio que a resposta é sim.- selei nossos lábios rapidamente. -Desde quando você está com eles?

—Desde que meus pais voltaram à suas vidas normais.- respondeu.

—V-Você estava planejando isso há mais de um mês?- arregalei os olhos. Ele gargalhou.

—Ainda bem que esperei até agora.- sorriu. - Eu queria ter certeza absoluta, então...

—Certo, certo.- sorri de leve.

—Então... Quer fazer as honras?- colocou a caixinha à frente de meus olhos.

—Sim.- assenti, pegando o anel mais grosso. Coloquei-o no seu dedo anelar direito. Ele fez o mesmo comigo.

—Agora é oficial.- ele falou olhando o anel em minha mão.

—Agora é oficial.- repeti sua fala, entrelaçando nossos mindinhos direitos. Rimos e nos beijamos, nos separando tempo depois, devido à falta de ar. Meu celular apitou e eu olhei-o. -Temos que descer. Meus pais estão esperando.- ele assentiu, entrelaçando nossas mãos.

—_//__

Chegamos à sala e uma muvuca de pessoas estavam presentes. Nossos amigos, meus avós, meus pais, meus irmãos, sobrinhos e minha cunhada grávida.

Mary era paparicada pelas meninas, juntamente com minha mãe e minha avó.

Meu pai, irmãos e avô entretinham os meninos com alguma história que não prestei atenção.

—Que feio! Se divertindo sem a minha pessoa.- comentei alto o suficiente, fazendo todos me olharem.

—Ah! Finalmente chegaram.- minha mãe exclamou. Revirei os olhos.

—Não demoramos. E vocês acabaram de chegar.- comentei. -O que tinham de tão importante pra falar?

—Vamos ao escritório.- meu pai estava com uma carranca formada em sua face. Puxei Castiel na direção das escadas novamente.

—Angel!- Rosa exclamou. Me virei na sua direção. -Depois nós...- apontou para as meninas. -Precisamos ter uma conversinha com você.- estreitou o olhar. Sorri, assentindo com a cabeça.

Chegamos ao escritório do meu pai. Ele fechou a porta e se sentou na sua cadeira de couro giratória. Minha mãe se encontrou na mesa dele e eu e o ruivo sentamos no pequeno sofá que tinha lá. Ficamos em silêncio. Minha mãe nos observava atentamente. Meu pai continuava com a carranca dele. Revirei os olhos.

—Oh, droga! Parem com esse suspense e confirmem minhas suspeitas.- exclamei. Castiel me olhou confuso.

—Pois bem...- minha mãe começou. -Convoquei-os aqui para fazer um convite.

—E qual seria?- meu ruivo indagou.

—Como eu havia informado, fomos resolver como iríamos promover minhas novas fragrâncias. Meus agentes de modelos indicaram vários que poderiam fazer a propaganda... Todos muito bons, mas eu precisava de algo mais... Realista.- falou. -Pessoas que tivessem uma química incrível e verdadeira. Eu quero inovar.

—E você teve a brilhante ideia de colocar eu e Castiel como garoto e garota propaganda do seu novo perfume?- perguntei retoricamente.

—Isso se vocês aceitarem.- completou. Olhei para o ruivo ao meu lado. Ele estava pensativo.

— Castiel... Você não é obrigado a aceitar.- apertei nossas mãos, que estavam entrelaçadas. Ele me olhou e sorriu.

—Tudo bem... Eu topo.- falou. Arregalei os olhos.

—Mesmo?- eu, minha mãe e meu pai acabamos falando junto. Castiel riu.

—É, ué.- deu de ombros. -Não vejo problema nisso.

—Ah! Perfeito!- minha mãe bateu palminhas, animada. - Já estava tudo pronto, mesmo. A sessão de fotos e gravações do comercial são amanhã, às 10hrs.- assentimos e nos retiramos.

—Eu ainda não acredito que você aceitou numa boa.- comentei, enquanto voltávamos à sala. Ele riu.

—Você vai pagar bem caro, loira.- se abaixou e deu uma mordida no meu pescoço.

—Pode parar! Vai deixar mais marcas.- estreitei o olhar. Mal chegamos e as meninas queriam me puxar. -Esperem um pouco! -exclamei. Elas me soltaram. Voltei ao meu ruivo.

