A New Place To Start escrita por WhateverDhampir


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Gente , antes de tudo queria pedir desculpas pela demora , mas depois que alguns dos capítulos foram deletados , eu realmente ando sem tempo . Eu queria agradecer mais uma vez pela força das meninas porque isso realmente me faz querer continuar com essa fic . Eu também queria agradecer a quem está acompanhando . Muito , muito obrigada .
Porém , andei percebendo que algumas pessoas não se manifestam e isso acaba me incomodando . Vamos lá , pessoal ! Me digam o que estão achando . A opinião de vocês realmente me interessa .
Bem , ai está mais um capítulo para vocês .
Ele ficou um pouco curto devido a falta de tempo , mas espero que gostem .
(P.S. O capítulo tem o link de uma música mais adiante . Quando acabar , ponham para toca outra vez.)



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Quando afinal resolvemos partir, mais de meia hora havia se passado . Os carros no estacionamento já haviam desaparecido e o Sol começavam a se por .
O caminho foi tranquilo e silencioso enquanto a brisa batia contra meu rosto de forma suave e quase inexistente . Eu já havia me esquecido de como aquilo era bom . Em Nova York eu vivia implorando a Bradd que me levasse em uma daquelas estradas de asfalto vazias que ele conhecia melhor que ninguém, com sua moto . Naquele momento era a coisa mais fantástica e perfeita que eu já havia feito . Não havia nada para nos impedir ou adultos , problemas ou qualquer outra coisa . Bradd sabia exatamente do que eu precisava quando tudo se tornava demais para mim . Eu precisava esquecer de tudo e todos ao nosso redor . Me sentir livre e viva outra vez . Embora ele não fosse um exemplo de perfeição e comportamento, havia sido ele que tinha segurado meus pés no chão quando tudo estava caindo aos pedaços ao meu redor . Eu não poderia ser mais grata pelo fato de ele ter sido meu primeiro em tudo . O primeiro a estar lá quando eu precisava desesperadamente de seu consolo, meu primeiro namorado, o primeiro ( e até mesmo o único) a dormir comigo, o primeiro a me apoiar por mais loucas que minhas decisões fossem e muitas outras coisas .
Mas nada pode durar para sempre . Eu sabia disso agora .
Enquanto eu curvava minha cabeça para trás, sentindo o vento balançando meus cabelos, eu me senti culpada . Culpada por estar pensando em outro quando Stefan estava ao meu lado, culpada por Stefan estar ao meu lado quando eu pensava em Bradd, culpada por desistir de estar ao lado dele, culpada por estar fazendo novos amigos e, principalmente, culpada por estar seguindo em frente . Esses sentimento apertou meu coração de uma forma quase inesperada e, antes que eu pudesse impedir, pequenas lágrimas escorreram em meu rosto . Mas. eu não me permiti limpá-las . Eu precisava daquilo. E também não me importei que Stefan estivesse vendo aquilo, porque quando o olhei de lado não era pena ou confusão que havia em seu rosto . Era entendimento e compreensão . Ele melhor do que, ninguém entendia a dor que eu sentia .

