“Você sabe o que é uma porcaria? Assistir a pessoa que te faz feliz ser feliz com outra pessoa.”

~Castiel C.

POV’s Angel On

Será possível que eu só tenha amigos estranhos?

Nesse exato momento eu estou na fila de um Starbucks, no meio do centro da cidade, esperando a minha vez, obviamente, com um ser que está beijando a minha bochecha e me fazendo rir.

—Elli, para!- eu disse empurrando ele. -Isso faz cócegas.

—Eu sei.- ele sorriu de lado. -É que eu quero saber o que a senhorita tanto faz nesse celular, já que não tirou os olhos dele desde que entramos aqui.

—É a minha mãe, Elli.- revirei os olhos.

—Então pergunta pra ela quando sai a nova coleção de roupas que ela estava fazendo junto com o Marc Jacobs.- ele bateu palmas.

—Oh céus!- eu balancei a cabeça negativamente. -Ela só está querendo saber como eu estou!- dei um pequeno sorriso. Ele abriu a boca pra falar, mas eu o interrompi. -E a coleção não saiu, ela já me falou.

—Tudo bem...- ele soltou um muxoxo. -Mas e aí, como estão as coisas lá?

—Ao que parece, quase nada mudou nessas últimas duas semanas.- falei. Era a nossa vez de pedir. -Dois Frappuccinos, por favor.- eu disse ao atendente. Depois de pagar, nós nos dirigimos até a fila onde pegaríamos os pedidos. -Meu pai tem estado muito atarefado, mas você sabe como ele é... O senhor “estou com um sorriso no rosto, mas estou cansado pra cacete.”- eu disse rindo e ele me acompanhou. -Jason e Mary querem mais um bebê. Nicolas continua sendo uma graça. Jane está cada vez mais apaixonada por fotografia. E o Logan continua sendo um nerd.- falei. -Eu só não sei que tipo de feitiço ele faz pra manter um corpo daqueles, sendo que ele fica sentado o dia inteiro.

—O que é isso? Pare de dizer que seu próprio irmão é gostoso!- ele exclamou.

—Eu não disse que ele é gostoso. Só disse que ele tem um físico muito definido pro tipo de vida que ele leva.- dei de ombros.

—Falou a pessoa que fica 24 horas na academia.- ele falou ironicamente.

—Eu vou voltar a me exercitar segunda.- mostrei a língua pra ele. -Afinal, temos que ensinar aquele povo, não?

—Verdade!- ele colocou as mãos nas próprias bochechas, arregalando os olhos. Eu peguei os Frappuccinos e entreguei um a ele. -Ei, que horas são?- ele perguntou, tomando um gole da bebida.

—14h15min- eu disse olhando no meu relógio de pulso.

—Okay... Então, a filial fica daqui a duas quadras. É em frente ao shopping.- ele falou. -Então, se sairmos daqui agora, chegamos lá com 5 minutos de sobra.- ele sorriu. Eu tomei um gole do meu frappuccino, que por sinal estava delicioso, e comecei a andar para fora do local, com ele ao meu encalço.

Quebra tempo: 10 minutos.

Estávamos em frente a um prédio todo espelhado de, no mínimo, 18 andares.  Eu e o Elli subimos as escadas de entrada e chegamos às portas automáticas, que se abriram. Tinha dois seguranças e nós os cumprimentamos.

Por dentro era ainda mais fascinante. A mesa da secretária era um semicírculo e ficava no centro do local. Atrás dela tinha dois elevadores e, acima deles, em letras cursivas, estava escrito SY Records France.

—Boa tarde.- eu disse sorrindo à secretária. -Viemos aqui a mando de Stefan Mccullen.

—Ah sim!- a moça, cujo no crachá estava escrito Megan, exclamou. -Srta. Debby Williams e Sr. Elliott Carter. Só um segundo.- ela pediu e pegou um dos telefones. Falou durante alguns segundos e logo após desligou. -Ela já está descendo.- sorriu.

