Always and Forever escrita por tsukuiyomi, Letí


Capítulo 13
O que você fez?


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, disse que o capítulo iria sair ontem né? Acho que vocês já acostumaram com o fato que sou uma enrolada de mão cheia. Enfim, só deu para postar hoje mesmo u.u Acabei de escrever esse capítulo e não sei se ficou muito bom.
Enfim, leiam as notas finais! Boa leitura.



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Quando acordei de manhã, meu primeiro pensamento era que hoje teria um encontro do qual não queria participar. Isso não podia estar acontecendo comigo! O que eu fiz para merecer, meu Deus?

Minha vida anda uma loucura ultimamente. Primeiro me mudo para uma cidade totalmente estranha para trabalhar como cupido, depois o casal que eu deveria juntar se enlaça de tal maneira que meus serviços não são mais necessários. Isso, por si só, já é estranho. Em segundo um vampiro pancada resolve balançar todo o meu sistema e por último, mas não menos maluco, tem um encontro com alguém que nem ao menos lembro o nome.

Ah, Eric. É Eric.

Eric dos olhos calorosos e Eric de uma burrice tamanha que não sabe distinguir a quem estou me dirigindo. Eric, o motivo de eu ter que me arrumar para ir a um barzinho.

Maldito Eric.

Maldito Damon.

O que Damon tem a ver com isso? Absolutamente nada, ou talvez eu ache que ele devesse ter feito algo para me salvar.

Afasto esses pensamentos, jogando as cobertas para o lado e levantando. Arrumo a cama e sigo para o banheiro. Tomo uma ducha para ver se relaxo e deixo esse mau humor de lado. Acabo vestindo uma calça branca com alguns rasgos; coturnos e blusa pretos.

— Bom dia. — murmuro, quando chego à mesa do café. Klaus olha rapidamente para mim e sorri, enquanto Caroline desce as escadas, cumprimentando-me em seguida.

— Você não parece muito animada. — a loira comenta, servindo-se de um bolo de chocolate muito apetitoso. Ignoro seu comentário momentaneamente, e também a “dieta” que Klaus me impõe enquanto pego um pedaço para mim.

Provavelmente vou ter que correr até o inferno hoje.

— Talvez eu não esteja. — respondo finalmente. Ela franze a testa para mim, mas acaba sorrindo depois. Klaus observa tudo silenciosamente.

— Não seja tão ruim, sabe? — ela não sabe o quanto está enganada.

— Claro que não. — fiz questão de fazer a ironia pingar de cada letra da frase.

— Se o encontro fosse com o Damon fosse não estaria reclamando! — ela dispara.

Engasgo com o bolo. Arregalo os olhos. Tenho um mini ataque cardíaco. Começo a tossir e a olhar para Klaus freneticamente. Nesse tempo em que eu quase morri, acho que Caroline percebeu a merda que falou, porque pôs as mãos sobre a boca.

— O quê? — Klaus pergunta mais confuso do que outra coisa.

— Nada. ­— lanço um olhar mortal para a loira — Caroline cismou que eu gosto de Damon. Só porque disse que os olhos dele são bonitos. Francamente Klaus, acho que você poderia ter arranjado uma parceira melhor.

Livrei minha cara e ainda tive minha vingança.

Cheque-mate Caroline!

***

— Isso é mesmo necessário? — resmunguei, fazendo careta.

Caroline puxava meus cabelos com uma maldita escova, fazendo algo que eu definiria como tortura capilar. Ela finalmente acabou, e vi que ela simplesmente tinha feito um rabo de cavalo alto preso com meu próprio cabelo. Sério?

— Claro que sim. Agora vai colocar sua roupa. — ordenou. Sabe aquele papo de Klaus arranjar uma parceira melhor? Pois é. Realmente deixou-a irritada e ela praticamente me escalpelou por isso. Bem, de qualquer forma, aquilo não era verdade. Se ela podia ser mandona daquele jeito, que sente no trono ao lado de Klaus e governe!

Vesti-me, praguejando injúrias tão baixo que ela não escutou. Já era noite, em torno das sete e meia. Meu humor estava pior do que nunca, o vestido preto até o meio das coxas e com um decote absurdo não ajudou a melhorá-lo.

— Caroline! Você enlouqueceu? — gritei, apontando para o vestido.

— Não, agora calce os saltos e vá.

E eu fui.

***

Cheguei ao Grill com a BMW que passei a classificar como “minha”. O bar estava lotado, e tive dificuldades para achar uma mesa vaga. Como o vestido era muito culto, ao menos em minha opinião, não quis sentar nos bancos do balcão e ficar com os movimentos limitados.

Finalmente me sentei, em uma mesa meio escondida e esperei. Tinha chego dez minutos antes do combinado e já estava impaciente. Não queria estar ali, estava apenas sendo... legal.

Eric apareceu subitamente, dois minutos atrasado por sinal, olhou em volta, me procurando. Não acenei nem nada, se ele quiser que procure.

— Oi. — ele disse quando me achou e sentou-se a minha frente na mesa. Estava usando uma blusa social branca com dois botões abertos, e uma calça jeans preta. Os olhos castanhos brilhavam e tinha um sorriso satisfeito nos lábios.

— Oi. — tento sorrir. Mas acabo desviando os olhos para a multidão a nossa volta.

— Tudo bem?

E nesse ritmo sem graça, com perguntas idiotas e muita bebida, ficamos até as dez da noite conversando. Não estava sendo tão ruim quanto eu esperava, mas também não estava gostando. Eric não era muito resistente a bebida, e depois de tantas doses de uísque começou a fazer umas piadinhas risíveis e a assumir uma postura tipicamente bêbada.

Levantei, percebendo que teria que levá-lo para casa. Ele estava tão mal que teve que se apoiar em mim para sair do Grill.

