Give Your Heart a Break escrita por StrangeDemigod


Capítulo 15
Fourteen


Notas iniciais do capítulo

Hey, people!
Aproveitando as minhas férias, vou postar com mais frequência, yupi!!
Enfim, trouxe aqui mais um capítulo. Nele, vamos conhecer um pouquinho -bem pouco mesmo-do nosso ‘querido’ Dake, kkkk’s.
P.S: Apesar de no jogo ele ter 23, na minha fic ele tem 21 porque... Por que eu quero e foda-se essa budega!
P.S.S: Ignorem essa foto dele, que 'tá suuper sedutora ¬¬
Sem mais delongas, o capítulo.



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“Você pode ter passado por muitas coisas angustiantes...

Você pode tê-las superado - ou, pelo menos, achar isso -...

Mas suas escolhas do passado...

Serão lembradas no futuro...

O seu passado sempre lhe atormentará, cara Angely.

Eu lhe garanto isso.”

~Dakota Stuart

POV’s Autora

Penitenciária Estadual de San Quentin, Califórnia. 17h - Terça-feira.

Um loiro caminhava por um dos extensos corredores daquela penitenciária, a fim de chegar até o local onde encontraria seu sobrinho. Ao chegar à porta de entrada, identificou-se e os guardas abriram a porta. Dirigiu-se até uma das cadeiras e sentou-se. Não demorou muito para que o motivo de sua visita chegasse e se sentasse à frente dele, do outro lado do vidro.

—As cartas demoraram tanto assim a chegar, tio Boris?_o prisioneiro, com o telefone na orelha, falou com um sorriso sacana em seus lábios.

—Sabe que eu tenho um emprego, Dakota._Boris disse. O mais novo riu.

Dakota Stuart ou simplesmente Dake. 21 anos de idade. Loiro, olhos verdes, 1,81 de altura, pele bronzeada, corpo escultural e uma tatuagem tribal em seu braço esquerdo, outra no peitoral do mesmo lado, na região do abdômen e no pulso esquerdo. Preso aos 18 por tentativa de homicídio, estupro e cárcere privado. Julgado e sentenciado a prisão perpétua, pois foi considerado um criminoso extremamente perigoso.

—Um empreguinho de merda, devo dizer._Dakota revirou os olhos.

—Vivemos com o que podemos._Boris falou._E se eu não trabalhasse nisso, não descobriria onde ela está...

—O que está dizendo?_o mais novo franziu o cenho.

—Ela está na França, estudando na escola onde dou aula. Pintou o cabelo de preto, fez umas tatuagens, mas continua a mesma gosto..._Boris interrompeu sua fala ao ver o olhar fulminante que seu sobrinho lhe lançava.

—Você deveria medir suas palavras, titio._falou sarcasticamente._Enfim, eu lhe mandei outra carta, mas esta você deve entregar a ela. Diga que é um presentinho do amor da vida dela._ele sorriu._E que logo vou me juntar a ela.

—Você está pretendendo fugir?_Boris sussurrou, olhando para os lados._É impossível!

—Não se você me ajudar..._Dakota disse._Nessa mesma carta tem um outro papel, onde está tudo o que você deve fazer. É só você seguir as instruções.

“Não se preocupe, My Little Angel, logo estaremos juntos.”

POV’s Autora OFF

POV’s Angel ON

Quebra tempo: quatro dias (sexta-feira).

—E um, dois, três pra direita e gira._Elli indicou. Todos repetimos a sequência._Pois bem, por hoje acabou. Até segunda, people!_todos saíram acenando. Corri até minha garrafa d’água, bebendo dois goles enormes e em seguida respirei fundo._Cansada?

—Não, ‘magina._revirei os olhos e bufei.

—‘Tá brava por que o ruivo não quis te dar uns pegas ontem, foi?_ele perguntou.

—Elliott!_exclamei corada. A verdade é que eu havia evitado o ruivo desde segunda.

—Olha só, ela ‘tá vermelhinha!_apontou para o meu rosto.

—Aarg! Não enche!_revirei os olhos e peguei a chaves e joguei pra ele._Hoje você tranca!

—Mas o que...? Angel volta aqui!_me chamou, mas eu já estava na porta.

—Tchau, Elliott!_eu disse, já saindo. Fui até meu carro e logo zarpei ao condomínio.

Demorei apenas 10 minutos pra chegar.

