Always and Forever escrita por tsukuiyomi, Letí


Capítulo 14
Eu preciso falar com você


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem com vocês? Acho que estamos dentro do prazo, que cresceu para cinco dias 'hahaha -q, estamos? Enfim, esse capítulo foi editado hoje por mim, mas quem deu a base mesmo foi a Letícia, agradeçam muito a ela por ter salvado vocês de uma semana sem att. Enfim, esse capítulo está quatrocentas palavras abaixo da média, mas estamos postando mais cedo, deem um desconto, por favor *-*
Espero que gostem, boa leitura.



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A sensação já conhecida de ser beijada por Damon sempre me fazia delirar. Esquecia o que queria, meus objetivos e até mesmo minhas reservas. Nada portava, era como se estivéssemos em uma bolha particular na qual nenhum problema poderia penetrar.

Até agora. Imagens horríveis começaram a invadir minha cabeça: o corpo de Eric relaxando de maneira mórbida, a cabeça em um ângulo não natural, as lágrimas derramadas por alguém que eu mal conhecia, o ódio quando encarei aqueles malditos olhos azuis...

Mordi os lábios de Damon com a maior força que consegui e o empurrei com toda minha força. Mesmo minha enorme força de vontade seria incapaz de afastar um vampiro, mas, felizmente, Damon teve o bom senso de me soltar. Pelo menos ele não me forçaria a nada.

— Eu não sou sua boneca — disse-lhe, tremendo da cabeça aos pés. — Você não pode achar que aceitarei todas as suas atitudes assim. Essa não sou eu, Damon.

Olhei uma última vez naqueles olhos azuis, antes de entrar no carro e dar a partida, lutando para não olhar para trás.

***

Nunca dirigi tão rápido, as ruas de Mystic Falls pareciam extremamente vazias para mim nesse momento, ou talvez eu não estivesse prestando atenção o suficiente.

Finalmente cheguei a casa, minha casa, acho que finalmente me acostumei a morar aqui. Tudo que eu queria era voltar para Nova Orleans e fingir que nada disso tinha acontecido. Queria minha vida normal de volta, queria ser a Diana que sempre fui novamente.

Infelizmente isso não será possível, afinal, eu conheci Damon. E quando se conhece aquele vampiro é impossível se viver normalmente.

Saí do carro e fui até a porta de casa, abri-a, torcendo para que ninguém me esperasse do outro lado. Caroline me esperava no alto da escada, suspirei enquanto trancava a porta e ia em direção a ela. Ela tinha os olhos brilhantes de expectativa, certamente esperando detalhes do meu encontro.

Como iria dizer para ela que meu “par” estava morto?

O brilho em seus olhos morreu assim que viu meu estado. Obviamente meus olhos estavam inchados e a maquiagem estava borrada. Não perguntou nada, e eu fiquei extremamente grata por isso. Apenas me acompanhou até o quarto e me ajudou a despir o vestido apertado. Passou uma camisola pelo meu pescoço e me deitou na cama.

Fiquei em silêncio por um bom tempo, com Caroline me observando atentamente.

Klaus já matou muita gente, e eu já havia me “acostumado” com isso. Mas nunca na minha frente, não existe algo pior do que ver alguém morrer e não poder fazer nada. Damon tinha feito algo que nunca sairia da minha cabeça.

— Quer me contar o que aconteceu? — Caroline me perguntou preocupada.

— Se importa se eu te contar amanhã? — dei um suspiro cansado e para a minha sorte ela sorriu fracamente, compreendendo. Não queria magoá-la, essa loira era uma das melhores pessoas que conhecia e eu já conheci muita gente.

—Tudo bem querida, durma um pouco, já é tarde. — Caroline falou olhando em seu celular. — Quer que espere você dormir?— Ela perguntou acariciando meus cabelos.

Eu apenas fiz que não com a cabeça, queria ficar um pouco sozinha. Deitei-me e puxei as cobertas até o pescoço. Dei um sorriso fraco para Caroline, ela retribuiu e saiu do quarto. Adormeci, sonhando com um mundo onde não existiam encontros.

***

— Bom dia flor do dia. — Klaus entrou sorridente pela porta.

Já tinha amanhecido há algum tempo, eu tinha tirado pequenos cochilos e acompanhei o nascer do sol pela janela. Agora estava deitada novamente em minha cama, fitando o teto.

Era estranho ver Klaus sempre feliz. Quer dizer, comigo ele quase sempre mostrava um humor maravilhoso, mas agora parecia mostrar isso a todos. O lado puro de ser Klaus, e isso era, no mínimo, motivo de parabenizar Caroline eternamente.

— Bom dia. — murmurei, sem nem me mover na cama.

— Diana já é nove horas — ele disse, em tom acusatório. —, pretende ficar o dia todo na cama?

— Talvez. — pisquei os olhos inocentemente para ele, que bufou.

— Não mesmo — estreitou os olhos, assumindo uma pose séria. —, não sei o que está acontecendo com você. Está estranha ultimamente.

