Uma história de amor um pouco diferente escrita por Weslley Fillipe


Capítulo 10
Capitulo Nove - Uma nova amiga : Amber Collins




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Ele estava usando uma blusa cinza escuro minha, e uma cueca box que era o seu pijama. Ele chega mais perto de mim, me forçando a abraçá-lo, eu chego mais perto, nossos corpos se tocando, o fogo crescendo. Nem o frio daquela noite era capaz de apagar o fogo que estava naquele quarto... Eu estava gostando daquilo, ele também...
Ele puxa meu pescoço, cochicha algo que não entendo e morde a ponta da minha orelha, ( se fôssemos desenhos animados seria aquela cena em que os olhos começa a revirar e sai fumava pelos ouvidos. ) eu sigo o combinado, mordo a dele também, ele me beija e vai descendo... Cada centímetro que ele descia era uma pitada de pecado que eu sentia, estava delirando com aquele tipo de pecado.
Ele continuou descendo, eu segurando sua mão, apertava-a a cada movimento excitante que ele fazia, Yuri não parecia nada tímido na hora, parecia bem experiente. Solto um gemido tanto quanto gay na hora, mas em julgar pelo momento não poderia chamar nada de super hétero. Ele chega naquele ponto vital nos pornôs, o oral... Cara, aquilo é tão bom! cada subida e descida era uma viagem só de ida pro paraíso... Depois de uns, ah seilá quantos minutos, eu não estava contando; ele sobe e agora é minha vez, mas quando vou descer ele segura meu braço, fazendo um movimento pra me inverter. Eu sabia o que ele queria, embora nerd eu conhecia a maioria das posições sexuais inventadas pelo homem. Fico ao inverso dele fizemos o famoso ''69''. Ele se virou com os joelhos sobre a cama e com as nádegas na altura do meu..Bem. Eu não tinha camisinha na hora, ele também não, mas não tinha importância; afinal éramos homens...

Foi a melhor noite da minha vida, uma noite inesquecível, uma noite mágica. Eu não iria morrer virgem, ele também não.
No dia seguinte, ele acordou primeiro que eu; estava na cozinha preparando o café da manhã pra mim, Megan, Alice e Gabriel. Quando me viu ele sorriu, um sorriso pervertido que não me contive e devolvi o sorriso. Gabriel percebeu, começou a rir tão alto que fiquei com vergonha e ele disse '' a noite de vocês foi tão bom quanto a minha '' e se interrompeu ao perceber que falou demais.
O fintei, se fosse o que ele estava pensando eu o mataria, por sorte minha prima não entendera nada...
– Hey Harry não se esqueça que tenho dezoito anos O.K. ? - Disse minha prima
– Isso, ela tem dezoito anos - Concorda Gabriel
– E vocês namoram a menos de uma semana - Respondo
– E vocês também. - Diz minha prima, com um sorrisinho no rosto. Devo ter ficado tão vermelho quanto Yuri

Mais tarde, quando os três estavam na sala, Megan chega atrás de mim ( estávamos na varanda) eu digo :
– Você já sabe de tudo né?
– Que você beijou meu namorado antes de ele ser meu namorado ou transou com seu melhor amigo ontem ?
– É, você sabe de tudo...
Ela ri
– Não se preocupe, não deixei de amá-lo por isso, estamos juntos nessa tá?
– Tá. - Ela me beija no rosto.

Minha mãe nos levou no parque para ficar um tempo fora de casa. Ficamos no parque deitados na grama olhando pro céu.
– Cara, to me sentindo revigorado! - Diz Gabriel
– Só porque Megan tirou seu lacre sexual? - Ela me taca um graveto
– Também. Mas e você Yuri também está revigorado ? Pelos gemidos ontem a noite..
– Vai pro inferno Gabriel! - Yuri estava tão corado e tão fofo ao mesmo tempo...
Ele estava deitado do meu lado na horizontal, Megan e Gabriel na vertical, formando um círculo; minha irmã estava colhendo flores distante o suficiente pra não ouvir a conversa.

