Selecionados escrita por GarotoTumblr


Capítulo 4
A Aliança


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Então... percebe-se que eu demorei para postar. Calma, tudo tem uma explicação.

Nas três ultimas semanas eu estava em período de provas, então estava impossível escrever alguma coisa. Esse capítulo já estava parcialmente escrito. Eu poderia ter acabado ele em um dos finais de semana que eu simplesmente não fiz nada, mas eu meio que fiquei desanimado em continuar com a fic por ter recebido apenas um comentário no capítulo passado. Entretanto, eu não vou parar de escrever essa fanfic enquanto pelo menos uma pessoa gostar dela.

O próximo capitulo pode demorar um pouco para sair, pois vai começar a recuperação e eu acho que vou ficar em algumas matérias. Como não tem nada concreto, talvez ele saia entre o dia 15 ao dia 24, mas eu vou tentar adiantar o máximo possível para publicar ele antes desse período.

Por fim, só queria agradecer outra vez a Chayenne, pois foi uma das pessoas que eu sempre me lembrava antes de criar coragem para continuar a escrever. Obrigado por sempre falar: "não para de escrever". Isso foi fundamental. Também queria agradecer a Fizzy, uma leitora que acabou de chegar, mas já ganhou um lugarzinho no meu coração (



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BRANDON

Chegava a ser completamente estranha a sensação de ganhar alguma coisa, visto que eu havia passado praticamente metade da minha vida perdendo. Além disso, Brandon, o Teleportador, não existia mais. Eu havia ganhado uma nova identidade ao passar por aqueles corredores. Agora as pessoas me conheciam como Brandon, o Selecionado.

Não que conseguir passar pela Seleção fosse uma grande coisa. Mas para aqueles prisioneiros que lançavam-me olhares mortíferos, estar entre os dez era o único objetivo que eles alimentaram durante a maior parte da vida. Ganhar e ser livre. Eles não estavam errados por lutar pela liberdade, mas com os Barbarians as coisas funcionam de outras maneiras lá em baixo. Não éramos protegidos por ninguém. Não tínhamos nenhum direito.

Finalmente havíamos encontrado a porta do quarto da Brooke após carregar todos aqueles olhares. Entrei no local e fechei a porta. Joguei-me exausto na cama da morena, que trocava as suas roupas dentro do banheiro. Com as costas no colchão e a cabeça repousada em minhas mãos, permiti-me fechar os olhos por alguns segundos. O cansaço tomava conta do meu corpo, mas a adrenalina não parava de correr pelas minhas veias. Não conseguir dormir foi inevitável.

— Não consegue dormir? — Brooke perguntou, repousando as mãos no meu peito.

Abri os olhos e deparei-me com ela deitada ao meu lado, vestindo uma das minhas camisas que cobria parcialmente as coxas. A cama era de solteiro, mas era grande o suficiente para caber nós dois, contanto que nos espremêssemos um pouco.

— Não — suspirei — Eu acho que estou com um pouco medo.

A menina semicerrou os olhos, estudando as minhas expressões faciais. Uma mania que nunca a havia deixado.

— Medo de que? — ela perguntou cautelosamente — Nós conseguimos ser selecionados, Bran. Essa é a nossa oportunidade para nos vermos livres dessa maldita prisão.

— Eu sei. Isso é ótimo. Mas aqui nós temos algo fixo. A vida na Terra é algo incerto.

Brooke franziu o cenho e subiu em cima de mim, apoiando os joelhos em cada lado da minha cintura. Ela curvou a coluna lentamente até os seus lábios encontrarem a minha orelha.

— Eu acho que você deveria parar de se preocupar com o futuro e se concentrar no presente — ela sussurrou e mordeu levemente o meu lóbulo — Eu estou com saudades de você, Brandon.

A provocação de Brooke atingiu-me como uma bomba. Eu mordia o meu lábio inferior enquanto tentava me controlar, mas o desejo de manter aquele corpo o mais próximo possível do meu estava saindo do controle. Tomado pelo instinto, envolvi a cintura da menina com os braços e a puxei contra o meu corpo, atacando os lábios dela em um beijo voraz.

