A Lira da Verdade escrita por Anns Krasy


Capítulo 17
Capítulo 17 - Neal


Notas iniciais do capítulo

Oi amiguinhos! Tenho um pedido pra vocês... O fim dessa fic - apesar de super longe - será baseada em O Sangue do Olimpo. Então quem não leu e n quer ganhar um tremendo spoiler, sugiro que leiam. Namoral é incrível, uhuu e... Ahh, agr só a mitologia nórdica buaaaa, cabou Percy? Zoeira né? :'(
E a profecia está aq. :v - Outro aviso: Gente, eu fiz um trailer dessa fic no youtube. Querem o link? Here: http://www.youtube.com/watch?v=x6NUymsG6Ko - Espero que curtam. Gente, olha: Peço que leiam as notas finais, pq vai explicar bastante sobre esse capiih pra vcs não ficarem confusos. To pedindo ta? :3



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N

E

A

L

Neal não esperava que Karina ficasse acordada até quando chegassem lá. A garota simplesmente adormeceu no taxi, com o rosto encostado no ombro do loiro assim que ele contou sobre a visita de Atena. Sim, Neal a achava linda. Uma garota com cabelos sedosos e que mais pareciam uma cascata de caramelo ruivo, e seus olhos quando abertos de um dourado que prenderia qualquer um. Quando chegaram ao acampamento, Neal teve que acorda-la.

Eles não esperavam que ninguém os recebesse, mas estavam completamente errados. Não só a amiga de Karina, Lany, estava lá. Como também Will, que se sentia igualmente culpado, junto com a outra filha de Hermes. E também Quíron, com os braços cruzados e com um dos cascos cavando a terra, olhando exatamente para eles. Nenhum dos três sorriam, e o resto do acampamento estava em treino, já que a entrada de lá estava vazia.

– Neal? – Chamou Quíron, em tom sério. – Devo dizer que a saída do acampamento sem permissão é proibida, somente em casos de emergência. Fui claro?

– Ah...

– Quíron! – Interrompeu Lany. – Eles não sabiam sobre isso!

Will assentiu calado, entrando na brincadeira de Lânia. O centauro a olhou, depois olhou para o loiro e a garota.

– Ah... Hm... Quíron, certo? – Disse Karina, agora já independente de Neal. – Ninguém nos disse isso. Nós havíamos saído para pegar umas coisas em nossas antigas casas.

Ela fitou Neal, que demorou um pouco para entender o que a menina planejava. A carinha fofa que Karina conseguia fazer poderia enganar qualquer um. E sua voz parecia ter algum tipo de poder que fazia Neal se arrepiar.

– É! – Gaguejou o loiro, hesitante. – Não sabíamos que era perigoso!

– E como ficaram sujos assim? – Quis saber o diretor do acampamento.

– Ah... Aqueles cães! Eles nos seguiram, e quando vimos por nós mesmos, estávamos todos sujos e arranhados! – Inventou Karina, com uma voz persuasiva.

Lany ergueu as sobrancelhas, completamente convincente.

– Cães infernais?! Meus Deuses, Karina! Vamos, iremos cuidar desses machucados! Vocês também, Will, Neal. Precisamos de um bom médico. – Disse a loira, puxando todos para a direção da enfermaria. Ela ainda deu um sorriso amarelado e acenou para o centauro. – Voltaremos logo, Quíron!

*.*.*

– Ai! – Gemeu Karina. – Isso dói! Tira isso, agora!

Will afastou o algodão que estava usando para limpar alguns arranhões em Karina.

– Eu sei que está doendo, O.K? – Ele voltou a encostar novamente o algodão no arranhão da menina. – O que atacou vocês? E sem essa de cães infernais, sabemos que não é isso.

– Mantícora. – Ela olhou pra Neal. – Falei certo?

Ele assentiu. Os olhos de Lany se arregalaram e ela apertou o algodão com remédio com força na perna de Neal que segurou um gemido de dor.

– Manticora?! Vocês a derrotaram?

Karina revirou os olhos. – Se ela tivesse vencido estaríamos mortos. – Mas ela e Neal concordavam em uma coisa: Não contar sobre a conversa com o leão psicótico para mais ninguém, seria bem melhor por hora. A ruiva pigarreou.

– Diga novamente porque vocês são os médicos do acampamento, sim? – Ela resmungou, fitando Will.

– Bom. – Provavelmente Will não sabe diferenciar sarcasmo nas falas das pessoas. – Nosso Pai, Apolo, é o deus da musica, da poesia e também da medicina. Então somos ótimos enfermeiros ou médicos.

– Oh – Karina olhou para Neal, seus olhos mostrando sarcasmo e algo a mais que o loiro não conseguiu decifrar. – Então quer dizer que Neal será um bom enfermeiro quando crescer?

