Give Your Heart a Break escrita por StrangeDemigod


Capítulo 12
Eleven


Notas iniciais do capítulo

Bom meu povo, desculpem a demora. Estive muito atarefada. Na verdade acho que minha desculpa é só essa ¬¬. Enfim, apreciem o capítulo, tá meio curto, mas tá até engraçado... E desculpem também se eu estiver meio rabugenta, mas é que eu tô cansada pra caramba.
Kissus.



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“Por quê?

Por que sinto que sempre devo parecer feliz quando ele está me observando?

Por que eu sinto que devo sempre irritá-lo?

Por quê?”

~Angely

 

POV’s Angel ON

—Adorei as compras!- Elliott falou. Estávamos na porta do meu apartamento - é, acho que posso considerar assim.  -E quero te ver usando aquele vestido que escolhi.

—Qual deles?- falei rindo.

—O laranja!- ele exclamou. -Ou será que é rosa?- franziu o cenho. Comecei a rir mais ainda.

—Certo, certo.- acalmei minha respiração. -Vai entrar?

—Não... preciso voltar pro hotel.- sorriu. -Beijos diva. Segunda eu vou lá na tua escola te buscar, okay?- Assenti com a cabeça. Ele beijou minha testa e acenou com a mão, seguindo para o elevador.

Quando o elevador fechou, a primeira coisa que fiz foi jogar as sacolas e a bolsa que carregava no chão e arrancar aqueles malditos saltos, ali no corredor mesmo. Quando meus pés tocaram o carpete do corredor, foi um alívio que não consigo descrever.  Qual é! Eu posso até estar acostumada a ficar em cima de saltos por horas, mas nada é melhor do que andar descalça. Suspirando, peguei as sacolas, a bolsa e os saltos novamente, tudo com uma única mão, e com a outro abri a porta, que estava destrancada, possivelmente pelo motivo de que minha tia já estava em casa. Fechei a porta atrás de mim, jogando as sacolas, bolsa e sapatos, em cima do sofá e retirando o blazer, deixando-o junto com as outras coisas, logo indo em direção à cozinha, de onde vinham barulhos.  Quando cheguei lá, encontrei minha tia cantarolando uma música qualquer e SÓ de toalha, cortando uma cebola.

—TIA! Que que é isso?!- exclamei incrédula. Ela se virou para mim e sorriu.

—Eu só estou cortando a cebola pra omelete e...- eu balancei a cabeça negativamente e apontei pra toalha em seu corpo. -Ah! Eu estava indo tomar um banho, mas resolvi fazer a comida primeiro.- Sorriu.

—Céus! - eu ri e me dirigi a ela. -Vai logo então tia, deixa que eu faço.- Falei tirando a faca de sua mão e depositando-a em cima da pia. -Vamos, vamos. Antes que alguém te veja.- comecei a empurrá-la em direção ao seu quarto.

—Por favor, estou dentro de um apartamento. Ninguém vai me ver.- ela parou de andar e virou-se para mim e colocou ambas as mãos no quadril.

—Mas moramos em frente a outro prédio do condomínio... Inclusive tem um velhinho ali com um binóculo te dando tchau.- me virei de lado, para que ela visse o tal velhinho, que estava sentado numa cadeira na sacada dele, acenando com a mão e mandando beijinhos para ela. Minha tia enrubesceu e saindo correndo para o banheiro de seu quarto. Eu ri e balancei a cabeça novamente. Fui em direção à janela e fechei a cortina. Voltei para a pia e peguei a faca, continuando a cortar a cebola, logo em seguida colocando parte dos pedaços dentro de um prato que já tinha ovos batidos.

Depois de fritar as omeletes, peguei as minhas coisas na sala, deixando apenas uma sacola enorme no sofá, e me dirigi ao meu quarto para tomar um bom banho. Após colocar todas as minhas joias e roupas novas no closet, fui para o banheiro e me despi, entrando no box. Uns 20 minutos depois, eu sai do banheiro com uma toalha enrolada em meu corpo e outra secando meus cabelos. Fui em direção ao closet, pegando apenas uma calcinha e um blusão preto. Fui indo em direção à cozinha, mas desviei o caminho para a sala, encontrando minha tia, agora devidamente vestida com um pijama azul marinho de alcinhas, mexendo na sacola, curiosa.

—AHA!-gritei e ela pulou de susto, colocando a mão no peito.

—Garota, para! Assim você me mata!- ela falou. Eu ri.