A noite lá fora estava fria, e algumas pessoas olhavam curiosas para a cena. Uma garota em um salto doze centímetros arrastando um bêbado que obviamente era muito pesado.

— Não, espera. — ele disse quando chegamos ao meu carro, que estava a uma quadra do Grill. Soltou-se de mim e apoiou-se no carro, olhando diretamente em meus olhos. Sua frase saiu grogue, mas resolvi esperar para ver o que ele queria.

Grande erro.

Ele avançou tão rápido que não tive tempo nem de reagir, os lábios colaram nos meus de modo tão bruto que senti meus dentes doerem. O hálito de bebida não era agradável e eu me senti suja. Coloquei as mãos em seu peito para empurrá-lo, ele não ofereceria resistência naquele estado.

Mas antes que eu fizesse alguma coisa seu corpo relaxou e ele caiu para traz.

Soltei um pequeno grito quando uma figura vestida de preto apareceu ao lado do corpo morto de Eric. Damon estava furioso. Olhei para o chão e caí de joelhos, percebendo a falta da respiração e dos batimentos cardíacos. O pescoço estava em um ângulo estranho e os olhos castanhos fitavam o céu, sem brilho nenhum.

Estava sem fala, lágrimas começaram a rolar pelos meus olhos quanto senti as mãos frias nas minhas. Coloquei as mãos no rosto, certa de que aquilo era apenas um sonho. Alguém quer fazer o favor de me acordar?

Mãos envolveram minha cintura e me levantaram. Fiquei estática até me acalmar, o choro transformando-se em pequenos soluços de incredulidade.

— O que você fez? — consegui balbuciar. — O que você fez? —disse com mais força. Em seguida comecei a socar o peito dele e a repetir a mesma frase. Queria socá-lo. Queria matá-lo. Queria morrer.

Ele acabou de matar um garoto com uma vida inteira pela frente, que não estava consciente de seus atos. Ele acabou de me condenar a uma culpa tremenda. O que ele fez?

***

Acabamos em uma clareira em uma das florestas de Mystic Falls. Damon havia enterrado o corpo de Eric em um buraco qualquer. Nada poderia descrever como eu me sentia. Apesar dele não ter família, como me disse, nada pode justificar uma morte.

O vampiro hipnotizou algumas pessoas que passavam na rua na hora que matou Eric. Nada disse, apenas colocou o corpo no meu carro e me enfiou no banco do passageiro. Ficou o caminho inteiro em silêncio, que era quebrado apenas pelos meus soluços ocasionais.

— Você está bem? — ele finalmente disse alguma coisa. O carro estava estacionado a mais ou menos duzentos metros dali, mas estava escondido pelas árvores que nos cercavam. Uma névoa leve se fazia presente e eu suspirei quando Damon se postou a minha frente.

Balancei a cabeça, indignada com a pergunta idiota.

— Por que fez aquilo? — eu precisava saber. Encarei aqueles olhos azuis, que não mostravam nenhum resquício de culpa.

— Porque eu quis. — ele cruzou os braços, os olhos faiscando. — Não sei Diana. Tinha alguma coisa errada com aquele garoto.

— Não tinha nada de errado com ele! O problema aqui é você. Não se mata as pessoas assim, Damon!

— Francamente Diana! Queria que eu deixasse ele te agarrar? Estou pensando se você resistiria.

Sabe qual é a sensação de bater em um vampiro? É maravilhosa. Meu tapa não foi forte para ele, tenho certeza, seu rosto mal se moveu. Mas uma satisfação me envolveu, e eu me senti vitoriosa.

Não me importei com nada, apenas me virei para ir em direção ao carro. Se ele acha que pode matar pessoas assim, matar um garoto inocente, de quem eu nem gostava, só porque quis que caçasse um psiquiatra.

Marchei de forma determinada até o carro, mas ele já estava lá. Ignorei totalmente sua presença enquanto abria a porta do motorista. Fui impedida pelas mãos insistentes de Damon, que me viraram de encontro a seu corpo.

— Você quer que eu peça desculpas para um defunto? ­—ironizou, salientando a última palavra — Escute, não ligue para isso. Ele foi para um lugar melhor.

E dizendo isso, me beijou mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

E aê, o que acharam? Gostaram? Odiaram? Opiniões nos reviews, por favor! Enfim gente, 'tô super feliz porque recebemos oito reviews no capítulo passado, oito! Acho que posso pedir seis como meta dessa vez né? Haha, meta: 6 reviews u.u. Amamos vocês delícias!
Enfim, ninguém desconfiou que o Eric ia morrer? Sério? Ah gente tava na cara que o Damon ia ficar com ciúmes e matar ele poxa. Não sei se consegui desenvolver isso bem, essa ideia foi da Let e ela apoiou isso eu acho aushuasa. Estamos trezentas palavras abaixo da média (1.800), mas quem se importa? AHUSHUAHSa desculpem gente. Sei lá se ficou bom ou não, mas ainda quero reviews! He!
Diamon tá bom? O que vocês querem que aconteça com o casal?
Aqui estão as fotos para quem quiser ver, copiem e colem hausa:
Diana: https://www.facebook.com/ajax/mercury/attachments/photo.php?fbid=667028820085173&mode=contain&width=176&height=176
Eric: https://fbcdn-sphotos-h-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xpa1/v/t34.0-12/967842_667028750085180_1527772318_n.jpg?oh=2e3c4e28025a1df17887a42e4b0b7909&oe=54568343&__gda__=1414954392_45b37f5b3237d57c68ccb5ccdcd3c89b

Eu sei que os links são maiores que a história, mas 'tô com preguiça de salvar em alguma site bonitinho e tals.
Beijos, Witty.