Brooke abriu rapidamente o zíper na parte frontal do uniforme de treinamento e retirou a parte de cima da roupa, deixando o meu peito nu. Sem pestanejar, levei as minhas mãos para a barra da camisa que a menina vestia e a retirei, expondo o padronizado sutiã cinza que todas as meninas vestiam na Alcatraz II.

— Brandon, acho melhor a gente parar — ela falou encostando as palmas das mãos no meu peito — Eles podem entrar a qualquer momento.

— Agora é tarde demais para voltar atrás — falei e inverti as posições, ficando por cima dela.

Preparei-me para observar uma careta naquele belíssimo rosto, mas encontrei apenas um sorriso malicioso e um olhar carregado de desejo. Ela queria aquilo tanto quanto eu. Levantei-me e retirei o meu uniforme por completo, ficando apenas com a roupa intima, que logo foi retirada pelas mãos ávidas da Brooke.

— Nós deveríamos acordar eles? — ouvi uma voz masculina perguntar.

Abri os olhos, preparado para olhar uma cara amarrada de algum guarda, mas relaxei no momento em que vi River com as sobrancelhas erguidas e mais um rapaz que eu não conhecia. Por sorte eu e Brooke estávamos cobertos pelo cobertor cinza. Seria completamente constrangedor ficar pelado na frente deles.

— Você sabe quantas regras você quebrou passando a noite aqui? — o rapaz desconhecido perguntou rapidamente, mostrando-se um pouco nervoso a ponto de tropeçar em algumas palavras.

Lancei-o um olhar nefasto, como se eu quisesse dizer: “isso não é da sua conta”. Meu rosto, envergonhado, começava a esquentar. Pelo menos Brooke ainda mantinha-se em um sono pesado, pois assim não montaria nenhum barraco.

— Sabia que é feio invadir a privacidade dos outros? — indaguei, desviando os olhos para River — O que foi?

— O Comandante mandou todos os Selecionados se reunirem as dez horas no refeitório do Setor Dois.

— Ok — falei olhando o horário no meu bracelete, que marcava nove horas e cinquenta minutos — Valeu

Os dois rapazes deram meia volta e saíram do quarto, mas não antes de River virar o rosto e lançar-me uma piscadinha. Revirei os olhos, mas foi impossível não rir. Levantei-me na cama, vestindo rapidamente as minhas roupas. Acordei Brooke e disse que o Comandante queria nos ver, deixando de lado a pequena visita que havíamos recebido. Dei um beijo casto nos lábios dela e segui rumo ao meu quarto, pois tinhamos apenas alguns minutos para conseguir tomar banho e trocar de roupa.

Aliviei-me quando deparei com o corredor deserto. Pelo menos ninguém me perguntaria o motivo de eu estar saindo aquele horário do quarto da Brooke com as roupas do outro dia.

Entrei no meu quarto e corri desesperadamente para dentro do banheiro, tropeçando em alguns entulhos que eu cismava em manter jogados no chão por pura preguiça. Tomei um banho rápido e vesti uma bermuda e uma camisa cinza, porém de tonalidades diferentes, que eram padronizadas para todos os prisioneiros.

O refeitório do Setor Dois, usado apenas em algumas datas importantes para a Alcatraz II, já abrigava todos os Selecionados e mais alguns guardas com algumas armas nos coldres. O Comandante, como sempre, não estava presente, pois ele sempre se mantinha presente na Terra. Pelo menos dessa vez ele havia se livrados dos monitores antiquados para uma projeção holográfica, que seria quase perfeita se não fosse por algumas interferências que a tremeluziam.

— Você está cinco minutos atrasado — o Comadante fuzilou-me com os olhos e com a voz um pouco alterada — Deixe suas desculpas furadas para mais tarde e sente-se imediatamente.

