As Guardiãs escrita por Sel e Kat
Notas iniciais do capítulo
Oi gente! Desculpa a mega demora! A gente estava viajando. E para voltar com chave de ouro resolvemos escrever um capítulo grande para vocês.
Boa Leitura!
Pov’s Narrador Observador
– Porque me ligou? O que tem de tão importante? - Jim perguntou enquanto seu amigo Cal o conduzia até a garagem de sua casa. O local era cheio de prateleiras e apetrechos de todos os tipos.
– Eu encontrei! - Cal disse, e quando finalmente chegaram no local Jim pode ver o que era. - Little Bastard. O original. - Falou tirando um pano de cima do carro.
– Me trouxe aqui só pra me deixar com inveja enquanto você dirige, não é? - Brincou Jim.
– Exatamente. - Respondeu o amigo entrando no carro.
– Ei, ei, esse momento merece ser registrado. Espere ai, vou buscar a câmera. - Jim saiu do lugar rapidamente. Pegou a câmera e ligou - a, assim que se virou ouviu um enorme barulho. - Cal? Você esta bem?
Jim se dirigiu para a garagem novamente.
– Cal? Oh, meu Deus, Cal!
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– Liguei pro Sam, ele disse que irá trazer ajuda. – Dean falou sentando-se na mesa do restaurante em que todos estavam almoçando.
Já fazia alguns dias que estavam sem novas informações sobre a tatuagem de Selena. (Que só usava casacos e blusas compridas independentemente da temperatura do dia.)
– Que tipo de ajuda? – Damon pediu bebendo sua cerveja.
– Não sei, parece que ele conhece uma caçadora muito inteligente que, certamente pode nos ajudar. – Explicou.
– Essa caçadora muito inteligente sou eu! – Selena comentou revirando os olhos.
– Acho que não, Sel. – Katherine disse calmamente, como se não tivesse entendido a brincadeira.
– Não me diga, Katherine. – Retrucou Selena.
– Enquanto isso podemos achar outro caso. – Damon sugeriu.
– Bom, sendo assim, acho que já tenho um. – Dean falou pegando o jornal que se encontrava em cima da mesa.
– E qual é? – Pierce perguntou um tanto curiosa.
– Um cara bateu a cabeça em um carro parado. – Falou e Damon arqueou a sobrancelha. – Eu diria que vale a pena checar.
– É, com certeza. – Selena disse terminando seu hambúrguer.
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– Agente Romanoff e Banner. – Katherine falou enquanto os dois mostravam os distintivos para o xerife a sua frente.
– Espera, esses não são os sobrenomes de dois dos... – O homem falava, mas logo foi interrompido por Damon.
– É, isso não importa. Estamos aqui por causa da morte de Hopkins.
– Bom, creio que vieram à toa. Já prendemos o assassino. – Explicou, Katherine e Damon se entreolharam com a expressão confusa.
– Como? Quem vocês acham que foi? – Katherine perguntou curiosa.
O Xerife os levou até sua sala e mostrou a fita que o melhor amigo da vítima estava gravando quando encontrou o homem morto.
'' Cal? Algum problema? '' A câmera se aproximou mais do carro e focou no corpo. '' Oh, meu Deus, Cal.''
– O doente gravou a própria obra. – Disse enquanto desligava a televisão.
– Não entendi. – Katherine falou.
– Foi Jim Grossman que matou Cal Hopkins. – Explicou o Xerife, orgulhoso da sua conclusão.
– Espera, o que? – Damon perguntou indignado.
– Bom, ele era o único no local. – Disse o Xerife.
– Eles eram melhores amigos. – Katherine contrariou.
– Os crimes mais violentos são cometidos por pessoas próximas à vítima. – Falou.
– E como, exatamente, o Jim jogou o Cal em um para-brisas com a força de uma batida a 120 quilômetros por hora? – Ironizou Damon.
– Drogas, talvez? – O Xerife parecia cada vez mais confuso. – Olha, isso não é neurocirurgia, agentes. O que parece, é o que costuma ser. É simples.
