Mirros escrita por Thaís Romes


Capítulo 25
Verdan.


Notas iniciais do capítulo

Gente acabou Amizade Colorida :( mas eu coloquei um pouquinho da comédia romântica dela nesse capítulo, espero que gostem!
Boa leitura!



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Acordei pela manhã com meu celular tocando e Oliver dormindo ao meu lado, mas já o conheço o suficiente para saber que ele provavelmente acordou antes de mim com o barulho e só está de olhos fechados para me dar privacidade ao atender ao telefone. Sorri observando sua tentativa boba de me espionar, mas o sorriso desapareceu quando vi o nome da Waller no visor.

–Waller? –Nesse momento o fingimento de Oliver acabou. Ele se sentou rapidamente ao meu lado na cama e eu coloquei o celular no viva voz.

–Já tenho seu presente de natal. –Ela começou a dizer e não pude deixar de sorrir.

–O que descobriu? –Oliver estava em silencio me olhando atentamente.

–Palmer está usando as ciências aplicadas para estudar uma pedra da lua. As falhas na agenda que você encontrou são referentes ao tempo em que ele está dedicando à pesquisa. –Por mais que odeie admitir eu tenho uma admiração enorme por essa mulher!

–Mas qual o objetivo da pesquisa?

–Smoak o que vou dizer a você agora vai fazer tanto sentido quanto você me chamando de Papai Noel... –Oliver prendeu o riso levantando uma sobrancelha para mim.

–Não é por que você é velha... –Tentei explicar. –Ou pareça com ele... É que eu meio que te admiro. –Disse a ultima palavra quase com dor. –Como uma criança com o Papai Noel, com a diferença que não acredito que você seja boazinha. –Oliver colocou a mão na cabeça suspirando, acho que só piorei as coisas, ops! – Sem ofensas! –Acrescentei rápido.

–Vou fingir que não ouvi isso. –Falou rapidamente. - Ele está tentando criar uma espécie de cinturão.

–O que? Com qual intuito?

–Não sabemos. –Suspirou do outro lado da linha. –Isso é tudo o que sei. Tchau Felicity.

–Obrigada Waller.

–Duas coisas. –Oliver começou a dizer com cara de poucos amigos. –Por que raios você chamou a Waller de Papai Noel? E como conseguiu um favor dela assim tão facilmente?

Engoli em seco por seu tom de voz frio. –Ela é fascinante? –Comecei a dizer estudando seu semblante. -Prepotente, mas poderosa. Igual ao Papai Noel. –Respondi duvidosa vendo-o bufar.

–Desde quando o Papai Noel é prepotente Felicity? –Perguntou impaciente.

–Você não entendeu, ele não é...

–Fe li ci ty! –Interrompeu meu devaneio.

–Só contei a ela o que eu tinha, e ela disse que me daria o beneficio da duvida. –Oliver revirou os olhos.

–Só isso? –Questionou ainda bravo.

–Pode perguntar ao Dig e a Layla. –Respondi de imediato. –Você está bravo? –Perguntei fazendo beicinho.

–Você entende que ela é perigosa? –Perguntou desviando os olhos, claramente tenso.

–Claro que sei! Assim você me ofende Oliver, eu não sou boba! –Respondi começando a me alterar.

–Você a comparou com o Papai Noel! Por Deus Felicity.

–Eu só pensei alto. –Disse diminuindo a voz ofendida. –Não fiz por querer!

–Eu não disse isso. –Falou pausadamente com um olhar intimidador fixo no meu, podia reconhecer o perigo em sua voz.

–Ah mais insinuou! –Eu me levantei da cama, puxando o lençol para me enrolar nele. O que deixou todo o corpo de Oliver exposto, em um momento de fraqueza do qual me envergonho devo ter passado uns cinco segundos o observando, e não pararia se ele não tivesse puxado o travesseiro para cobrir suas partes intimas.

–Felicity! –Chamou meu nome para me tirar do transe em que estava. Pisquei algumas vezes tentando colocar meus pensamentos em ordem. Droga Felicity! Recriminei-me em pensamento, passou da hora de me acostumar com Oliver Queen... E todos esses músculos... –Felicity! –Gritou meu nome novamente. Merda! Fiz de novo.

–Oi? –Respondi confusa.

–Acho que isso não é motivo de briga. E é realmente adorável sua falta de filtro, não quis te ofender. –Ponderou dando o braço a torcer. –Graças a você agora sabemos alguma coisa sobre Palmer, por mais que não faça sentindo algum. –Suspirou. - Desculpe-me eu só me preocupo com sua segurança Waller não é confiável.