—Você sabe que ‘tá oferecendo carne aos leões, né?- indagou, me abraçando pela cintura.

—Uma hora ou outra eu teria de confessar a elas. Alexy poderia me bater com a frigideira.- gargalhamos. Olhei-o nos olhos. -Tenho que ir.- suspirei.

—Você só vai ao quintal dos fundos, baixinha.- ele riu.

—Mas é a cova dos leões, esqueceu?- fiz piada. Ele sorriu. Esquecendo-me de todas as outras pessoas presentes ali, o puxei pela nuca, selando nossos lábios em um beijo ardente. Separamo-nos sem ar. -Eu te amo.

—Eu te amo.- e me deu um beijo na testa. Dei mais um selinho nele, antes de ser puxada pelas meninas, que gritavam de alegria.

—Ora! Mas vocês querem parar?-exclamei, irritada. Fui jogada numa das cadeiras que tinha ali.

—O que foi aquilo, Deus?- Rosalya dava pulinhos de alegria, acompanhada de Íris e Alexy.

—O quê?-indaguei, meio confusa.

—Vocês disseram “Eu te amo” um para o outro.- ela falou, alterada.

—Ah, isso.-arqueei as sobrancelhas.

—“Ah, isso”- Alexy tentou me imitar. -Não tem essa de ah, isso.- revirei os olhos, sorrindo.

—O que vocês querem saber?- perguntei, apoiando o cotovelo esquerdo na coxa e o queixo na mão.

—Vocês finalmente se resolveram?- elas perguntaram, todas juntas. Eu gargalhei. Elas estavam ensaiando, aposto.

—Depois de diversas reviravoltas, brigas, beijos e uma noite incrível...- falei sonhadora. Levantei a mão direita, mostrando-lhes o anel. -Eu finalmente disse sim.- foi o estopim pra elas berrarem e quase arrancarem a minha mão.

—Armin, seu desgraçado! Me dê meu dinheiro!- Alexy exclamou.

—Meu Deus! Meu chefe vai amar essa notícia!- Rapha exclamou.

—Acalme-se, Rapha!- falei com as mãos no ar. -Antes de você colocar isso na primeira página da Devlyn Magazine, espere até o comercial ser lançado. Venderá mais revistas.

—Que comercial?- todas arregalaram os olhos. Oops! Acho que falei demais.

—Não posso revelar muito...-falei. -Mas esperem e verão.- fiz ar de mistério. Elas começaram a implorar, mas eu resisti, mesmo tendo sido ameaçada com a frigideira.

—_//__

—Pai?- o chamei, entrando no escritório. Ele levantou o olhar, tirando sua atenção da tela do computador. -Posso falar com você?

—Sim.- ele respondeu. Me sentei na cadeira à frente de sua mesa. - O que houve?

—É o seguinte...- soltei um suspiro. -Você poderia ajudar a banda do Castiel?

—Ajudar no quê?- ele estava sério.

—Eles precisam de um empresário.- falei. -E não, não é para você ser o empresário deles.

—Então, o que quer que eu faça?- perguntou.

—Eu sei que há alguns eventos em que as pessoas ou bandas se inscrevem para se apresentar. -comecei. -Nesses eventos, alguns empresários aparecem para ver essas apresentações e, obviamente, decidem se vão administrar a carreira deles ou não.- expliquei. Ele assentiu. -Eu queria saber quando é o próximo evento para que eles possam se inscrever. E pedir para você convidar alguns de seus amigos.

—Deixa eu ver se entendi direito...- ele começou. Juntou as mãos e, em seguida, apoiou o queixo nelas. -Você quer que eu ajude a banda do seu novo namorado, que por sinal, mal conheço?

—Sério, pai?- fiz cara de tédio. -Castiel é alguém incrível. Não só ele, mas Lysandre e Nathaniel também.- falei. -Se lembra quando você e a mamãe brigaram, há uns anos?- ele assentiu. -Foi nessa época que conheci Castiel. E, depois de anos, ele continuou sendo o mesmo garoto, só se tornou meio antipático devido às decepções amorosas.- meu olhar estava longe. -Mas nós nos apaixonamos, pai. E eu não tenho medo de dizer que amo aquele ruivo com todas as minhas forças.