– Simples. Certo. – Falou Damon rolando os olhos.
– Tudo bem, mas se não se importa queremos falar com Jim Grossman do mesmo jeito. – Katherine disse se levantando da cadeira.
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– Eu estava na casa quando aconteceu. – Jim explicou assim que ficou sabendo do que a conversa se tratava.
– Só pra constar, nós acreditamos em você. – Damon falou, tentando reconforta-lo. – Nos diga o que viu.
– Não foi bem o que vi, foi mais o que ouvi. – Disse. – Pneus cantando, vidros quebrando. Foi o carro que fez isso.
– O carro? – Katherine perguntou confusa.
– Eu sabia da maldição, mas achei que era tudo bobagem. – Falou Jim.
– Maldição? Como assim maldição? – Damon pediu interessado na conversa.
– O carro. Little Bastard. – Jim explicou. Damon arregalou os olhos no mesmo instante.
– Li-little Bastard? – Disse se apoiando na mesa. – Tipo, O Little Bastard?
– O que é Little Bastard? – Katherine pediu gesticulando.
– É o carro do James Dean. – Damon explicou. Katherine continuou confusa. – O carro em que ele morreu.
– É, esse mesmo. – Jim confirmou. – Cal estava atrás dele há anos, e finalmente encontrou.
– Ah, nós, definitivamente, vamos checar isso. – Damon falou olhando para Katherine sentada na cadeira ao seu lado.
Em alguns minutos os dois entraram na garagem onde o carro estava, ele se encontrava bem no meio, com o vidro quebrado e sujo de sangue.
– Explique. – Katherine pronunciou olhando para o carro que estava em sua frente.
– Bom, depois que James Dean morreu, o mecânico dele comprou as ferragens e reformou tudo e depois o carro caiu em cima dele. – Damon falava orgulhoso fazendo gestos com as mãos. – Depois, Tony Mchenry foi morto quando o levou para a pista de corridas. Quer dizer, a morte segue esse carro em toda a parte. Ninguém que toca nele sai inteiro. – Damon falava olhando o carro admirado. – Então, em 1970 ele sumiu de um caminhão-baú e nunca mais foi visto. Estou dizendo que, cara, se esse é o Little Bastard aposto o quanto quiser que foi esse carro que matou o cara.
– Então, como sabe? – Questionou Katherine.
– Cal comparou o número da documentação, mas o único jeito de saber é pelo número do motor.
– Estou achando que o número do motor... - Começou Pierce.
– É no motor. Isso.
Damon tirou o casaco e Katherine a jaqueta, os dois ficaram encarando o carro quando ele se mexeu levemente.
– Você quer que eu faça? – Pediu a menina.
– Não. Não, pode deixar. – Damon se aproxima do carro falando – Ok, amor, eu não vou machucar você, então não me machuque.
Salvatore rastejou para baixo do carro com um lápis e um pedaço de papel, ele olhava para todos os lados, visivelmente apreensivo. O carro começou a se mexer e Damon ficou mais nervoso.
– Precisa de uma lanterna? – Katherine apareceu ao lado de Damon, dando-lhe um susto.
– Não. Não faça nada. Só vai embora. – Damon falou gaguejando e Kath segurou o riso.
– Ok.
– Não fale nada, está bem? Na verdade nem olhe. Ele pode não gostar. – Katherine então se levanta e Damon pega o papel grudando-o no motor do carro e passando o lápis por cima. Assim que ele saiu de baixo do carro suspirou nervoso e tentou se recompor, entregando o papel para a garota que o olhava com um sorriso brincalhão. – Descubra quem é o dono. – Falou. - Não só o último dono, tem que ir até 1955. – Ele completou.
– É muita pesquisa. – Katherine disse desanimada.
– Bom, então acho que já ocupei a sua tarde. – Damon saiu do lugar e Katherine ficou olhando incrédula.
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– Então você quer ser atriz? – Damon perguntou sorrindo para a moça em sua frente.
– É. – Ela respondeu animada.