Antes que eu pudesse perguntar a ela quem estava vindo, um dos elevadores atrás da mesa dela abriu-se e de lá uma mulher sorridente saiu. Tinha por volta dos 40 anos, mas parecia ter 32. Tinha pele morena acompanhada de olhos e cabelos castanho-escuro. Usava uma camisa social branca, uma saia justa até o joelho na cor preta e saltos de bico fino da mesma cor da saia.

—Obrigada Megan.- ela agradeceu primeiro à secretária. -Samantha Moore.- ela estendeu-me a mão e eu apertei-a. -É um prazer conhecê-los. Não sabia que tinha pintado o cabelo querida. Foi o seu pai, não?- ela falou após cumprimentar Elli e eu assenti.- Ele nunca vai mudar. Ficou linda, de qualquer forma.

—Obrigada Srta. Moore.- senti minhas bochechas esquentarem.

—Oh querida, sem formalidades.-ela riu.  Me chame de Sam. O mesmo vale pra você querido.- ela apontou para Elliott. -Me sigam, vou lhes mostrar essa incrível empresa.

Quebra tempo: 40 minutos.

A empresa era “maravilinda”, como disse Elli. Aquele prédio, na verdade, era só a parte burocrática. Na cobertura ficava a sala de reuniões e o escritório do presidente. Sam disse que tinham um estúdio de gravação e um estúdio de dança de cada lado daquele edifício. Eu nem havia notado.

—Seu pai é realmente um travesso.- Sam falou rindo, enquanto caminhávamos até a sala de reuniões. -Eu, sinceramente, amei quando ele falou que ia te mandar para aqui e me ajudar.- ela sorriu para mim.

—Sam... Por que a secretária lá embaixo me chamou de Debby?- perguntei. -Achei que meu pai ia dizer a todos que era eu quem viria.

—De fato.- ela concordou. -Mas seu pai preferiu que você fosse chamada de Debby para que os ‘paparazzi’ não te encontrem. Então... Todos que trabalham aqui sabem que você é a Angely, mas vão te chamar de Debby perto dos que vierem para serem ensinados. Assim não rolam rumores por aí.

—Entendi.- eu falei. -Isso, sem dúvidas, é a cara do meu pai.- falei e eles riram. Chegamos até a frente da porta.

—Não precisa ficar nervosa querida.- ela percebeu que minhas mãos tremiam. -Eles podem parecer um pouco bravos, mas vai por mim, eles são iguais a titia aqui.- ela sorriu, me reconfortando e abriu a porta. Quando entramos, percebi que todos olharam para mim e eu corei de leve. Eu sou meio tímida na presença dos mais velhos, vai entender.

Parei para observar o local. Era uma sala ampla. A mesa onde todas aquelas pessoas estavam sentadas era retangular e longa. Percebi que a vista daquele lugar era incrível. Eu podia ver toda a cidade. Escutei um pigarreio que me tirou de meus devaneios.