****

– Hey, aí está você! - Nadia me cumprimentou quando a encontrei .
Eu a achei sentada ao redor de uma pequena fonte no funda casa dos Lockwood . Stefan havia se misturado em meio a alguns garotos do time com a promessa de que me encontraria mais tarde para uma dança e Caroline estava quase se despindo ao lado de Klaus na pista improvisada no meio da grande sala de estar . Eu não conseguia encontrar nenhum rosto familiar, até que, ao longe, reconheci os cachos escuros e o discreto vestido bege de Nadia . Ela havia se sentado sobre a borda de mármore da fonte, sendo iluminada por pequenos feixes de luz verdes e azuis, enquanto o único cenário que predominava eram as árvores e a penumbra noturna na floresta que se erguia logo atrás . Seus saltos estavam jogados de qualquer jeito do ao seu lado e a garrafa quase vazia de algo que eu julgava ser álcool pendia em sua mão direita. Ela tentou forçar um sorriso que me pareceu forçado e exagerado demais para alguém que mal havia bebido. Ou pelo menos, era o que eu esperava.
– Hey, você está bem?
– Mais ou menos.- Ela deu de ombros quando me sentei ao seu lado e recostou sua cabeça em meu ombro . - Eu briguei com Matt. A Noite está um pouco difícil, sabe?
– Brigou com Matt? Como assim? O que aconteceu?
Eu tentei imaginá-la discutindo com ele, mas foi algo quase impossível. Os dois estavam sempre juntos, tão grudados um no outro, que as vezes até lhe dava vontade de vomitar . Eu lembrei dos dois no campo, abraçados e se beijando, e no meio de tanta melação, eu vi Matt um tanto hesitante ao receber o abraço de Nadia ao fim da partida. Mas os dois pareciam tão estranhamente bem que algo assim nem passava por minha cabeça ser possível.
– Minha mãe me ligou no sábado. Quer que eu faça faculdade perto de casa.
Eu a encarei sem saber o que de ruim poderia ter naquilo. Era natural que sua mãe sentisse sua falta e a quisesse perto de casa. Matt poderia muito bem visitá-la. Não era algo tão ruim.
– Ela mora na Bulgária.
Bulgária? Uou! De repente eu entendi. Isso seria um grande problema.
– Então você e Matt brigaram porque...
– Eu quero ir. - Ela terminou minha frase por mim, encarando o vazio a nossa frente com um olhar um tanto melancólico.- Eu realmente sinto falta de casa, e morar com meu pai não era realmente uma opção para mim . Quer dizer, são só quatro anos, droga! É algo tão impossível assim me esperar?
Nós ficamos em silêncio por algum tempo. Ela parecia realmente chateada e eu não a julgava. Eu sabia como era sentir falta de casa. De uma forma completamente diferente, mas ainda assim... Só devia ser difícil para ela escolher entre casa e o garoto que a amava.
– Ele disse que assim que eu colocasse meus pés naquele avião no final do ano, estaria acabado. - Sua voz saiu falha, e só então percebi que ela estava chorando. - Ah, deus, me desculpe. - Ela tentou limpar a lágrimas e se afastou. - Você certamente tem algo mais para fazer da sua noite do que ouvir os lamentos de uma bêbada.
– Não, não! Venha cá. - Ela sorriu para mim e eu a puxei para um abraço. Era estranho mas, assim como Bonnie me lembrava Raven, Nadia era extremamente parecida com Char. Eu me sentia estranhamente responsável por ela como se já nos conhecêssemos há muitos anos. - Vai ficar tudo bem, Nadia.
– Eu já nem tenho tanta certeza disso. - Ela sussurrou com o rosto apoiado em meu ombros, nos duas sendo sacudidas pelos pequenos soluços que ela insistia em dar. - Eu tenho medo de fazer uma escolha. Tenho medo de que se resolva ir, eu possa perdê-lo. Mas também não posso simplesmente ignorar meu futuro por alguma paixão adolescente. Não me leve a mal. Eu o amo, mas as vezes acho que tudo que preciso é da certeza de que ele estará comigo, sabe?
– Se ele te ama como eu tenho visto nos últimos dias, Nadia, não há dúvidas de que ele estará. Eu acho que, independentemente da sua escolha, ele nunca irá te abandonar. Quando se ama alguém de verdade, ficar longe é como perder uma parte de si. Ele não suportaria por muito tempo antes de perceber que você é tudo o que importa para ele. Ele nunca vai te deixar porque isso vai machucá-lo mais do que deixar você entrar naquele avião.
– Eu só queria que as coisas fossem mais fáceis.
– Nada nunca vai ser fácil, Nadia. É como a vida funciona.
Eu não sabia se a amargura em minha voz a havia alertado. Mas quando ela levantou-se e me encarou com certa confusão, eu podia jurar que ela podia ver dentro mim. Aquilo me assustou por um momento. Era o mesmo olhar que eu recebia de Charlotte. A verdade era que naquela momento acho que comecei a chorar. Mas eu não cheguei a descobrir porque logo depois Nadia já estava me abraçando. E retornei seu abraço, deixando uma pequena parte se abrir pela primeira vez perto dela.
– Sabe, desde que chegou eu soube que tinha algo em você. - Ela limpou suas lágrimas quando se afastou, abrindo um pequeno sorriso para mim. - Sempre que mencionávamos alguns pontos de sua vida em Nova York, você ficava tensa. Stefan e Jeremy sabem de alguma coisa, eu sei.
Imediatamente eu fiquei tensa. Ela faria perguntas, eu tinha certeza, e não sabia se estava pronta para elas. Eu queria contar a Nadia, realmente queria, mas não agora. Existia uma parte de mim que havia se cansado dos olhares de pena. Eu estava pronta para dar qualquer desculpa e sair correndo, quando ela segurou minha mão, ainda sorrindo.
– Quero que saiba que não importa o que fez ou o que aconteceu, Katherine, eu vou estar aqui para ajudar você e ouvi-la quando estiver pronta, está bem?
Eu fiquei ali, simplesmente olhando aquela garota, vacilando entre a descrença e a incredulidade. Nadia... me surpreendera. Eu digo que realmente não esperava por aquilo vindo dela, por que geralmente as pessoas que eu costumava conhecer em NY faziam de tudo para arrancar qualquer tipo de informação sobre qualquer futilidade que eles achassem necessário. Eu acho que aqui as coisas realmente funcionavam de outro jeito.
Eu estava para lhe agradecer quando Bonnie surgiu do meio da festa e caminhou em nossa direção. Seus cabelos estavam um tanto bagunçados e suas bochechas coradas de um jeito que lhe caía estranhamente bem. Ela não fez nenhum comentário sobre o estado de Nadia ou sobre seu próprio ao se sentar. Bonnie apenas se sentou ao lado da amiga e abraçou seus ombros de uma forma protetora. Imediatamente eu me senti uma intrusa. Não como se precisasse desesperadamente sair dali ou como se eu soubesse que elas não me queriam no meio de sua conversa. Mas quando Nadia encostou sua cabeça no ombro de Bonnie e suas lágrima recomeçaram a cair, eu entendi que elas precisavam ficar um pouco sozinhas e que Nadia precisava dos conselhos de sua melhor amiga, e não da garota novata legal e provável amiga. Em pouco tempo de observação eu notara que as duas eram como irmãs, e embora andassem com Caroline de vez enquanto, era sempre uma a outra a quem recorriam. Eu admirava isso, e mais do que ninguém respeitava.
– Bem, sinto deixá-las sozinhas, meninas, mas algo me diz que preciso dar uma surra no em meu primo na Cerveja Pong. - Eu sorri para elas e estava para sumir no meio de todas aquelas pessoas quando Nadia segurou minha mão. Ela sorriu para mim, o sorriso mais terno e amistoso que ela já havia me dirigido, e apertou de leve meus dedos.
– Sabe, quando Jer disse que você vinha para a cidade, ele não parava de falar do quão incrível e compreensiva você era. Ele não parava de dizer que estava orgulhoso por ter alguém tão forte na família e dizia que qualquer um seria sortudo em tê-la como amiga. Eu nunca entendi o porquê, mas... acho que ele estava certo , Katherine.