– Mas que coincidência, porque eu sou um agente da William Morris Endeavor. – Ele falou entregando um cartão para a menina.
– Uau. – Ela disse e Damon sorriu.
– Pode completar, por favor? – Damon entregou o copo de cerveja pra ela, enquanto o telefone tocava.
– Claro.
– Obrigado. Você é uma estrela sabia? – Falou e em seguida atendeu a ligação.
“ – Oi.
– Hey, demoramos um pouco, mas rastreamos todos os donos do carro. – Selena fala do outro lado da linha.
– Alguma morte violenta?
– Não, na verdade... – Selena para por um momento, mas logo continua. - Damon, você está em um bar?
– Não, estou em um restaurante. - Falou contornando a situação, mas exatamente nesse momento a garçonete apareceu e lhe entregou a cerveja '' A sua cerveja'', disse. Damon sussurrou um obrigada e Selena bufou do outro lado da linha. - Que por acaso tem um bar.
– Eu e Katherine estamos ralando aqui. - Reclamou.
– Eu passei a tarde com um carro assassino, precisava beber um pouco.
–Na verdade, não. - Selena disse.
– Como assim? - Pediu Damon.
– O primeiro dono do carro foi um cardiologista na Filadélfia. Que ficou com ele até morrer, em 1972. - Explicou a garota.
– Então esta dizendo...
– Que o Porsche, não é, e nunca foi o carro do James Dean.
– Bom, então o que matou o cara?
– Boa pergunta. - Selena parecia pensativa.''
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– Sr. Hill, eu acabei. - Consuela avisou colocando sua bolsa no ombro.
– Obrigado, Consuela. Tenha uma boa noite. - Falou sorrindo.
O professor Hill continuou a sua pesquisa, então ouve a janela ranger, e assim que se vira arregala os olhos.
– Ah, meu Deus. É você. Você esta morto. - Sr. Hill levantou-se da cadeira, assustado. - Você deveria estar morto.
A figura se aproximou do professor com os dentes cerrados, e apesar das suas preces, não exitou em agarra-lo pelo pescoço.
– Não. Não!
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– Agente Stark e Agente Rogers. - Dean falou enquanto Selena mostrava o distintivo. O Xerife curvou as sobrancelhas, confuso.
– São amigos dos Agentes Romanoff e Banner?
– Sim, são nossos companheiros, estamos juntos no caso. - Selena falou tentando não rir da situação. - Soubemos que é outro caso estranho.
– Bem, é meio estranho na aparência, eu admito. - Explicou parando na frente dos dois. - Mas, depois que você olha os fatos...
– William Hill morreu de um ferimento a bala na cabeça. - Selena o interrompeu. - Não tem arma, não tem pólvora, não tem bala.
– Não, nada de estranho nisso. - Ironizou Dean.
– Bom, tem que haver uma explicação razoável, sempre há. - O Xerife falou pensativo.
– Então, qual é a sua explicação razoável? - Retrucou Dean.
– Assassino profissional.
– Como é? - Selena pediu confusa.
–Bom, CIA, NSA. Um desses assassinos treinados, como em CSI.
– Certo. - Falou Dean, completamente incrédulo enquanto trocava olhares com Selena que parecia tão perplexa quanto ele.
– Vocês podem dar uma olhada, mas esses caras não deixam digitais.
– Importa-se se falarmos com a testemunha? - Pediu Selena.
– Como quiserem, o que ela diz não faz sentido, e não faz nenhum sentido em espanhol também. - Respondeu o Xerife seguindo novamente para a cena do crime.
Selena e Dean desceram as escadas e seguiram até o jardim para falar com Consuela.
– Consuela Alvarez? - Dean pediu se aproximando dela.
– Sim.
– FBI. - Ele mostrou seu distintivo. - Então, você disse que viu alguma coisa na casa do professor, certo? Alguma coisa na janela?
– Yo guardaba la escoba y mirei a la ventana... - Dean olhou pra Selena totalmente confuso. - y un chico mató senhor Hill.