Entrei no apartamento às pressas e corri direto para o banheiro. Saí de lá vinte minutos depois, totalmente revigorada. Sério que tem gente que não gosta de tomar banho? Céus... Vesti um conjunto simples, o primeiro que achei, e saí do quarto secando meus cabelos.

Percebi que minha tia não estava em casa. Ela deve de ter saído com o Matt. Dei de ombros e joguei minha toalha no cesto de roupas sujas. Fui até a cozinha e abri a geladeira. Ah, ótimo! Sem comida! Que tia amorosa tenho! Sai pra fazer safadezas com o namorado e esquece da sobrinha, que precisa de comida pra viver. Abri o armário e encontrei... Adivinhem! Um Cup Noodles! Bom, é melhor que nada. Depois de prepará-lo, fui até a sala e liguei a TV, colocando no primeiro canal que encontrei, Universal Channel, no caso. Me acomodei e comecei a comer.

—___

Eu estava caindo de sono, era por volta da 1h da madrugada. Nesse meio tempo, eu havia encontrado -numa caçada emocionante -, preparado e comido mais um Cup Noodles. Bocejando, desliguei a TV e fui para o banheiro do meu quarto. Retirei as lentes, escovei os dentes e fui pro quarto -apesar de não enxergar quase nada-. Encontrei a cama e me deitei. Meu celular estava na cômoda ao meu lado, junto com meu óculos.

“Amanhã é sábado, não tenho que ir a lugar nenhum, posso hibernar até a noite de amanhã...”—acabei por dormir com esses pensamentos. Mas quem disse que eu dormi até de noite? Nem ferrando.

Às 9h30min meu celular tocou, o som de ‘This is Gospel’ invadiu meus ouvidos, me fazendo acordar assustada. Maldito o dia em que eu resolvi colocar bem no ápice da nota como toque para números desconhecidos! Peguei o telefone e o óculos, atendendo em seguida.

—Alô...?_minha voz saiu meio rouca, devido ao sono.

Debby?—uma voz masculina falou. Reconheci de imediato.

—Fala, ‘tio’ Matt._eu disse._Bom dia.

Bom dia.—ele respondeu._ ‘Tá ocupada?

—Não, não._cocei meu olho.

Bem, eu queria falar com você a respeito do pedido.—ele comentou.

—Ahan. Pode falar._pedi.

Pretendo fazer o pedido na sexta-feira que vem, no Jolie Maison.—explicou.

—Certo. Bem romântico..._ri levemente. Ele me acompanhou.

Ok, então ‘tá combinado.—falou._Ah! Você pode avisar o Castiel?—engoli em seco, arregalando os olhos.

—Por que eu...?_perguntei, hesitando.

Aquele garoto não atende o telefone. E você mora em frente a ele.—argumentou. Ouvi um barulho do outro lado da linha._Tenho que desligar, sua tia acaba de sair do banho.

—Espera...!_exclamei, mas ela já havia desligado._Droga!_me joguei na cama. Que inferno! Eu vou ter que ir até aquele ruivo. Por que eu ‘tô sentindo minhas bochechas esquentarem? Aarg ruivo!

—___

“Não acredito que eu ‘tô fazendo isso...”—pensei.

Eu estava parada na frente da porta do ruivo. Apertei os lábios, hesitando em bater na porta, mas, por fim, acabei batendo. Bati uma, duas, três vezes. Eu tinha duas conclusões: Ele não estava em casa; ele está dormindo. Acreditando mais na segunda conclusão, me preparei pra bater uma quarta vez, mas a porta se abriu, revelando um ruivo com cabelos desgrenhados, cara amassada e sem camisa.

—Mas que porra!_ele resmungou. Franziu o cenho e olhou pra baixo._Baixinha?

—Isso já preconceito, ruivo idiota._falei. Ele revirou os olhos.

—O que faz aqui?_perguntou, coçando um olho.

—Por que não atende o telefone?_respondi com uma pergunta.

—Odeio que me respondam com outra pergunta._falou.

—E eu digo ‘foda-se’ pra isso._cruzei os braços._Por que não atende o telefone?

—Acabou a bateria, coloquei pra carregar. ‘Tá desligado desde ontem e não liguei até agora._respondeu.

—Doutor Matthew está desesperado por que precisa falar contigo. E sobrou pra mim te avisar._eu disse.

—Virou menininha de recado agora?_falou sarcasticamente._Bela roupa, aliás. Adoro pandas.

