Segredos escrita por Reptiliano


Capítulo 15
Os Seres Do Amanhã


Notas iniciais do capítulo

~ Então é isso, né? Acabou. T-T
~ Espero que vocês gostem deste capítulo e que tenham gostado da fiction, porque eu escrevi com muito amor e carinho (apesar de ter ficado muito tempo sem postar -qqqq)
~ Eu queria agradecer aos que leram, aos que comentaram e aos que favoritaram porque, mesmo que tenham sido poucos, me incentivaram o suficiente para não desistir. Vocês são demais. Boa leitura. Vejo vocês na próxima fiction (ou não -q). Vejo vocês em "Vilões".



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John estava com uma chave de fenda na boca enquanto mexia numa peça do computador. Tim estava desligado pois John suspeitava que Jedikiah pudesse ter colocado travas de segurança para que ele não alterasse nada, então achou que o modo mais seguro de trabalhar seria manualmente. John sentiu duas mãos em sua cintura e então dois braços o envolveu. John sorriu deixando a peça do computador e a chave de fenda de lado e beijando Stephen lentamente enquanto o abraçava.

– Você demorou.

– Bom, eu tive que explicar para Astrid e David sobre todo o plano. David parecia estar se divertindo.

John riu. David era o tipo de nerd que gostava desse tipo de aventuras.

– Eu quase terminei. Só falta plugar um chip nesse hardware e o nosso amigão vai poder invadir qualquer coisa. Bom, não qualquer coisa de fato, mas coisas grandes.

– Alguma ideia de onde começar?

– Bom, eu poderia investigar a vida pessoal dele e ver se ele tem relações com algum tipo de policial, soldados, etc... Tem notícia da Charlotte?

– Sim. Donna ligou. Eles não foram informados de nada. Provavelmente o prefeito quer evitar que isso se espalhe. Se isso é verdade, então eles não têm acesso ao sistema.

– Duvido que o prefeito consiga esconder isso. À essa altura, o próprio Obama já deve estar sabendo de tudo.

Os dois riram, sem saber exatamente porquê.

John plugou o chip que falara na peça que ele abrira e a colocou de volta no computador. Procurou por um botão na parte de trás da lente de projeção de Tim e o apertou. O computador fez um bip e então ligou.

Cara, Kevin, Daniel, Natalie e Charlotte entraram na sala dando um leve susto em Stephen. Kevin e Cara estavam de mãos dadas e sorrindo um para o outro, o que fez com que Stephen se sentisse um pouco mais confiante.

– Olá, John. Me sinto limpo. Você andou brincando comigo outra vez?

– Preciso de você mais uma vez.

– Ficarei feliz em ajudá-lo outra vez, John.

– Ei, Tim... Você sabe que ele está namorando, certo? – Falou Stephen brincando.

– Se eu não conseguisse identificar as frequências das vibrações sonoras da sua fala eu poderia dizer que você está me ameaçando, Stephen.

– Nah! Só brincando.

– Então, Tim... Eu preciso que você me mostre que tipo de relação o prefeito tem com as autoridades. Marinha, aeronáutica, exército, polícia, FBI, Interpol... Qualquer coisa.

– Hm... Vejamos...

Uma foto do prefeito apareceu na parede ficando um pouco deformada na parte inferior devido à uma mesa que estava ali. Várias fotos passavam num canto da projeção e o que pareciam ser vários links passavam na parte inferior justamente onde havia a deformação da projeção, enquanto que no outro canto superior, Tim processava números de telefone.

– Thomas Fritz Arkadius. – Disse o computador por fim revelando uma página no facebook relacionada à uma polícia alemã. – Recentemente ele ganhou uma promoção e conseguiu um próprio departamento dentro da Polícia Internacional. Arkadius e ele são amigos de infância, mas Arkadius voltou para a Alemanha quando seus pais morreram e ele ficou por lá.

– Essa é a única conexão que você tem? – Perguntou John

– Na verdade, há outro. – Tim projetou na tela um homem de cabelos brancos grisalhos, porém bem penteados. – Osman Hilal.

– Esse é de onde agora? – Dizia Kevin com tom de sarcasmo – Turquia?

– Exatamente. – Respondeu Tim, achando que Kevin falava sério – Hilal é um comandante do exército que ficou amigo do prefeito por causa de Arkadius.