– Ahn, señora Alvarez, calmarse, por favor. - Selena sentou-se ao lado de Consuela no banco, olhou para os lados como se estivesse tentando escolher as palavras que ia dizer. - Diga-nos o que vio.
– Ótimo. - Dean falou.
– Espanhol de calouro. - Brincou Selena.
– Era alto, muy alto, y llevaba un abrigo negro, tenía bigotes. - Disse Consuela, Selena prestava atenção em cada palavra.
– Ok, certo, um homem alto, muito alto, com um sobretudo preto e uma barba? - Selena olhou para Consuela e fez um gesto ao redor do rosto como se quisesse confirmar se era mesmo barba. - Isso, uma barba.
– Y un sombrero. - Falou.
– O cara estava de sombreiro? - Dean pediu perplexo.
– Um chapéu, não um... - Selena fez gestos com as mãos como se descrevesse um enorme sombreiro.
– No, no, un sombrero alto.
– Um chapéu alto? - Selena pediu.
– Tipo uma cartola? - Completou Dean. Consuela balançou a cabeça em negação.
– Un sombrero alto. - Repetiu, mas agora fazendo gestos. - Muy alto.
– Você fala tipo, mesmo uma cartola? - Perguntou Dean.
– Sí.
– Ah, sim, como a de Abraham Lincoln. - Dean explicou a Selena.
– Sí, el presidente Lincoln. Abraham Lincoln matou Sr. Hill.
– Ok, gracias. - Selena falou confusa.
– Gracias. - Disse Dean, totalmente desajeitado.
Assim que Selena e Dean chegaram no hotel contaram as novidades para Katherine e Damon, e logo depois todos foram atrás de uma resposta para explicar o que tinha acontecido.
Damon estava repassando o vídeo que Jim Grossman havia feito, e quando a câmera passava pela lataria do Porsche foi possível ver uma figura em vermelho sendo refletida pelo material.
– Uau. - Damon falou congelando a imagem naquele instante.
– O que? - Dean perguntou do outro lado da mesa.
– É um quadro parado do vídeo de Jim Grossman. - Falando mostrando o notebook. - Estou louco ou parece com James Dean?
– É, parece mesmo como James Dean. - Selena respondeu fechando o livro em cima da cama.
– Pra mim parece apenas um borrão. - Katherine comentou, mas foi ignorada por todos.
– Então temos Abraham Lincoln e James Dean. Fantasmas famosos? - Dean concluiu.
– Talvez. - Selena disse batendo a caneta insistentemente em seu livro.
– Bom, isso é uma bobagem. - Katherine falou tirando seus sapatos.
– Não, na verdade, há muitas histórias sobre fantasmas famosos. - Damon comentou. - Provavelmente mais até do que sobre não famosos. Estou surpreso por só agora a gente esbarrar em um.
– É, mais agora temos dois. Dois fantasmas muitos chateados. - Selena disse.
– Que parecem estar acabando com os fãs. - Falou Damon lendo alguma matéria em seu notebook.
– Como assim? - Katherine pediu.
– O professor Hill era aficionado pela Guerra da Secessão. Adorava Lincoln. - Explicou Damon.
– E Cal devia ser doido por James Dean, ele passou anos atrás do carro do cara. - Concluiu Dean.
– Então estamos dizendo que dois fantasmas super famosos e super zangados resolveram matar super fãs? - Pierce falou.
– É o que parece. - Disse Selena.
– Isso é muchos loco. - Dean falou e todos concordaram, exceto Selena.
– Muy, não muchos! - Sel disse rindo.
– Bom, a grande pergunta é, o que eles estão fazendo aqui? - Dean indagou, ignorando a correção de Selena.
– Os fantasmas costumam assombrar os lugares em que viviam, Abraham Lincoln deveria estar na Casa Branca e James Dean em uma pista de corrida. - Explicou Katherine.
– Mas, o que eles estão fazendo em Canton? - Damon pediu.
A pergunta ficou no ar, e todos voltaram a pesquisar.
– Só pode ser brincadeira. - Damon falou depois de algum tempo. Selena se levantou rapidamente e olhou para a tela do notebook.
