Uma semana se passou após o ocorrido sob um prédio no escuro da noite, estava Jedikiah, aparentemente sozinho com seus pensamentos. Chega a ser perigoso após tudo o que aconteceu, Jedikiah pensou dando um pequeno sorriso.

– Você veio cedo.

Jedikiah agora olhava para o céu encarando as estrelas.

– Você também, Astrid.

– Você tem notícias dele?

– Não. E acredito que nem você.

Astrid se aproximou de Jedikiah também olhando as estrelas. Como estaria Stephen agora? Depois de tudo o que aconteceu.

– Você também assistiu a transmissão? – Perguntou Astrid encarando Jedikiah.

– Até o momento em que foi cortada. Eu devo admitir, meu sobrinho foi muito inteligente por ter feito essa transmissão ao vivo.

– E muito idiota por ter ficado todo aquele tempo lá.

– É, mas graças à isso ele saiu como um herói. Infelizmente a Interpol e o exército não estão nada felizes com isso.

– Acontece que nosso amigo Osman não era do exército. – Disse o prefeito juntando-se à Jedikiah e Astrid – Vocês chegaram cedo. E estão falando muito alto.

– Como é? – Perguntou Astrid intrigada

– Aquele uniforme não é do exército. Osman seria um idiota de fazer isso. Arkadius foi mais inteligente de não ter levado ninguém, porém, eles não sabiam que estavam sendo filmados, então...

– Mas se eles não são do exército quem são eles?

– Eles são chamados de Supremos. Ainda não sei qual o nome da organização porque Osman é muito reservado. Provavelmente morreria para manter esse segredo. – Respondeu Jedikiah. – São os vilões, provavelmente.

– Já tem um monte de teoria sobre eles na internet... Pelo menos é o que John disse. – Stephen aparentemente subindo pela escada de incêndio.

– Meu Deus! Você está vivo! – Astrid Correu para os braços de Stephen abraçando-o forte e deixando as lágrimas escorrerem. – Pelo amor de Deus não nos mate do coração outra vez.

Stephen sorriu. Era bom ver a amiga e o tio mais uma vez.

– Oi, Stephen.

– Tio.

– Então, os Supremos ficaram sabendo sobre nós e querem nos usar como armas. Ainda mais agora que viram o John e o Kevin matar alguns soldados. – Stephen deu de ombros, parecia triste.

– As pessoas estão do seu lado, Stephen. Você e seu Refúgio estão seguros. – Disse o prefeito tentando consolá-lo.

– Obrigado, Prefeito Roman.

– Você vai nos contar como estão as coisas ou vamos ter que arrancar de você? – Falou Astrid sorrindo de orelha à orelha.

– John, Cara, Natalie, Daniel e Kevin estão bem, mas a Charlotte... Ainda não acordou. Acho que ela precisa de um hospital. – Ele falou suspirando e fitando Roman.

– Vou cuidar disso. – Respondeu o prefeito.

– Eles não suspeitam de nada? – Perguntou Jedikiah louco para saber mais.

– Não. Eles ainda acham que você é um traidor e sinceramente, se você não tivesse me dito nada desde que lutamos com Kevin... Como está Morgan?

– Bem. Ela ficou chocada com tudo o que aconteceu.

– Nós também. O ruim é que você vai ter que desaparecer por uns tempos já que você ficou contra nós e ao contrário do que pensamos, as pessoas ficaram do nosso lado.

– É, uma pena... Mas não fique tão convencido. Vocês não podem pisar na bola... deixa eu ver... nunca! As pessoas vão pensar que vocês são os vilões da história.

– Às vezes os vilões só têm uma visão diferente do que é o certo. Nem sempre podemos culpá-los. – Comentou Astrid – Mas que tal aproveitarmos essa onda de paz por algum tempo?

– Concordo totalmente. – Disse Stephen rindo.

O garoto juntou-se à Astrid, Roman e Jedikiah próximo ao muro do prédio para encarar as estrelas. Para ele, cada uma delas era um Ser Do Amanhã que valia ser salvo. O Refúgio deixaria de ser apenas um Refúgio para àqueles que procuram abrigo, mas seria um enorme lar para uma família ainda maior. Um lar para Os Seres Do Amanhã.