Always and Forever escrita por tsukuiyomi, Letí


Capítulo 9
Aposto que não o ideal.


Notas iniciais do capítulo

~lê faz aceno culpado.
Demorei, né? Acontece que tive problemas de saúde e minha internet caiu, então só estou podendo dar att hoje mesmo...espero que gostem do capítulo. Boa leitura, até lá embaixo.



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— Diana, relaxe. É só uma festa!

Lancei a Klaus o olhar mais fulminante que consegui. Ele estava com um sorrisinho muito suspeito nos lábios e com a mão esquerda na nuca, apoiado na parede. Achei meio insensível da parte dele dizer para eu relaxar, como se não fosse nada demais o fato de eu estar pirando.

— Uma festa Mikaelson! — esbravejei, e o sorriso dele só aumentou. — A última festa que deram aqui está sendo comentada até hoje, provavelmente.

— Confirmo que nossa família possa ter causado rebuliço por aqui, mas, Diana, não fique preocupada, você vai dar conta de tudo. E caso precise de ajuda, peça a Caroline. Ela adora planejar esse tipo de evento. — ele passou as mãos nos cabelos e cruzou os braços atrás das costas, ainda com o ar bem-humorado.

— Como assim sozinha? — indaguei, estreitando meus olhos para ele.

— Sozinha — ele suspirou, desfazendo o sorriso. — Eu vou voltar para Nova Orleans, tenho que resolver alguns problemas por lá. Você poderia ir junto, mas eu gostaria que ficasse aqui cuidando dos preparativos.

Ainda não tinha caído a ficha de que planejar uma festa, estilo Mikaelson, seria uma das coisas mais exaustivas que já havia feito, por isso só assenti, absorta.

— Prometo que volto em tempo para a festa. — acrescentou.

Ah, ótimo, eu fico com o trabalho pesado e ele só aproveita. Maravilha.

Não estava acreditando que Niklaus iria sair e só voltaria no dia da festa, na verdade, eu não queria acreditar. Depois de um minuto de silêncio com ele me encarando ansioso, decidi que tenho que parar de ser egoísta e ver que ele, provavelmente, vai ter mais trabalho na cidade do que eu.

Eu só teria cinco dias para organizar tudo, Klaus decidiu colocar uma data bem próxima, não me pergunte por que.

— Você não está brincando, não é? — ele negou, com o sorrisinho de canto aparecendo novamente. — Ao menos mande o resto da família comparecer, já que o nome da família Mikaelson estará na boca do povo, que seja ela toda reunida.

­— Está bem — Klaus falou com desgosto, mas vi seus olhos brilharem de diversão. Santo humor, hein? — Mas não sei se Elijah e Rebekah vão querer vir.

— Eles virão. — afirmei, de repente nem tão certa assim.

***

Klaus fora para Nova Orleans havia dois dias e meio, Caroline veio aqui em casa para se “despedir” e fez com que eu me perguntasse por que eles ainda não estavam casados, pois é. Acho que está tudo perfeito demais, vida, deixe de ser suspeita.

Nesse momento, estava jogada no sofá da sala, assistindo minha série preferida, comendo chocolate para caramba. Estava de bom humor, principalmente pelo fato de que Care resolveu dar as caras hoje e está ao meu lado, decidimos nos distrair antes de começar o trabalho.

— O que você acha que ele está fazendo? — perguntei a ela, colocando um pedacinho de chocolate na boca, assim como ela.

— Matando alguém, talvez. — disse séria e me arrependi de ter feito a pergunta. — Quer dizer, aquela cidade é mais disputada que brigadeiro por criança, acho que se torna impossível não partir para a violência.

Soltei um pequeno muxoxo de alívio por ela não parecer irritada com o fato, o relacionamento dos dois estava melhor do que o esperado. E eu não queria voltar às atividades de cupido, por isso significar que eles estariam separados.