—Desculpa tia.- fui até ela, abracei-a e dei um beijo estalado em sua bochecha. -Ah! Verdade...- me soltei dela e fui até a sacola no sofá, pegando-a. -Pra você.- entreguei-a a sacola enorme. Ela sentou-se no sofá e abriu a sacola.

—Meu Deus!- ela exclamou. -Que lindo!- ela tirou o vestido de lá de dentro.

—Tem mais, olhe aí.- ela colocou o vestido -com muito cuidado devo ressaltar- do seu lado e abriu novamente a sacola, tirando dessa vez de lá de dentro duas caixas -uma de sapatos e a outra de joias.

—Perfeito! Céus! -ela exclamou. -Não precisava, Angel.

—Que isso tia. Claro que precisava.- sorri. -E, além do mais, é um presente meu e do Elli, mais dele, né...

—Elli está na cidade?- ela me olhou.

—Sim.- falei. -Ele vai me ajudar com os negócios na filial.

—É, seu pai já tinha me contado._falou indiferente.

—E por que não me falou?!- exclamei.

—Vai me dizer que não gostou?- me respondeu com outra pergunta.

—Bem... Uh... Er...- me enrolei toda pra falar e ela riu. Inflei as bochechas e fiz um bico, um pouco irritada.

—Por isso não falei, bobinha.- Ela se levantou e me deu um beijo na testa. -Vou guardar essas coisas e aí jantamos okay?- Assenti com a cabeça.

Nada como ter uma tia maluca que quando dá uma de responsável, sabe mesmo o que falar.

Quebra tempo: 30 minutos.

Pra vocês terem uma ideia, eu e minha tia tínhamos ido jantar às 21h30min! Por sorte amanhã é domingo. Dei um “boa noite” pra minha tia e fui para o meu quarto, indo direto para o banheiro, não antes de pegar meus óculos em cima da minha mesinha de cabeceira. Escovei meus dentes e , depois que terminei, retirei as lentes e coloquei o óculos e me observei no espelho. Eu estava um pouco mais pálida que o normal -provavelmente por causa da falta de sol-, e isso ressaltava as marcas roxas em meu pescoço. Aarg! Maldita hora em que lembrei daquele ruivo! Senti minhas bochechas esquentarem. Uou! Pare Angel, esqueça ele. Você precisa dormir. É. Uma boa e perfeita noite de sono.

Quebra tempo: um dia (ou seja, é segunda, meu povão.)

“You wake up, flawless
Post up, flawless
Ridin' round in it, flawless
Flossin' on that, flawless[…]

I woke up like this, I woke up like this
We flawless, ladies tell 'em”*

O som de ***Flawless me acordou às 5h50min. Odeio as segundas-feiras! Nossa... Pareci o Garfield agora. Agora me debato mentalmente... por que o Garfield odeia as segundas? Cara... ele é um gato gordo que vive de lasanha e não trabalha, só sabe dormir! E... oh céus! Vão vendo o efeito de acordar cedo. Eu acordei debatendo sobre o Garfield! Sentei-me e dei leves tapinhas em ambas as minhas bochechas, piscando rapidamente. Levantei da cama, esticando os braços e segui para o banheiro, fazendo minha higiene matinal. Fui para o closet e observei ao redor atentamente. Como hoje estava meio frio -nada diferente do comum aqui em Amoris-, optei por uma calça legging preta, um moletom cinza com um desenho de uma marca de beijo em preto, um Vans cinza e branco e um gorro cinza. Preferi me maquiar ali mesmo, já que guardo tudo aqui. Passei um lápis preto-básico-, um rímel e um gloss da cor da boca. Coloquei um colar, com um pingente escrito “I am strong” e um anel com as mesmas inscrições. Troquei a capinha do meu celular, peguei um de meus óculos escuros e minha mochila, seguindo para a cozinha. Minha tia já estava à mesa, mastigando um pão com manteiga.

—Bom dia.- bocejei e me servi de suco e torradas.

—Bom dia.-ela retribuiu sorrindo e olhando para seu relógio de pulso, se engasgando. -Tenho que ir, beijinhos.- Levantou-se correndo e foi embora, mas não antes de me dar um beijo estalado na bochecha.

Terminei de comer calmamente e logo em seguida, peguei as chaves do meu carro e minha mochila, seguindo para fora do apartamento.

Quebra tempo: 15 minutos

Cheguei à escola e logo estacionei. Quando sai do carro, um bando de pessoas veio correndo na minha direção -essas pessoas eram denominadas “meus amigos”—.

—O que fazia com aquele cara no Starbucks?- Peggy quase enfiava o microfone de seu gravador na minha boca.

—Quem era ele?- As outras meninas falaram junto.