—É só que eu não quero que você se machuque...- fui até ele e o abracei. -Você quase morreu por um erro meu. Eu deixei você voltar sozinha aquele dia. Aquele fatídico dia...-os olhos dele estavam vermelhos. -Eu não quero que aquilo se repita.

—E não vai, pai.- o abracei com mais forças. Ficamos alguns minutos ali, até nos acalmarmos.

—Certo.- ele suspirou. -Eu vou ver o que posso fazer, tudo bem?

—Ah! Obrigado, pai.- o beijei na bochecha. -Vou indo. Boa noite.- saí mandando beijinhos a ele.

Subi o outro lance de escadas e cheguei ao meu quarto. Ouvi o barulho do chuveiro sendo desligado. Me sentei na cama, olhando a aliança em minha mão direita. Eu havia passado a maior parte do dia fazendo isso. Era surreal, inacreditável. Ouvi passos na direção do quarto. Olhei para cima, vendo o meu ruivo apenas com uma bermuda, secando seus cabelos.

—É bom ver que gostou.- ele sorria. Me levantei, indo até ele.

—Gosto mesmo de quem me deu.- sorri, me apoiando em seu peitoral. -Na realidade, o amo.

—Então ele é sortudo, com certeza.- me abraçou pela cintura. -E, sem dúvida alguma, ama a pessoa que tem esse anel em mãos.- levantou minha mão direita. Sorri mais ainda.

Ele me levantou do chão, me puxando para um beijo. Correspondi de imediato. O beijo foi se tornando intenso, uma batalha de línguas era travada. Senti que as coisas começaram a esquentar demais. Cortei o beijo, me separando dele. Castiel me olhou confuso.

—Não, ruivo.- falei. -Minha mãe recomendou uma boa noite de sono. Sem sexo.

—Mas...- tapei a boca dele com o indicador.

—Se nós continuarmos,-desci meu indicador pelo pescoço dele. -eu, sem dúvidas, vou fazer sons obscenos em um tom extremamente alto.- ele riu. -E não vou ter onde pôr minha cara amanhã. Então... Vamos só dormir.- dei um selinho nele, depois indo na direção do banheiro.

Tomei um banho rápido, escovei os dentes e coloquei o primeiro pijama que encontrei. Voltei ao quarto e Castiel estava deitado na cama, embaixo do edredom, mexendo no celular. Me joguei na cama, me cobrindo em seguida e abraçando ele. Ele colocou o celular na mesinha de cabeceira, ao lado do meu. Beijou minha testa e murmurou um boa noite. Fechei os olhos por um momento, tentando dormir. Mas eu não conseguia. O calor do corpo dele me chamava. Em um movimento rápido, eu estava em cima dele, sentada. Ele abriu os olhos.

—Pensei que quisesse só dormir.- falou, me olhando. Mordi meu lábio inferior.

—Mudei de ideia.-respondi. Ele negou com a cabeça, sorrindo. Em seguida me jogou na cama, ficando por cima e me dando um beijo extremamente selvagem.

Mais uma vez, me entregava por completo àquele ruivo, que eu amava tanto e sabia que era correspondida.

POV’s Angely OFF

POV’s Castiel ON

Eu estava sentado na cadeira da maquiadora, com uma cara de bunda. A baixinha estava parada, rindo de mim. Depois da noite de ontem e do vergonhoso café-da-manhã, em que todos nos olhavam com malícia, era incrível como ela esqueceu-se da vergonha tão rápido, apenas para rir de mim.

—Eu só não entendo o por quê de eu ter que usar maquiagem.- resmunguei.

—É apenas base, Cast.- minha loira chegou perto de mim. Ela estava com uma maquiagem simples, apenas o batom vermelho se destacava. Ela usava um roupão por cima da roupa que a mãe dela havia escolhido. Seus cabelos loiros estavam lisos. -Nem vai dar para ver que você usou, e depois é só lavar o rosto.- sorriu. Suspirando, fechei meus olhos deixando a maquiadora continuar seu serviço. Quando ela acabou, me olhei no espelho. Certo, estava natural, isso é bom. Me levantei e eu e a baixinha seguimos para a sala onde seria gravado o comercial e feita a sessão de fotos.