—É um prazer conhecê-la oficialmente Srta. Angely.- um homem alto, ruivo com um sotaque meio russo e que aparentava tem por volta dos 45 anos, me estendeu a mão. -Alexander Dzerjínsky, vice-presidente.- eu apertei a mão dele e disse um ‘igualmente’. Ele foi até o Elli e o cumprimentou também. -Acho melhor começarmos.- ele andou até a mesa, onde tinham três lugares vagos. Um ao lado esquerdo dele, onde era a ponta, um ao seu lado direito e um a esquerda da cadeira da ponta. -Por favor, sente-se.- ele apontou para a cadeira da ponta. Meio receosa, me sentei. -Sr. Carter.- apontou para a cadeira a frente dele. Sam se sentou à direita dele. -Bom, como você já sabe, o Sr. Raul Dousseau está passando por alguns problemas de saúde e precisou sair para fazer uma cirurgia. Seu pai lhe indicou para esse cargo porque, segundo ele, “você precisa amadurecer”.- Alexander sorriu de canto. -Então, te chamamos aqui para podermos discutir sobre isso.- ele olhou para mim. -Vamos às apresentações. A Samantha você já conheceu, ela é a nossa diretora geral e também coordenadora do A/R.- ele apontou para a Sam e ela sorriu. -Temos a Carrie Perez. Ela será a sua secretária particular.- ele apontou para uma moça que estava ao lado de Elli. Ela tinha por volta dos 22 anos, possuía cabelos castanhos claros e olhos azuis. -Temos também o Johnny Harris e o Logan King.- ele apontou primeiro para um homem, que tinha por volta dos 35 anos, de pele morena, um pouco mais que a Sam, tinha a cabeça raspada e olhos pretos, depois para outro que tinha uns 27 anos, olhos castanhos e cabelos loiros arruivados, como os da minha tia. -Johnny é do RP e Logan faz parte das vendas e publicidade.- os dois homens acenaram para mim. -Melanie Turner é do departamento de Arte e trabalha junto com a Sam.- Alexander apontou para uma mulher  que tinha seus 24 anos, de cabelos negros e olhos azuis, esta que sorriu e acenou para mim. -Clouver Roberts, do departamento jurídico.- apontou para uma mulher, que devia de ter uns 33 anos, com a pele levemente bronzeada, cabelos castanhos e olhos azul-acinzentados. -E por último, mas não menos importante, temos Alec White e Casey Evans, do marketing.- apontou para um homem de 29 anos, com olhos verdes e cabelos ruivos e para uma mulher de 25 anos, cabelos pretos e olhos cor de mel.

—É um prazer conhecer a todos.- sorri, corando de leve.

—Meu Deus! Que fofa!- quem falou fora... Alec? Bom... mais um pro Elli.

—Bom, Angely e Elliott, já que as apresentações foram feitas, vamos discutir algumas pequenas coisas...- Sam falou. -Essa ideia de trazer pessoas aqui foi do nosso presidente. O objetivo é encontrar novos talentos. No final é feito um concurso e os melhores são escolhidos. É como um “Studio” sabe?- ela perguntou e eu e Elli assentimos. -O “curso” é gratuito e pode acontecer de alguns desistirem.- ela explicou. -Pois bem Angel, seu pai nos disse que você e o Elli iriam nos ajudar com isso, já que vocês tem experiência. Vocês topam?

—E você ainda pergunta?- eu e o Elli falamos ao mesmo tempo, causando uma crise de risadas em todos naquela sala.

—Muito bem, muito bem.- Alexander limpou uma lágrima. -Nós vamos combinar os horários. Que tal... Acho que de segunda à sexta, das 14h às 17h? Podemos deixar assim: das 14h às 15h para a aula de canto, das 15h às 16h um intervalo e desse último até às 17h para a aula de dança. Concordam?- ele perguntou e eu olhei para Elliott.

—É. É uma boa.- ele falou.

—Perfeito!- Sam bateu palmas. -Agora, Angel... Eu posso lhe pedir uma coisa, em nome de todos dessa sala?

—Claro!- sorri.

—Você... Canta para nós?- ela perguntou meio hesitante.

—Sim! Uou, nem precisa pedir duas vezes.- falei.

—Vamos ao estúdio aqui do lado, então.- Alexander falou e todos começaram a se dirigir para fora da sala.

Quebra tempo: 10 min.

Depois de muita enrolação, eu já estava dentro do estúdio de gravação, em frente a um teclado. Os outros estavam do lado de fora, junto ao Michael. Ele era o produtor musical daqui.

—Podemos?- Michael perguntou. Eu assenti com a cabeça. Ele começou a fazer a contagem regressiva com a mão. “3,2,1”, depois apontou para mim e eu comecei.

(Coloquem Titanium- Cover By Madilyn Bailey)

You shout it loud / (Você grita alto)

But I can't hear a word you say / (Mas eu não ouço uma palavra do que você diz)

I'm talking loud not saying much / (Estou falando alto, mas não estou dizendo muita coisa).

