As Guardiãs escrita por Sel e Kat


Capítulo 6
Truth


Notas iniciais do capítulo

Olá anjos!! May amorzão da nossas vidas obrigada pela recomendação linda nós amamos e agradecemos muito!!
Nos desculpem pela demora estávamos cheias de coisa mais voltamos!!
Boa Leitura!



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Pov’s Narrador Observador

– Não, nós saímos, foi divertido. - A garota falava enquanto caminhava de um lado para o outro dentro do restaurante. - Mas, será que ele gosta mesmo de mim?…Acho que sim. Tudo bem. Eu só quero a verdade. - Disse desligando o telefone.

Emily seguiu até a cozinha para pegar o resto dos pedidos.

– Você é patética, tenho dó de você então não toque na sopa de mariscos. - O cozinheiro falou entregando -lhe os pedidos. - Coloquei meu próprio tempero nela.

Emily arqueou a sobrancelha, não sabia o que estava acontecendo ali. Seguiu até a mesa e depositou os pratos sobre a mesma.

– A senhora aceita mais alguma coisa? - Pediu para velhinha sentada.

– Não obrigada. - Falou e antes mesmo que pudesse sair a velha continuou. - Uma vez eu atropelei um mendigo e nem mesmo parei pra ver se ele estava vivo.

A garota girou os calcanhares e ficou à frente da senhora com um ponto de interrogação em seu rosto. Logo que se virou se deparou com seu chefe.

– Contratei outra garçonete, ela é bem mais gostosa que você. - Disse com as mãos na cintura.

E foi o que ocorreu pelos próximos cinco minutos, Emily não aguentava mais, queria saber porque as pessoas estavam falando aquilo para ela. Decidiu ligar para sua irmã.

– Amber, estou tendo um dia péssimo, parece que todos estão contra mim!

– Toda vez que o telefone toca e eu vejo que é você tenho vontade de vomitar. Você é a desgraça dessa família, não é a toa que esta solteira. Porque você não se mata logo?

Um silêncio tomou conta do local, Emily mal conseguia segurar as lágrimas que escorriam do seu rosto. Então ela se dirigiu a uma gaveta e pegou uma arma.

Pov’s Damon Salvatore

– Emily Willians, se matou na semana passada. Sem antecedentes e nenhum motivo evidente para o suicídio. - Dean colocou alguns papéis em cima do capô do Impala.

– Vamos falar com a família. - Falei dando uma olhada no noticiário.

xxx - Casa dos Willians.

– Emily estava em um dia péssimo. - Amber, irmã da vítima, nos contava o que havia acontecido no dia. - Então ela me ligou e eu disse tudo que uma irmã diria. -

Explicou colocando os cabelos atrás da orelha. - Falei para ela segurar as pontas e continuar.

Selena pigarreou nem um pouco discreta.

– Conhece uma expressão chamada ‘’tell”? - Uma expressão confusa tomou conta do rosto de Amber. - É um termo usado no pôquer para alguém que esta blefando, como quando mexeu no cabelo. - Disse imitando o gesto que ela havia feito mais cedo com o cabelo. - Esta mentindo.

Amber lançou um olhar para mim e logo depois se voltou para Selena.

– Você tem razão, eu menti. - Algumas lágrimas escorrerão dos seus olhos. - Tudo que eu queria dizer era que tudo ficaria bem, mas na verdade o que saiu foram coisas horríveis. Não sei como explicar.

– Tudo bem, obrigado. - Disse me despedindo da mulher. Chamei Katherine e Dean, que davam uma olhada na casa, e fomos embora.

– Encontraram alguma coisa? - Selena pediu assim que colocamos o pé pra fora da casa.

– Nada de relevante. - Katherine disse. – Ela gostava de gatos e frequentava ‘’ A casa das trombetas’’.

– Então a garota está num dia difícil e quando liga pra irmã ela fala coisas horríveis fazendo-a se matar? O que isso pode ser? – Dean guardou seu distintivo no bolso do terno e voltou pro Impala.

xxx

Pov’s Narrador Observador

– Eu odeio vir aqui. – Robert Warren disse assim que se deitou na maca do consultório odontológico.

