A Lira da Verdade escrita por Anns Krasy


Capítulo 16
Capítulo 16 - Neal


Notas iniciais do capítulo

Oii :3 Ah, sla. Deu vontade de postar, então estou aqui. Alguém ficou feliz? Êeh... Hey, curtem desafios? Tenho um: divulguem pra Deus e o mundo (ou para os Deuses, sua preferencia ;3), comentem, favoritem, acompanhem, mandei um "oi, estou vivo e lendo esta fic" pra autora aq. Ela ficaria muito feliz. Então, alguém é radical e corajoso o suficiente para isso? B)
— Ps.: Leiam as notas finais. Não dói nada, e nem gasta tanto tempo assim, então não precisa ignorar eu aq. :3



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N

E

A

L

Neal ainda estava um pouco confuso. Como ele sabia que deveriam ter ido naquela delegacia? Ele não sabia, mas havia dito um sonho. Havia visto um menininho de cabelos castanhos e olhos escuros no colo de uma mulher, sendo aninhado. Ela o havia chamado de Kyle, como Karina também tinha dito ao delegado “Mel”. Mas seu sonho se dissipou, e ele se viu em uma praia. A areia havia se escrito sozinha em uma frase, bem em sua frente: “Se a união não for aceita, esse mundo perecerá. No final, ficará responsável pelo mundo. Tudo dependerá de você e seus amigos. Karina irá sair do acampamento, Neal, e você deverá ajuda-la”. E o resto da mensagem ele não havia conseguido ver, o que era estranho.

Mas se ele soubesse que teria um monstro psicótico a espera deles ele teria ido a qualquer outro lugar, exceto aonde seu grande “amigo” de infância, o delegado Mel trabalhava. Ele não achava mais leões tão majestosos como antes, não depois que a imagem dele foi estraga por uma calda de escorpião e um rosto humano nada bonito.

– Como soube que deveríamos ter ido logo para lá? – Karina finalmente falou algo. Ela mancava um pouco e resmungava da dor. Neal queria fazer algo, mas não sabia o que. Vê-la assim o machucava por dentro, como uma promessa sendo quase quebrada. E promessas perto de se quebrarem doíam.

– Olha, eu não sei. Eu acho que foi um sonho... Coisa demais pra processar ainda. E além do mais, lá era a delegacia central de Nova York. E vindo de você, não me surpreenda que tenha sido logo uma delegacia. – Neal riu.

Karina parou, o fitando. – Você não me conhece.

– Deu para perceber sem esse detalhe. – Ele retrucou, com um sorriso maroto. Ela franziu a testa para ele, levemente irritada. Mas Neal tinha outro assunto em mente. – Então, quem é esse tal de Kyle Parker?

– Não sei. – Disse ela, fitando os próprios pés, principalmente o machucado.

Neal ergueu ambas as sobrancelhas.

– Não brinque. Então porque estava atrás dele se nem o conhece? Sem contar que ele está morto, pelo que tinha na ficha do delegado. – Disse Neal.

– Eu não sei quem ele é! Só sei que é importante, e devemos encontrá-lo! – Ela resmungou. Talvez ela tivesse batido um pé na calçada de forma teimosa, se a mantícora não o tivesse machucado.

– Ótimo, vamos falar com o deus dos mortos. – Neal revirou os olhos. O céu trovoou, como se tivesse repreendo-o e isso chamou a atenção do loiro, que arregalou os olhos. – Fala sério, coincidência?

– Claro que sim! Não me diga que está acreditando em deuses só por causa de um trovão! – Disse Karina. Outra trovoada. – Vamos embora.

Neal deixou que ela o guiasse pelas ruas. Eles andaram bastante, logo seria a hora do almoço. E logo haviam passado da hora do almoço. Não era o primeiro da lista, pois no túmulo e pelas contas de Neal, ele deveria ter mais de cinquenta anos quando fora enterrado. Então ou era o segundo nome da lista, ou aquele garoto não estava nas fichas dos policiais. E o cemitério era realmente muito longe, pois haviam andado vários quilômetros. Ambos tinham a barriga protestando por comida, estavam apreensivos e exaustos, mas ainda conseguiram chegar conscientes no outro cemitério.

Se demorou para acharem o túmulo do garoto? Sim. Bastante. E a neve quase fez ambos desistirem, não nevava tanto, mas mesmo assim estava frio. Contudo logo encontraram o túmulo. Estava bem próximo de outro. No do garoto ainda tinha flores brancas colocadas, mas estavam começando a murchar. Além de um bichinho de pelúcia bastante usado. Parecia uma coruja de pano, de tom de creme. No túmulo ao lado, tinha uma coroa de rosas amareladas e brancas e um cartão. Karina não era muito curiosa, mas quando viu o nome no túmulo, percebeu que deveria ser o da mulher de seu sonho.

“Para Jade Parker, a melhor mãe do mundo. Que descanse em paz junto com Kyle.” – A menina leu em voz alta, para Neal ouvir.

