Give Your Heart a Break escrita por StrangeDemigod


Capítulo 24
Twenty Three


Notas iniciais do capítulo

Hey, hey, hey!
Depois do final emocionante do último capítulo, preparei esse pra deixar as coisas mais descontraídas e românticas.
Espero que gostem. Boa leitura.



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“(...)E agora eu estou apaixonada por você...

Eu sei que não deveria, mas eu simplesmente não consigo parar

Apaixonada por você!

Não consigo segurar por mais tempo(...)”

~Falling For Ya - Grace Phipps

Abri meus olhos devagar para não me cegar com a luz e encarei os dois seres ali parados.

—Oi Mãe. Oi Pai.

—Você trate de..._meu pai começou.

—Se explicar, agora._e minha mãe terminou.

Ah! Como é bom reunir a família!

—Ruivo, cala a boca..._a baixinha resmungou, tapando a minha boca. Meus pais nos olhavam. Minha mãe com as mãos na cintura e meu pai com os braços cruzados.

—Am... Baixinha... Acho melhor você acordar._cutuquei as costelas dela.

—E por quê?_perguntou, ainda de olhos fechados.

—Meus pais estão parados bem na nossa frente._falei e ela abriu os olhos quase que de imediato. Se levantou de cima de mim e ficou em pé, quase tropeçando num caderno meu. Meu pai quase cai na risada e minha mãe ergueu as sobrancelhas.

—Er... Olá Sr. e Sra. Collins! É um imenso prazer conhecê-los._sorriu, indo para trás, devagar._Só estou de passagem, mas, apenas por educação, aceitam uma água, café, chá, suco, refrigerante ou algum aperitivo?

—Eu aceito um café, obrigado._meu pai falou, se sentando na poltrona.

—Café, ok._anotou mentalmente._E você Sra. Collins?

—Aceito um chá._minha mãe desviou o olhar de mim para sorrir à baixinha.

—Certo. Er... Você tem chá aqui?_me perguntou. Neguei com a cabeça.

—Não tem importância, posso beber café._minha mãe fez sinal de indiferença.

—Não se preocupe, eu busco uma caixinha na minha casa. Camomila?_ a baixinha perguntou, colocando as sandálias. Minha mãe assentiu. A morena recolheu os cadernos e guardou os dela na mochila. Os meus ela colocou em cima do balcão, com o estojo em cima.

—Mas não precisa se incomodar._minha mãe falou.

—Não é incômodo. Afinal, são cinco da tarde. É hora do chá._riu abafado._Além disso, moro bem pertinho daqui._colocou a mochila no ombro e pegou a chave em mãos._Me dêem licença um minutinho._e saiu. Não demorou e foi possível ouvir a porta do outro lado do corredor ser fechada.

—É. Ela mora bem perto mesmo._meu pai comentou.

—O que estão fazendo aqui?_perguntei.

—Bom... O meu filho sofreu um acidente. Eu, como mãe, tenho que me preocupar._ela revirou os olhos.

—‘Tô vivo, ‘tô bem. Agora, podem voltar para os seus aviões._falei, me encostando no sofá.

—Por quê voltar agora? Sua namorada vai nos trazer um lanchinho._meu pai falou, cruzando as pernas. “Eles estão achando que a baixinha é minha namorada...”—pensei

—Exatamente._minha mãe me olhou desafiadora. Foi nesse momento em que a porta se abriu.

—Voltei._falou para nós, sorrindo, e saiu andando, discutindo com alguém no telefone. Em italiano e japonês(?)._Não, vovô! Angelina Jolie é aquela da boca grande. Não nesse sentido, vovó! Decida em qual língua falar! Japonês e italiano são idiomas distintos!—e entrou na cozinha._Por que vocês resolveram discutir isso agora?— deu uma pausa._Não foi minha culpa! Vocês me chamaram pelo nome errado.

—Ela é bem interessante._minha mãe comentou.

—Concordo._meu pai riu. Revirei os olhos.

