Use Somebody II escrita por Thaís Romes


Capítulo 28
Green Arrow


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas mais lindas da minha vida!
Espero que gostem do capítulo de hoje, não consegui postar ontem, por que consegui apertar meu dedo na porta, nunca antes havia percebido que eu uso tanto o j, u, n e h antes... Mas está ai, espero que gostem!



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FELICITY

Não sei explicar direito, mas assim que vi pelas câmeras de transito que havia hackeado para monitorar a luta, Oliver saindo, depois de concluir algo do qual eu não faço idéia, minha mente de alguma forma me levou de volta ao dia em que meu pai me abandonou. Ele foi até meu quarto pela manhã e me acordou com meu cereal preferido me esperando na minha mesinha de cabeceira, beijou meu rosto com os olhos cheios de lágrimas, eu não entendia o que estava acontecendo, ou por que ele estava me deixando.

Consigo me lembrar que suas ultimas palavras foram “Você é a melhor coisa da minha vida”. E agora me lembro de sua voz, ela se parecia com uma manhã de aniversário, quando tudo parece ser possível. Meu pai tinha a voz de segurança, aconchego e proteção. E agora reconheço que foi esse motivo de me apaixonar por Oliver, no momento em que ele se apresentou para mim. Oliver tem a mesma voz, a voz de lar.

–Lar. –murmuro perdida em pensamentos.

–O que aconteceu? –Barry se agacha em minha frente segurando meu braço e me olhando nos olhos. –Você está bem? –foco meu olhar no seu, ainda em choque pela memória ter sido assim tão nítida.

–Sim... É, eu estou bem. –respiro fundo forçando um sorriso. –Preciso ligar para minha mãe. –anuncio me levantando, sentindo meu coração se apertar no mesmo segundo. O telefone toca cinco vezes antes de ser atendido, mas aquela não era a voz da minha mãe, sinto todo meu corpo se arrepiar ao constatar que Nyssa era quem estava com o telefone dela.

‘Sabe Felicity, eu fiz as contas e desde que te vi não tem como você ter tido uma gestação completa e nascer um moleque de oito... Nove anos?’ - deixo o telefone escapar de minhas mãos, mas Barry o pega antes que alcance o chão.

–Felicity! –Caitlin exclama correndo em minha direção e começa a checar meu pulso. –Cisco pegue a minha bolsa! –ordena e Barry surge com uma cadeira fazendo com que eu me sente. –Parece ser a pressão dela, preciso checar...

–Não dá tempo. –falo assim que consigo lembrar de como se usa minha voz. –Estão com Connor e Sara. –minha respiração se torna descompassada. –Minha mãe e Steve.

–Quem? –Cisco quase grita em desespero.

–Nyssa, e sei lá mais quantos assassinos. –respondo em um fio de voz.

–Vou para sua casa, fique calma. –dizendo isso Barry sai em disparada.

–Tudo vai ficar bem Felicity, só mantenha a calma...

–Não posso ficar aqui Caitlin, não posso ficar de mãos atadas, quando todos que eu amo estão em perigo, quando meu garoto está sobre a mira de uma assassina, minha afilhada e minha mãe... Não posso! –me levanto apressada e corro em direção a saída o mais rápido que posso com Caitlin e Cisco que passam a correr atrás de mim.

Bato de frente com a porta que estava travada, tento mais uma vez só por garantia, e nada. Eu estava presa. Corro de volta para o computador, e todo o meu sistema de segurança está destruído, nós não sairíamos de lá. Ao menos não sem uma serra elétrica. –BARRY ALLEN! –grito a plenos pulmões desesperada acionando o comunicador.

‘Desculpe Felicity, mas já tem muito em jogo, arriscar sua vida e do bebê, só colocaria Oliver em uma situação pior, acredite. ’

–O que você fez com meu sistema? –minha voz sai seca, repleta de fúria.

‘História engraçada na verdade... ’

–Barry! –corto impaciente.

‘Eu apenas vibrei em uma freqüência que ele não suportaria sem entrar em colapso. Desculpa por isso também, mas não vou pedir desculpa por proteger sua vida!’ - diz cheio de convicção. ‘Cheguei... Felicity, sua mãe está desacordada, mas bem, Trevor também foi apagado, e tem uma flecha cravada no ombro... E Sara... Não a encontro... ’ - sinto o choro chegando junto com uma enxurrada de emoções, nenhuma delas boa. ‘Ela está bem, está no moises, dormindo como um anjo... Estava escondida. ’ - sinto um pequeno alívio.

–Connor Barry, quero saber do Connor.

‘Um segundo... Ele não está aqui. ’

–Cisco Ramom, conserte essa maldita porta, eu posso acertar o sistema. –começo a falar voltando para minha cadeira, ele permanece no mesmo lugar. –O que é? Sara, Steve e até mesmo minha mãe precisam de um lugar seguro! –agora ele sai correndo em direção a saída. –Caitlin, Steve está ferido, vai precisar de cuidados. – ela vai em direção ao estoque de medicamentos. -Deus nos ajude. –sussurro contendo o choro com minhas mãos tremulas, e começo a procurar por sinais de Connor. –Oliver. –chamo tentando manter a voz firme.