Pela data de falecimento, o menino não deveria ter nem mais de dez anos. Isso partiu o coração de Karina, que fingiu achar algo errado no chão de terra. Neal aproximou-se, fitou o brinquedinho de pano e então virou para Karina.

A expressão de Neal mudou em segundos, de seriedade para surpresa quando impediu que Karina batesse com a cara no chão. Ela havia desmaiado. Trêmulo, o rapaz a deitou no chão e começou a balança-la de um lado para o outro.

– Hei, nem se atreva a adormecer! Acorde, anda! – Grunhiu o loiro, balançando a garota.

Mas não adiantou nada.

– Deixe-a dormir. – Disse uma voz atrás dele. Confuso, ele virou-se para o dono da voz com um pulo. Eles estavam em um cemitério, era normal que tivesse se assustado com uma voz vinda de perto de outros túmulos, certo? Bom, era uma mulher com cachos escuros e olhos cinzentos, e tinha uma expressão séria. Usava um vestido cinzento contornado por um dourado que ia até o chão, mas por incrível que parecia a lama ou a neve não conseguiam suja-lo. Ela era familiar, de um jeito estranho e assustador.

– Quem é você?

Ela estreitou os olhos. – É assim que se dirige a mim? Pois bem, meu nome é Atena, semideus. Mesmo sendo filho de meu irmão, podia me dirigir com respeito, não?

– Ah... Eu... Eu já ouvi falar sobre você, mas... – Neal estava perdido. – Você é a deusa do conhecimento?

– Da sabedoria. E da estratégia em batalha. – Ela deu um sorriso pequeno. – Vi sua chegada ao acampamento, junto com o sátiro. Então não precisa se preocupar por hora com as formalidades, mas digo que os outros deuses não gostam de serem tratados sem o respeito que merecem. Além disso, a luta no centro de policia foi inteligente da parte de vocês.

– Desculpe... Mas, o que houve com ela e... – O loiro hesitou. – Você é aquela policial

– Está adormecida. Provavelmente tendo uma conversa em particular com o deus desse lugar. E sim. E me lembro de ter dito a vocês que encontrariam o que procuravam de um modo diferente. – Disse.

A primeira divindade que Neal pensou fora Hades. Karina estaria agora mesmo se encontrando com o deus da morte em um sonho? – Não, não da morte. Ele havia se lembrado das aulas de história. Deus da pós-morte e do submundo. Além disso, ela estava certa. Quando entraram naquela delegacia, queriam achar um garoto. De preferencia vivo, mas acabou por o tal Kyle estar morto.

– Ela acordará logo, e vocês devem chegar ao acampamento o mais rápido possível. Já descobriram o bastante sobre o menino, e Karina saberá mais ainda assim que acordar. Ela contará no momento certo. Agora devem ir, já basta de descobertas por hora. – Anunciou a deusa.

Ela cintilou, e Neal virou o rosto para o lado. Ela explodiu em um brilho nítido e então desapareceu. Neal se viu sozinho com Karina, desmaiada, em um cemitério nem um pouco aconchegante, mas completamente gélido.

Neal só voltou a se mexer quando Karina grunhiu. Ela se sentou no chão de terra, seus cabelos estavam emaranhados e suas costas estavam sujas. Ela franziu a testa como se tentasse se lembrar aonde estava, e então fixou seus olhos sonolentos em Neal.

– Como está? – Ele perguntou, se aproximando. O loiro percebeu que mesmo ela suja com neve e terra e com uma expressão boba de sono no rosto, que por sinal a deixava ainda mais fofa, ela continuava linda.

– Acho que não estou muito bem... Sabe aquelas histórias sobre se encontra com a morte antes de morrer? – Perguntou ela.

– Sim. – Neal respondeu. – O que têm elas?

– Eu acho que vou morrer. – Ela gemeu.

O loiro franziu a testa.

– Você quer dizer que se encontrou com a morte?

– Não sei o que era ele! Era... Uau! E... Era... Era...! – Disse ela umas três vezes, olhando ao redor como para ter certeza que estava mesmo em um cemitério.

Neal riu. – A morte é tão bonita assim?

– Acho que não é nada ruim viver perto do abismo. – Ela tentou se levantar, e conseguiu com a ajuda do loiro.

– Minha perna não dói mais! – Ela sorriu, confusa.

– Acho que Atena deu um jeito nela. – O loiro sorriu.

– Atena?

Neal ainda segurou o braço dela para que Karina não se desequilibrasse, e então olhou ao redor, tentando se lembrar aonde era a porta daquela terra deserta cheia de túmulos de pedra.

– Vamos voltar para o acampamento, Bela Adormecida, uma deusa acha que estamos estudando de mais.


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Notas finais do capítulo

E então? Digam pelo menos oi, minha gente. :3
Digam oq acharam do capítulo, se estão ansiosos, se alguém vivo ler essa fic... Eu ficaria muito grata. Autores precisam saber se essa fic vale a pena ter continuidade, se tem gente q gosta dela e tals. Mandem suas opiniões sinceras.