Já que vocês não vão se resolver, vou começar a conversar em espanhol!—ela exclamou, lá na cozinha._ Podem parar agora! Peçam desculpas! Sem discussões, ok?—ela suspirou._Ótimo. Tenho que desligar. Te amo, vovô! Te amo, vovó!—encerrou a chamada. Os olhares lascivos deles em mim já estavam incomodando. _Pronto._ela chegou na sala, carregando uma bandeja com três xícaras-e três pratos do tamanho das xícaras-, dois bules, um pote pequeno com açúcar,uma latinha de refrigerante e uma vasilha com biscoitos amanteigados. Colocou na mesinha de centro. Saiu rapidamente da sala e foi ao meu quarto. Voltou com uma camiseta e me entregou.

—O que é isso?_perguntei.

—Uma camiseta, oras._revirou os olhos, colocando café numa das xícaras e chá nas outras duas._Açúcar?_perguntou ao meu pai.

—Duas colheres._falou, calmamente.

—É, disso eu sei. Mas pra quê?_indaguei.

—Pra você colocar._falou, entregando a xícara ao meu pai, que agradeceu._Açúcar?_dessa vez, perguntou à minha mãe, que nos observava.

—Só uma colher._respondeu.

—E por quê eu tenho que colocar uma camiseta? Estou na minha casa._falei, a provocando. Ela entregou a xícara à minha mãe.

—Você tem educação._mexeu a colher dentro da própria xícara._Vai colocar a camiseta, sem questionar mais._segurou meu queixo e me fez olhá-la._E, se você questionar, sabe o que eu vou fazer._o seu tom era cortante. O olhar dela dizia tudo. Coloquei a droga da camiseta._Viu, nem doeu._falou, me dando um beijo na bochecha. Me entregou a latinha de refrigerante.

—E como você sabia que eu não ia querer café, ou até mesmo chá?_perguntei. Ela bateu levemente a colher na borda da xícara.

—Porque você só toma o Frapuccino de baunilha com caramelo do Starbucks._respondeu, bebendo um gole do chá. Sorriu de canto pra mim. Bebi um gole do refrigerante.

—Então querida, qual seu nome?_minha mãe perguntou.

—Debby. Debby Williams._sorriu._ E é finalmente bom conhecê-los, Sr. e Sra. Collins.

—Não precisa de formalidades. Só Valérie está bom._minha mãe falou.

—Então, estão namorando há quanto tempo?_meu pai perguntou e a baixinha quase se engasgou.

—Faz pouco tempo. Três semanas, eu acho._falei. Ela me olhou com a sobrancelha erguida, como se perguntasse “Sério isso?”. Lhe lancei um olhar de “Depois conversamos.”

—Sim, é algo recente._sorriu, colocando a xícara na bandeja.

—E quando pretendia nos contar, filho?_minha mãe me olhou.

—Quando pudesse._dei de ombros.

—Certo. Valérie, querida, não vai contar pra eles o outro motivo de termos vindo aqui?_meu pai perguntou para ela.

—Ah, sim._minha mãe fez como a baixinha, colocou a xícara na bandeja._Viemos para convidá-los para a confraternização da empresa. Permitiram aos funcionários o direito de levar seus filhos. Bom, e no caso, as namoradas ou namorados.

—Mas que maravilha!/ Uma péssima ideia._eu e a baixinha falamos juntos.

—Castiel!_ela exclamou.

—O quê?!_indaguei confuso.

—Nem venha com essa. Eu já sei o que você vai dizer._ela falou.

—Ótimo! Então não precisa argumentar._cruzei os braços._Nós não vamos.

—Sim, nós vamos._ela me contradisse.

—Você não pode me obrigar._falei.

—É. Não posso._deu de ombros e se levantou, ficando a minha frente._Mas eu posso usar os critérios que tenho ao meu favor.

—Critérios? Que critérios?_perguntei, arqueando a sobrancelha.

—Você me deve._falou simplesmente. Franzi o cenho._Concordei em cantar no pedido de casamento e você ficou me devendo. Eu sei que você se lembra. Até porque depois de fazermos o acordo aconteceu uma coisa que não gosto de lembrar._ela desviou o olhar e suas bochechas coraram.

—Está falando do fla..._ela me cortou, tapando a minha boca.

—Viu, você se lembra._tirou a mão da minha boca. Revirei os olhos._Vai colaborar ou vou ter que fazer aquilo?_colocou as mãos na cintura, inclinando o quadril pra direita. Aquilo... Ela não ‘tá falando de... Olhei-a e ela assentiu, sabendo o que eu me perguntava.