Quando entramos, tinha tanta quinquilharia que me assustei. A mãe de Angel veio até nós.

—Ainda bem que chegaram. Estamos prontos.- ela falou. -Pois bem, vou explicar como vai funcionar.- começou. Nos guiou até o centro, na frente das câmeras. A baixinha retirou o roupão. Ela usava um jeans azul e um sutiã preto, sem detalhes. Eu também usava um jeans azul e estava sem camisa. Ambos estávamos descalços. -Bom, como podem ver, escolhi que vocês não usariam muitas vestimentas. Isso é para realçar a naturalidade.- explicou. -E também vai combinar com o nome da fragrância.

—Qual o nome?- a baixinha perguntou.

Bodies*— disse. -Sendo mais direta, a propaganda exige o pico da sensualidade e da química de um casal apaixonado.- ela viajou em seus devaneios um pouco.

—Tudo bem, mãe.- a baixinha estalou os dedos na frente dos olhos da japonesa, a tirando de seus devaneios.

—Pois bem.- piscou algumas vezes. -Vamos começar. Primeiro as fotos, depois o comercial.

—Preparado?- ela me indagou.

—Não, mas vamos lá.- respondi e ela sorriu.

—_//__

—Não sei se consigo ficar nessa posição por muito tempo.- sussurrei ao pé do ouvido dela.

—Aguenta mais um pouco.- me respondeu.

—Ok. Castiel, desça mais a mão.- obedeci. -E Angel, se encoste mais nele.- ela o fez. -Certo. Castiel, finja que vai morder o pescoço dela e deixe a boca aberta. Angel, olhe para mim.- nos posicionamos. O flash iluminou a sala. -Perfeito. Esse foi o último. Encerramos aqui.- eu e minha loira suspiramos juntos.

—Até para alguém que nunca fez isso, você se saiu bem.- ela comentou. Sorri.

—São meus talentos ocultos.- respondi e ela gargalhou.

—Ok, casal.- a mãe dela nos chamou. -Já mandei as gravações para serem editadas. Eles me deram um prazo de entrega de dois dias. Assim que eu receber o arquivo, eu mostro a vocês.- acenamos com a cabeça.

—Jason!- minha loira chamou o irmão. -Já volto.- me deu um selinho e correu até o irmão.

—Bom trabalho, rapaz.- uma voz masculina ecoou atrás de mim. Me virei e encontrei Stefan Mccullen.

—Obrigado, senhor.- respondi.

—Minha filha realmente o ama.- ele olhou para a loira. Fiz o mesmo ela mostrava algo ao irmão, que concordava a todo momento. - Lhe ama tanto que me fez fazer algo por você e sua banda.

—Quê?- me virei, olhando-o.

—Vocês vão se apresentar no evento do Friday Night Bar, que reúne novos talentos para que consigam empresários.- explicou. - Será na sexta-feira que vem.

—Você não ‘tá brincando, né?- eu estava incrédulo. Ele negou com a cabeça.

—Não agradeça a mim, e sim a ela.- apontou com a cabeça a própria filha. -Ideia total e exclusivamente dela.- deu tapinhas no meu ombro. -Nos vemos, rapaz.- se retirou dali, indo na direção da esposa.

Eu estava meio que em choque. Era uma chance em um milhão.

—Cast... Tudo bem?- Angel se aproximou de mim. Olhei-a sério. -O que houve?- não respondi. Apenas a puxei para um beijo. Ela se assustou um pouco, mas correspondeu. Nos separamos devido à falta de ar.

—Obrigado! Ah, muito obrigado.- falei baixo, perto do rosto corado dela. -Eu te amo.

—É, eu sei. - ela devia de ter ligado os pontos. -Eu sou incrível.- jogou os cabelos para o lado. Revirei os olhos, ainda sorrindo.

—Eu tenho que contar aos outros.- falei.

—Vai lá.- me deu um selinho. - Eu te amo.- sorri.

Beijei a testa dela e depois saí à procura dos outros.

POV’s Castiel OFF


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Notas finais do capítulo

* Bodies --> Corpos.

Oouunt! Que fofo, não? É viadeza pakarai! Sem Or!

Espero que tenham gostado, amorecos. Nos vemos.