– Só pode estar de brincadeira. - Repetiu.
xxx - Museu de Cera de Canton
O grupo entrou no museu e se espalharam para observar as estátuas.
– AI MEU DEUS, JESUS ME DESCULPA! - Selena gritou fazendo todos a olharem, ela estava parada ao lado de uma estátua de Jesus, totalmente assustada. - Eu quase derrubei ele, gente.
Damon rolou os olhos e Dean gargalhou alto.
– Acho melhor você esperar no carro. - Katherine brincou.
Dean parou na frente da estátua de Gandhi e ficou analisando-a por alguns segundos.
– Cara, que baixinho. - Falou.
– Ei, ele era um grande homem. - Defendeu Selena, enquanto andava cuidadosamente pelo local.
– Para um Smurf. - Comentou Dean.
– Desculpem por fazer vocês esperarem, é a época mais movimentada do ano. - O coordenador do local disse terminando de descer as escadas.
– Movimentada? - Damon olhou para os corredores completamente vazios do museu.
– Bom, não agora, mas esta cedo. - Explicou um pouco sem graça.
– São 4:30. - Katherine disse se aproximando.
– Então, em que posso ajudar? - Pediu após lançar um olhar reprovador para Katherine.
– Bom, estamos escrevendo um artigo para Travel Magazine. - Selena falou gesticulando.
– É, sobre como os museus de cera são interessantes. - Dean completou um tanto irônico.
– Fantástico! Divulgação. É disso que precisamos. - O Coordenador comentou.
– É, eu percebi. - Disse Katherine, recebendo um cutucão da Selena.
– Ótimo, estamos interessados em algumas das suas peças. Especificamente Abraham Lincoln e James Dean.
– Duas das estátuas mais populares. - O coordenador disse.
– Ah, é? - Damon perguntou curioso. - Então, atraem muitos visitantes?
– Sim, temos alguns regulares. - O homem respondeu.
– E por acaso William Hill e Cal Hopkins eram visitantes regulares também? - Perguntou Sel.
– É, pra ser sincero, eles eram. - Explicou. - Eu soube o que aconteceu com eles. Trágico, trágico mesmo.
– Sabe, tenho que dizer, esse Lincoln parece estar vivo. - Katherine falou observando a estátua de longe. - Quer dizer, parece que vai se mexer a qualquer momento.
– Tem alguma coisa que diferencia o seu museu dos outros? Sabe, pro artigo. - Selena pediu parecendo interessada.
– Claro, por exemplo, esta é a cartola de Abraham Lincoln. - Disse apontando para a figura.
– É mesmo? - Dean pediu curioso. - Quase como restos mortais. - Falou olhando para os outros.
– Por acaso vocês teriam algo de James Dean? - Damon perguntou.
– Sim, temos o chaveiro dele. Temos muitas coisas. - Explicou. - O óculos de Gandhi, o pulmão de aço de Roosevelt.
– Ahn, vocês teriam algo de, hm, Jesus? - Selena pediu e recebeu olhares confusos de Dean e Damon.
– Ahn, não. - O coordenador falou.
xxx - Museu de Cera de Canton
Era por volta das duas da manhã quando Selena conseguiu destrancar a porta do museu com apenas uma presilha. Assim que entraram Damon colocou um balde no chão e Selena pegou o chapéu de Abraham Lincoln.
– Olha só. - Selena disse colocando o chapéu. - Oitenta e sete anos atrás, eu tinha um chapéu engraçado. - Falou com um sotaque forte.
– Selena. - Damon se dirige a ela. - Não.
– Eu vou pegar os chaveiros de James Dean. - Dean disse saindo do local e sendo seguido por Katherine.
Segundos mais tarde Selena ouviu um barulho vindo da direção onde Katherine e Dean haviam ido, e logo depois ouviu Katherine xingar alto.
– ESPERO QUE VOCÊ NÃO TENHO DERRUBADO JESUS! - Selena gritou fazendo Damon rir. - Vou dar uma olhada nos pulmões de Roosevelt. - Selena disse seguindo para outro lado. - Adoro aço.