Eu estava apaixonado? Aquilo era amor? Parecia... Deixa pra lá... Adormeci naquele gramado por vinte minutos.
Acordei sentindo um desconforto no peito, minha prima perguntou se eu estava bem e respondi que sim; até dar o primeiro passo. Uma dor começou a queimar no mesmo lugar que aquele dia: o coração. Era uma dor tão forte que pensei que fosse infarto, eu comecei a chorar sem estar triste, a gritar sem ter voz, eu estava perdendo a visão e minhas pernas tremiam tanto que não conseguia parar.
Estavam todos em volta de mim, mas mesmo assim eu estava com medo, com medo de não conseguir voltar pra casa vivo. Minha prima liga pra emergência e eles dizem que demoraria no mínimo três minutos, mesmo eu não acreditando que tinha todo aquele tempo. Minha prima gritava com o que parecia ser '' vai ficar tudo bem, por favor não desista '' ( minha vista estava turva e minha audição estava falhando ) Gabriel gritava toda hora para que eu não dormisse, para continuar desperto; mas eu não poderia obedecê-lo, aquilo não dependia de mim, Jully estava tão zangada hoje que senti que estava estourando todas as paredes do meu coração e mandando esguichos de ácido puro por todos canais de todas minhas veias...

Cheguei no hospital sub-consciente e já me aplicaram uma injeção chamada ''adrenalina '' que era pra acalmar os nervos. A doutora estava me esperando na porta do meu quarto ( de novo a UTI ) e fechou-a imediatamente assim que entrei, ela pedia para que eu não gritasse, pra que ficasse calmo e que ela iria dar um jeito; mas eu não estava fazendo por vontade própria, meu corpo estava gritando de dor e minha cabeça não estava dando conta de suportar tudo aquilo, ela estava a ponto de explodir quando o efeito da adrenalina começa a fazer efeito, eu adormeço.

Acordo umas oito horas depois, estava de dia. Olhei pelo vão entre a porta e vi todos eles ( inclusive minha mãe ) me esperando. Pela cara dela e da minha prima elas já haviam recebido a notícia da Jully.
– Câncer ? - Perguntou uma menina do meu lado que não havia percebido que estava lá.
– Leucemia
– Entendo.
Ela era ruiva, branca e parecia uma bonequinha, tinha olhos castanhos tão cláros que se confundia com o verde na luz do sol.
– Me chamo Amber, Amber Collins, prazer
– Meu nome é Harry Augustus, o prazer é todo meu
– A quanto tempo foi diagnosticado ?
– Há uns dois meses e meio, e você?
– Há sete anos.... Quantos anos você tem ?
– Dezesseis
– Quinze
Ela passara metade da vida sabendo que ia morrer, eu não tinha direito algum de ficar falando de morte perante uma guerreira tão jovem e bonita...

Estávamos nos conhecendo quando a enfermeira entrou e disse que ela poderia ir embora, que sua próxima sessão era semana que vem. Me despedi e ela me deu o número dela:
– Me ligue
– Ligarei. - Disse sorrindo.
Ela se foi e eu fiquei sozinho no quarto, ainda faltava dez minutos pra visita, então aproveitei e comecei a ler '' Uma Aflição Imperial '' De Peter Van Houter que a doutora Maria Ester me deixara.

Quando a hora da visita chegou, entrou Yuri e Gabriel ( só podiam dois de cada vez ) e Yuri notara o papel em minha mão :
– Um pedaço de papel?
– Um número de telefone
– De quem ? - Disse Yuri tentando não parecer ciumento
– O nome dela é Amber Collins
– Ela é legal ?
– Sim
– Bonita?
– Yuri isso não é um interrogatório - Diz Gabriel.
Eu havia percebido que Yuri estava com ciúmes mas demorei pra entender na hora.
– Ah, bem... Como você está? - Pergunta Gabriel
– Morrendo, e você?
– Não eu não...
– Como meu garoto favorito está ? - Pergunta a doutora
– Morrendo
– O.K agora me conte as novidades
– HaHa como a senhora é engraçada...
– Faço o que eu posso - Diz ela sorrindo e injetando algo no meu soro
– O que é isso ?
– Vitaminas, você não pode ficar sem comer não é ?
– Não
– É. Você sempre discorda de tudo ?
– Não
– Sim - Diz Gabriel
– Ta legal vocês estão me confundindo. - Diz Yuri - Quando Harry poderá ir embora?
– Talvez semana que vem
– Perder mais uma semana de aula...
– Privilégios do câncer
– Privilégios do câncer...