—Estou fazendo uma coisa boa, que você me envolveu, na verdade... O que minha roupa tem a ver com isso?_perguntei, confusa.

—Seja educada, fale obrigado._revirou os olhos novamente.

—Obrigado, idiota._disse. Ele abriu a boca pra dizer algo, mas o interrompi._Esqueça. De qualquer forma, o meu futuro ‘titio’ me disse que vai fazer o grande pedido sexta-feira que vem, no Jolie Maison.

—‘Tá... Mas por que veio aqui?_questionou.

—Eu vim te dizer isso._falei._E que temos que ensaiar.

—Pra quê?_indagou.

—Puta que pariu, Castiel!_exclamei._Você ainda pergunta? Temos que decidir a música, fazer os arranjos, entre muitas outras coisas! Porra! É o pedido de casamento da minha tia. Tem que ser perfeito!

—Falando assim, até parece o doutor._sorriu de lado.

—Ora, cale a boca._eu disse._Não se esqueça que foi você quem nos meteu nessa.

—Você aceitou de livre e espontânea vontade._falou.

—De livre e espontânea pressão, quer dizer, né?_contradisse ele.

—Não importa._desviou o olhar e suspirou._Quando vamos fazer isso?

—Durante a semana, das 15hrs às 16hrs, é meu intervalo no meu ‘emprego’._falei me lembrando do meu ‘trabalho’ na filial.

—Esse é o horário em que ensaio com o Lysandre._disse. Bati o indicador no queixo, fazendo um bico e pensando um pouco. Até que tive uma ideia.

—Talvez você possa ensaiar com ele e comigo._falei._Onde trabalho é um estúdio. Das 14hrs às 15hrs eu dou aula de canto pra um pessoal. E das 16hrs às 17hrs eu auxilio o Elli na aula dele no estúdio de dança que tem do lado. Talvez, enquanto eu estiver dando aula de dança, você e o Lys possam usar o estúdio de gravação.

—Sério?_ele arregalou os olhos._Uou, valeu baixinha.

—De nada. Sei que sou incrível._me gabei.

—Ok, menos. Quase nada._disse e eu mostrei a língua pra ele. Até que lembrei...

—Ruivo... você sabe que é um restaurante fino..._comecei.

—E..._ele gesticulou com a mão para que eu continuasse.

—Você tem roupas apropriadas, certo?_perguntei.

—Tipo, terno? Não, não tenho._falou calmamente.

—Como assim não tem?!_exclamei, arregalando os olhos._O que você pensou em usar?!

—Ué, minhas roupas..._deu de ombros.

—Não, não, não, não! Mas nem fodendo!_eu falei, balançando a cabeça negativamente._Você vai comprar um terno!

—O quê? Não!_ele disse.

—Ah, mas você vai._eu puxei ele pra baixo pelas orelhas, deixando nossos rostos próximos._Ou você compra, ou eu arranco sua cabeça... E não vai ser a de cima. Eu vou garantir isso, pode ter certeza.

—‘Tá legal._ele engoliu em seco._Eu compro um essa semana.

—Nananinanão! _soltei ele._Você vai hoje e eu vou com você.

—Por quê?_franziu o cenho.

— Você não vai me passar a perna. Além do mais, eu preciso de um vestido novo._expliquei._Esteja pronto em meia hora._nem deixei ele falar e entrei no meu apartamento, batendo a porta e seguindo para o meu quarto.

POV’s Angel OFF

POV’s Castiel ON

Alguém, por favor, me diz o que acabou de acontecer aqui? Por que eu não entendi porcaria nenhuma.

Eu acordo com batidas na minha porta e, depois de levantar nervoso, encontro uma baixinha com um moletom de panda e óculos na cara parada ali. Ela veio me dizer que precisamos ensaiar pro pedido de casamento que o Matthew vai fazer pra Dianna na sexta que vem. Até aí tudo bem, mas... Terno? Qual a necessidade disso?

Pisquei algumas vezes, acordando do meu transe e fechei a porta, indo tomar um banho.

Quebra tempo: 30min

Ouço batidas, dessa vez mais leves, na minha porta e vou até ela, a abrindo. A baixinha estava parada lá, mais uma vez, só que com outras roupas. Um vestido claro com estampa de pássaros, um blazer rosa, botas pretas, uma bolsa com franjas -também preta- e um óculos preto redondo -estilo John Lennon.

—Vamos?_perguntou e olhou pra minha mão._Deixe a chave da moto ai. Vamos no meu carro.