—Eu quero o número dele, me dá!- Alexy exclamou.

—CHEGA!- gritei, assustando a todos. Eu pude ver que os meninos riam lá atrás.—Mas de que cacete vocês estão falando?— acabei por soltar a pergunta em inglês. Todos me olharam confusos -menos Kentin, que riu-. Repreendi-o com um olhar maligno e logo após respirei fundo.-Me.Expliquem.Calmamente.

—Nós te vimos com Elliott Carter, atual coreógrafo de Angely Nagashaghi Mccullen.- Peggy se pronunciou. PQP! Ela falou meu nome!

—Ok, eu não conheço essa tal Angely não sei das quantas.-me fiz de desentendida.

—Não conhece?!- todas as meninas -e Alexy- falaram juntas. Neguei com a cabeça.

—Impossível. Ela é a maior diva da atualidade.-Alexy falou.-Inclusive você parece bem com ela.

—Coincidências da vida.- dei de ombros. -Mas o que tem a ver o Elli no meio disso?

—Ficamos todos curiosos.- Rosalya falou. -Principalmente certo ruivo...

—Eu não fiquei curioso!- o ruivo exclamou.

—Nãão, que isso.-L ysandre riu. -Só ficou enciumado por causa de a Debby estar abraçada com ele.- Todos riram- menos eu e o ruivo, que corou-.

—Por que ele ficaria enciumado?1º: Eu não gosto dele e ele não gosta de mim.- falei. -2º: Elliott é gay.- O ruivo arregalou os olhos. -Pera... Não vão me dizer que...-Eu comecei a rir, junto com os outros. -Não disseram a ele?

—O cara é gay?- o ruivo indagou.

—Por que você acha que eu quero o número dele?- Alexy, em meio a risos, falou.

—Mereço...- ele resmungou. O sinal bateu.

—Vamos povão! Hora da tortura!- eu falei, seguindo para dentro da escola.

POV’s Angel OFF

POV’s Castiel ON

O. CARA. É. GAY! G-A-Y. Nem sei por que eu fiquei enciumado... UOU! NÃO! EU NÃO FIQUEI ENCIUMADO! Não tinha motivos. Eu não gosto dela e ela não gosta de mim. Fim. E eu estou olhando pra ela por quê? Aarg! Esquece isso Castiel. Se concentra em prestar atenção no professor/ tarado. Sim, já é aula de educação física. Ao que parece seriam aulas ‘quase’ vagas. Sim quase, pois o professor iria sair para viajar e não teria aula, mas nós não poderíamos sair da escola. “Ordens da diretora” foi o que ele falou. Velha doida. Libera logo de uma vez! Todos começaram a se dividir em grupos, e fui arrastado para o meu-se é que posso considerar assim. Os meninos estavam sentados na arquibancada e as meninas estavam na quadra, bem próximas à arquibancada. (N/Castiel: Só pra constar, eu já considero Alexy uma garota.).

—O que ‘tá acontecendo ali?- perguntei a Lysandre, assim que sentei.

—As meninas pediram para a Debby ensinar uma coreografia.- ele respondeu. Olhei para frente e vi que, agora todas estavam suplicando pra ela, por alguma coisa.

—Vai! Por favor!- falaram em uníssimo.

—OK!- ela gritou. As garotas comemoraram. Debby subiu os degraus e veio até nós.-Kentin, dá minha mochila.

—E por que eu iria fazer isso?- Kentin perguntou. Debby fechou ambas as mãos em punhos, inflou as bochechas e ficou vermelha de raiva. Segurou o queixo de Kentin com certa força.

—Me dá logo a merda da bolsa, antes que eu arranque seu bem mais precioso.-ela falou estranhamente calma. Ele engoliu em seco e pegou a bolsa dela. Depois de revirar um pouco a bolsa, ela tirou de lá o celular dela e um amplificador de som. -Muito bem... Vamos lá. Kentin, me ajuda.- ela falou descendo. Ele foi abrir a boca para reclamar, mas ela falou antes. -Você quer mesmo que eu arranque seu ‘amiguinho’, não é? Vem logo!- ele saiu correndo atrás dela, sem pestanejar. É, se eu fosse ele faria isso. Nenhum cara iria querer ter seu bem mais precioso arrancado, principalmente por aquela baixinha invocada.

Os dois conversaram um pouco e depois olharam para as meninas atrás.

—Vamos mostrar primeiro, pra vocês verem como é depois fazemos passo a passo, ok?- Kentin falou e elas assentiram, se sentando.

 (N/A: Coloquem Worth It- Coreografia por Matt Steffanina-Link Notas Finais.)