I'm criticized but all your bullets ricochet / (Fui criticada, mas as suas balas ricocheteiam)

You shoot me down, but I get up / (Você atira em mim, mas eu levanto)

I'm bulletproof, nothing to lose / (Sou à prova de balas, não tenho nada a perder)

Fire away, fire away / (Atire, atire)

Ricochets, you take your aim / (Ricocheteie, mire)

Fire away, fire away / (Atire, atire)

You shoot me down but I won't fall / (Você atira em mim, mas eu não caio)

I am titanium / (Sou feita de titânio)

You shoot me down but I won't fall / (Você atira em mim, mas eu não caio)

I am titanium / (Sou feita de titânio)

Cut me down / (Pode acabar comigo)

But it's you who'll have further to fall / (Mas você é quem terá mais para sofrer)

Ghost town, haunted love / (Cidade fantasma, amor mal-assombrado)

Raise your voice, sticks and stones may break my bones / (Erga a voz, paus e pedras podem me quebrar os ossos)

I'm talking loud, not saying much / (Estou falando alto, mas não estou dizendo muita coisa)

I'm bulletproof, nothing to lose / (Sou à prova de balas, não tenho nada a perder)

Fire away, fire away / (Atire, atire)

Ricochets, you take your aim / (Ricocheteie, mire)

Fire away, fire away / (Atire, atire)

You shoot me down but I won't fall / (Você atira em mim, mas eu não caio)

I am titanium / (Sou feita de titânio)

You shoot me down but I won't fall / (Você atira em mim, mas eu não caio)

I am titanium / (Sou feita de titânio)

I am titanium / (Sou feita de titânio)

I am titanium / (Sou feita de titânio)

Stone hard, machine gun / (Dura como pedra, metralhadora)

Firing at the ones who rise / (Atirando naqueles que se erguem)

Stone hard, as bulletproof glass / (Dura como pedra, como vidro à prova de balas)

You shoot me down but I won't fall / (Você atira em mim, mas eu não caio)

I am titanium / (Sou feita de titânio)

You shoot me down but I won't fall / (Você atira em mim, mas eu não caio)

I am titanium / (Sou feita de titânio)

You shoot me down but I won't fall / (Você atira em mim, mas eu não caio)

I am titanium / (Sou feita de titânio)

You shoot me down but I won't fall / (Você atira em mim, mas eu não caio)

I am titanium / (Sou feita de titânio)

Quando terminei, escutei muitos aplausos vindos do lado de fora. Eu estava de olhos fechados e quando os abri, só faltava eles chorarem. Eu ri e corei, dando uma leve reverência, segurando o vestido. Sai de lá e fui abraçada por Elli.

—Ount, minha Princesa... Continua cantando como um anjo.- ele apertou as minhas bochechas.

—Realmente... Você tem uma voz belíssima.- Alexander falou.

—Obrigada.- corei mais uma vez e coloquei uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

—,Vocês já podem ir.- Sam falou. Nos despedimos de todos e saímos de lá.

—Então... Sabe no que eu estou pensando?- Elliott me perguntou.

—Não. No quê?- perguntei a ele.

—Estamos em frente ao shopping, eu estou com o meu cartão aqui... Isso significa...-ele me incentivou a continuar.

—Compras!-exclamamos ao mesmo tempo. Pelo jeito eu só vou voltar pra casa de noite.

POV’s Angel OFF

POV’s Castiel ON

Se alguém se atrever a encostar em mim, eu soco.

—Castiel, baixa a bola cara.- escutei Kentin falar. Fechei os olhos e apertei a ponte do nariz, respirando fundo.

—Meu deus! Ela ‘tá linda.- quem falou dessa vez foi Alexy. -E aquele cara do lado dela... Que gostoso.

“Mereço” pensei.

—Mas quem será ele?- Rosalya perguntou.

—Um amigo da família.- Kentin respondeu e nesse mesmo instante todos, inclusive eu, direcionaram seus olhares para ele.