—Por qu..._me interrompi quando ela balançou a barra do vestido, me olhando sugestivamente por sobre o óculos.

—Rápido ruivo. _falou, já indo em direção ao elevador. Fechei a porta do meu apartamento e a segui.

—___

—Eu tenho mesmo que fazer isso?_perguntei. Já estávamos no shopping, em frente a uma loja de ternos.

—Sim, sem discussões._a baixinha disse._Vem logo, ruivo._pegou meu pulso, me puxando para dentro da loja.

O local era bem ‘sofisticado’. Vários cabides com blazers de diversas cores, prateleiras com camisas dobradas e embaladas entre muitas outras coisas que não quis observar.

—Bom dia. Precisam de ajuda?_um homem perguntou.

—Sim._a baixinha falou._Preciso de um terno pra essa criatura aqui, por favor._apontou pra mim e começou a indicar algumas coisas, que eu não entendi, mas acho que o cara entendeu. Ele assentiu e se retirou._Vamos.

—Onde?_questionei, meio confuso.

—Provador. Você não prestou atenção em nada?_ela me olhou com as sobrancelhas arqueadas.

—Você começou a falar em uma língua desconhecida por mim..._dei de ombros.

—Eu apenas dei algumas indicações do tipo de terno, idiota._ela revirou os olhos._É normal eu falar desse jeito, minha mãe mexe com essas coisas._Chegamos ao provador e ela pegou um cabide com um cara. Me entregou o cabide._Quanto calça?

—42._respondi, olhando-a. Ela falou pro cara, que ainda estava ali e ele saiu.

—Por que ‘tá me olhando? Vai se vestir!_ela sorriu e me empurrou pra dentro de uma das cabines e fechou a cortina. Revirei os olhos. Retirei as roupas que usava e vesti as que estavam no cabide. Ironicamente elas couberam perfeitamente em mim.

—Como você sabe as minhas medidas?_indaguei, saindo do provador. Ela me olhou.

—Sei lá, foi um palpite._colocou o óculos no topo da cabeça._Tira o blazer._pediu e se virou.

—O que você vai faz..._me interrompi quando vi que ela segurava duas gravatas._Vou ter que usar essas forcas?

—Vai._ela disse calmamente, se aproximando._Preta ou vermelha?

—Que tal, nenhuma das duas?_perguntei ironicamente. Recebi um tapa na testa.

—Pare de gracinhas, ruivo._falou.

—Preta._bufei. Ela levantou a gola da camisa que eu usava e passou a gravata por ali. Começou a fazer um nó, quando um barulho a interrompeu.

“(…)All around the world
Pretty girls
Wipe the floor with all the boys
Pour the drinks
Bring the noise
We're just so pretty!(…)” *

Ela pegou o celular dentro da bolsa e atendeu.

Alô?—falou em inglês._Oi, mãe.—revirou os olhos e apoiou o celular no ombro e voltou à gravata no meu pescoço._Sim, por favor._dessa vez ela falou em francês._Quem ‘tá aí?_questionou._Vagabundos! Se reúnem e esquecem que estou do outro lado do mundo!_exclamou. Ouvi alguns murmúrios._Você colocou no viva voz?! Mãe!_ela acabou por me puxar pelo pescoço, através da gravata.

—Ai! Cuidado, assim você me enforca._falei e ela percebeu o que havia feito.

—Desculpe._ela disse pra mim, voltando a fazer o nó na gravata._Ninguém importante._falou pra mãe dela.

—Eu ainda estou aqui, baixinha._sorri de lado.

—Eu vou arrancar a sua cabeça! E não é a de cima, eu já falei._ela puxou minha orelha.

—Você que ‘tá falando como se eu não estivesse aqui e eu que pago o pato?_perguntei.

—Cala a boca Castiel!_empurrou o nó da gravata com força contra o meu pescoço._Pera um pouco, mãe._ela apertou uma tecla no celular e um monte de vozes misturadas ecoou._Segura._me entregou e eu peguei._Vocês que querem fazer o favor de calar a boca, estão no viva voz, Família Buscapé!_com essa fala, as vozes cessaram. A baixinha começou a arrumar minha gola.

—Família Buscapé?_ri com isso._Isso é mais velho que minha avó!

—Quem ‘tá aí?_ uma voz feminina perguntou.

—O que ‘tá fazendo com a minha filha?_agora era uma masculina, grossa.

