Always and Forever escrita por tsukuiyomi, Letí


Capítulo 10
Vamos dançar, ruiva.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem? Espero que sim, também espero que aproveitem o capítulo e também espero reviews! Pois é! Falo disso com vocês depois, boa leitura.



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Estava tudo muito bonito, e naquele momento me senti orgulhosa por ter conseguido domar tudo, junto de Caroline. Não liguei mais se Klaus havia me deixado somente com a ajuda da loira para preparar a festa naquele momento, tudo o que eu conseguia imaginar era que tinha feito um bom trabalho.

Eu estava de pé no alto da escada e tinha uma visão privilegiada de todo o ambiente.

Os móveis haviam sido removidos da sala aos fundos da casa — que geralmente só usávamos para... nada — e me dei conta do quanto aquilo era enorme, de jeito nenhum teríamos precisado de um salão de festas, aquele era perfeito como um. A decoração era elegante, preta e azul noite, fitas de cetim tinha sido intercaladas nos cantos das paredes e as mesas estavam bem arrumadas, com um vaso de rosas brancas as enfeitando.

Havia um grande espaço que seria destinado para dança e todo o ambiente tinha sido muito bem aproveitado. Grandes espelhos de corpo inteiro haviam sido dispostos pelo ambiente e parecia que tudo brilhava. Ainda estava tudo vazio, mas em breve os convidados chegariam, sendo servidos por muitos garçons.

Depois de nossa ida a cidade, eu e Caroline contratamos gente para fazer o resto do trabalho, como a decoração. Eu me sentia responsável por ela por ter tido a ideia de contratar pessoas especializadas, e nem me sentia culpada por não ter feito nada do pesado. Curioso.

— Ficou lindo, não é? — Caroline suspirou satisfeita ao meu lado, enquanto seus olhos brilhavam em minha direção. Foi impossível não sorrir para ela enquanto respondia:

— Perfeito, fizemos um bom trabalho. — ela assentiu.

— Agora temos que nos arrumar. — estava cedo para a festa, faltavam duas horas, mas mesmo assim eu a segui até meu quarto.

Caroline havia passado o dia aqui, trouxe seu vestido e muitos produtos de beleza, além de doces. Ela suspirou ao ver os dois vestidos em cima da cama, maravilhada. Apenas fiquei observando-a até que se mexesse.

— Certo, vá tomar banho. Vou fazer sua maquiagem e cabelo. E depois você faz a minha. — concordei, indo pegar uma toalha limpa no closet. Quando voltei, a loira pintava suas unhas de branco com afinco. Nunca fiquei tão agradecida por já ter feitos as minhas antes.

Tomei um banho longo, satisfeita por poder massagear meus cabelos ruivos com delicadeza. A água quente batia em minhas costas e meus músculos estavam relaxados, meus olhos cuidadosamente fechados. Estava em uma espécie de torpor quando ouvi Caroline gritando para eu andar rápido.

Olhei para o pequeno relógio em minha cômoda quando sai enrolada no roupão do banheiro e percebi que tinha ficado quinze minutos no banho. De qualquer jeito, as unhas de Care estavam perfeitamente pintadas quando me sentei na penteadeira, sentindo suas mãos deslizarem pelos meus cabelos, desembaraçando-os.

— Klaus ainda não chegou? — perguntei, olhando minhas longas unhas pintadas de um preto brilhante.

— Não — ela começou a secar meus cabelos, e teve que levantar um pouco a voz pelo barulho de secador —, mas me ligou dizendo que está a caminho.

Assenti, ficando mais aliviada. Se Klaus não aparecesse aqui — com pelo menos cinco minutos de antecedência para vestir o mais impecável dos smokings — e estragasse a festa, que eu e a loira planejamos, trajando aquelas suas roupas pretensiosas, eu o esganaria, com certeza.

Caroline finalizou meu cabelo e ergueu um espelho as minhas costas, de frente para outro, de modo que eu pudesse ver o penteado. Era simples, prendera a lateral do meu cabelo e colocara pequenas pedrinhas e cacheara o resto mais do que já era, caindo em cascatas vermelhas. Estava lindo e tive que agradecê-la com um sorriso dos mais sinceros.