– Bom, eu juro que não levo pro lado pessoal. – o Dr. John Kirk comentou logo que a enfermeira saiu atrás de um pouco de gaze. – O que você anda comendo? Me diga a verdade.

John pegou uma espécie de espelhinho e observou os dentes do seu paciente e também amigo.

– Mary esta velha, não gosto mais dela. – Robert falou assim que o dentista tirou o apetrecho de sua boca.

– Olha, acho que ela esta bem pra idade que tem. – Respondeu ainda um pouco confuso com a confissão.

– Ela esta flácida. – Comentou se mexendo suavemente a maca. – Aquela noite em que iriamos sair pra jantar em casais e eu cheguei atrasado não foi por causa do trânsito…

– Robert, porque esta me dizendo isso? – O doutor o interrompeu pouco interessado com o rumo da conversa. Mas o outro continuou mesmo assim.

– Eu passei na rua da casa, e não me leve a mal, mas sua filha esta lá jovem e tão, tão perto que eu não pude evitar.

– O que…o que esta dizendo? Você não…

– Foi tão fácil e acessível, eu não pude resistir.

John Kirk sentiu seu rosto ficar vermelho de tanta raiva, pegou a primeira coisa que viu em seu consultório e fez o que achava que precisava ser feito. Segundos depois a única coisa que se podia ouvir eram os gritos da enfermeira.

xxx

Pov’s Damon Salvatore

– Encontrei mais um caso. – Selena dizia do outro lado da linha, era possível ouvir Katherine resmungando ao seu lado qualquer coisa que não fiz questão de identificar.

– O que houve? – Dean perguntou. O celular estava no viva- voz.

– Um dentista matou um paciente e ex- amigo. – Respondeu.

– Conseguiu falar com o cara? – Pedi.

– Não, se enforcou antes que pudéssemos chegar na sala. – Selena fez uma pausa. – Mas, peguei uma confissão da enfermeira, pelo que ele fez eu também o mataria. - Deem uma olhada no consultório, Katherine e eu vamos checar o corpo da vítima. – Disse e logo após desligou.

Dean e eu entramos no consultório minutos depois, não foi difícil passar pelos polícias já que estavam mais preocupados com o novo corpo com o qual teriam que cuidar na delegacia.

O consultório era como todos os outros, paredes brancas e móveis em tons de azul claro, diplomas e prêmios por todos os cantos e um cheiro irritante de flúor. Segui até outra porta que levava até seu escritório, havia uma mesa retangular branca no centro repleta de papéis e no lado uma estante com fotografias do que julguei ser sua família. Me dirigi a mesa e passei o olho rapidamente pelos papéis, Dean vasculhava algumas gavetas e armários. Em baixo de uma agenda vi o que deveria ser a única coisa preta ali, um cartão escrito com letras douradas:

'' A casa das Trombetas’’

– Dean, a Kath não havia dito que a outra vítima frequentava o lugar das trombetas? – Falei mostrando o cartão pra ele que abriu um pequeno sorriso e concordou com a cabeça.

Voltamos até o Impala e Dean dirigiu impacientemente até o endereço indicado no cartão. A loja tinha vidraças de vidro com adesivos de trombetas douradas e notas músicas. Quando entramos um sininho tocou anunciando nossa chegada e logo um senhor de aproximadamente 70 anos veios ao nosso encontro.

– Posso ajudar? – Pediu simpático.

– Sim, uhn…sabe de alguma coisa sobre essas duas pessoas? – Dean perguntou tirando a foto das duas vítimas do bolso.

– Não, porque?

– Na verdade essa loja é a única coisa que eles têm em comum. – Explicou ainda com as fotos em mão.

– Sinto muito, eu já os vi, mas sempre foram muito normais na minha opinião.

– Tudo bem, obrigado mesmo assim. – Falei e me despedi, porém assim que coloquei a mão na maçaneta da porta o velho nos chamou novamente.

– E a minha trombeta? – Disse. Dean e eu nos entreolhamos um tanto confusos. – Já encontraram que roubou?

– Ahn, sim, estamos trabalhando nisso. – Dean respondeu contornando a situação. – Quando foi que ela sumiu mesmo?

– Exatamente uma semana antes de Emily morrer. – O velho pareceu forçar um pouco a memória para se lembrar da data.