—Oi moço!_agora era uma voz de criança.

—É o quê?_eu indaguei, olhando confuso pra baixinha, que riu.

—Castiel; Estamos comprando um terno pra ele; e ele disse oi Jane._respondeu a todas as perguntas e pegou o celular da minha mão, tirando do viva voz._Põe o blazer._colocou o celular no ouvido. Coloquei o blazer e ajeitei. Fui até um espelho que tinha ali._Se vocês ficassem quietos, eu lhes contaria o porquê de eu estar comprando um terno com ele._ela revirou os olhos e veio na minha direção._Obrigado pelo silêncio._sorriu e fechou o botão do meu blazer._Tia Dianna vai casar!_falou de uma vez._É, a coroa desencalhou! Não mãe, ela não te contou por que nem ela mesma sabe. E não é pra contar, ok? Quando ela ligar, tentem fingir surpresa._ ela foi até uma caixa de sapatos -que não estava ali antes- e me entregou._É por isso que eu ‘tô com o abestado aqui comprando um terno.

—Ei!_exclamei.

—Shiu!_ela falou._O namorado dela quer fazer um pedido com acompanhamento musical. O ser ao meu lado é filho de uns amigos dele e vai cantar comigo, só isso. Nada mais, mãe e Mary!_exclamou, com as bochechas coradas (?)._Tenho que desligar, amo vocês!_e apertou a tecla, encerrando a chamada.

—Família legal essa a sua._eu disse.

—Legal? Nem tanto._ela riu._E aí, morreu?

—‘Tô quase, com essa coisa me enforcando._puxei um pouco a gravata.

—Você se acostuma. Assim como eu em relação aos saltos._indicou o pé dela._Vai se trocar pra podermos pagar. E anda logo, eu quero comer!_ri com essa frase dela.

POV’s Castiel OFF

POV’s Angel ON

Eu e o ruivo rodávamos pelo shopping fazia uma meia hora. Já tínhamos comprado o terno dele -e o levado para o carro, já que ficar carregando aquele cabide não dá não-, comido, e agora estávamos à caça pelo meu vestido.

—Ei, baixinha._me chamou. Olhei pra ele._Por que você quer comprar um vestido? Pela sua cara, você é do tipo que tem vários.

—É, eu tenho._falei, calmamente, enquanto olhava os cabides daquela loja._Mas eu tive que limpar o meu closet, tirando muitas roupas de lá. E, apesar de eu ter feito compras semana passada, eu não tenho um vestido preto.

—Tem que ser preto?_ergueu as sobrancelhas. Assenti._Por que limpou o closet?

—A curiosidade matou o gato._citei._Tive um surto de crescimento.

—Com 17 anos?_indagou._‘Tá mais pra ‘engordei’._bati na nuca dele.

—Nunca diga pra uma mulher que ela está gorda, ruivo idiota._resmunguei._Se você quer saber, essas belezinhas aqui passam do 42 pro 46 em um piscar de olhos._indiquei os meus seios. E o desgraçado ficou encarando._E o quadril aumentou do 36 pro 38, então, lá se foram minhas roupas. Mas eu já sei pra quem doar.

—Uou, é nisso que dá comer demais..._ele falou, rindo.

—Ora seu..._comecei a distribuir tapas pelas suas costas._Perfeito!

—Sei que sou lindo, mas posso considerar o ‘perfeito’_sorriu de lado.

—Não você, idiota._tirei o sorrisinho dele rapidinho. Fui até o vestido e o peguei._É esse!

—Não quer provar? Vai que não cabe..._disse. Olhei com raiva pra ele.

—Não, eu vou comprar._falei me dirigindo ao caixa da loja.

Depois de pagar, nós estávamos saindo do shopping, quando uma ideia me veio a mente. Chamei o ruivo.

—Chora._disse.

—Não quero._lhe mostrei a língua._Que tal irmos no estúdio onde trabalho?

—Onde fica?_questionou.

—Do outro lado da rua. Vem._ o puxei pelo pulso.

—Você trabalha na filial da SY Records?_perguntou surpreso, quando chegamos à frente do estúdio.

—Ahan._respondi, olhando lá dentro. Michael estava ali._Boa tarde, Michael.

—Boa._Michael se virou pra mim._Quem é o cidadão?

—Castiel._respondi, rindo. Eles se cumprimentaram._Michael, você fica aqui todos os dias?

—Sim, menos domingo._falou.