— Acho que você vai surtar quando eu terminar a maquiagem. — comentou rindo e começou o trabalho em meu rosto.

Oito minutos depois, tornei a me olhar no espelho. Os olhos estavam esfumaçados de preto e o efeito em contraste com meus olhos me deixou hipnotizada, minhas bochechas estavam levemente coradas e meus lábios coloridos num tom de vermelho escuro e fosco, quase vinho.

— Puxa, Caroline. Acho que só posso retribuir dando o meu melhor. — disse a ela, e a coloquei para tomar banho.

Ela saiu dois minutos depois, tive certeza que usou sua super velocidade.

Comecei a pentear suas madeixas loiras assim que se sentou na cadeira. Cacheei seus cabelos até que ficassem na linha dos ombros — um penteado parecido com o que usei na sua festa de aniversário — e depois passei a mão por eles rapidamente, dando um visual mais solto. Depois fiz uma trança lateral discreta, pontilhando-a com pedrinhas parecidas com as minhas.

A maquiagem se resumiu em bastante delineador e um tom de marrom quente e leve nos olhos, a cor era meio brilhante. A boca foi pintada com um batom vermelho sangue que combinava muito bem com sua pele.

— Pronto — disse, meio insegura. —, pode olhar.

Ela se olhou e abriu um sorriso imenso, relaxei na mesma hora. Fui em direção ao meu vestido, pegando roupas intimas no closet e entrando no banheiro.

Sai de lá e Caroline já estava deslumbrante com seu vestido rosinha.

— Você está linda. — dissemos ao mesmo tempo e rimos. Escutamos uma batida na porta enquanto eu calçava os saltos pretos.

— Vocês estão atrasadas, isso já está lotado.

Caroline correu porta afora assim que ouviu a voz de Klaus. Eu peguei minha bolsinha preta — que achava desnecessária por estar na minha casa— e os encontrei no corredor. Mordi os lábios quando olhei para a escada, deparando-me com a visão do salão completamente lotado, lugar para qual eu estava me encaminhando.

***

— Rebekah! — gritei, sem me importar com os olhares que recebi.

Fazia, aproximadamente, vinte minutos em que estava na festa, conversando com todos como uma boa anfitriã — que tecnicamente era Caroline. Agora eu encarava minha tia, que usava um vestido verde oliva muito bonito e sorria enquanto andava em minha direção.

— Senti sua falta. — sussurrei enquanto a abraçava. Senti que ela sorria, e me deu um beijo na bochecha ao se afastar.

— Eu também — ficou segurando minha mão e aquilo me proporcionou grande conforto. Falem o que quiserem de Rebekah, mas ela sabe como te fazer amá-la como ninguém, não via um mundo sem minha “tia”.

— Oi, Nik. — ela sorriu em direção a ele, que se aproximava com Caroline.

A relação deles melhorou no último ano, as brigas diminuíram e eu fiquei aliviada ao perceber que agora realmente pareciam irmãos. Claro que às vezes aconteciam discussões, mas eu sempre estava por perto para remediar. Junto com Elijah. Por falar no diabo...

— Está encantadora, sobrinha. — adorava os modos dele, era fascinante o modo como um vampiro velhote poderia parecer elegante. Eu o amava, e ele era o melhor conselheiro e amigo que eu poderia querer.

— Você também. — o abracei com força. Sorrindo ao me afastar, esse sorriso só se ampliou quando vi Klaus e a irmã se abraçando e ela sorrindo para Caroline, amigável. E também porque vi uma moça acanhada escondida atrás de Elijah.

— Diana, quero que conheça Hayley. — ele sorriu polidamente e deu um passo para o lado.

A garota tinha cabelos castanhos claros, quase mel e olhos de um tom fascinante e olhar feroz, feições delicadas. Sorri para ela, estendendo a mão. Pensei ter escutado ela suspirar aliviada enquanto a apertava.

— Muito prazer. — dissemos em uníssono. Sorrimos. Ela parecia incrível, e fiquei feliz por estar com Elijah.