‘Ele não está aqui. ’ - percebo o mesmo esforço em sua voz.

–Já sei, Barry me informou. Tenho uma idéia, mas sei o quão arriscado pode ser, mas espero que perceba que não estamos com tempo para uma segunda alternativa. –começo a falar.

‘A essa altura, topo qualquer coisa. ’

CONNOR

Sei que estou dentro de um carro grande ao maior tempão, talvez seja uma van. Meus olhos estão vendados e minhas mãos amarradas, mas o que eles esperam que um garoto de quase nove anos faça afinal? Adultos malvados são estranhos.

Quando eles chegaram em minha casa, uma mulher vestida como nos desenhos de samurai que assisto com Steve à tarde, e mais cinco outros com ela, começaram a atacar Steve, que nos empurrou para a cozinha, ele lutou com dois e os derrubou, derrubaria os outros três se a mulher não tivesse o atingido com uma flecha que o fez desmaiar.

Eu não sou como meu pai, mas sou filho dele, deveria ter conseguido salvar minha avó e Sara. Eu corri a colocando de baixo de um dos armários para que ninguém a visse, vovó Donna repetia que tudo ficaria bem, com medo de que eu me apavorasse, mas eu já estava apavorado, apavorado que algo acontecesse a elas e eu não conseguisse as salvar. Não sei se Felicity me amaria ainda se eu tivesse deixado sua mãe morrer, ainda mais agora que ela vai ter um bebê dela de verdade. Ou se meu pai anda teria tanto orgulho, e não acabaria me mandando morar com minha mãe, do outro lado do mundo.

A porta foi arrombada pela mulher que derrubou Steve, vovó Donna se colocou a minha frente com uma faca na mão, a mulher que parecia desenho animado deu risada da cara dela é com um único golpe, vovó Donna estava no chão, com sangue escorrendo pelo nariz. A mulher malvada avançou em sua direção armando o arco.

–Não! –grito chamando atenção para mim. –Pode me levar... –dei um pequeno passo em sua direção tentando parecer corajoso. –Só não machuca ela.

–Você se parece com seu pai. –ela sorri, quase de forma doce para mim. –Sensei, ache a outra criança...

–Não, Sara não! –me desespero segurando o choro, e a mulher parece congelar quando digo o nome de Sara. –Pode me levar, meu pai faria qualquer coisa por mim, por favor, não a Sara. –escorrem algumas lágrimas por meu rosto. –Por favor.

–Sara? –ela sussurra me olhando diferente agora, quase como se não fosse assim tão malvada.

–Me leve no lugar dela.

E agora eu estou aqui, amarrado dentro de um carro, ou uma van, ainda não descobri. Mas sei que acabou de parar em algum lugar, e escuto a porta se abrindo e sou puxado para fora. –Você deveria ter se trocado. –a mulher malvada fala.

–Não tive tempo. –era Felicity, meu coração bate acelerado. –Solte ele agora Nyssa, nós temos um combinado.

–Não sei se é melhor do que ver Oliver morto.

–Solta. Meu. Filho. –a voz de Felicity sai de uma forma que nunca havia escutado antes. –Você concordou em me levar no lugar dele, cumpra sua promessa!

A venda é arrancada de meus olhos, e vejo Fel ainda vestida de noiva, assim que minhas mãos são desamarradas corro em sua direção e ela sorri abrindo os braços para me receber. –Desculpe ter te chamado de filho. –sussurra em meu ouvido me abraçando com carinho. –Não quero tomar o lugar de sua mãe.

–Acho que ela não liga se eu tiver mais uma. –respondo e ela se afasta um pouco para me olhar nos olhos e vejo seu sorriso, a forma que ela sorri para mim, desde sempre. –Não vai embora não. Por favor. –peço chorando e me agarro a ela mais uma vez. –Não quero que você vá.

–Confie em mim, pode fazer isso? –balanço a cabeça concordando e ela beija os dois lados da minha face. –Fique aqui, e espere, alguém virá te buscar. –sinto ela colocando algo no bolso interno do meu casaco. –Eu te amo, meu garoto.

–Amo você mãe. –respondo e ela sorri com doçura antes de se afastar entrando na van com a tal de Nyssa, e eu me sento na calçada chorando, e vendo ela se afastar.

–Oi Connor! –uma voz animada me chama, ergo minha cabeça vendo o Flash, que sorria para mim. –Sou sua carona. –então estou em um lugar que não conheço, vejo muitas flechas a meu redor, alguns computadores.

–Maneiro! –exclamo impressionado, e de repente Felicity está de volta a meu lado, junto com o Flash. –Oh... Como?

–Troquei os passageiros rapidinho, acho que só perceberam agora! Tenho que voltar. –ele desaparece bem diante dos meus olhos. Esse é o dia mais irado de toda a minha vida!