— Klaus sabe o que faz, mas espero que não comece uma carnificina, está tudo bem demais. — comentei séria. Ela assentiu, com os olhos claros faiscando.

— Você gostou de se mudar para cá?

Era a primeira vez que alguém me perguntava isso, e eu não tinha parado para pensar muito no assunto. Demorei algum tempo para formular uma resposta:

— Bem, sim. Em Nova Orleans eu não tinha nenhum tipo de liberdade, como você mesma disse, a cidade é muito disputada. Com isso Klaus sempre temeu por minha segurança, e eu costumava ficar trancafiada na casa. Mystic Falls me deu liberdade, acima do que eu poderia imaginar. Mas ainda é meio estranho, não estou acostumada com o ambiente totalmente.

— Entendo. — foi tudo o que ela respondeu, e fiquei contente por não comentado como devia ser frustrante viver daquele antigo modo. Eu sabia melhor do que ninguém, não que culpasse Klaus, e minha família, por me protegerem.

—"Eu vou parar o Lobo Mau. É a coisa mais estranha que eu já disse." ­— Dean havia acabado de pronunciar a frase na televisão quando meu celular tocou. E amaldiçoei quem quer que fosse antes de atender de má vontade.

— O que é? — resmunguei, tentando prestar atenção na TV e responder ao mesmo tempo.

— Oi Diana. — a voz chegou aos meus ouvidos e eu tive que me segurar para não engasgar.

— Como é que você conseguiu o meu número? — esbravejei, verdadeiramente confusa.

— Caroline me deu. — olhei para ela, descrente. Exibia um olhar de culpa enquanto olhava para a televisão, fingindo que não estava ouvindo a conversa.

— O que você quer? — era tudo o que precisava saber para poder desligar na cara dele.

— Quero saber por que está me evitando. — respondeu, em tom seco.

— Não estou te evitando, estou ocupada ultimamente. — não era totalmente mentira. Os preparativos estavam enchendo a minha cabeça e eu estava aproveitando esse fato para cortar todo o contato com o mundo exterior, especificamente, com Damon.

Eu te convidaria para o Grill, mas pelo visto você está mesmo “ocupada” — disse a última palavra com tanto sarcasmo que me perguntei se não desconfiava que estivesse evitando-o mesmo. Também sabia que ele estava sorrindo, mas evaporei a imagem de minha mente antes de formá-la.

— Bem, sem visitar ao Grill essa semana. Mas vocês terão uma festa para comparecer em dois dias. — os convites ainda não tinham sido enviados, eu os buscaria hoje e teria que correr para que todos os convidados recebessem. “Todos os convidados” é igual a um quinto da cidade, vale destacar. Nem queria imaginar como a casa ficaria no final.

— Vamos comparecer. — respondeu, distraído. — Tenho que ir, tchau.

E desligou, na minha cara, sem esperar despedidas. Simples assim, filho da puta.

— Ele está mesmo te perseguindo. — Caroline comentou, e olhei para ela como se fosse maluca.

— Se você não tivesse dado o meu número, talvez ele não o estivesse fazendo. — acusei, ela encolheu os ombros.

— Desculpe, Damon pode ser muito irritante. Eu tentei protelar, mas ele insistiu demais.

— Tudo bem. — murmurei, era difícil ficar irritada com ela.

Terminamos de ver o episódio da série e nos duas pendemos a cabeça para trás, derrotadas. Sabíamos que agora não havia escapatória, teríamos que organizar tudo hoje, agora, nesse exato momento.

— Podemos fingir que o tempo está parado. — sugeri.

— Acho que não vai dar muito certo. — murmurou em resposta.

— Está bem, vamos logo com isso. Só espere eu trocar de roupa, por favor? ­— ela assentiu e eu corri pro meu quarto.

Busquei no closet algo aceitável para vestir. Acabei optando por uma calça de algodão preta apertada, uma blusa vermelha de mangas e saltos pretos baixos. Ajeitei o cabelo e fiz uma maquiagem rápida.