Ficamos conversando por um tempo, e os Mikaelson pareciam uma família, depois de mil anos de tormentos. Estava alegre, entusiasmada e ter matado a saudade me deixou mais leve. Até que os vi entrando pela porta.

Stefan e Elena estavam à frente, de mãos dadas. Elena estava linda com um vestido carmim levemente rodado e Stefan impecável em um smoking — traje padrão para os homens. Formavam o casal perfeito, e eu sorri com isso. Logo atrás estava o irmão de Elena, Jeremy, que conheci no Grill e uma garota morena, que também vi no Grill. Deduzi que estavam juntos. E ele estava por último, encarando ao redor desinteressado.

Nunca pensei que uma roupa pudesse ficar tão bem em alguém, muito menos que ligaria para isso. Mas ele estava fascinante com aquele smoking negro sob medida, os cabelos haviam sido penteados para trás, mas eram rebeldes demais e lhe caiam alguns fios na testa. E, naquele momento, eu quis correr.

— Bela festa. — Elena comentou olhando ao redor com as mãos cruzadas timidamente a frente do corpo. O grupo nos alcançou, e todas aquelas pessoas juntas vestidas impecavelmente — mais do que o normal— atraiu alguns olhares.

Eu não a achava mais irritante, e naquele momento achei que gostava dela. Sorri para eles enquanto pegava um copo de champanhe com o garçom, o virei mais rápido do que deveria.

Eu sabia que ele me observava, e queria que o filho da puta parasse logo com isso, porque minha pele parecia aquecer mais a cada segundo.

— Qual é o motivo dela? — a namorada de Jeremy perguntou, e percebi que ela não confiava muito em nossas intenções na cidade.

— Diversão, além de que minha família precisava reunir-se novamente. ­— Klaus respondeu, segurando a mão de Caroline e sorrindo distraidamente.

Se havia uma coisa que eu havia adorado desde que chegamos à cidade, era sua mudança de humor.

— Vamos dançar. — o hibrido se dirigiu a Care, arrastando-a para a pista de dança quando uma música lenta começou a tocar. Os outros casais faziam a mesma coisa. Comecei a ficar meio desesperada quando Stefan levou Elena para a pista de dança e Jeremy arrastou a Bonnie — descobri o nome e que é bruxa. Todos foram dançar, sem se importarem com os fatos de que (1) eu não estava acompanhada, (2) Damon estava me encarando provocativo.

— Vamos dançar, ruiva. — me arrastou pelo salão até a pista e segurou possessivamente em minha cintura. Eu não pude reagir porque (1) ele era um vampiro e por isso muito mais forte do que eu, (2) ele estava perto demais.

Ele dançava bem, a música era lenta e suave. Minha mão estava em seu ombro e eu me esforçava muito para não olhar naqueles olhos. Aqueles malditos olhos azuis.

O ritmo aumentou um pouco, e Damon me girou. Percebi que ele sabia a coreografia perfeitamente e por isso me deixei conduzir. Após um tempo, parei de parar de me importar com as coisas ao meu redor, principalmente com as mulheres que me olhavam com inveja — mesmo com seus pares bem perto.

E então não resisti mais, e o olhei. Seus olhos encontraram os meus, para logo depois baixarem para meus lábios.

Por Deus! Eu não me importei com mais nada naquele momento. Nem com o fato de minha família estar por ali, nem com o fato de eu odiar não resistir. Tudo o que me importava era a sensação de eu devia beijá-lo.

Então ele o fez por mim.


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Notas finais do capítulo

E aê? Gostaram? Odiaram? Opiniões nos reviews, por favor! Assim, eles caíram bastante e eu quero que subam novamente, não quero apelar para metas, porque acho ridículo, mas também acho que vamos ter que lidar com esse sistema em breve. Sinto muito, mas não sou do tipo que gosta de escrever para as sombras.
Acho que ainda estamos no prazo e a média de palavras foi boa. Quero muito saber o que acharam, please. Espero que pelo menos estejam lendo.
Enfim, sobre a Hayley, nessa fic ela não teve nada com o Klaus, esse é um fato adaptado como 'tá no disclaimer. E a música que Diamon tá dançando é Give Me Love para manter os costumes.
Beijos, até mais.
—Colly.