Dia após dia era um saco aquele hospital. Nada de bom pra fazer, só ficar olhando pro teto e aquele barulhinho irritante de '' pi....pi....pi.... '' tinha horas que torcia pra maquina fazer um '' piiiiiiiiiiiiiiii '' de uma vez por todas..
Na manhã de Sexta tive uma visita ótima! Amber Collins.
Eu havia esquecido de ligar pra ela.
– Bom dia Harry - ela sorri
– Bom dia Amber.
– Como você está ?
– Morrendo
– Que coincidência!... Mamãe pode ir, ficarei um tempo aqui, sim sim, não mamãe pode ficar sossegada, eu sei, ta, ta já entendi, tchau mãe amo você também. - Falava com a mãe pelo telefone - Ufa, mães enche muito não acha?
– Acho
– O que você tem ? Da última vez que eu estava aqui você estava mais animado
– Ficar numa cama de hospital irrita qualquer um
– Então seus problemas acabaram! A Mr Alegria chegou!
Ela parecia um anjo, conseguia alegrar qualquer um, era bonita, e estava morrendo, igual a mim...
Ela sentou na cama perto do meu tórax e pôs a mão no meu peito, sentiu minhas batidas e disse :
– Ta ouvindo?
– O que?
Seu coração dizendo que vai ficar tudo bem
– Ah, que bom. E o que o seu diz?
– Que você é lindo. - Ao invés de ficar vermelha como a maioria, ela sorri, pude sentir uma sinceridade doce em suas palavras
– O meu disse que se você chegasse uma leucemia mais cedo eu me casaria com você
– Doenças, acabando com casamentos. - Começamos a rir

Ela chegou nove horas da manhã e foi embora sete horas da noite. Não sabia se realmente gostava de mim ou se apenas sentia pena, o que era pouco provável já que ela também estava morrendo. Vinha me visitar quase todo dia sempre que podia, Yuri vinha na mesma frequência, mas tardou quando viu que ela me divertia mais que ele. Sempre que ele vinha ( quando vinha ) estava bravo, zangado, resmungava por tudo; era chato ficar perto dele daquele jeito, sorte que Amber sempre ia pra me alegrar.

Saí do hospital quinze dias depois e liguei pra Amber quase que imediatamente. Fiquei trocando mensagens com ela toda hora, todo dia, até que um dia não percebi que Yuri não havia voltado pra casa...
– Harry, faz quatro horas que o Yuri saiu pra procurar você e até agora não voltou
– Mas eu não sai de casa hoje
– Estranho..
– Deixa que eu vou atrás dele, acho que sei onde ele está. - E estava correto. Sempre que ele ficava triste, ia pra uma praça perto da antiga casa dele e ficava chorando atrás de uma caixa de areia gigante.
– Aconteceu alguma coisa? - Pergunto
– Nada, me deixe sozinho
– Mas o que eu fiz?
– Nada, você não fez absolutamente nada! - Ele estava zangado, mas por quê?
– Cara se tem algo que eu fiz - Digo tocando em seu ombro - Me fale talvez.. - Ele bate a mão afastando seu ombro
– Você não fez nada, nunca fez e nunca irá fazer nada! Eu moro de favor na sua casa. Chega! Vocês não são obrigados a cuidar de mim, eu não sou mais uma criança!
– Deixa disso cara, você é meu amigo, meu melhor amigo!
– Amigo, isso que eu sou, não passo de um simples amigo
Na hora percebi onde ele queria chegar
Eu agarrei seu braço com força e puxei ele pra frente e disse : O QUE VOCÊ QUER Q EU DIGA? QUE EU TI AMO SEM TER CERTEZA DE NADA?
Eu devo ter dito aquilo bem alto, pois ele estava espantado
– SIM, É ISSO QUE EU QUERO QUE VOCÊ DIGA! PORQUE EU TI AMO, VOCÊ ME AMA, POR QUE NÃO PODEMOS SER FELIZES?
– Eu não... Eu não tenho certeza Yuri..
– Então aquela noite não passou de uma simples diversão não é mesmo ?
– Não, é que .. - Eu tento beijá-lo pra terminar a conversa outra vez já que não conseguia continuá-la, mas ele evita meu beijo.
– Não, não mais. Você gosta da Amber, fique com ela. Assim que conseguir um lugar pra ficar sairei da sua casa e deixarei você viver a sua vida. - Ele diz, saindo andando em direção a minha casa.
Coloco as duas mão na cabeça e começo a puxar meus cabelos com força, eu não entendia o que estava acontecendo comigo, com ele, com ninguém! Liguei pra Amber e perguntei se ela poderia me encontrar na mesma pracinha, ela concordou.


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Notas finais do capítulo

Eu posso ter nascido pra escrever, mas literalmente não nasci pra encerrar capítulos. Nunca consigo!



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