A Lira da Verdade escrita por Anns Krasy


Capítulo 18
Capítulo 18 - Noah


Notas iniciais do capítulo

Yei! Capítulo meio curtinho, :3 Mas podem comentar, favoritar e acompanhar mesmo assim, fico chateada não... Muito pelo contrário. :3 Yeai, Noah revelador aq em baixo. E, bem, o proximo vai ser beeeeeem maior. E o trio vai se unir. e.e



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N

O

A

H

O moreno acordou suado. O cachecol impedia que a neve caísse em seu rosto enquanto ele dormia e ele havia enrolado seu tornozelo com bandagens e gaze. Bom, o Central Park não era um bom lugar para ir enquanto nevava bastante. Quanto mais dormir. Ele estava suado - apesar do frio -, ofegante e confuso. Olhou ao redor algumas vezes e ainda se sentia tonto por ter usado tanto poder quanto aquele na noite passada. Mas o sonho era o pior.

Ele viu o acampamento de noite. A névoa cobrindo o chão. Viu uma garota ruiva caminhando entre os chalés. E então ela havia parado de andar, do nada. Virou-se lentamente, e então o moreno ficou confuso. Não sabia o que via, se era ela ou a múmia que recitava profecias no passado. Nunca tinha visto aquela garota antes em sua vida, mas algo dizia que ela era importante.

E então ela havia recitado aqueles versos.

– Outra maldita profecia. – Sussurrou Noah, esfregando as mãos protegidas pelas luvas. Estava muito frio.

Ele ajeitou seu gorro preto e o cachecol e caminhou um pouco. Manter-se em movimento sempre era bom, ainda mais quando pretendia se aquecer. Ficar parado podia lhe causar hipotermia, ou algo pior. Sim estava frio o bastante para isso. Ele havia deixado Carter e Sadie com Sally e Paul, e naquela hora eles já deviam estar acordados. Não Carter, nem Sadie. Mas sim aquele casal. O garoto grunhiu uma, duas vezes, e então fez algo que não fazia há muito tempo.

– Acampamento meio-sangue – Disse ele, jogando o dracma de ouro perto do pequeno arco-íris que tinha surgido em uma poça de água, que jorrava com força. – Willy Haister.

Uma imagem tremeluziu, e mostrou seu amigo sentado em uma duna, tentando cochilar.

– Willy? Willy! Willy, merda, acorda! – Irritou-se Noah.

O seu amigo pulou, olhando ao redor, bocejando e depois se dando conta da mensagem de Íris.

– Noah! Quanto tempo! Você está péssimo, tem dormido bem? – Ele perguntou, ainda bocejando e fazendo o moreno bocejar também.

– Pare com isso! Não me faça adormecer novamente, como naquela vez! – Noah suspirou, acalmando-se. – Eu estou bem, só quero ter noticias do acampamento.

– Ah, por aqui estava indo bem. Chegaram quatro novatos, dois romanos e dois gregos. Rachel também fez uma nova profecia na noite passada, estão a chamando de a Profecia dos Mundos. Ou algo do tipo. Eu mesmo não entendi nada. – Ele resmungou, ainda com sono. Noah concordou com a cabeça.

– Eu sei. – Ele resmungou. – Obrigado, Willy. Ah, seu presente foi bem útil.

O garoto ia cortar a mensagem de íris quando viu um loiro e uma garota olharem ao redor pela praia. Por um segundo, ela o fitou surpresa e então pareceu correr até Willy, para talvez perguntar por que o garoto que a tinha salvado antes estava fazendo dentro de uma névoa.

– Tchau Willy. Nós vemos depois. – Falou o moreno com presa, e então Noah encerrou a conexão.

O garoto provavelmente não teria mais notícias ocultas do acampamento, uma vez que seu primeiro espião havia sido explodido por um raio, e o outro ainda não voltara. Ele havia ficado deprimido quando Bronze, seu primeiro autônomo, havia sido destruído.

[Sim, naquela época não tinha muita criatividade O.K? Eu chamei mesmo um autônomo feito de bronze de Bronze.]

E então ele havia conseguido recursos, ou mais bronze celestial, para criar outro autônomo, e dessa fez o havia nomeado de Z. Era menor que o outro, mas tinha que admitir que havia sido bem mais projetado que o primeiro.

Agora, Noah não sabia o que fazer. Não voltaria para o Vigésimo Primeiro Nomo. Não voltaria para o Acampamento. Estava novamente na estaca zero, como antes em sua infância. Ele sentia falta de Tom, mas não podia voltar para agora. Por alguma razão havia sonhado com a profecia, e se estivesse correto aonde quer que ele esteja os outros o achariam. E então morreriam tentando completar a missão.

Sua barriga roncou.

– O.K, por hora um bom almoço me cairia bem. – Ele sorriu, dirigindo-se a uma lanchonete.

Ele pediu um chocolate quente, como sua mãe costumava fazer e um hambúrguer. Não era o melhor almoço de todos, mas foi o que deu para pagar com o dinheiro que tinha guardado no Duat. Ninguém desconfiou dele, e assim que recebeu sua comida ele saiu da lanchonete e voltou ao parque.

Ele não queria se lembrar do passado, mas foi o que aconteceu naquele instante. Ele se lembrou de quando tinha chegado ao acampamento, ainda com dez anos de idade, e na noite seguinte havia encontrado um homem na praia. Ele havia o fitado e apontado para suas mãos.

– Você terá um caminho difícil para fazer, Noah. Já presenciou e fez várias escolhas difíceis, mas terá que continuar fazendo-as. O que você possui significa que algo grande está acontecendo, e digo-lhe que é uma benção.

E então o homem havia sumido, misteriosamente.

Noah era muito pequeno na época para saber, e ainda estava em estado de choque com o que havia acontecido antes de chegar ali - antes mesmo de se encontrar com Tom. Além disso, entrar no acampamento e descobrir mais sobre aquele mundo somente piorou o que ele estava passando. Não havia conversado com ninguém mais de três vezes por ano, e eram poucas pessoas. E então alguns meses depois ele conheceu Willy, e dois anos depois se juntou a Cronos.

Cronos pagou sua promessa. Se não tivesse sido por isso, Noah não teria se juntado a seu exercito. Não podia dizer que tinha se arrependido por se juntar a ele, mas se ele voltasse com certeza Noah não trocaria nem duas palavras antes de acertar-lhe uma espada na garganta.

Noah deixou cair seu hambúrguer na neve, tomou o resto do chocolate quente e então voltou a caminhar. Provavelmente iria nevar fortemente à noite, e ele tinha que achar algum lugar para se aquecer.


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Notas finais do capítulo

Curtiram o capí? Tão gostando da história? :3 Espero que sim. Rsrs.