Olhei novamente para Dean, era totalmente possível que a trombeta tivesse algo haver com as mortes, me afastei da porta e segui para o balcão.

– O que torna essa trombeta tão especial? – Pedi curioso.

– Não sei, acho que é apenas o formato. – O senhor pegou um livro sobre instrumentos no balcão e abriu em uma página, apontou com o dedo para o trombeta roubada. Ela tinha um formato diferente, como uma meia lua, e era da cor bronze, um pouco desgastada.

– Obrigado, mais uma vez. – Respondi e Dean e eu saímos da loja.

– Isso com certeza é uma pista. – Dean comentou tirando o casaco.

– É, o que acha que pode ser? Uma trombeta amaldiçoada? – Perguntei, mas Dean não respondeu.

Voltamos ao hotel xexelento que Selena tinha arrumado pra gente e ouvimos os gritos de Katherine logo que pisamos no pátio. Senti dó de Selena no momento, a garota estava aguentando os chiliques de Kath o dia todo e ainda não tinha apontado uma arma pra cabeça dela. Ou a Selena é muito paciente ou ela esta usando tampões de ouvido.

– Katherine para de chorar! – Selena disse, e assim que nos viu entrando no quarto deu pra ouvi-la suspirar de alivio. – Por favor, façam ela parar de chorar.

– Caralho, Katherine, fecha essa boca. – Falei me dirigindo a Kath sentada na cama com bilhões de lágrimas saindo de seus olhos. – Você tá chorando porque, afinal?

– Eu não sei! – Esbravejou limpando algumas lágrimas. – Acho que estou de TPM.

– Ah, que ótimo! – Selena disse irônica enquanto revirava os olhos. – Engole o choro e foca no caso. – Tempo depois Katherine limpou algumas lágrimas e parou de chorar. – Nós fomos até o necrotério e descobrimos que todos os corpos sumiram.

– Tipo, foram roubados? – Dean perguntou e Selena assentiu. – Será que tem ligação com a trombeta roubada? – Dean olhou pra mim e logo me dirigi ao notebook para começar a pesquisar. Katherine fungou um pouco e depois começou a rir como uma louca, fiz menção a comentar sobre a bipolaridade da garota, mas a Selena negou exageradamente com a cabeça e sussurrou algo como ‘’ deixa quieto’’.

– Que trombeta é essa, Winchester? – Sel pediu.

Depois de explicar toda a história Dean e Selena me ajudaram a pesquisar um pouco sobre o instrumento e Katherine pegou alguns livros pra ler sobre o assunto.

– Achei! – Disse. – A trombeta do Arcanjo Gabriel. Acho que devíamos chamar o Cas, isso é coisa pra ele.

– Não, não é. – Castiel falou do fundo da sala fazendo todos nós pularmos de susto.

– Como sabe? – Selena pediu confusa.

– Eu procurei.

– Procurou? - Falou Katherine se pronunciando já livre de lágrimas e risadas histéricas.

– Sim.

– E encontrou alguma coisa? - Dean questionou.

– A trombeta, não tem ligação nenhuma com o céu.

– Como procurou tão rápido? - Katherine falou, mas Castiel não respondeu, num piscar de olhos não estava mais ali.

– Meu Deus, será que nunca acharemos nada? - Selena falou passando as mãos nos cabelos nervosamente.

– Eu estou cansado! - falei e sai dali.

Fui até um barzinho para beber alguma coisa e pensar um pouco. Esse caso estava me deixando estressado, odeio quando não conseguimos untar as peças e resolver o quebra-cabeça, é frustrante.

– Uma cerveja por favor! - Falei assim que a moça morena de cabelos cacheados parou em minha frente. Depois que bebi ela perguntou se eu queria mais alguma coisa então neguei e meu telefone tocou. - O que foi Dean? Olha se for mais um dos chiliques da Katherine…Ah! Eu estou - olhei em volta - em um bar. Ta bom, tchau. - Assim que desliguei olhei para a moça e falei. - Mais uma por favor!

.

– Vejo que está com problemas então essa é por minha conta. - A mulher falou e colocou mais um copo e encheu ele. - Mais alguma coisa?

– Não, obrigado. Eu só queria a verdade! – Disse irritado com o rumo que o caso esta levando.

