Hoje fazia exatamente 9 meses que Alex estava grávida e teríamos uma menina! Ainda estávamos meio enrolados com o nome: enquanto eu queria Melanie, ela queria Nádia.

Tirei uma foto dela com a mão em sua gigantesca barriga, não acredito que daqui a alguns dias eu finalmente iria ser pai! E ela sorriu ao ver a foto.

– Você deveria ser fotografo e não professor Justin! – Alex disse ainda olhando para a foto.

– A foto só está bonita assim por causa da linda pessoa que está nela! – eu disse sorrindo.

Ela ia falar alguma coisa quando Zicki chegou aflito, o levei para um canto e ele começou a me contar uma história sobre robôs e aliens tentando governar o mundo e curioso do jeito que sou, resolvi ir junto, o que aconteceria de tão mal?

Fomos correndo para um terreno baldio onde Zicki começou a falar coisas sem nexo algum, ele me olhou nos olhos e vi que ele tinha um brilho diferente, era um brilho cheio de luxuria.

– Zicki, o que você fez? – eu disse assim que vi agentes do governo entrando no terreno.

– Só fiz o que era certo Justin. – ele disse sorrindo cinicamente. – Você e sua família são abominações que precisão ser detidas. – ele continuou. Senti mãos puxando os meus braço para atrás das costas e me prendendo com uma coisa gelada e incômoda ao mesmo tempo.

Fui levado para um quarto totalmente escuro e me deixaram sozinho lá, essa era a minha chance! Fiz um feitiço para tirar as algemas, peguei minha varinha e liguei para Alex, ela precisava fugir antes que Zicki pegasse ela. 1 toque... 2 toques... 3 toques...

– Alô! – Alex atendeu.

–Alex! Sou eu! Olha, não tenho muito tempo então irei falar resumidamente: Zicki me trouxe para uma armadilha e agora estou em um quartinho escuro, ele vai atrás de você, então se tele transporte para a casa da mamãe e do papai e caso eles não estejam em casa, vá para a casa da Julieta e conte tudo o que eu falei. – eu disse. – Eu te amo Alex, espero que você saiba disso! Caso eu não volte, meu último pensamento será você e nossa filha. Eu te amo muito mesmo! – eu continuei e percebi que ela estava chorando.

– Eu também te amo Justin! E vou me certificar que Melanie saiba disso assim que ela nascer! – ela disse e eu sorri, ela tinha escolhido o nome que eu escolhi. – Me prometa que você para mim, por favor. – Alex disse,

– Eu prometo.- eu disse e desliguei a ligação. Assim que eu desliguei um cara encapuzado me deu um soco na mandíbula, gemi de dor, o que será que eles queriam?

– Justin Russo! Meu nome é Stefano Marrano e eu quero que você me conte tudo o que você sabe sobre o mundo mágico! – ele disse dando um sorriso macabro. – E Caso você não me responda do jeito que eu quero, meu parceiro aqui. – ele apontou para Zicki. – Vai te esfaquear.

– O que? Não! Eu nunca machucaria Justin! – Zicki disse e ai eu percebi: Zicki estava sobre a maldição Imperius!

– Justin, me conte, quantos seres mágicos existem? – Stefano me perguntou.

– Eu não vou falar. – eu disse olhando para o chão e logo senti minha perna direita sendo perfurada por algo.

– Me responda agora! – Stefano disse mais perto. Levantei meu rosto e cuspi na sua cara, senti o mesmo lugar da vez anterior ser perfurada, gemi de dor.

– Vamos então para a próxima pergunta! – disse Stefano limpando seu rosto. – Aonde é que fica o seu portal pro mundo mágico? – ele perguntou a uma distância segura.

– Fica no bairro Não Te Interessa, na Rua Vai Tomar no Cú e no número Não Vou Te Dizer Nada, anotou no papel? – disse eu dando um sorriso sacana. Morar com a Alex por anos te ensina o que deve se dizer, certo?