– Então todos os três estão conectados. – Comentava Stephen baixinho para sí próprio. – Tim, você consegue me dizer se há algum registro de movimentação deles? Formação de batalha ou coisas do tipo.

– Sinto muito, Stephen, mas parece que você está confuso. Não consegui processar seu pedido.

– Stephen quer saber se existe a possibilidade de eles estarem formando uma equipe de ataque. De eles estarem comunicando entre si de alguma forma – Falou Cara

Tim não respondeu. Apenas começou a exibir uma enorme lista de números com dez dígitos ou mais. O supercomputador estava invadindo o banco de dados dos celulares dos três sujeitos para ver se achava alguma conexão.

– Eles têm se falado após muito tempo. Procurei registros de ligações entre os três durante os últimos dez anos e só encontrei cinco de cada. Sendo uma das três de cinco anos atrás. Todas as restantes foram feitas na semana passada. E duas delas para o Dr. Price.

– Jedikiah! – resmungou Cara revirando os olhos.

– E o banco de dados do computador? Eles devem usar algum tipo de sistema de informação. – Falou Daniel

Mais uma vez, Tim não falou nada. Apenas começou a mostrar códigos pelo projetor. Precisava hackear os diferentes sistemas para que pudesse então ter acesso às informações.

– Há um mandato de tropas.

Tim exibiu na parede um formulário com a foto de Osman.

– Duas tropas com trinta homens, cada uma. Um tanque de guerra e um helicóptero serão enviados em caso de emergência.

– Nossa! O que eles querem? Audiência? – Disse Kevin surpreso.

– Eles vão dizer a verdade para o mundo. Todo o quarteirão já foi evacuado, por isso todo esse silêncio. – Falou Natalie.

– Nós podíamos usar isso a nosso favor. – Comentou Stephen que parecia dizer isso mais para si próprio do que para os demais.

– Parece que você está pensando em algo. – Disse Daniel pronto para ouvir o que Stephen queria dizer.

– Eles já devem estar chegando. Vamos nos preparar.

Stephen, Cara, Charlotte e John ficaram na porta da frente receosos que o ataque viesse de maneira inesperada, apesar de saberem que não viria já que os soldados eram apenas humanos. Natalie e Daniel estavam no telhado do outro lado da rua. Um pouco depois apareceu Kevin para fazer-lhes companhia, mas este se juntaria aos quatro lá embaixo. Todos eles usavam um dispositivo de escuta que Cara encontrou na sala de armas para que pudessem se comunicar um com o outro durante a batalha que estava por vir.

Alguns minutos depois, dois homens seguidos de cinco soldados armados até os dentes apareceram e se aproximaram. Os dois homens eram Thomas Arkadius e Osman Hilal. Os dois pareciam querer conversarem antes de saírem atirando para todo o lado.

– Stephen Jameson? – Perguntou Arkadius. Era bem mais alto do que na foto. E bem mais gordo também. Era meio careca, com cabelos apenas do lado, um pouco acima das orelhas e dando a volta na nuca. Seu bigode preto parecia querer cobrir toda a sua boca. – Me chamo Thomas Arkadius. Trabalho para a Interpol. Polícia Internacional. – Arkadius falava com um levíssimo sotaque alemão enquanto mostrava seu distintivo. – Este é o meu parceiro no caso. Osman Hilal – Disse Arkadius deixando escapar um pouco de cuspe.

Hilal também mostrou seu distintivo. Os dois estavam sérios e os soldados atrás deles, mudos, porém todos os sete estavam atentos. Prontos para qualquer movimento suspeito que fizessem.

– Podemos entrar para conversarmos melhor? – Perguntou Osman. Seus cabelos brancos grisalhos levemente arrepiados chamavam atenção por causa do Sol que batia ali e refletia fortemente. Osman era velho, porém isso não significava que ele fosse frágil. Tinha um histórico invejável, de acordo com Tim.

– Acho que isso não será possível. – Disse Stephen – Vocês vêm até aqui armados até os dentes e querem simplesmente conversar? Vocês estão sendo hostis demais para uma conversa.

Osman riu.

– É o seu grupo que tem uma garotinha com uma espada e nós é que somos hostis.

“Péssima escolha de palavras” Disse John telepaticamente.

“Cala a boca, idiota”

John quase riu e Arkadius pareceu notar que o amigo de Stephen e o mesmo estavam conversando telepaticamente.