Eu olhei em seus olhos, sem perceber que uma lágrima solitária escorria por meu rosto. Eu nunca havia deixado de estar grata a Nadia por aquelas palavras, por que acho que, naquele dia, foram elas quem me deram toda a força que eu precisava para perceber que eu tinha opções. Eu podia fazer minha escolha e orgulhar meu primo, sendo feliz. Naquela noite isso realmente aconteceu. Eu apertei de leve sua mão, grata, e dei as costas para elas, deixando-as sozinhas contra a brisa fresca da noite.

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Lá dentro, a agitação continuava a toda, enquanto todos festejavam, alheios à mim ou a qualquer drama que havia se desenrolado. Eu ouvia Flourescent Adolescent tocando a toda nos alto falantes e me perguntei se as pessoas nas casas ali por perto podiam ouvir o som alto. Eu me senti deslocada por um momento, sabendo que todos que eu conhecia estavam ocupados. Stefan, conversando com alguns garotos, me lançou uma piscadela, lá no canto da sala, antes de se voltar para o assunto. Jer dançava com uma garota com quem eu já o vira andar vez ou outra e Matt estava fora de vista, certamente perdido na mesma fossa em que a namorada se encontrava . Então, para mim sobrara o balcão onde haviam montado um espécie de bar improvisado . Eu me sentei em um banco alto, cruzando as pernas e sentindo alguns olhares sobre mim. Eu pedi a maior dose de Brandy possível e senti o bartender me estudar, como se tentando descobrir se eu dava conta do recado.
Virei o copo e, com uma careta ao sentir o álcool queimar em minha boca, tive que me segurar para não rir da expressão um tanto surpresa do garoto moreno de olhos castanhos que havia me servido.
– Dia difícil? - Perguntou, me servindo outra vez sem que eu nem mesmo precisasse pedir. Em sua voz, notei, havia um leve sotaque britânico.
– É uma festa, ora! - Respondi com um sorriso ao arrebatar o copo.- Não sabia que precisava de motivos para beber.
– Bem, garotas do seu tipo não costumam virar a bebida assim sem um motivo. A maioria fica só na cerveja, tomando cuidado para não quebrar o pé com esses saltos enormes que vocês usam e não acabar a festa fazendo strip-tease em cima do balcão da cozinha.
– Bem, eu realmente adoraria apresentar um strip-tease de qualidade para essa cidade, mas eu não sou como a maioria. Digamos que tive ajuda para aprimorar minha resistência ao álcool.
– Ainda assim - Ele se curvou sobre o balcão, chegando mais perto para que eu ouvisse sua voz contra a música agitada que começara a tocar.-, você não faz o tipo que rasga a roupa em uma festa. Pelo menos, não onde todos possam ver.
Eu bebi mais um pouco, dessa vez mais de vagar, sabendo que por mais que minha resistência fosse grande, eu não deveria abusar. Ele parecia estar quase flertando comigo e, cara, eu não estava nem um pouco enferrujada. Era assim que funcionava. Garotas poderiam estar comprometidas com quem quisessem, mas a isso não nos impedia de nos divertimos em pequenas escalas. Eu podia sentir meu velho e irresponsável eu martelando em minha cabeça, louca para sair. Um pequeno flerte não era nada, não é?
– Não sabia que eu tinha um tipo. - Eu brincava com a boca do copo, circulando a borda coma ponta do indicador.- Então, me diga . Qual é o meu?
Eles piscou, observando minha pequena distração com o copo e voltou a encarar meu olhos .
– Você tem esses jeito de andar, como uma adolescente segura que poderia segurar o mundo nas mãos. Percebi isso enquanto vinha para cá. Você sorri, mas ainda assim parece triste, quase cansada. E seus olhos... você nunca os desvia, acho que por medo de demonstrar fraqueza. Você bebe álcool como se fosse água, o que me faz pensar que tem seus próprios demônios e dúvidas para controlar. Então, em resumo... eu poderia dizer simplesmente que você tem problemas, mas que poderia enfrentar qualquer coisa. Ou você é uma das pessoas mais fortes que eu poderia conhecer ou eu simplesmente tenho que parar de tentar ler as pessoas. - Ele riu.- Sinto muito. Mãe psicóloga, sabe como é. Isso afeta um pouco a gente.
– Bem, para alguém que deveria estar servindo bebidas, vocês está prestando atenção de mais nas garotas.