– Sabe as vezes eu acho que não posso ter filhos por que Deus sabe que meu casamento é uma farsa. - Ela falou e eu arqueei uma sobrancelha. - Porque eu te disse isso? - Ela falou assustada. Assim que me disse isso percebi que tudo que estava acontecendo estava ligado as pessoas falarem a verdade.

– Acho que sei o porquê! - Falei me levantando e deixando uma gorjeta em cima da bancado, quando passei por uma mulher ela falou:

– Eu estou sentada aqui para você olhar meus peitos. Acabei de compra-los, e preciso de atenção! - Olhei para os seios dela e fiz uma cara de satisfação e falei.

– Delicia! - Ela riu e eu sai dali.

Cheguei no hotel e Dean estava sentado na cama quando ele me viu deu um pulo mas logo se acalmou.

– Cadê as meninas? - Pedi.

– Selena fez algumas ligações e saiu apressada, disse que se precisasse de algo, ligaria. – Dean fez uma pausa. – Percebeu o quanto ela estava sexy hoje? – Arregalou os olhos. – Por que eu te disse isso?

– Estou amaldiçoado. Pela verdade. – Expliquei e Dean parecia ainda mais confuso. – Preciso fazer algumas pesquisas e depois vamos atrás da garota sexy e da Katherine. – Brinquei e ele revirou os olhos.

Pov’s Selena Hastings

– Porque estão investigando o acidente? - A moça na nossa frente pediu fungando devido ao choro.

– Não foi um acidente. - Katherine começou falando – Achamos que possa ter sido suicídio. - Terminou entregando a foto da vítima para sua irmã.

Eu e Katherine estávamos na casa do que acreditamos ser a primeira vítima, era uma moça de 22 anos, ela morreu duas semanas antes de Emily.

– Já passou pela sua cabeça que ela podia ter se matado? - Pedi.

– Na verdade, sim. Ela estava com problemas na escola e teve a gatinha dela, Meredith, que sumiu, e ela suspeitava que o namorada estava a traindo, mas ele era muito bom em cobrir rastros, o que fez com que ela ficasse paranoica em...

– Descobrir a verdade? - Completei e ela assentiu.

– Nós podemos olhar o quarto dela? - Pediu Katherine e a mulher concordou.

Assim que entramos no quarto dela começamos a vasculhar tudo quando Katherine me chamou.

– Hey, olha o que eu achei! - Ela falou me mostrando uma caixa rosa com umas flores pequenas desenhadas, abrimos a caixa e vimos que tinha um crânio ali, que, pelo tamanho constatei ser de um animal.

– Coitada da Meredith. – Falei me lembrando da gatinha ‘’ desaparecida’’.

Pegamos a caixa e fomos embora dali.

Pov’s Damon Salvatore

Dean havia ligado pra Selena faziam alguns minutos, e logo ouvimos a porta do quarto se abrindo. Eu tinha pesquisado sobre algumas entidades que podem mostrar a verdade, mas sem provas não podia constatar nada.

– Então, no que andam pensando? Descobriram alguma coisa? - Pedi.

– Estava pensando que confesso que fiquei com vontade de usar as algemas que a Katherine me deu de aniversário. - Selena falou e nós olhamos para ela assustados. Dean riu pelo nariz e abaixou a cabeça. - Oh meu Deus, porque eu disse isso?

– Eu sabia que você ia gostar! - Katherine falou num pulo. - Não queria contar mas já que a Selena falou isso me sinto na liberdade de falar qualquer coisa, então, eu confesso que sempre tive uma quedinha pelo menino que a Selena gostava. - Katherine falou e Selena abriu a boca espantada. - Porque eu contei isso?

– Damon… eu…eu não gostava de você quando éramos crianças! - Dean falou e eu olhei para ele chocado assim como as meninas.

– O que? - Pedi e ele passou as mãos nos cabelos mais uma vez.

– Me desculpe, mas juro que isso passou assim que começamos a caçar juntos! - Dean falou e eu suspirei aliviado.

– Droga, parem de me contar a verdade! – Falei. – O que encontraram sobre o caso?