– Tudo bem, Osman. Vamos conversar aqui mesmo. Eles já estão até rindo de nós telepaticamente. – Falou Arkadius com um sorriso que deixou Charlotte com náusea. – Eu preciso que você venha comigo... conosco.

Thomas e Osman fitaram-se não muito amigavelmente.

– Isso não vai acontecer. – Disse John apontando uma arma para Thomas.

Os soldados que acompanhavam os dois estavam todos apontando para John, com os dedos nos gatilhos. Charlotte já havia sacado sua espada agilmente. Kevin, Natalie e Daniel também estavam prontos.

– Eles querem nos prender. Nos estudar. Nos dissecar. – Intrometeu-se Cara também apontando uma arma, mas para Osman. – Eu estive em suas mentes. Jedikiah já os avisou de tudo.

– Se você esteve em nossas mentes então sabe que sabemos que vocês não podem matar. – Osman parecia contente – Vocês virão conosco.

– Não. Vocês não têm uma ordem para nos prender. E nós não lhe fizemos mal. Vocês sabem disso. Jedikiah também deve ter falado que nós os salvamos uma vez.

– Ele disse. – Respondeu Cara.

– E o que você vai fazer? – Falou Osman elevando a voz – Vai nos fazer flutuar e girar até ficarmos tontos? Vocês não podem me matar.

– Nós não queremos matar ninguém. – Disse Stephen sentando-se no chão. “Prepare-se, Kevin. Já estamos ao vivo na internet?”

“Sim. Daniel deixou Tim ativado e então viemos para cá. O mundo inteiro está assistindo toda a conversa de vocês”

John, Cara e Charlotte também sentaram-se no chão.

– Nós não fizemos nada. – Falou John – Somos inocentes.

– E vocês não têm um mandato para nos prender.

– Você realmente vasculhou tudo em minha mente, mocinha. – Disse Arkadius para Cara com uma ansiedade suspeita.

– Tudo bem – Começou Osman já sem paciência – Vocês não querem vir por bem... virão por mau.

– Espere! Osman! – Gritou Arkadius, mas já era tarde.

Osman já havia estalado os dedos e as balas avançaram contra os quatro sentados no chão de pernas cruzadas porém nenhuma delas atravessou. Algumas ricochetearam e outras simplesmente caíram no chão. Stephen e os outros abriram um sorriso que ia de orelha à orelha.

– Isso é impossível! – Dizia Arkadius não acreditando – A telecinese de vocês é ativada por comandos corporais e conectadas à sua mente. Além disso vocês não tiveram tempo nem para pensar. – Ele parecia muito assustado.

“Obrigado, Kevin.”

“De nada”

– Eles não estão sozinhos. – resmungou Osman enquanto olhava em volta procurando o reforço dos quatro e não achando ninguém.

– Nós não queremos lutar. – Disse Stephen em voz alta, erguendo-se novamente. – Vão e nos deixem em paz!

Os outros se ergueram novamente olhando para o seu novo líder.

– Vocês são uma desonra para a nossa raça. Vocês são... – Osman fora interrompido por Stephen.

– Nós somos os Seres Do Amanhã. E vocês irão embora!

– Não acho que isso irá acontecer. - Osman pegou o que parecia um comunicador. – Executem a ordem 56.

Stephen olhou em volta assustado e os soldados começaram a aparecer nas ruas. Marchando e armados. Prontos para o abate.

– Quando a imprensa chegar vocês estarão nos atacando e nós nos defendendo. Não há ninguém para testemunhar contra vocês! Vocês irão cair!

John lançou os cinco soldados que estavam próximos longe com telecinese e atacou Osman. Porém este sabia se defender. John levou alguns golpes no rosto, mas não demorou muito e logo Osman estava no chão desmaiado.

Arkadius encarou o grupo com medo. Apenas ele estava de pé. Stephen olhou nos olhos do velho e pediu que este se retirasse. Não foi preciso falar duas vezes e logo o homem fugiu.

– Stephen, o que faremos? – Perguntou Natalie pelo comunicador

– Agora nos defendemos. Vocês acham que conseguimos derrotá-los? – Falou Stephen fazendo todos abrirem um largo sorriso.

– Você só pode estar brincando. – Comentou Kevin.

Ao lado de Daniel, Kevin e Natalie, no alto do prédio, apareceram várias munições, armas de longo alcance e explosivos. Daniel agradeceu o irmão e o abraçou. Poderia ser a última vez que fariam aquilo.