Desviei o olhar para o chão, sentindo-me imensamente culpada. Não contei a Klaus sobre Damon, e nem sobre minhas batalhas internas. Ele sempre me contou tudo, absolutamente tudo. Quando matava alguém, vinha até mim e confessava, às vezes arrependido e às vezes satisfeito. Quando tinha algum desabafo a fazer, falava comigo. E agora eu escondia dele algo em que poderia me ajudar, porque se tem alguém que sabe de batalhas internas, esse alguém é Klaus.

— Eu tenho que te contar uma coisa. — confessei, decidida. Meu rosto ruborizou quando seu olhar curioso caiu sobre mim. De repente, eu já não sabia mais o que dizer.

— Diga. — sorriu, cruzando os braços e apoiando-se na soleira da porta. Apoiei as costas na cabeceira da cama e umedeci os lábios.

— Tem — hesitei, escolhendo as palavras que viriam a seguir. Delas dependia, possivelmente, a diferença entre um Damon com coração, e um Damon com coração nas mãos de Klaus. —Tem alguma coisa acontecendo entre mim e Damon.

Continuei rápido, sem pegar fôlego nem olhar nos olhos dele:

— Eu não sei o que é, mas também não estou ansiosa para voltar a falar com ele. Ele matou o Eric.

Sentia-me muito mais leve após confessar aquilo, era como se um enorme peso saísse das minhas costas. Era como se eu dividisse aquilo com alguém, ficaria mais fácil suportar.

Klaus ficou me analisando com aqueles olhos azuis acinzentados, parecia calmo, mas notei que uma de suas mãos estava fechada em punho. Ele ficou exatamente um minuto em silêncio, antes de dizer, com voz de profundo desgosto:

— Não me agrada o fato de estar se envolvendo com Damon — praticamente cuspiu o nome, mas depois moderou o tom —, mas não posso te dizer o que fazer. Não vou te impedir de nada, se é isso que a faz feliz.

E saiu do quarto. Sem mais nenhuma palavra, sequer comentou a morte de Eric, como se fosse um fato irrelevante. Digeri aquele discurso lentamente, afundando de novo nos travesseiros.

Parece que não levantarei tão cedo.

***

Já era tarde, em torno das duas horas, e eu estava no jardim com Caroline. Nos duas havíamos ido para lá após o almoço e não voltamos para dentro até agora. Era bom sentir o ar fresco e observar a floresta ao longe. Era até divertido regar as plantas, se você faz isso com uma vampira que te joga água a cada um minuto, em velocidade vampiresca.

Contei para Caroline o que aconteceu tem meia hora, e ela segurou em minhas mãos por um tempo, antes de dizer:

“Todos nós erramos, Diana. Não sou a maior fã de Damon, mas você tem que admitir que ele, mesmo tendo feito o que fez, te fez sorrir como ninguém conseguiu.”

E voltou a me jogar água novamente. Nunca fiquei tão grata por sua amizade. Caroline era uma espécie de multifunções quando o assunto era minha pessoa. Amiga, conselheira, e quem sabe, mãe. Claro que de um jeito metafórico.

— Bom trabalho. — conclui, enquanto olhávamos as belas flores, todas regadas, com as mãos nas cinturas.

O meu celular começou a tocar, minha música preferida, quando ela ia responder alguma coisa, fiz menção de deixar de lado, mas ela indicou que atendesse. O fiz sem olhar para o visor.

Sim? — disse, passando as mãos pelos cabelos que grudavam em minha testa. Arrependi-me de ter colocado calças e blusa em vez de um vestido leve, o dia estava quente.

Diana — aquela voz, aquela maldita voz. O tom era polido, mas eu apertei os olhos ao ouvi-lo. Minhas mãos tremeram, e Caroline cruzou os braços enquanto me olhava. — Não desligue. — não desliguei, apenas fiquei em silêncio. — Eu preciso falar com você.

Te encontro aí, na pensão, em duas horas. — interrompi o que é que ele fosse falar. Vi Caroline arregalar os olhos com o canto do olho, mas não dei importância. Eu queria ouvir o que ele tinha a dizer, por mais que negasse. Não queria ir ao Grill, por ser muito cheio. E não conhecia um lugar adequado para conversar com ele. Agora era torcer para Stefan estar em casa.

Eu iria à pensão Salvatore, escutaria o que Damon tinha a falar e diria tudo o que estava entalado na minha garganta durante esse tempo.

Nós precisávamos resolver isso, de uma vez por todas.


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Notas finais do capítulo

E aê? Gostaram? Odiaram? Opiniões nos reviews, por favor. Já sabem como funciona né? Meta para o próximo: 6 reviews ^^ . VAMOS LÁ POVO! AMO VCS.
Quem achou que a Diana ia ficar fazendo cú doce, negar até mesmo falar com o Damon, se enganou! Pensei em fazer isso, mas achei melhor que ela encarasse isso de frente, como uma Mikaelson! 8 ou 800. Com Damon ou sem Damon.
Não sei se ficou bom, tentei colocar mais ação nesse capítulo, mas acho que ficou meio parado. Sinto muito. Ah, acho que no próximo tem conversa Defan. (DAMON IS BACK PORRA!!!~~sorry não resisti).
Enfim, como eu sei que vocês odeiam minhas notas finais enormes, me retiro.
Beijos, até mais.
—Witty.