Depois que eles terminaram, as meninas estavam gritando de emoção -não sei pra que.

—Vejo que não está enferrujado, Ken.- ela falou olhando pra ele.

—Nem você, Little Angie.- ele sorriu pra ela, que o abraçou. Ele subiu os degraus e se sentou do meu lado. As meninas começaram a seguir os passos que Debby lhes passava. -Sem dúvidas, você gosta dela.-Kentin falou, me tirando de meus devaneios.

—Oi?- perguntei. -Puff...eu e a assassina de amigos de baixo? Nem em sonhos. Por que todos falam isso?!

—Você já viu o jeito que se olham?- ele perguntou, me olhando. -Seus olhos brilham e os dela também.

—Kentin, para de viadagem...- resmunguei. Ele riu.

—Vai me dizer que não gosta quando ela fica brava por causa de uma provocação sua?- perguntou.

—É, de certo modo...- falei.

—Então!- exclamou. -Ela gosta de te irritar. Isso a faz feliz. E é bom Castiel.- ele falou e eu olhei pra ele com o cenho franzido, não entendendo a última frase. -É bom vê-la feliz. Ela sofreu tanto no passado, tem cicatrizes profundas...

—Sei... a do pescoço.- falei.

—Mais profundas que aquela.- disse frio. -Eu gosto muito dela.- fiz uma careta com a frase. Ele riu mais uma vez. -Não se preocupe Castiel. Mesmo que eu quisesse, não poderia ter algo com ela.

—Por quê?- indaguei, meio -muito- curioso.

—Eu sou primo dela.- falou simplesmente. Arregalei meus olhos. -E, além do mais, tenho olhos pra outra.- ele falou, olhando para certa ruiva lá embaixo. Kentin deu tapinhas no meu ombro e virou-se para conversar com Lysandre.

Eu e a baixinha... Até que eu gostaria. Espera... O QUÊ?

Quebra tempo- 1 hora.

Eu estava andando pelo corredor do vestiário, quando escutei um burburinho vindo do vestiário feminino. Quando cheguei lá, percebi que era o meu grupo que estava falando.

—Que merda ‘tá acontecendo aqui?- perguntei. Todos olharam pra mim e abriram sorrisos malignos -os mais assustadores eram os de Rosalya e Alexy-.

—Castiel, faz um favorzinho?- Rosa me suplicou. Isso não ‘tá me cheirando bem.

—O quê?- perguntei com receio.

—Você pode pegar a minha bolsa em cima do armário?- ela pediu.

—Por que eu? E esses marmanjos aí, por que não pediu pra eles? E aliás, por que sua bolsa ‘tá em cima do armário?- questionei.

—As meninas tacaram minha bolsa lá em cima.- falou inocentemente. Meu cérebro gritava “Alerta! É uma cilada.”—E os meninos não alcançam, você é o mais alto aqui.- explicou. -Pega, por favor!

—Ok!- acabei me rendendo, apesar de ainda sentir que aquilo era uma cilada.

Entrei no vestiário e fui até o armário, passando a mão por cima e não encontrando nada. Por que será hein?

—Ô Rosa não tem nada...- comecei a falar, olhando em direção à porta, mas me interrompi quando percebi que a mesma estava fechada. Corri até ela, com a esperança de que ela ainda estivesse aberta, mas quando puxei a maçaneta, percebi que estava trancada. -Seus idiotas!- Eu praticamente esmurrava a porta. Escutei risadas do lado de fora. -Abram a porta! Isso não tem graça!

—Mas o que está havendo aqui?- uma voz indagou atrás de mim. Espera... eu conheço essa voz. Que não seja ela, que não seja ela... Virei-me e encontrei quem? Adivinhem só era a baixinha. E não só ela, como seus peitões e coxas grossas. E, de bônus, ela estava só de lingerie preta. Tive que colocar a mão no nariz, para segurar a minha hemorragia nasal. -C-Castiel?- ela arregalou os olhos. -O que você... Ah não. Eles trancaram a porta?! Puta que pariu.

Pois bem, pois bem. Mantenha a calma. Você só está preso dentro de um vestiário com uma baixinha irritante e gostosa... E por que minhas calças estão mais apertadas?!

POV’s Castiel OFF

 


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Notas finais do capítulo

Roupa Angel: http://www.polyvore.com/school/set?id=128427117
Coreografia: https://www.youtube.com/watch?v=ZxT7kK5Gygk
Só pra constar, a palavra"hemorragia" me faz rir. Piada interna.

Até o próximo people! Beijos de brigadeiro!