–Então isso foi uma briga? –Perguntei sem conseguir evitar a esperança sugestiva em minha voz.

–De tudo que eu disse foi isso que você processou? -Oliver soltou um riso baixo. –Você nunca tem a reação que eu espero! Quer fazer as pazes? – Perguntou tentando controlar o riso.

Balancei a cabeça afirmando antes de ele me puxar de volta para cama.

OLIVER

Eu estava em minha última ronda com Roy, a noite estava tranqüila, em três anos acho que essa é a primeira vez em que nada acontece, nem mesmo um assalto de esquina. Algo me dizia que essa calmaria estava antecedendo uma tempestade, e uma das grandes.

Estacionei minha moto na entrada da caverna com Roy estacionando em seguida. Quando descemos as escadas encontramos Diggle e Felicity olhando apreensivos para a escada vigiando ansiosos por nossa chegada.

–O que aconteceu? –Questionou Roy.

–É melhor os dois se sentarem. –Disse Diggle com o olhar sério. –E permanecerem calmos.

–Diggle o que está acontecendo? –Perguntei tenso.

–Thea, sabemos onde ela está. –Disse Felicity olhando de mim para Roy.

–Mas essa é uma boa notícia. –Ele parecia confuso quando se virou em minha direção buscando auxílio. –Não é?

–Qual é a má notícia Felicity? –Perguntei sem rodeios.

–Não diria que é uma noticia assim tão má. –Começou a dizer. –Ela veio até a boate hoje, ela quer a gerencia de volta.

–Como? –Perguntei só para me certificar.

–Isso mesmo. –Explicou Diggle. –Ela disse que quer voltar a gerenciar a boate. –Diggle estava cuidando disso com a ajuda esporádica de Pecado, Roy e Felicity. –Sinceramente, por mim tudo bem.

Dentro de mim havia um conflito imenso, não conseguia esquecer que ela ameaçou a vida da Felicity e sacrificou tantas outras em uma espécie de procura alienada pela verdade. Ao mesmo tempo não suportava mais a saudade da minha Speed, só que minha Speed não existe mais e pelo olhar torturado de Roy ao meu lado ele pensava a mesma coisa que eu.

–Roy, Oliver. –Felicity chamou com a voz doce. –Não vamos conseguir ajudá-la nos afastando dela. –Roy respirou fundo passando a mão na cabeça antes de se levantar. –Roy! –Ela gritou segurando seu braço o fazendo se virar novamente em sua direção. –Precisa lutar, e eu não vou deixar que se afogue em mágoas agora! –Disse decidida. Ela sempre fazia isso comigo, mas ver de fora era ainda mais intenso, toda aquela força em uma embalagem tão doce... –Estamos aqui por você. –Roy a olhava com carinho e gratidão. –A luta não é só sua e ela não desistiu de você quando estava sobre o efeito do Mirakuro.

–Você esta certa. –Admitiu com um mínimo sorriso triste nos lábios, antes de acariciar rapidamente os cabelos dela. –Vou me trocar, mas por mim Oliver ela volta. –Disse a mim antes de sair.

–Ela disse onde pretende ficar? –Perguntei cansado.

–Não. –Respondeu Diggle. –Disse que saberíamos tudo o que fosse necessário e que você a veria em breve. Ela parece... Melhor Oliver, centrada.

Passei a mão em meus cabelos tentando pensar claramente, organizar minhas idéias. –Espero que esteja certo John. –Disse me levantando para me trocar.

Quando voltei todos haviam partido, menos Felicity que me esperava sentada em sua cadeira.

–Você não deveria ter ido para casa? –Perguntei enquanto me aproximava.

–Não te deixaria sozinho agora. –Respondeu naturalmente. –Sem contar que vou te poupar o trabalho de escalar meu prédio no meio da noite. –Brincou sorrindo. –Vamos pular a parte em que você me afasta, só hoje. –Pediu com carinho.

Cobri a distancia entre nós em segundos a tomando em meus braços em um abraço de socorro, eu precisava dela como preciso de ar em meus pulmões. Felicity acariciava minhas costas me consolando calmamente, beijava meu ombro onde sua cabeça estava apoiada enquanto eu me agarrava a ela como se disso dependesse minha vida.

–Vem, vamos para casa. –Disse quando paramos de nos abraçar.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar! Bjs