—Como você sabe?- todos falaram ao mesmo tempo. Se tivéssemos ensaiado, não sairia certo, acredite.

—Calma povo!- ele levantou as mãos em forma de rendição. -Eu conheço a Debby faz muito tempo. Aquele cara ali é um dos amigos do pai dela. Ele é coreógrafo.

—Eu acho que conheço ele.- Peggy falou e começou a revirar a bolsa dela. Logo, ela tirou uma revista de lá de dentro. -Elliott Carter, coreógrafo de diversos artistas. Atualmente trabalha com Angely Nagashaghi Mccullen. Aqui.- ela mostrou a revista para gente. Era um artigo sobre o cara. Tinha uma entrevista que ele fez para a revista e diversas fotos. Mas uma, em especial, me chamou a atenção. Nela, estava o tal Elliott e uma garota loira, de olhos verdes e ironicamente igual a Debby. Se não fosse pelo cabelo, seriam gêmeas.

—Essa tal de Angely é muito gostosa.-Ouvi Armin falar.

—Como é que é?-  Alexy exclamou. -Eu falo dela praticamente 24 horas por dia e tu só nota ela AGORA?

—Sim ué.- Armin deu de ombros. -Acho que ignorar o que você fala está no automático.

—Gente! Parem.- Peggy exclamou. -O nosso foco aqui é a Debby. Por que ela está tão arrumada daquele jeito ali e por que está com aquele cara?- eu sorri de lado.

—Ela te diria que você não tem o direito de saber sobre a vida dela.- respondi.

—Não. Isso é o que ela te diz.- ela semicerrou os olhos para mim.

—Uou, uou!- Alexy balançou os braços.-E o Oscar de melhor tirada vai para...- Rosalya e Íris batem na mesa, enquanto ele pega uma plaquinha que está em cima da mesa. -Peggy Pontier!- ele entrega a placa a ela e todos começam a rir, menos eu, óbvio.

—Qual é, Castiel!- O Senhor Bicolor dá um empurrão leve no meu ombro._Mais humor!

—Você sabe que sou tão humorado quanto um coice de cavalo.-resmunguei.

—Péssima comparação, gato.- Alexy falou pra mim e eu revirei os olhos.

—Olhem! Eles estão saindo.- Íris falou.

—Sabem... eu acho que nós deveríamos segui-los.- Rosalya enrolou uma mecha de cabelo no dedo.

—Olha, Rosa eu acho qu...- Kentin começou, mas Rosa o interrompeu.

—Eu sei que tu quer ir também...- ela colocou o dedo na ponta do nariz dele. -Então, eu e Leigh vamos pegar os pedidos e nós vamos atrás deles!- ela mal terminou de falar e já saiu em disparada para a fila, levando o namorado junto. Esses dementes...

Quebra tempo: 10 min

Parecíamos um bando de retardados dando uma de espiões. Andávamos olhando para todos os lados, como suspeitos. Andamos duas quadras, sempre seguindo eles, até que os dois viraram uma esquina e depois não os vimos mais. Começamos a procurá-los, observando tudo, mas nada deles.

—Puff...- Rosalya bufou. -Ah, gente. Deixa quieto. Olhem, estamos em frente ao shopping, ainda podemos assistir algum filme.

—Nem morto, fofa.- Alexy falou. -Eu quero achar aqueles dois. NECESSITO pegar o número daquele gostoso!

—Olha os dois ali.- Senhor Bicolor apontou para o outro lado da rua. Pude ver uma cabeleira negra e outra loira com mechas.

—Ótimo! Agora é só...- Alexy começou a falar com um sorriso, mas esse se desfez. -É O FIM DA PICADA!

—Uou, calma Alexy!-Rosa pegou no braço dele. -O que foi?

—Aqueles brutamontes nunca vão deixar a gente entrar.- Ele apontou para os seguranças e, em seguida, cruzou os braços.