—Certo. Alguém usa o estúdio depois que eu?_questionei.

—Não, ninguém. Por quê?_ele disse.

—Bom... É que eu preciso ensaiar com o ruivo, pra uma ‘apresentação’._falei.

—Pode usar sem problemas._sorriu.

—E ele pode usar pros ensaios da banda dele?_perguntei. Ele assentiu._Maravilha!

—Banda de quê, garoto?_Michael olhou pro ruivo.

—Rock._disse._Só falta um baterista.

—Entendo..._Michael concordou.

—Baterista? Por que não chama o Nath?_indaguei. Rosa já havia comentado que Nath era um baterista excelente.

—Nem ferrando! Aquele representante não._falou meio alterado.

—O que você tem conta ele?_olhei-o.

—Coisas do passado._disse friamente.

Às vezes, precisamos deixar o passado no passado, mesmo que carreguemos cicatrizes e memórias ruins conosco, para que, dessa maneira, possamos seguir em frente e fazer boas escolhas.—falei, colocando a mão do lado esquerdo do pescoço.

—Eita, filosofou agora, hein..._ouvi Michael dizer.

—Pense bem, Castiel..._sussurrei.

—‘Tá bom, vou pensar, ok?_falou, mesmo estando contrariado. Sorri.

—Que bom que o casal se acertou._Michael disse.

—Não somos um casal._eu e o ruivo dissemos juntos.

—Não? Bom, vocês fariam um belo casal._deu de ombros.

Eu e o ruivo? Se bem que... Nem fodendo!

POV’s Angel OFF

POV’s Castiel ON

Que tipo de problemas as pessoas têm? Acham que eu e a baixinha daríamos um belo casal... Por favor...

Ela estacionou na sua vaga no condomínio. Saímos, ela com a sacola da loja do vestido e eu com o cabide do terno, indo até o elevador. Aquele famoso silêncio constrangedor se instalou por alguns momentos, até que as portas do elevador abriram no nosso andar. Caminhamos e paramos cada um em frente à sua porta.

—Bom, obrigado._comecei._Pelo terno e tals.

—Eu só queria garantir que você comprasse o terno mesmo._riu._Mas, de nada._ela se virou e eu também. Abri minha porta e coloquei o cabide com o terno em cima do sofá. Quando voltei pra fechar a porta, ela ainda estava parada ali._Castiel?

—Algum problema?_franzi o cenho.

—Não..._ela falou, se virando. Suspirou._Me desculpe por isso.

—Isso o qu..._nem consegui terminar. A boca dela estava colada na minha. De início não correspondi, devido ao susto, mas isso mudou rapidamente.

Segurei-a pela cintura e ela passou os braços pela minha nuca. Aprofundei o beijo e senti que ela sorriu com isso. A empurrei contra a parede do corredor, apertando sua cintura de leve. Ela gemeu entre o beijo. Não sei por quanto tempo ficamos ali, mas ela cortou o beijo mordendo meu lábio inferior e puxando meus cabelos da nuca. Estávamos ofegantes. Resolvi abrir meus olhos levemente e encontrei uma baixinha com o rosto corado e um sorriso.

—Até segunda, Cast._falou, passando a língua nos lábios e entrando no apartamento dela.

“Yeap, ela ‘ta gostando de você. Parabéns garanhão. ”

—Oi?_arregalei os olhos. A baixinha, gostando de mim?

“Isso mesmo cara! E tu também ‘tá gostando dela.”

—O caralho a quatro!_falei. E lá vou eu para mais um debate com a minha mente.

“Não negue, idiota. Você sente ciúmes quando vê ela com outro; Gosta dos beijos dela -o Denis concorda comigo nesse caso- e seus coração acelera! É definitivo, é paixão.”

—Paixão é coisa de garotas e gays._eu disse.

“Então tu virou uma garota que gosta de garotas, por que gays não ficam animados quando beijam gostosas.”

—Mas que porra!_entrei no meu apartamento, fechando a porta e me sentando no chão mesmo, bufando em frustração.

Seria verdade... Eu me apaixonei de novo?

POV’s Castiel OFF


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Notas finais do capítulo

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*Pretty Girls - Britney Spears ft. Iggy Azalea

Esse Dake é meio macabro.. O_o;
Nosso Castiel está apaixonado! Oh My God!!
Ele 'tá tão fofinho, cara, xonei!
Espero que tenham gostado! Comentem e até o próximo!