Assim que chegou na sala Sel foi rapidamente até a estátua do ex-presidente, mas antes mesmo que pudesse ver os tais pulmões ouviu a porta atrás de si fechar.
– Dean? - Pediu seguindo até a porta. - Damon?
A faca que tinha em mãos foi jogada ao outro lado da sala e Selena sentiu alguma coisa agarrar suas costas e tentar derruba-la. Assim que conseguiu se livrar da criatura que estava presa nela percebeu que, na verdade, era Gandhi.
– Ah, ótimo, agora vou apanhar de um Smurf!
O fantasma desferiu mais alguns golpes nela e em poucos segundos Selena estava no chão.
– Katherine! - Selena falou com dificuldades vendo a garota aparecer na porta.
– É o Gandhi? - Pediu e Selena assentiu. - Cara, ele é doido!
– Pega..pega - Selena, que ainda apanhava,apontou com o pé para a estátua de Gandhi atrás de si. Katherine correu até lá.
– Pegar o que? - Perguntou confusa.
– Os óculos!
Katherine queimou os óculos rapidamente e Selena se viu livre do falso Gandhi.
– Não podia ser fã de alguém mais legal? - Pierce pediu, mas Selena ignorou.
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– Estão prontos pra voltar pra estrada? - Katherine falou terminado de se arrumar.
– Kath, você não acha estranho o jeito que Gandhi sumiu? - Selena pediu penteando os cabelos.
– Estranho como? - Perguntou.
– Sem gritos, sem chamas. - Falou.- Não é assim que os fantasmas costumam fazer.
– Esta bem, Sel. Mas nós queimamos,eles sumiram. - Damon disse se metendo na conversa, e Selena o lançou um olhar reprovador.
– Você não estava lá, Salvatore. Não se mete. - Fez uma pausa, e se voltou novamente para Katherine. - E, aliás, eu acho que ele estava tentando tirar um pedaço de mim.
– Um pedaço? - Dean pediu.
– É, como se estivesse com fome. - Explicou Sel. - Mas tem uma coisa, o Gandhi de verdade, ele era frugívoro.
– Deixe-me entender, o seu grande herói não era só um baixinho que usava fraldas como também era frugívoro? - Dean disse com um sorriso no rosto.
– Olha, eu só acho que ainda não acabou. - Selena falou.
– Selena, eram fantasmas, super fortes, mas eram fantasmas. O caso esta encerrado. - Katherine finalizou fechando suas malas e tempo depois todos saíram do hotel.
Antes mesmo de Katherine fechar o porta-malas do Camaro seu telefone tocou, ela abriu todas as suas bolsas e o encontrou no bolso do seu casaco segundos depois.
– Alô? - Ela fez uma pausa. - Ok, certo. - Desligou o telefone e olhou pra Selena - Você estava certa quando disse que não acabou.
Selena ia abrir a boca pra falar algo, mas foi interrompida.
– Nem uma palavra, Hastings. Vou chamar os outros dois. - Katherine disse.
xxx - Departamento de polícia de Canton
– Xerife Carnegie, o que aconteceu? - Selena disse assim que entrou no departamento de polícia.
– Eu... eu não sei. - Falou erguendo as mãos e logo depois apontando para duas garotas em uma sala separada.
– Com licença, garotas. Somos do FBI. - Dean falou passando entre Selena e Katherine e entrando na sala.
– Podem nos dizer o que aconteceu? - Damon pediu sentando-se em uma das cadeiras.
– Foi horrível. - Uma delas disse.
– Muito horrível. - Completou a outra.
– O que foi horrível? - Damon perguntou.
– Achei que ele era legal. - A mais assustada delas disse.
– Eu ainda não acredito. - Disse a outra.
– Acreditar no que? - Indagou Dean.
– Ele levou Danielle. - Explicou.
– Quem? - Damon falou. As duas se entreolharam e exitaram. - Tudo bem. Esta tudo bem. Podem nos dizer, quem levou sua amiga?