– Estou segurando as pontas para um amigo.- Ele apontou para um garoto que andava em nossa direção, carregando alguns copos. -E eu não estava prestado atenção em todas as garotas, embora seja uma ideia tentadora.- Ele piscou para mim .- Sua presença é um tanto perceptível. Caso não tenha percebido, alguns garotos estão prestando muita atenção na famosa Katherine Pierce.
Eu olhei discretamente em volta, só para perceber que ele estava realmente certo. Alguns dos garotos no bar improvisado simplesmente insistiam em me lançar olhares com seus copos ainda em mãos. Eu não sabia se me sentia lisonjeada ou incomodada. Quando enfim decidi que definitivamente deveria estar incomodada, eu me ajeitei em meu assento, nervosa, fazendo o garoto em minha frente rir.
– Tímida, devo acrescentar a lista. O que é estranho se levar em consideração toda a pose segura que tinha alguns segundos atrás e tudo que eu ouvi sobre você. Me faz acreditar que é uma fachada, certo? Costuma funcionar, mas não comigo, Katherine. Mas devo lhe dizer que você não é tão selvagem quanto me disseram. – Ele riu de uma piada que somente ele conseguia entender. Fiquei tentada a lhe perguntar, mas eu não sabia se queria saber a resposta.
– Acho que minha fama me precede. Você sabe meu nome, mas eu não sei o seu.
– Enzo, obrigado pela força. - O garoto com os copos plásticos colocou sua carga em algum lugar em baixo do balcão e acenou para o amigo.
– Sem problema, Kai. - Ele sorriu e saiu de lá, dando a volta na armação de madeira para se sentar ao meu lado. - Acho que isso responde sua pergunta.
– Deixe-me ver... Sotaque britânico, cara de mais velho, nunca te vi na escola, festa do time... Você deve ser amigo do Klaus, certo?
– Mais ou menos. Na verdade, pelo que vi, essa pode ser a suposição de muita gente.
– Então... o que te traz à festa?
– Um convite. Estou passando um tempo na casa de um amigo e eu poderia escolher entre ficar em casa no domingo a noite ou vir à uma festa.
– Escolha sábia. Mas algo me diz que você é do tipo que poderia muito bem dar um jeito de se divertir.
– Quem está lendo quem agora? - Ele arregalou os olhos em falso espanto, me fazendo rir. - Mas, sim. Eu poderia.
Eu estava pronta para fazer um comentário quando alguém parou ao lado de Enzo. De início, a única coisa que notei foram os olhos azuis de Damon Salvatore enquanto ele me encarava. Ele, como sempre, havia escolhido uma jaqueta de couro preta, que me pareceu extremamente familiar com a que ele havia usado no dia em que nos conhecemos. Algumas de suas mechas pretas e lisas caíam sobre suas sobrancelhas e o pequeno vinco no meio de sua testa lhe deu uma aparência um tanto raivosa. Não que fosse novidade. Ele parecia sempre com raiva quando nos víamos. Acho que agora eu tinha alguma ideia de quem era o amigo de Enzo.
– Hey, Damon! - Enzo o cumprimentou, alheio ao humor do garoto.
– O que faz aqui? - Ele me perguntou, ignorando completamente a presença do amigo .
– É um país livre, camarada. Caso esse seu brilhante cérebro não tenha percebido, meu primo faz parte do time, também . Assim como Stefan.
Eu vi seus olhos brilharem de raiva quando mencionei Stef. Acho que ele ainda não havia superado a cena da sala no outro dia e esse pensamento me fez sorrir.
– Ah, vocês já se conhecem. - Enzo passou o braço direito ao redor de meus ombros, seu sorriso se abrindo mais do que nunca.
– É... nos conhecemos, sim.
Acho que o tom na voz de Damon fez Enzo se tocar. Ele tirou o braço de meus ombros enquanto alternava os olhares entre nós nos observando enquanto um encarava o outro.
– E algo me diz que não são melhores amigos.
Seu comentário me fez rir.
– Não, não somos. Acho que chegou minha hora. É melhor encontrar meu primo para um partida de Cerveja Pongue antes que ele seja nocauteado pelo álcool. - Eu me levantei. - Foi um prazer conhecê-lo, Enzo. Ao contrário de seu amigo aí, você sabe como não ser um cão raivoso.
Enzo riu e de Damon ouvi uma espécie de grunhido, o que só me fez soltar uma risadinha.
– O mesmo para você, Katherine. - Enzo arrebatou minha mão de forma galante, deixando um beijo nas costas da mesma e sorriu. - Espero que nos vejamos novamente.
– Estarei por aí. – Eu disse antes de me virar, jogando propositalmente meu cabelo contra o rosto de Damon e saindo dali.