—O jeito é esperar até segunda.- Peggy falou, tirando algumas fotos. -Não se preocupe Alexy, com essas fotos, nós conseguimos o número do cara pra você.- quando ela falou isso, Alexy ficou com os olhos brilhando.

—Por favor, sem viadagem.- resmunguei e bufei. As meninas e o Alexy olharam pra mim com olhares e sorrisos maliciosos.

—Você está com ciúmes!- gritaram.

—Oi? Ciúmes? Essa palavra não existe no meu vocabulário.- falei colocando as mãos nos bolsos frontais da minha calça.

—Sem dúvidas, é ciúme.- Íris falou pra Rosa, que assentiu com a cabeça. Peggy foi até o ouvido de Rosa e falou algo, que fez com que a albina arregalasse os olhos por um momento e em seguida, começar a gargalhar. Logo, todos daquele ‘bando’, é como posso chamá-los, estavam rindo, menos eu. Por quê? Simplesmente porque não me disseram a piada e eu fiquei com cara de bosta.

—Vamos gente, parem.- Kim falou. Essa menina ficou calada até agora... Vai saber. -Ainda dá pra pegarmos um filme, que tal?- Todos concordaram e seguimos para dentro do shopping.

Quebra tempo: 3 horas depois.

Estávamos saindo do shopping. Tínhamos assistido Velozes e Furioso 7. Mas aí você se pergunta... Por que ‘tá escrito 3 horas ali em cima, sendo que o filme nem tem tudo isso de duração? Alguns diriam que é porque a sessão demorou para começar. Bom, quem pensou isso está redondamente enganado.

Quando chegamos para escolher o filme, “V&F7” já estava para começar. Até aí tudo bem, mais imagine que 6 meninas e 1 que, digamos, está “em cima do muro”  quase armando um barraco pra assistir “Cinderela” contra 6 meninos que queriam assistir V&F7.  Demoramos um pouco para resolver essa situação e quando conseguimos, após uma ameaça de um segurança do shopping, resolvemos assistir V&F7. Porém tivemos que esperam por outra sessão, que demoraria uns 40 minutos a partir dali. Isso tudo resultou na nossa saída de lá três horas mais tarde.

Porém, quando estávamos saindo, vi uma coisa, na verdade duas coisas, na verdade, na verdade eram duas pessoas (N/A: Já entendemos menino, vai direto ao ponto). A baixinha e o tal Elliott saindo do shopping, um pouco mais a frente. Ele estava segurando algumas sacolas em uma mão e abraçando a baixinha pela cintura com a outra. Na hora eu assumi uma expressão de raiva e cruzei os braços. Os outros perceberam pra onde eu olhava e começaram a dar risadas.

—Deixa disso, Cast.- Rosa falou. -Vocês nem tem nada e... ESPERE!- ela exclamou. Olhou pro azulado ao seu lado, que estava entretido no seu milk-shake, e cochichou algo em seu ouvido. Ele, após analisar a mim e a baixinha lá na frente, por alguns segundos, assentiu com a cabeça, sem falar nada. Rosa abriu um sorriso meio que maníaco, que me assustou. -Esquece. Vamos logo.

“Boa coisa disso aí não sai, pode ter certeza.”

 Quebra tempo: 15 minutos.

Eu já estava em casa, estirado na minha cama, pensando.

“Ver a baixinha rindo e sendo feliz com outra pessoa meio que me afetou. Mas por que diabos eu estou pensando isso? Castiel, Castiel. Coloca uma coisa nessa sua cabeça: Você não tem que ficar pensando nela, pois a vida dela não é da sua conta. Mas... ver ela feliz e eu não ser a causa dessa felicidade... MINHA NOSSA SENHORA QUE VIADAGEM! Pare com isso, Castiel. Você não pode estar gostando daquela baixinha, nem morto. Você a odeia, você a odeia. Você... precisa tomar um banho pra esfriar a cabeça.”

Com esses pensamentos, me dirigi ao banheiro.

POV’s Castiel OFF