– Essa caixinha, teve uma vítima antes de todas que invocou algum tipo de deus, ou demônio, não sei, para ajudá-la a descobrir a verdade sobre o namorado. – Selena me entregou a caixa. – Sabe, as vezes eu tenho vontade de sair por ai beijando todos os homens bonitos que eu achar. – Hastings disse, mas logo depois arregalou os olhos e tapou a boca com a mão. – Damon! Faz isso parar, que inferno.

– Confesso que quando fui para Paris caçar vampiros eu fiquei com um e depois matei ele. - Ela falou e Selena gargalhou e Dean a olhou assustado.

Abir a caixa e quase vomitei com as coisas nojentas que tinham ali dentro. Peguei o crânio e o ergui pra cima.

– Isso é…

– Um crânio de gato? Sim. - Katherine falou se aproximando de Selena com as mãos na cintura.

– Tudo bem, vejam o que encontrei. – Katherine disse virando o notebook na nossa direção. Já pesquisávamos a algum tempo, e de vem em quando as meninas soltavam alguma ‘’verdade’’. – É uma deusa da mitologia romana, conhecida como

Veritas. Para invoca-la é necessário um crânio de gato, algumas ervas e terra de cemitério. Seu ponto fraco são os cães.

– Naturalmente. – Selena comentou com um meio sorriso no rosto.

– Os povos antigos acreditavam que ela vinha das montanhas e trazia a verdade às massas. – Completou.

– E qual a versão do século XXI para ‘’ trazer a verdade às massas’’? – Dean pediu.

xxx – Estúdio jornalístico de Missouri

– Vocês têm certeza disso? – Pierce pediu atordoada.

– Sim, ninguém melhor que uma jornalista pra dizer a verdade. Ainda mais em uma programa chamado ''Conversa Franca’’. – Selena explicou saindo do carro. – Ela está fazendo o maior sucesso pela cidade.

– Tudo bem, vamos atrás das tais fitas. – Disse interrompendo o papo das duas.

Minutos depois saímos do estúdio com duas fitas de erros de gravação de Ashley Frank, a repórter mais verdadeira da região. Voltamos ao hotel e encontramos Dean devorando um enorme hambúrguer de bacon, resolvi não me importar com o fato dele não ter ajudado muito nesse caso, e ainda ter dito que não gostava de mim.

Viramos a noite assistindo as fitas, mas apenas nos últimos minutos do vídeo que pudemos ver algo que provasse que Ashley Frank na verdade era Veritas, a repórter estava gravando uma reportagem na frente de uma casa e logo atrás dela um cachorro latia insaciavelmente, e com um pouco de técnica em computação – não minha, da Selena – pudemos ver seus olhos ficarem azuis assim que virou levemente para o cachorro.

Seguimos a repórter dos estúdios até a casa dela. Sua moradia era grande e moderna, o espaço do lado de fora era cheio de grama e plantas verdes. Ashley estacionou seu carro a abriu a porta da casa, enquanto nós a espiávamos de dentro do carro.

– Aposto que está cheio de bizarrices lá dentro. – Selena falou concentrada em seguir os passos da deusa. Mas logo que ela ligou as luzes da casa, a qual era boa parte de vidro, pudemos ver que era apenas um lugar comum. Hastings bufou e saiu do carro sendo seguido por nós.

– Como vamos matá-la? – Katherine pediu.

– Com isso. – Falei tirando uma faca comum do meu casaco e logo depois um pote com sangue.

– O que é isso? – Dean perguntou.

– Sangue de cachorro. Não vão querer saber como eu consegui. – Assim que respondi Selena e Katherine fizeram cara de nojo e logo depois me chamaram de impiedoso e assassino.

Entramos na mansão minutos depois, Katherine ainda lamentava o fato do sangue de cachorro, mas resolvi não me importar. Passamos pela sala da casa e subimos as escadas em silêncio.

No andar de cima, havia mais uma espécie de sala, mas essa era um pouco mais estranha, um mosaico com o desenho de uma mulher decorava a parede do local e um gato se espreguiçava no sofá. Logo que nos viu, soltou um miado agudo e saiu pela outra porta. Nós o seguimos.

O gato acabou nos levando a outra sala cheia de gatos, e no instante que botamos o pé no local um cheiro forte de sangue podre, ou algo assim, invadiu nossas narinas.

Avistei uma porta ao lado, o cheiro parecia sair de lá. Fui na frente e Dean logo me acompanhou.