– Ok. Tentem não matá-los. – Lembrou Stephen.

Os soldados avançaram todos contra a fachada da Ultra. A princípio fora um chuva de balas. Kevin, como era um sinergista habilidoso, protegeu o grupo mais uma vez. Quando as balas pararam, os quatro se teleportaram para onde os soldados estavam e começaram a brigar com eles.

Cara deu um chute giratório num soldado e depois abaixou-se esquivando do golpe de um outro que vinha por trás. Natalie estava dando suporte para a jovem pela escuta. Cara deu um soco na vertical para cima, como um gancho derrubando o soldado. Outros dois a seguram por trás, mas Charlotte cortou a perna de um e as costas do outro. Isso fez com que os soldados liberassem Cara. A garota, por sua vez jogou-os longe usando telecinese. Eles bateram as cabeças no chão e caíram desmaiados.

Charlotte girava dando golpes com a espada em todas as direções. Teleportava-se para atrás de um inimigo aleatóriamente e os cortava apenas uma vez, então teleportava-se novamente cortando outro soldado para teleportar-se de novo. Uma estratégia que a menina tinha criado e que parecia estar funcionando. Os soldados ficavam feridos e desnorteados. Não sabia de que lado ou quando seriam atacados. Além disso, ela poderia dar apoio aos outros assim como fez com Cara.

John às vezes atirava na perna de algun soldado na esperança de imobilizá-lo. Quando conseguia, dava socos no rosto dos soldados tentando fazê-los desmaiarem. Um soldado atirou contra John porém a bala ricocheteou caindo para o lado. John olhou em volta à procura de seu salvador e viu Stephen do outro lado do pátio com uma das mãos levantadas.

Stephen por sua vez, usava telecinese como um campo de força. Técnica que o rapaz acabou aprimorando enquanto lutava contra o Fundador. Usava a telecinese também para derrubar soldados, puxando-lhes a perna ou jogando-os longe.

– Chalotte. Tem mais cinco aparecendo à sua direita. Provavelmente pertencem ao segundo grupo. – Falou Daniel pela escuta.

– Kevin. Uma ajudinha? – Disse Charlotte. – Eu não posso matá-los e não quero me distânciar do grupo.

– Claro.

Charlotte lançou a espada contra os cinco que apareceram agora. Kevin usou a telecinese para controlar a espada que estava no ar. A espada desapareceu e perfurou o peito de um soldado e cortou a garganta de outro. A espada desapareceu no ar novamente e cortou a perna de mais um soldado e, num movimento giratório, fez vários cortes nos outros dois restantes. A espada sumiu mais uma vez, aparecendo no chão ao lado de Charlotte.

– De nada. – Falou Kevin

Um helicóptero apareceu de algum lugar. Nele haviam mais alguns soldados dando tiro nos quatro que estavam no chão lutando. Daniel pegou dois explosivos e lançou contra o helicóptero.

– Natalie, uma ajudinha aqui também?

Os explosivos não chegaram nem perto e explodiriam no chão se Natalie não usasse a telecinese à tempo. Os dois explosivos voaram verticalmente para cima acertando o helicóptero.

O helicóptero começou a cair. Alguns soldados pularam e abriram o paraquédas, mas esta não era a preocupação deles no momento. O helicóptero ia explodir quando chegasse ao chão.

– Eu cuido disso. – Falou Kevin antes de se teleportar.

O rapaz apareceu dentro do helicóptero, mas como estava em queda livre não conseguiu permanecer lá dentro. Por sorte, segurou-se num cinto do banco. O cinto estava queimando e logo iria arrebentar. Kevin precisava agir rápido. No instante em que o helicóptero ia tocar o chão, ele sumiu.

– O que aconteceu? – Perguntou Stephen ao ouvir o grito de Daniel na escuta que estava em seu ouvido.

– Kevin teleportou-se com helicóptero e tudo. – respondeu Natalie. – Como estamos aí embaixo? – A menina aproximou-se da beirada do prédio e olhou para baixo.

A maioria dos soldados estavam no chão, desmaiados ou quase. Um ou dois talvez estivesse morto (por John ou Kevin), porém havia sangue para todo lado e em todo mundo.

– Stephen... tem mais chegando. – Avisou Daniel – E eles não estão sozinhos.

A segunda tropa marchava – com cinco homens a menos – acompanhanda de um tanque de guerra. Haviam dois grupos porém que carregavam uma bazuca, cada um.