—Tsc, tudo bem._falei. Ela sorriu e bateu palminhas.

—Foi ótimo fazer negócio com você._deu uma piscadela e recolheu a bandeja. Minha mãe a seguiu até a cozinha. Depois de um tempo, pude ouvi-las conversando.

—Ela é uma boa moça._meu pai comentou.

—É._falei, dando de ombros e sorrindo.

—Você a ama?_perguntou. Suspirei. Eu estava apaixonado, mas isso era amor?

—Eu não sei..._respondi, francamente.

—O que ela significa pra você?_Ótimo. Jean-Louis Collins. Piloto de avião e, nas horas vagas, psicólogo.

—Muito. Acho que eu nunca encontraria alguém como ela._suspirei.

—Sacrificaria tudo por ela?_indagou. Pensei no modo em como ela estava frágil em meus braços na noite passada.

—Sim, sem pensar duas vezes._ele sorriu.

—É. Você a ama._ele disse._Espero que namorem por um bom tempo. Acho que não tem mais ninguém que te mantém nas rédeas como ela. Nem sua mãe está conseguindo._fez piada._Bom, você vai precisar de um terno. Vai ser um baile de gala._ele mudou de assunto.

—Já tenho um._falei._Comprei com ela, quando participamos do pedido de casamento.

—De quem?_ele questionou.

—Do Dr. Rogers._respondi e ele riu.

—Até que enfim!_sorriu._E como Matthew escolheu ela pra cantar com você?

—Debby é sobrinha da Dianna, noiva dele._expliquei.

—Certo._falou e nesse momento minha mãe saiu da cozinha e entrou na sala.

—Vamos?_perguntou ao meu pai. Ele assentiu._Ah, filho. A festa é na sexta que vem. Acho que até lá, você já vai estar andando normalmente.

—Sim._concordei.

A baixinha saiu da cozinha e veio até a sala. Minha mãe me abraçou e me deu um beijo na testa. Troquei um aperto de mão com meu pai. Minha mãe passou perto da baixinha e lhe deu um abraço apertado. Meu pai sorriu pra ela e os dois saíram.

Soltei o ar que nem percebi que estava prendendo. Abri os olhou e vi que a baixinha estava na minha frente. Ah, acho que ainda não acabou.

POV’s Castiel OFF

POV’s Angel ON

Ok, vamos voltar um pouco.

“Eu tirei a bandeja da sala e fui para a cozinha. A mãe do Castiel me seguiu. Coloquei a bandeja em cima da pia e comecei a lavar as xícaras.

—Quais suas intenções com o meu filho?_perguntou. Sorri. É, o gênio forte vem dela.

—As melhores._respondi.

—O ama?_continuou.

—Mais do que já amei qualquer outra pessoa._suspirei, me virando.

—Está sendo totalmente sincera?_sua expressão era impassível.

—Cem por cento._falei. Ela sorriu.

—Ótimo. Espero que fiquem juntos. Você aparenta ser melhor do que a última namorada dele._falou. Ela me puxou para um abraço._Obrigada. Ele está mudado. Você faz bem pra ele._apenas sorri em resposta. Ela me soltou._A respeito da festa, vai ser um baile de gala. Sabe o que significa, não é?

—Sim. Apenas vestidos longos._falei.

—É. Tem algum?_me olhou.

—Sei onde arranjar._respondi, pensando numa albina e num azulado.

—Perfeito!_bateu palminhas. Olhou no seu relógio de pulso e ergueu as sobrancelhas._Bom já está na minha hora. Foi bom te conhecer, Debby.

—A você também, Valérie._ela sorriu e foi até a sala.”

—Que história é essa de namorada?!_exclamei, meio alterada.

—Eles nos encontraram abraçados, dormindo no sofá._deu de ombros._Se fosse eu no lugar deles, pensaria a mesma coisa.

—Mas por que não disse a verdade?_cruzei os braços.

—Bom, eu até ia dizer... Mas minha mãe anda muito obcecada em achar alguém pra mim._falou e eu quase ri._ Ela acha que vou morrer sozinho. Pelo menos agora ela para de me encher o saco.

—Então você quer que eu simplesmente finja ser sua namorada?_indaguei.