Sentei apressadamente na cadeira ao lado de Brooke, que tinha conseguido chegar mais cedo, e deparei-me com todos os olhares voltados a mim, que logo desviaram quando encarei-os de volta.

— Por que todos estavam me olhando? — perguntei no ouvido de Brooke, enquanto as explicações do Comandante tornavam-se apenas uma voz de fundo.

— Eles estavam contemplando essas lindas marcas que eu fiz no seu pescoço — ela respondeu com um sorriso malicioso no rosto e me mostrou os chupões no meu pescoço e o meu cabelo desgrenhado pelo reflexo do bracelete.

Amaldiçoei-me por não ter me olhado no espelho antes de ter saído.

— Depois dessa refeição, vocês deverão ir para o quarto e esperar por um guardar que os guiará até a capsula que irá transportar vocês até a Terra — o Comandante falou com a sua voz naturalmente autoritária — Fui claro, aberrações?

— Sim senhor — falei um uníssono com os outros Selecionados.

— Eu não ouvi direito — ele gritou, irritado com o tom desanimado da nossa resposta.

— Sim senhor — bradamos de volta, extravasando um pouco do ódio contido.

O Comandante esboçou um sorriso maligno. Ele sabia que todos o odiavam, e parecia que ele amava esse fato. A transmissão fora interrompida, dando lugar para um silencio mórbido no refeitório. Todos se entreolhavam, mas ninguém tinha a coragem para proferir uma palavra, menos River, que logo comemorou o nosso primeiro contato com uma refeição decente em Alcatraz II e se pôs animadamente até a mesa que continha um buffet para o café da manhã.

Levantei-me rapidamente da cadeira e fui até o buffet, servindo-me com algumas frutas e salgadinhos. Estava logo atrás de River, que estava concentrado demais nas junk foods para me notar.

— Preciso falar contigo — segurei o braço dele para impedi-lo de colocar mais um brownie no prato.

— Ah. Oi. Dá para ser outra hora. Sabe, eu estou meio ocupado — River disse, apontando com os olhos para a montanha de comida no prato que ele segurava.

— Não. Tem que ser agora. — respondi, semicerrando os olhos. Não conseguia acreditar que um prato de comida era mais importante do que eu.

River revirou os olhos e bufou, relaxando os ombros em redenção.

— Ok — ele caminhou até um canto do refeitório onde ninguém podia nos escutar. Apenas um dos guardas mantinha os olhos em nós dois. — Fala.

— Precisamos fazer uma aliança — revelei enquanto o rapaz colocava na boca um salgado atrás do outro — Vai ser muito mais fácil chegar no final do Jogo se um Teleportador, uma Elementadora e um Levitador estiverem juntos do que separados.

River estava prestes a questionar a minha proposta, mas o interrompi antes que algum som saísse da sua boca.

— Sim, eu sei que teremos que lutar um contra o outro se chegarmos juntos na final — eu disse — mas a probabilidade de chegar na final em grupo é muito maior do que isolados.

O rapaz franziu o cenho, analisando a minha expressão facial e os meus movimentos corporais. Eu sabia que ele estava procurando algum sinal de trapaça. Eu odiava quando as pessoas me olhavam assim. O meu corpo sempre retesava e o nervosismo tomava conta do meu corpo. Eu tentei relaxar o máximo possível para ele não se confundir, mas é extremamente difícil quando uma pessoa não tira os olhos de você.

— Ok! — River sorriu e estendeu-me a mão que não segurava o prato.

Sem hesitar, apertei a mão dele, selando a nossa aliança.


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Notas finais do capítulo

Se vocês chegaram até aqui, vocês leriam cenas em que o sexo fosse explícito (mudando a classificação para +18) ou vocês preferem implícito?

Enfim... Não esqueçam de comentar o que vocês gostaram ou odiaram, pois isso ajuda pra caramba na divulgação da história ;D

Abraços do titio Am.

EDIT: Como não deu espaço nas notas iniciais, eu vou colocar aqui mesmo. Notem que eu coloquei novos avisos na fanfic: "Homossexualidade, Bissexualidade e Sexo".