A sala era quase pior que o cheiro – que agora eu havia identificado como de corpos em decomposição. – os corpos roubados do necrotério estavam todos lá, alguns totalmente dilacerados, e outros com apenas algumas partes faltando.

Selena e Katherine entraram no lugar depois, pude ver Kath ficar verde ao ver aqueles corpos. Ouvimos um barulho vindo do lado de fora, mas antes que pudesse ver o que era, Veritas já estava na nossa frente.

– Que bom que vieram para o jantar. – Disse, e como em um passe de mágica nós fomos jogados no chão. – Fico feliz em ver que todos têm uma relação bem verdadeira. – Comentou sínica, enquanto nos arramava nas colunas que sustentavam o teto. – Agora, deixem –me explicar como as coisas vão funcionar. Primeiro vou fazer com que contem suas verdades mais sombrias – Ela foi até um dor corpos e, utilizando uma espécie de espátula, arrancou a língua da vítima e mordeu um pedaço -, depois vou come –los.

– Olha, pra um deusa você é bem nojentinha, viu. – Katherine falou ainda observando com nojo os corpos ao seu redor. Veritas gargalhou alto e se aproximou de Kath.

– Que bom que acha isso, docinho. Vou tratar de ser muito mais nojenta quando estiver mastigando você. – A deusa sorriu vitoriosa e logo depois deu um tapa da cara de Katherine, e depois outro e mais outro.

– KATHERINE– Selena, que estava pressa do outro lado da sala, gritou agoniada.

– Será que dá pra você não gritar, querida? Eu odeio quem grita. – Veritas se voltou pra Selena. Aproveitei a deixa e usei uma lâmina que estava escondida na minha manga para soltar as cordas.

– SE VOCÊ ENCOSTAR UM DEDO NELA EU ACABO CONTIGO, SUA VADIA! – Assim que Selena terminou de falar, joguei a lâmina pra Dean e pulei em cima de Veritas .

Desferi um golpe em seu rosto, mas ela pareceu não sentir nada, tanto que me deu um chute fazendo que eu caísse no chão. A deusa agarrou meu pescoço e apertou com força. Tentei empurra-la para o lado, mas foi em vão. Deusas antigas são duronas.

Vi, pelo canto do olho, Dean pegar a faca com sangue de cachorro e se aproximar de mim. Segundos depois a faca penetrou o estômago de Veritas, e em seguida o coração.

– Uau, caso difícil. – Falei passando a mão pelo pescoço. Dean estava soltando as garotas, foi quando eu percebi que já era quase dia, se Ashley Frank não chegasse ao trabalho iriam vir até sua casa, e nos encontrar. – Precisamos ir pessoal.

– Não podemos deixar esse corpo aqui! – Proclamou Selena. – Vamos joga-la da sacada, assim vai parecer que foi acidente.

– E o que fazemos com a faca bem no meio do estômago dela, gênia? – Dean ironizou arrumando seu casaco.

– Droga, não tinha pensado nisso. – Selena bufou impaciente olhando para todos os lado.

– É melhor apenas darmos um fora daqui. – Katherine comentou. – Limpem nossas digitais da faca e de onde mais vocês tocaram, eu vou indo buscar o carro. Quem vem comigo?

– Eu vou. – Disse, estava louco pra sair daquele lugar. – Boa sorte, casal. Não demorem.

Pov’s Narrador Observador.

Dean e Selena passaram pelo menos dez minutos tentando limpar todas as digitais.

– Acho que já terminamos. Damon e Katherine devem estar esperando, vamos. – Dean falou puxando Selena pra fora da casa.

Assim que chegaram no jardim encontraram o Impala completamente vazio.

– Pra onde será que eles foram? – Selena pediu confusa, se virou pra Dean e percebeu que ele tinha um sorriso malicioso no rosto. – Você não acha que eles...

– Acho. Eles devem estar se agarrando atrás das árvores. – Explicou andando pelo jardim a procura dos amigos. Selena olhou ao redor enquanto chamava por Katherine e Damon.

– Dean, acho que temos mais problemas. – Falou assim que olhou pro chão e viu as chaves do Impala largadas lá.

Continua....


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Notas finais do capítulo

Desculpem as palavras erradas não deu tempo de revisar povo até o próximo beijos!