—Só até eles irem embora._respondeu._Eles vão demorar pra voltar. Viajam muito. Então, quando voltarem, vou dizer que terminamos e fim de papo._aquela última frase me deu uma pontada no coração.

—E o que eu ganho com isso?_arqueei as sobrancelhas.

—Qual é, vai comer de graça na festa!_falou e eu ri.

—Você ainda me deve um favor._falei.

—Por quê? Pensei que eu já tivesse quitado ele quando disse que iria à festa._me olhou confuso.

—Não, esse é outro. Por eu ficar quieta e não contar a eles a verdade._me sentei no sofá.

—Ok._ele concordou com a cabeça.

—Certo, namorado._sorri._Você sabe que vamos ter que agir como um casal apaixonado, não?

—Sei._ele sorriu, me olhando.

—E fazer coisas que casais fazem, como segurar a mão um do outro..._eu segurei a mão dele._Se abraçar..._ele me puxou pro seu colo e eu passei os braços em torno do pescoço dele._Trocar olhares cúmplices..._observei-o._E se beijar.

—Então não teremos problema nenhum._passou os braços em torno da minha cintura._Nós já fazemos isso._e me beijou. Sorri e retribuí.

—_//__

—É maravilhoso! Estou com uma pontada de inveja desse vestido!_Valérie exclamou.

Era sexta feira. A sexta feira da festa.

No sábado após a visita dos pais de Castiel, liguei pra Rosalya e Alexy e pedi a eles que fizessem um vestido pra mim. Ficaram surpresos e aceitaram na hora. Demorou dois dias pro desenho do modelo ficar pronto. Depois foram atrás do tecido. Tiraram minhas medidas e ficaram o resto da semana costurando ele. Apenas hoje ele ficou pronto.

—Que isso, o seu é bem mais lindo do que o meu._eu estava com as bochechas coradas._Mas tem certeza que está bom?_ dei uma voltinha.

—Está linda._segurou nos meus ombros._Castiel vai babar._ambas rimos.

—Pois estão, vamos nos preparar!_falei animada.

Nossos cabelos estavam cheios de bob’s. Já estávamos vestidas e as unhas feitas. Faltava fazer a maquiagem e terminar os penteados. Pedi para ela se sentar na cadeira para eu terminar o seu cabelo e depois fazer a sua maquiagem. Depois de alguns minutos, voilà, ela estava pronta. Valérie repetiu o mesmo processo em mim, só que ao inverso. Começou pelos cabelos e depois foi para a maquiagem.

—Hora de ver o resultado final._ela disse, terminando de colocar sua sandália. Assenti, sorrindo.

Fomos ao closet do meu quarto e quando me vi no espelho, quase não me reconheci.

Mas antes de falar de mim, vamos falar da mãe do meu “namorado”. Ela usava um vestido azul escuro, todo preenchido por lantejoulas, com alças grossas e decote em V. Sapatos e acessórios prateados. Os cabelos vermelhos presos no meio, com uma cascata de cachos caindo nas suas costas. Fiz uma maquiagem prateada com um esfumaçado em preto, com delineado. Um pouco de blush nas bochechas e um batom rosa-avermelhado.

—Você está tão perfeita._comentei.

—Eu? Olha pra você._ela apontou pra mim e eu me analisei o espelho.

Meu vestido era preto. Tomara que caia, com um decote em V. Era justo até o meio de minhas coxas, delineando minhas curvas. Depois daí, a saia era aberta e pregada. Meus sapatos eram da mesma cor do vestido e os acessórios eram prateados. Valérie tinha prendido o meu cabelo em um coque, com os fios trançados em forma de espinha de peixe na parte de trás da cabeça e na parte da frente deixou minha franja solta. Quanto a maquiagem, ela deixou meus olhos apenas com o delineado evidente, chamando atenção par a minha boca, que estava pintada com um batom vermelho matte.

—É, não estou nada mal._falei. Ela deu uma risada.

—Eles já estão lá em baixo nos esperando._ela disse, guardando o celular na bolsinha de mão prateada.

—_//__

—Olá bela dama. Por um acaso você não viu minha esposa por aí?_Jean-Louis brincou com Valérie quando chegamos na calçada. Eu ri quando ela bateu nele com a bolsa.