Lany riu alto, mas logo cobriu a boca. Ela estava ajudando Will segurando uma maleta de primeiros socorros, o que Neal achou muito exagerado, e ainda estava sendo a "enfermeira" particular de Neal. Eram somente arranhões, certo? Neal olhou para dois band-aid que estavam em seu braço. Somando com o perto da testa, que talvez tenha sido feito quando ele foi acertado por um galho antes da aparição de Atena, ele deveria ter três band-aid.

– Pronto. – Will sorriu. Lany deu um passo à frente, já de pé.

– Agora vamos voltar para nossos chalés, tomar um banho e trocar essas roupas sujas. Parece que vocês dormiram em uma possa de lama! – Lany disse. – E, Di Immortales Karina! você está gélida! Digo por experiência própria que não é tão bom ficar deitada na neve por muito tempo!

– Pare de exagerar. – Suspirou Karina, espirrando uma vez antes de seguir a loira. Ela se voltou para Neal. – Bem, vou indo, tchau.

Neal acenou de volta. Will o ajudou a levantar e então deu um soco de leve no ombro do meio-irmão. – E então, nem com três dias no acampamento e já conquistou uma menina? Papai estaria orgulhoso!

– Que? Eu não... E como assim ele estaria orgulhoso? Ele é um deus, certo? – Neal franziu a testa.

– Vamos, Conquistador, vamos voltar para nosso chalé e tomar um bom banho. Deuses, você está fedendo!

.

Lá dentro, as paredes eram brancas e contornadas por um dourado quase tão cintilante quanto o próprio chalé no sol. A vista de Neal doía. Como quase todos os chalés, havia uma lareira, e um tapete felpudo e dourado no chão de mármore branco. E se você acha que já enjoou do dourado, descobrirá que as camas também são da mesma cor. Eram várias, na verdade, e os lençóis eram bem passados e alguns até enfeitados com notas musicais. As paredes também o que Neal achou bastante ridículo. O loiro não havia conseguido dormir na noite passada com aqueles alto falantes. Sim, ele curtia música – e isso provavelmente já estava em seu sangue – mas aquilo era obsessão, certo?

O chalé estava vazio, contudo.

– Você chegou à boa hora. Todos estão treinando, então sugiro que se troque e vá também. O capture a bandeira será logo.

– O que? – Neal perguntou.

– É um jogo, de noite explicarei para você, está bem? Agora se apresse! – Will murmurou.

Depois de banhar-se, Neal se trocou, colocando uma camisa laranja do acampamento e jeans. Ele calçou tênis e não se importou em arrumar o cabelo, deixando-o desarrumado e molhado. Will o guiou até as aulas de arco e flecha, aonde Karina tentava com tudo acertar uma simples flecha no meio do alvo. Lou Ellen, outra filha de Apolo, tentava ajuda-la, mas a ruiva não conseguia.

– Bem, vamos ver se também é bom com o arco. – Will entregou a ele.

– O.K, só não se decepcione maninho. – Resmungou Neal.

Por fim, Neal ainda não acreditava que a flecha havia parado no meio do alvo. Quase nunca sua mira era perfeita, e isso foi comprovado nas ouras tentativas, onde ele não conseguiu mais acertar o centro. Somente nas outras marcas mais externas do alvo.

– Certo! Para o primeiro dia você foi ótimo! – Sorriu Will, que estava supervisionando tudo.

Neal baixou o arco e tirou a aljava das costas, aceitando a garrafa de água gelada do meio irmão. Ele não havia pensado muito no tempo, mas viu que estava suado e que o sol logo iria se por. Sua barriga roncou em protesto.

– E o almoço?

– Você perdeu, mas tenho algumas barras de cereais comigo. Crédito aos Stolls. – Sorriu o loiro, entregando três a Neal.

– Valeu.

– Vamos logo, será quase o jantar.

Neal não esperava que algo acontecesse, mas certamente aconteceu. Clarisse, uma filha de Ares, estava discutindo seriamente com Karina. Annabeth e Percy tentavam defender a ruiva, mas estavam sem sucesso até agora. Neal franziu a testa, começando a ouvir trechos da discussão.

–... Não a defenda, Persiana! Claro que ela roubou! Ela era a mais próxima dele! – A garota gritou. Um garoto estava ao lado dela, mas tentava acalma-la.

– O que houve ali? – Perguntou Neal, com as sobrancelhas erguidas.

– Parece que a nova lança de Clarisse sumiu. – Explicou Will. – Seria mais um dia normal, se a lança não tivesse sido outro presente do pai dela.

– Do pai dela? Tipo, Ares? – Ele franziu a testa.