****

Não foi muito difícil achar Jeremy. Onde houvesse garotas, tumulto e torcida, era lá que ele estaria. Eu me perguntei em quantas festas assim ela já fora e se, algum dia se metera em algum problema. Não leve a mal. Eu confiava em meu primo mais do que confiava em muitas pessoas. Mas, eu querendo ou não, ele era um adolescente. Era algo quase irrevogável que se metesse em problemas.
Assim como eu sabia que ele estaria fazendo, Jeremy estava parado ao lado de uma mesa com uma pequena bolinha na mão. Do outro lado da mesa, a garota com a qual ele estivera dançando o encarava com certo desafio nos olhos. Eu não precisaria nem observar a minissaia de couro ou a blusa mais parecida com um top que ela usava, para saber que ela não fazia muito o tipo de Jer. Jeremy e eu sempre havíamos mantido contado, e eu o conhecia o bastante para saber disso, o que me fez imaginar por que diabos ele estava com ela. Jer, como um bom aprendiz que fora ensinado por mim em suas viagens a Nova York, acertou um dos copos da garota sem a menor hesitação. Isso a fez levar o copo aos lábios e soltar uma espécie de gritinho agudo quando bebeu o conteúdo. Era impressão minha ou ela parecia simplesmente... vadia demais.
– É assim que se faz!! - Jer gritou, fazendo uma espécie de dancinha da vitória muito estranha ao perceber que havia ganhado.

– Hey, Gilbert! - Eu o chamei. Com um sorriso enorme, ele se virou para mim. - Não se gabe tanto. A queda vai ser feia.
– Ora, ora... Se não é a Pierce. O que acha de uma partida, garota de Nova York? Algo me diz que está fora de seu território.
– Em Nova York ou não, Gilbert, eu continuo chutando seu traseiro sem piedade.
Ele riu quando os outros nossa volta começaram a gritar. Seria uma noite muito divertida. Disso eu tinha certeza.
– Veremos, Pierce. - Ele piscou.


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Notas finais do capítulo

Pedindo mais uma vez para que os fantasmas se manifestem.
É isso, guys! Até semana que vem. ;)