­_É, até que você está bonita._o ruivo comentou e eu o observei. O terno que eu havia comprado com ele estava perfeitamente alinhado, só que ele não estava com um nó na gravata borboleta que a mãe dele tinha arranjado. Os cabelos estavam penteados para trás, como no dia em que cantamos no Jolie Mason.

—Eu não ‘tô bonita, meu amor. Eu ‘tô perfeita. Maravilhosa. Uma diva._falei, indo até ele.

—E com um ego daqueles._ele sorriu e me puxou pela cintura._Hm... Eu gostei do vestido._ele passou as mãos devagar pelas laterais no meu corpo.

—Seus pais estão logo ali, ruivo safado._sorri.

—Eu acho que eles já viram a placa enorme sobre a minha cabeça, com um “Não ligo se vocês estão aqui”.—falou e eu revirei os olhos, batendo na sua testa.

—Por que não fez o nó na gravata?_indaguei.

—Porque eu não sei._deu de ombros._E mesmo se soubesse, não o faria, porque ficaria melhor se você o fizesse.

—Ount, que fofinho._apertei a bochecha dele._ Mas não vai me conquistar com declarações envolvendo nós de gravatas._falei e ele estalou a língua._Vou te ensinar só uma vez._ergui a gola da camisa dele e arrumei a gravata._Pronto.

—Obrigado, gatinha._revirei os olhos. Até que ele me apertou. No traseiro. Levei um susto.

—Castiel!_o repreendi com o olhar. Ele me olhou, se fazendo de inocente.

—Está tudo bem aí?_Valérie perguntou.

—Sim, mãe. Tudo na mais perfeita ordem._ele falou.

—Então vamos._Jean abriu a porta para Valérie e eu e Castiel fomos até o carro.

—_//__

—Ah! Valérie! Jean-Louis!_um homem meio baixinho exclamou, se aproximando da mesa onde estávamos sentados.

O local era lindo. Grande e com candelabros no teto. Tinha um palco com uma banda e, do lado, um DJ. Acho que era para mais tarde... Enfim, tinha mesas para todos os lados. Num canto, tinha uma mesa com frios e do lado oposto, tinha um pequeno bar. Coisas cheias de frescuras. Exatamente. Convivo com isso há anos e sempre tive esse pensamento.

—Sr. Jacques._os pais do Castiel cumprimentaram o homem.

—Aproveitando a festa, não é?_ele deu uma risada._Ah, esse deve de ser o seu filho.

—Que ótimo. Esse velho nem se lembra de mim._Castiel resmungou, levantando-se e apertando a mão do homem baixinho.

—E essa bela jovem, quem é?_ele indagou aos mais velhos.

—Debby, namorada do Castiel._Valérie respondeu. Me levantei para cumprimentá-lo. Porém, ele agarrou o meu pulso e beijou o peito de minha mão.

—Prazer em conhecê-la, senhorita._falou ele, olhando o meu decote.

—Igualmente._soltei um sorriso forçado, recolhendo a mão. Castiel passou o braço em torno da minha cintura, me abraçando de lado, possessivamente. Todos sentamos. O homem começou a papear com o Sr. e a Sra. Collins.

—Percebi que não usam anéis de compromisso._o homem comentou, apontando para o próprio dedo anelar. Eu e Castiel nos entreolhamos._Que tipo de casal são se não os têm?

—Do tipo que não precisa de um pedaço de metal para provar que existe algo entre os dois. Nem tudo são bens materiais._o ruivo respondeu. Sorri e beijei sua bochecha.

—Poetizou._sussurrei em seu ouvido._Mas acho que já ouvi a última frase em algum lugar._ambos gargalhamos, com os olhares confusos sobre nós.

—Senhor Jacques! Senhor Jacques!_alguém praticamente gritava no salão, chamando pelo homem.

—Pare de gritar, Miguel e fale logo._mandou ao garçom magricela.

—Eles não poderão vir._falou e eu juro que ele ficou branco quando Sr. Jacques levantou da cadeira.

—E disseram por quê?_o baixinho gorducho perguntou calmamente.

—Apenas disseram : “Cachê maior.”._e Sr. Jacques ficou vermelho de raiva.

—Sei que não é da nossa conta, mas o que ocorreu Sr. Jacques?_o pai do Castiel perguntou cautelosamente.