Peguei o dinheiro que Klaus deixou para a festa dentro da minha cômoda. Seria considerado loucura guardar tanto dinheiro e carregá-lo se eu não morasse com um híbrido e se não estivesse saindo com Caroline. Coloquei tudo em uma mochila e fui encontrar Caroline na porta da sala.

Ela iria dirigir, eu poderia ter feito isso se estivesse com disposição. Klaus haviam ido com sua BMW para Nova Orleans, o que não havia o impedido de deixar uma reserva aqui.

— O que temos que fazer agora? — Caroline perguntou de súbito, enquanto entrava na estrada e acelerava.

Conferi a listinha que estava em meu bolso antes de responder:

— Pegar os convites, depois comprar comida. — ela sorriu, parecia animada agora. Boatos de que gosta de festas? Verdadeiros.

— Vamos lá, então. — acelerou ainda mais o carro, e tive certeza de que havia pegado o costume de velocidade com Klaus.

Passamos na papelaria, ou seja lá o que aquilo for, e saímos carregadas com um pacote de convites elegantes, muito bonitos. Eram simples, pretos com letras em dourado. Tivemos um trabalho enorme para convencer os correios a entregar aquilo tudo ainda hoje, mas Caroline foi muito útil os hipnotizando para isso.

***

— Eu odeio isso. — esbravejei, uma hora mais tarde, enquanto estávamos no supermercado. As duas com carrinhos de compras lotados de bebidas, ao longe de viam mais três, carregados.

— Fica divertido, dependendo do ponto de vista. — ela disse, correndo para pegar outro carrinho, enchendo esse de aperitivos. Não consegui achar o ponto de vista que me deixaria bem-humorada naquela situação.

— Eu tenho que ligar para o Buffet? — perguntei, com cara de cachorro pidão. Estávamos pagando as coisas agora.

— Sim — ela riu da minha cara —, e ainda temos que ver a decoração.

— Decoração é uma ova, vamos pagar alguém para isso. — afirmei. — E para levar as comidas, e para organizar tudo. E para segurança, e para limpeza. Também vamos precisar de alguém para ver se falta alguma coisa.

— Você quer falir Klaus, com certeza. — comentou, entre assustada e divertida.

— Que se dane, não mandei ninguém inventar festa nenhuma. — ergui o queixo e fui em direção ao carro, esperando colocarem tudo lá e Caroline entrar, ainda sorrindo.

Quando finalmente saímos daquela rua, eu pensei que estaria livre. Doce engano. Caroline nos levou direto ao shopping, dizendo que precisávamos de roupas. Que a propósito deveriam ser formais. Klaus e suas manias.

— Eu tenho vestidos em casa. — argumentei, desesperada enquanto ela me mostrava um vestido azul em uma loja enorme e muito movimentada.

— Aposto que não o ideal. — me estendeu um vermelho e um verde.

No final acabei ficando com um vestido azul escuro lustroso, de uma loja famosa, preferida de Caroline. Tinha a cintura muito marcada, daqueles que te impedem de respirar e calda era em sereia, também tinha um decote desconfortável para mim, mas a loira insistira que ficaria linda e acabei comprando. Ela ficou com um vestido rosa bebê, delicado e com alguns babados em branco, compramos também sapatos.

Eu não queria usar o meu vestido, e agora nem queria mais aquela festa. Depois que você vê a dificuldade que é cuidar de tudo, passa a observar o lado ruim da coisa, isso desanima bastante.

De qualquer jeito, seria uma festa Mikaelson, isso diz basicamente tudo.


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Notas finais do capítulo

E aê? Gostaram? Odiaram? Opiniões nos reviews, por favor.
Galera..fiquei bem triste porque o número de reviews no capítulo caiu muito. Vocês não gastam nem um minuto para escrever algo incentivador ali embaixo então, por favor né! Enfim, espero que tenham gostado dessa leve introdução pro seguinte.
Beijos, até.
—Colly.