– Foi o Justin Bieber. - Responderam.
– O QUE? - Selena entrou na sala totalmente surpresa.
– Mas ele estava muito bem. - Explicou.
– Forte. - Falou a outra.
– Forte e rápido. - Completou.
– Ahn? - Selena disse.
– Pra onde eles foram? - Damon perguntou confuso.
– Não sabemos, eles simplesmente sumiram. - Uma das garotas respondeu.
– Certo. Podem nos dar licença por um minuto? - Dean pediu fazendo gestos com as mãos. - Justin Bieber não esta morto pelo que a gente sabe, não é? - Prosseguiu parando no batente da porta.
– Não, totalmente não! - Katherine falou estérica.
– Então, ele não é um fantasma, certo? - Selena concluiu.
– Claro que não! - Katherine disse.
– Então, ou o Justin Bieber é um homicida maluco ou perdemos alguma coisa. - Falou Damon.
– O que querem fazer? - Selena perguntou.
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Damon foi até o necrotério para checar os corpos, olhou algumas pastas e verificou alguns arquivos, e assim que viu o exame de toxicologia teve uma ideia.
– Não acredito no que eu perdi. - Falou descendo as escadas apresadamente. Katherine e Dean o esperavam ali.
– O que? - Dean pediu.
– Voltei as ultimas duas vítimas. - Disse Damon. - Houve perda de sangue. Muita.
– Bom, ser cadáver pode causar isso. - Katherine brincou.
– Não, quer dizer, perda maior do que de um acidente de carro, ou um ferimento na cabeça, quase como se alguém se alimentasse.
– Exatamente. - Concordou Dean.
– E ai tinha isso aqui. - Falou Damon com um pacotinho com algumas sementes dentro.
– O que é isso? Uma semente? - Katherine pediu.
– É, estava no estômago da vítima. - Respondeu Damon. Katherine e Dean fizeram cara de nojo.
– Espero que tenha lavado as mãos. - Dean disse se afastando.
– Só precisamos descobrir que tipo de semente é. - Concluiu Damon.
– Selena vai nos ajudar nisso. - Disse Katherine.
Assim que voltaram pro hotel Selena descobriu que a semente vinha da Europa Ocidental, de uma floresta que nem ao menos existia mais, ela também achou um artigo sobre uma lenda local que dizia que a floresta era guardada por um deus pagão chamado Leshi que assumia várias formas para se alimentar de seus fãs, além disso ficou sabendo que para mata-lo era necessário um machado de ferro.
– Ok, então vamos lá matar um Justin Bieber. - Dean falou e logo depois sorriu
xxx - Museu de Cera de Canton
– Katherine e Selena, não quebrem nada! - Damon advertiu antes mesmo de entrarem no local.
O museu continuava igual, com todas as estátuas intactas. Dean, Damon, Katherine e Selena se dirigiram para a área dos fundos onde encontraram uma porta com a escrita '' NÃO ENTRE - PERIGO ''.
Sem exitar abriram-na, do outro lado havia um grande jardim, com uma construção branca e clássica nos fundos. Katherine avistou Danielle, a garota que havia sido sequestrada por ''Justin Bieber''.
– Ei. - Chamou indo até a garota.
– Ela esta viva? - Selena perguntou se aproximando também.
– Por pouco. - Katherine falou após checar o pulso da garota.
No mesmo instante o machado que Dean segurava voou das suas mãos, assim que se virou Dean levou vários socos de Justin Bieber, e logo foi parar no chão, Justin arrumou seus cabelos e logo Damon foi nocauteado também, em poucos minutos Selena e Katherine levaram um surra e caíram desacordadas.
Assim que Dean abriu os olhos, tempo depois, percebeu que todos estavam presos em árvores.
– Ah, que bom que acordaram para isso. - Justin disse vendo que todos já estavam com os olhos abertos.
– Super. Eu não ia querer perder. - Dean ironizou, enquanto tentava se livrar das amarras.