Karina estava vermelha de raiva, suas mãos estavam cerradas em dois punhos. O rubor de seu rosto com certeza não era por vergonha, e todos deram um passo para trás quando viram que ela parecia querer explodir.

– Eu não fiz nada! E quer saber? Eu estou cheia! Cheia das pessoas apontarem o dedo para mim e me acusarem de fazer algo! Eu admito que já roubei várias coisas, mas sua lança eu nunca vi! E, ALÉM DO MAIS, ESTOU EXAUSTA DE TUDO ISSO! EU TENTO, TENTO MESMO, SER PACIENTE E VER SE ME ENCAIXO AQUI, MAS NEM ISSO EU CONSIGO! PARA MIM JÁ BASTA!

Ela saiu irritada, dispensando com um pequeno e delicado empurrão a mão de Percy e de Annabeth. Ela até mesmo dispensou a companhia de Piper, que tentou segura-la levemente pelo ombro. Ela foi em direção a alguns chalés, perto da praia.

Naquele momento, todo o acampamento olhava para Clarisse, que ainda estava sem fala. Ela tinha uma expressão fechada, mas não estava arrependida. Somente parecia que a briga não havia saído do jeito que ela queria. O garoto ao lado dela, um tal de Chris, falou algo sobre continuar a procurar a lança e a guiou para outro lado do acampamento, saindo do refeitório.

Neal entregou o arco e aljava para Will.

– Vou atrás dela.

– Espere... Você... – Will não concluiu, já que o loiro estava a meio caminho atrás de Karina.

Ela estava encostada em um Chalé, com os joelhos cobrindo os olhos e soluçando. Neal deve ter feito algum barulho, pois ela se virou em sua direção e gritou:

– Vai embora! Eu não quero ver ninguém!

Mesmo assim ele não foi. Neal se sentou ao seu lado, e Karina não conseguiu expulsa-lo. Ele passou a mão nas costas dela, vendo-a se acalmar de pouco em pouco, até que ela somente fungava e engolia o choro, tentando disfarçar.

– Está melhor?

– Eu... Eu quero ir embora daqui. Vou voltar para minha casa, e continuar roubando coisas... Vou dar um jeito, mas vou embora. Não quero continuar desse jeito – Ela engoliu outro soluço. – Todos me acusam, como antes.

– Sei como se sente. – Neal deu um sorriso falhado. – Alguns a minha volta diziam o mesmo. Já me meti em muitas confusões as quais eu não tinha culpa nenhuma, e eu sempre levava uma surra por causa disso. Até mesmo de meus irmãos de sangue. Fui parar na delegacia algumas vezes, e quase larguei a escola.

– Mas sua vida era melhor que a minha. – Ela murmurou baixinho.

– Hei, minha mãe era frágil, sem dinheiro para equilibrar entre a família e os remédios, então ela me mandou para a casa de meu tio, e meus irmãos continuaram com ela. Meu tio era um alcoólatra e com certeza não foi os meus melhores anos, O.K? Quando voltei, ela pediu para eu ir morar com meu avô e quando minha vida começa a ter sentido vira de ponta cabeça. – Ele contou.

– Minha mãe era alcoólatra, mas nem sempre foi... Eu não aguentava mais, comecei a dormir em qualquer lugar, menos sobre o mesmo teto que ela. Mesmo assim eu ainda tinha que sustenta-la. – Sussurrou Karina, olhando para o chão de terra.

Eles ficaram em silencio por um tempo, mas ele não durou muito. O refeitório ficou cheio de gente e, depois de Karina se recompor, ambos voltaram para lá. Uma garota estava sentada em uma cadeira no meio de tantos semideuses. Karina parecia reconhecê-la, e Neal ficou sabendo que ela se chamava Rachel.

Seus olhos brilhavam em tom verde enquanto uma fumaça do mesmo tom saia de sua boca. Provavelmente era aquilo que todos estavam olhando estupefatos. E então, em meio a uma horda inteira de semideuses, ela fitou Karina e Neal.

Da mensageira o começo irá surgir.

O raio o coração irá acertar.

A terra, viva, e o caco dos deuses.

A junção dos mundos irá intervir.

E o fogo será o guia quando a luz não alcançar.

A busca do segundo objeto perdido uma nova guerra poderá começar.


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Notas finais do capítulo

Genteee, não, não teve uma história antes - ainda - e sim, eu não errei. É mesmo o "segundo" objeto. Mais a frente eu explico melhor, se não não tem graça :v e espero que curtam o trailer. Eu imagino os personagens como animes/ou as fanarts tipo as da víria (as massa e.e). Sla, pra mim é estranho quando é atores q se colocam nos personagens de minhas fics. E mesmo assim não sou de conhecer muitos atores então nem saberia dizer qual interpretaria Noah, ou Karina ou Neal. Rsrs.
Espero que tenham curtido. ;)