– Filhos da... – John assustou-se, porém não iria esperar os soldados atacarem primeiro novamente. Atirou contra alguns soldados que preparavam a bazuca. A arma caiu no chão causando um enorme estrondo.

– Kevin! – Gritou Stephen esperando que o sinergista respondesse. A chuva de bala viria mais uma vez. – Gente! Me ajudem aqui!

Cara e Charlotte rapidamente teleportaram-se para o lado de John e Stephen e estenderam as mãos, bem em tempo quando a chuva de balas começou. Porém um dos tiros era de bazuca. Quando o tiro da bazuca tangiu o campo telecinético dos quatro, os mesmos foram arremessados para trás com uma força que eles não podiam controlar. Stephen, segundos antes de caírem, usou sua telecinese para amortecer a queda. Não foi muito efetivo, visto que Charlotte e John desmaiaram.

Cara ficou de joelhos ao lado dos dois e olhou desesperada para Stephen que já estava se levantando. Foi então que Stephen reparou no sangue escorrendo da cabeça de Cara pelo rosto, próximo ao olho.

– Natalie. Tem uma árvore bem pequena atrás de alguns soldados, ali do outro lado da rua, está vendo? – Prestando toda a atenção em Daniel, Natalie procurou pela pequena árvore bem do outro lado da rua. – Você consegue derrubar alguns deles com ela?

– Eu posso fazer melhor. – Disse Natalie estalando os dedos.

A minúscula árvore pareceu ter ganhado vida, visto que movimentava-se como se seus galhos fossem braços, atacando os soldados, jogando-os longe com o impacto dos galhos. Aos poucos as raízes saíram do chão e a árvore andava conforme Natalie a controlava. Vários tiros a acertavam, mas era em vão.

Stephen aproveitou a distração dos soldados e pediu que Cara tirasse John e Charlotte dali. A menina prontamente obedeceu e teleportou-se sumindo com os dois. Ela apareceu ao lado de Daniel e ia teleportar-se de volta para o lado de Stephen, se não tivesse caído. Estava exausta. Todos eles estavam.

A árvore controlada por Natalie fora atingida por uma das bazucas enquanto os soldados avançavam para Stephen que agora estava sozinho. A árvore em chamas caiu, quebrando-se no tronco. Aproveitando que tinha mais de uma peça agora, Natalie jogou os galhos flamejantes contra um soldado que segurava uma das bazucas e atirou a outra parte do tronco contra o tanque de guerra.

O tanque porém, mirou no prédio e atirou. O prédio todo sacudiu. Natalie pegou Daniel e algumas armas e sumiu com os dois dali. Quando voltou para pegar John, Cara e Charlotte, viu que John estava acordando. O tanque atirou novamente e o prédio começou a desmoronar inclinando-se para o pátio.

– Vamos John... Precisamos sair daqui!

John e Natalie teleportaram-se dali. Aparecendo do lado de Stephen. John, porém, viu que iam atirar com a bazuca mais uma vez. Stephen, instintivamente criou um campo de força com sua telecinese, mas quando a munição da bazuca tocou sua defesa, Stephen fora lançado longe. John teleportou-se agilmente e pegou Stephen no ar.

Kevin reapareceu sendo recepcionado por um soco e um abraço forte do irmão. Stephen estava meio tonto no chão, com a cabeça no colo de John.

– Stephen... Fale comigo.

– Eles estão derrubando o prédio? – Perguntou Stephen falando meio enrolado.

– Sim, mas... nós precisamos sair daqui, ou vamos todos morrer.

Kevin aproveitou a distração de todos para sumir com a bazuca restante. Pegou um explosivo com Daniel e o colocou dentro do tanque explodindo-o de dentro para fora.

Kevin teleportou os explosivos restantes para dentro do prédio em diferentes lugares. Depois pegou o tanque, que apesar de estar vazio (e explodido) por dentro, ainda estava inteiro. Não era fácil, porém, simplesmente jogar um tanque de guerra contra um prédio. Foi difícil e o nariz de Kevin começou a sangrar, mas não demorou muito e o prédio estava todo no chão.

– Então nós vencemos. – Disse Stephen quase desacordado – Hora de irmos.

Natalie, Kevin e Daniel encaravam John esperando uma resposta. John acenou com a cabeça e todos entenderam que era para irem embora, mesmo que não tivessem derrotado todos, se continuassem ali iriam morrer. Acabou.


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