– Sabe, eu ando me entupindo de fast food ultimamente. É tão bom fazer o ritual como ele deve ser. - Justin pegou uma faca. - Preparar uma refeição com calma pra variar.
– Como nos velhos tempos, não? - Dean disse.
– Você não faz ideia. As pessoas me adoravam. Jogavam-se para cima de mim com um sorriso no rosto.
– Hoje em dia ninguém mais da bola para um deus de fundo de floresta, não é? - Dean falou sorrindo.
– Não depois, que destruíram minha floresta para construir uma fábrica.
– É o progresso, maninho. - Selena falou irônica.
– Há anos eu venho vagando por aí. Com fome. Com medo. Vivendo de restos. Nada sexy. - Ele fez uma pausa. - Mas aí uma coisa ótima aconteceu, eu pensei: Estou cansado de regular comida, quero me esbaldar. Então achei esse lugar, os fãs chegam aos montes.
– É, mas eles não são seus fãs. - Falou Damon.
– E dai? Eles adoram Lincoln, Gandhi, Bieber. - Disse - Tanto faz. Eu pego o que eu consigo.
– Olha, nós já vimos muitos deuses mas você, é o mais louco.
– Não, vocês. Antigamente idolatravam deuses, mas hoje? Idolatram isso? Celebridades? O que eles tem além de dinheiro e carros luxuosos? Vocês tinham a antiga religião. E agora tem os tabloides.
– Sinceramente? Eu ainda prefiro livros de história. - Selena falou.
– Talvez. Mas ainda tem muita carne gostosa nesses ossos.
– Detesto desiludir você, maninho, mas não pode me comer. Sabe, eu não sou fã de Justin Bieber. - Selena sorriu vitoriosa.
– Pode ser que você não seja, Selena, mas tem outra pessoa aqui que é. - Justin fala olhando para Katherine e todos a encaram com surpresa.
Aos poucos Justin vai se aproximando dela quando Damon fala com os dentes cerrados:
– Se você encostar um dedo se quer num fio de cabelo dela, eu acabo com você! - Katherine olhou para ele surpresa e Justin sorriu.
– Consigo ver nos seus olhos o que sente por essa garota. Mas isso não importa, porque logo, logo eu irei acabar com ela, então não sobrará mais nada. - Quando Justin se virou novamente para Katherine, Dean se desamarrou e pulou em cima dele, mas Justin o golpeava com socos fortes um atrás do outro, quando Damon se soltou pulou por cima dos dois enquanto Dean dava um soco em Bieber fazendo-o sair de cima dele caindo no chão, Damon pegou o machado e corta a cabeça de Justin dando várias outras pancadas nele, respigando sangue em seu rosto.
– Ok, ok já chega Damon, já deu! - Selena gritou e então Damon parou ofegante, quando começa a rir olhando para Dean.
– Nenhuma palavra, Salvatore.
– Cara, você apanhou de Justin Bieber!
– Cala a boca.
– Oi, alguém pode nos tirar daqui? - Katherine fala chamando a atenção dos meninos que correm para solta-las.
– Você está bem? - Damon pergunta para a garota de cabelos cacheados em sua frente, Katherine assente envergonhada lembrando-se das palavras que o deus havia falado a pouco.
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O grupo sai do hotel quando Damon atende o celular.
"Ok, obrigado! "
– Era o Xerife Carnegie. Danielle vai ficar bem, e ele vai por Justin Bieber na lista dos procurados.
– Ah, que irônico. - Selena fala rindo pelo nariz.
– Tadinho do Biebz. - Katherine lamenta divertida e entra no Camaro.
– Ok, então vamos dar o fora daqui. - Selena fala erguendo as mãos para o céu.
– E para onde vamos? - Damon questiona.
– Encontrar o Sam. - Dean fala. - Vamos para o bunker. - Completa.
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Depois de algumas horas de viagem eles finalmente chegam em seu destino e ao entrarem se deparam com Sam, que já estava lá.
– Pessoal, essa é a Emma Guiller.– Ele fala quando uma mulher aparece descendo as escadas.
Continua...
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