—Eu havia contratado um casal para cantar hoje. E era apenas uma única música._ele estava a ponto de explodir._Mas eles resolveram recusar.

A mãe do Castiel nos olhou e eu vi o que se passou dentro dos olhos dela. Neguei freneticamente com a cabeça. Valérie me olhou com súplica. Troquei olhares com o ruivo ao meu lado. Arqueei as sobrancelhas. Ele me olhou, soltou um suspiro e estalou a língua. Voltei meu olhar para Valérie e assenti.

—Sr. Jacques, posso sugerir alguém?_ela perguntou.

—Quem?_ele a olhou.

—Aqueles dois ali._apontou para nós.

—Eles?_olhou com dúvida.

—Se não quiser, quem agradece sou eu._o ruivo falou e eu bati na sua coxa.

—Não, não é isso... Mas como pode garantir que são bons?_ele perguntou à ruiva.

—Deixe-os mostrar._ela respondeu, simplesmente. Ele suspirou e assentiu.

—Ótimo, vou montar um serviço. Quem sabe assim eu ganho dinheiro._Castiel resmungou, se levantando.

Neguei com a cabeça, sorrindo. O baixinho nos levou até o palco e nos apresentou à banda. Perguntou que música iríamos cantar. Sorri e sussurrei o nome ao ruivo. Ele concordou. Pegou um microfone e se sentou na borda do palco. Peguei um microfone pra mim e o testei. As pessoas do salão me olharam.

—Boa noite._sorri._Pegue o seu parceiro ou parceira. Chame aquela garota que você estava paquerando desde o início da festa. Ou até mesmo a garota deva chamar aquele que estava paquerando._ouvi gargalhadas._Vamos animar isso aqui._a melodia ecoou e eu comecei.

I found myself dreamin’ / (Me peguei sonhando)

In silver and gold / (Em prata e ouro)

Like a scene from a movie / (Como numa cena de um filme)

That every broken heart knows / (Que todo coração partido conhece)

Sorri mais uma vez. Casais se aproximavam da pista e começavam a dançar.

We were walking on moonlight / (Nós andávamos a luz do luar)

And you pulled me close / (E você me puxou para mais perto)

Split second and you disappeared / (Em um segundo você desapareceu)

And then I was all alone / (E eu estava sozinha)

Olhei para a mesa onde estavam os pais do ruivo e eles tinham uma expressão de choque momentâneo.

I woke up in tears / (Acordei chorando)

With you by my side / (Com você ao meu lado)

A breath of relief / (Suspirei aliviada)

And I realized / (Quando percebi)

No, we're not promised tomorrow / (Não, não nos é prometido o amanhã)

Fechei os olhos e cantei o refrão.

So I'm gonna love you / (Então, eu vou te amar)

Like I'm gonna lose you / (Como se eu fosse te perder)

I'm gonna hold you / (Vou te abraçar)

Like I'm saying goodbye / (Como se estivesse dizendo adeus)

Wherever we're standing / (Aonde quer que a gente esteja)

I won't take you for granted / (Vou te dar valor)

'Cause we'll never know when / (Pois nunca sabemos quando)

When we'll run out of time / (Quando o nosso tempo vai esgotar)

So I'm gonna love you / (Por isso vou te amar)

Like I'm gonna lose you / (Como se eu fosse te perder)

I'm gonna love you / (Vou te amar)

Like I'm gonna lose you / (Como se fosse te perder)

Pude ouvir Castiel começar a cantar. Abri meus olhos.

In the blink of an eye / (Num piscar de olhos)

Just a whisper of smoke / (Como numa fumaça)

You could lose everything / (Você pode perder tudo)

The truth is you never know / (A verdade é que você nunca sabe)

Fui até ele e lhe estendi a mão para levantar. Ele sorriu e aceitou.

So I'll kiss you longer baby / (Então, eu vou te beijar por mais tempo, amor)

Any chance that I get / (Qualquer oportunidade que eu conseguir)

I'll make the most of the minutes and love with no regrets / (Aproveitarei os minutos e vou amar sem arrependimentos)

Continuou sua parte e eu o acompanhava, algumas vezes.