OLIVER

Estou dentro da van na parte traseira onde Felicity estava, e Asa Noturna ao lado do motorista que ele acaba de apagar. Nyssa se assusta, segundos antes de meu punho atingir sua face, a deixando inconsciente, Barry já havia retirado os outro caras que estavam com ela, os deixando em um lugar onde Roy e Diggle pudessem cuidar deles com a ajuda dos outros. Dick guia o carro até o inicio de uma estrada que levava para fora da cidade.

–Vão chegar a qualquer momento agora. –informa.

–Tem certeza que podem cuidar dela? –pergunto injetando um sonífero na mulher.

–Você é um bom homem Oliver. –diz se virando em minha direção. –Não é qualquer um que se preocuparia com a mulher que acabou de ameaçar toda a sua família em um único dia.

–Não se engane. –falo com a voz desprovida de qualquer emoção. –A alguns anos eu a mataria sem hesita.

–A alguns anos eu usava um uniforme vermelho, amarelo e verde para combater o crime. –solta uma pequena risada, e eu o olho admirado. –Todos nós temos algo do qual nos envergonhamos. –dá de ombros.

–Obrigado. –minha voz sai repleta de sinceridade.

–Quando precisar! –sorri zombeteiro, mas acho que essa é a única forma que ele sabe sorrir. –Oliver, conheça o batavião! –anuncia apontado para o céu, onde um avião de guerra negro preparava a aterrissagem. –Só meu velho que não pode saber que eu o apresentei dessa forma para você. –sussurra em tom de segredo.

–Como conseguiram chegar tão rápido? –pergunto impressionado.

–Eu sabia que precisaria de um fim para o velho e a prole dele. Então chamei a cavalaria quando estava saindo de Gotham.

–Ra’s está morto.

–Não por muito tempo. –dá de ombros saindo da van e eu o sigo, pegando Nyssa em meus braços. –Mas se ele voltar a vir atrás de você, o que eu não acredito que vá fazer, graças a seu código bizarro e doentio.

A porta do avião se abre e um garoto em um uniforme vermelho e preto sai de dentro dele, com uma garota ruiva a seu lado. Eles sorriem para mim ao se aproximar. –Cara, eu prefiro mil vezes a B1 do que a B2. –a garota ruiva comenta olhando para Nyssa em meus braços.

–B1 e B2? –questiono confuso.

–Bananas de Pijamas. B1 é a Nyssa e B2 a irmã mais nova, e completamente pirada dela. –Dick reponde sorrindo para a garota. –Ela se empenha muito nos apelidos das pessoas que ela gosta. –respondo com ironia e eu dou risada pensando em Cisco, chego a conclusão que prefiro a versão da garota. Ele pega Nyssa e a coloca presa dentro do avião.

–Oi, você deve ser o Green Arrow. –estende sua mão para mim. –Sou a Batgirl.

–Na verdade é só Arrow. –corrijo apertando sua mão.

–Sério? Por que são tantos, que eu pensei que a cor fizesse parte do nome, como Reed Arrow, ou o cara de coruja do Black Arrow.

–Isso... Faz sentido. –pondero. –vou pensar a respeito.

–Reed Robin. –o garoto a seu lado, que deve ter no maximo uns dezessete anos, me estende a mão. –É bom conhecer você. –ele era mais sério que os outros, parecia estar pensando em várias coisas ao mesmo tempo.

–Agradeço pelo que estão fazendo. Vão mesmo conseguir a manter presa?

–Já ouviu falar da Zona Fantasma? –Dick pergunta me olhando com seriedade.

–Não.

–Temos um amigo, que pode cuidar disso. Pode confiar, Nyssa nunca mais vai se aproximar da sua família. –ele me estende a mão e eu a aperto. –Foi um prazer Oliver!

–Mais uma vez, obrigado.

–Batman precisa conhecer ele. –escuto a garota comentar com Dick quando eles se afastavam voltando para o avião.

–Não vai demora a acontecer agora. –ele responde dando de ombros.

Volto para a van me sentindo exausto, mas estranhamente aliviado ao mesmo tempo. –Felicity. –chamo tocando o comunicador em meu peito, antes de dar partida.

‘Oi, acabou?’

–Sim, acabou. –respondo com um sorriso cheio de alívio. –Como Connor está?

‘Melhor do que nunca, ele convenceu ao Barry a deixá-lo vestir a jaqueta do uniforme dele, depois de desistir de tentar o mesmo com Roy. ’ –não deveria, mas dou risada imaginando aquilo.

–Você é a noiva mais linda que eu já vi, acho que não tive tempo de dizer isso antes.

‘Volta logo para casa, sua esposa e seus filhos querem ver você. ’

–Sim, senhora.


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Notas finais do capítulo

Então, com direito a pequena participação de Tim Drake e Barbara Gordom. Espero de verdade que tenham gostado, possivelmente o próximo capítulo será o ultimo...
Não deixem de comentar, preciso da opinião de vcs, e obrigada de coração a quem me acompanhou até aqui!
Bjs



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