– Vamos embora Zicki, ele não falará nada hoje. – ele disse e me deu um murro e então cai na consciência.

~3 dias depois~

Hoje fazia exatamente 3 dias que estava longe de Alex, 3 dias que estava sendo torturado por algum tipo de terrorista. Acordei sentindo a água gelada em meu rosto, isso já estava virando um habito estranho.

– Hoje teremos uma tortura... Diferente. – Stefano disse pra mim sorrindo.

– Ilyasah! Venha até aqui! – Stefano gritou e uma mulher com roupas apertadas e pretas entrou, ela tinha um malão e me encarava como se eu fosse sua presa.

– Ôla Justen! – ela disse colocando sua maleta em uma mesinha e abriu, estava cheio de coisas afiadas. Agora estou ferrado!

– Vámos ver... No... No... Sí! – ela disse escolhendo uma faca. Ela se sentou em meu colo e tirou minha camiseta. – Assim que gostô! Saradiño! – ela disse me olhando. – Vámos paras perguntas, certo? – ela me perguntou sorrindo maleficamente. – Aonde que fica seu portal? Én amor? – ela me perguntou passando de leve a faca pelo meu abdômen. – Náda? Qué pena! No quiero estragar este corpo! – ela disse começando a passar mais forte a faca pelo mesmo lugar, mordi meu lábio interior tentando conter o gemido, mas parece que só a incentivou mais. –Vámos lá amor! – ela disse passando a faca pelo meu rosto. Antes que ela pudesse falar alguma coisa ouvi alguém gritando ”Invasão” e a mulher entrou em pânico, foi engraçado até que ela enfiou a faca no meu estômago, agora estou acabado! Vi a mulher levando um tiro na cabeça assim que ela enfiou a faca em mim.

– Max! – reconheci o atirador assim que ele entrou na sala.

– Justin! – ele sorriu até que viu a faca no meu estomago. – Merda! PRECISAMOS DE UM PARAMÉDICO AQUI! – gritou Max na porta e logo um cara de jaleco branco entrou na sala, nessa hora eu não conseguia ver cores, tudo era preto e branco pra mim.

– Ele não vai sobreviver. – disse o médico. – Acho melhor vocês se despedirem. – continuou ele saindo da sala.

Ficamos um pouco em silêncio, mas foi o suficiente para eu começar a tossir sangue.

– Justin! – disse Max desesperado. – O que eu faço? Ai meu Deus! Justin, você vai morrer e eu não posso fazer nada! – ele disse chorando.

– Na verdade você pode. – eu disse me esforçando. – Preciso que de esse papel para Alex! Encare isso como um último desejo, O.K.? – eu perguntei.

– Tudo bem. – ele disse ainda chorando. – Vou sentir sua falta cara. – ele disse.

– Eu também vou Max! – eu disse sorrindo.

Assim que disse isso Max saiu da sala e comecei a pensar na Alex: na minha doce e maravilhosa Alex. Vou sentir muita saudade de abraça-la e de sentir seus lábios contra os meus toda noite quando chego do trabalho, irei sentir falta de sua voz, de seu sorriso, de seu cheiro e de seu humor que eu amo, assim como amo nossa filha, Melanie. Imagino exatamente como ela vai ser: provavelmente vai tirar o humor e a beleza da Alex, imagino minha família brincando com Melanie. Graças ao destino serei privado de ver minha filha nascer e crescer, não estarei lá quando ela estiver triste para falar que está tudo bem e abraça-la quando ela chorar por causa de um garoto. Sorri ao lembrar do que Alex tinha me dito quando eu a liguei, desculpe amor, mas não vou poder cumprir essa promessa. Senti uma dor muito forte possuir meu corpo, fechei os olhos imaginando aquela foto que tirei de Alex, quem diria que esse era a última foto? De repente senti a dor parar e a morte finalmente me ofereceu sua mão, aceitei sem medo, pois sabia que não sobreviveria caso não aceitasse.