So let's take our time / (Então vamos aproveitar o nosso momento)

To say what we want (Say what we want) / (Para falar o que quisermos (Falar o que quisermos)

Use what we got / (Usar o que nós temos)

Before it's all gone (All gone) / (Antes que tudo acabe (Tudo acabe)

‘Cause no, we're not promised tomorrow / (Porque não, não nos é prometido o amanhã)

Começamos a cantar o refrão juntos.

So I'm gonna love you / (Então, eu vou te amar)

Like I'm gonna lose you (Lose you) / (Como se eu fosse te perder (Te perder)

I'm gonna hold you (Hey!) / (Vou te abraçar)

Like I'm saying goodbye / (Como se estivesse dizendo adeus)

Wherever we're standing (Yeah) / (Aonde quer que a gente esteja)

I won't take you for granted / (Vou te dar valor)

'Cause we'll never know when / (Pois nunca sabemos quando)

When we'll run out of time / (Quando o nosso tempo vai esgotar)

So I'm gonna love you (I’m gonna love you) / (Por isso vou te amar (Vou te amar)

Like I'm gonna lose you (Like I'm gonna lose you) / (Como se eu fosse te perder)

I'm gonna love you / (Vou te amar)

Like I'm gonna lose you / (Como se fosse te perder)

Apenas o instrumental era ouvido. Ele me puxou pela cintura e dançou comigo. Me girou uma, duas, três vezes e me abraçou, antes de voltarmos a cantar.

I'm gonna love you (Oh!) / (Eu vou te amar)

Eu o olhei no fundo os olhos.

Like I'm gonna lose you (Like I’m gonna lose you)/ (Como se eu fosse te perder)

Ele retribuiu o olhar.

I'm gonna hold you / (Vou te abraçar)

Apertamos mais o abraço em que estávamos envolvidos.

Like I'm saying goodbye / (Como se estivesse dizendo adeus)

Aumentei a nota.

Wherever we're standing / (Aonde quer que a gente esteja)

I won't take you for granted / (Vou te dar valor)

'Cause we'll never know when / (Pois nunca sabemos quando)

When we'll run out of time / (Quando o nosso tempo vai esgotar)

Colamos nossas testas e fechamos os olhos.

So I'm gonna love you (I'm gonna love you) / (Por isso vou te amar (Vou te amar)

Like I’m gonna lose you (Like I'm gonna lose you)/ (Como se eu fosse te perder)

I'm gonna love you / (Vou te amar)

Like I'm gonna lose you / (Como se fosse te perder)

Palmas e gritos foram ouvidos. Sorri pra ele e ele retribuiu.

—Seria loucura se eu te beijasse agora?_ele perguntou.

—Desde quando você pergunta antes de fazer alguma loucura?_arqueei a sobrancelha.

—É. Tem razão._colocou um dos braços em volta da minha cintura e me puxou pela nuca com a mão livre. Colou nossos lábios e eu passei ambos os braços em torno do seu pescoço. Eu me esqueci completamente onde estava quando ele pediu passagem e eu retribuí. Mais gritos e assobios foram ouvidos. Quebrei o beijo, buscando por ar.

—Insano._murmurei, corada. Ele gargalhou e saímos do palco.

—Ok, me disseram que você cantava. Mas, uou, não disseram nada sobre você cantar daquele jeito. Foi incrível!_Valérie me puxou e me abraçou.

—Obrigado._sorri, retribuindo ao abraço.

—Muito bem, pessoal. É agora que a festa se inicia realmente._O DJ falou e as luzes do salão apagaram.

O som de Kamikaze ecoou e várias pessoas se aglomeraram na pista à frente do DJ. Não tive tempo para raciocinar, a mãe de Castiel me puxou para o aglomerado. E começamos a dançar feito malucas.

Aquela noite só estava começando.

POV’s Angel OFF


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Notas finais do capítulo

Link ‘Like I’m Gonna Lose You’:https://www.youtube.com/watch?v=2-MBfn8XjIU

Roupa Angely:http://www.polyvore.com/formal/set?id=150669849

Bom, gostaram? Eu espero que sim.
Acreditem, nessa história não quero exagerar no romance. Eu quase vomitei assistindo Romeu e Julieta!
“Romeu... Oh, Romeu! Diga que me amas e não serei mais uma Capuleto!”~Julieta.
Porra! Já saiu se casando... Ah! Depois dessa, vou até embora.
Kissus, ~StrangeDemigod.