A New Place To Start escrita por WhateverDhampir


Capítulo 29
Capítulo 25 – I know what you did last summer.


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu queria dizer que eu super hiper mega amo vcs S2 Os comentários do último capítulo foram simplesmente maravilhosos e é ótimo saber que vcs gostaram da minha ideia para Embery Hills. Mayara Pierce, Kat Salvatore e Younglove vcs são simplesmente incríveis.
O capítulo está um pouco pequeno pq eu estou em época de provas, e entre isso e mais algumas coisas eu fico totalmente sem tempo.
Mas então, me livrem de uma curiosidade. Ou algumas, no caso. Eu realmente queria saber mais sobre vcs. Gêneros preferidos, bandas, sagas e esse tipo de coisa.
Eu tenho 16 anos( de muito sofrimento nesse mundo cruel onde personagens favoritos nunca sobrevivem ), e nesse momento eu estou tentando superar meu imenso vício em The Neighbourhood ( vício desde sempre), Os Legados de Lorien ( deixando claro que shippo,sim, o John e a Seis, pq vamos combinar que Sara foi meio inútil durante toda a saga), Milkshake de paçoca, Of Monsters and Men e qualquer filme que tenha Emma Roberts no elenco.



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Veja bem, Liz era uma velha amiga da família. Jenna, Logan, meus tios e ela tinham crescido na mesma cidade, frequentando as mesmas escolas e festas. Era comum ver nossas famílias unidas no dia de ação de graças, natais ou quaisquer outros feriados. Ela havia visto Jeremy crescendo e frequentando sua casa e, consequentemente, a mim. Mesmo depois de meus pais terem se mudado para Nova York, eles ainda mantinham contato e se viam em viagens frequentes a sua cidade natal. Eu nunca havia sido muito fã de sair de Nova York, então depois dos 10 anos, eu já tinha a opção de seguir meus pais ou ficar na casa de Raven pelo tempo em que eles estivessem fora. Mas meus pais haviam deixado Mystic Falls, porém, Mystic Falls não os havia deixado.

E era por ter me visto crescer durante a infância que Liz confiava em mim e sabia que eu tinha a cabeça no lugar. Pelo menos tão no lugar quanto uma criança poderia ter. Ou pelo menos era isso que ela pensava até aquele momento. Assim como eu tinha pensado, a delegacia estaria cheia. Damon e eu fomos postos em viaturas diferentes e os policiais fizeram questão de nos colocar em lugares opostos na delegacia. Eu sabia que aquilo era uma ordem da xerife. Enquanto policiais andavam de um lado para o outro com adolescentes algemados, pais desesperados e preocupados apareciam e procuravam com olhos aflitos seus filhos irresponsáveis, eu ainda podia vê-la pela janela de sua sala, levantando o olhar se seus relatórios para me checar. Eu só não sabia dizer o que se passava em sua cabeça.

Era de se esperar que ela estivesse furiosa comigo. Liz sempre havia sido carinhosa comigo. E desde que eu comecei a passar algum tempo em sua casa por causa de Stefan, ela sempre me dizia para ficar para o jantar ou coisa do tipo. Ela confiava em mim. Sabia que seu filho e eu estávamos envolvidos. E agora eu estava algemada ao banco apenas alguns metros de distancia de sua sala após ser pega em um racha tentando escapar com um garoto. Não apenas um garoto. Damon Salvatore.

Eu olhei para o outro lado do recinto e o procurei com os olhos. Ele continuava na mesma posição de dez minutos antes, sentado em um banco e parecendo totalmente confortável e familirializado com a algema que o prendia em seu lugar. No meio de todos os adolescentes aflitos e irritados, ele parecia apenas um espectador, sem nem mesmo uma ruga de preocupação em seu rosto.

Me lembrei de quando ele me contou sobre os pais e o fato de ambos estarem mortos e me perguntei quem viria buscá-lo. Talvez fosse o tio, que o havia acolhido depois da morte dos pais. Mas a questão era que não havia muito em sua vida que eu soubesse. Além do mais, Damon era maior de idade. Ele sabia cuidar de si mesmo.

Um dos policiais que haviam estado no local do racha, caminhou até ele e o libertou de suas algemas. O homem parecia irritado enquanto dizia alguma coisa, e Damon apenas assentia comum sorriso arrogante em seu rosto. Sei que se fosse eu ali no lugar do policial, já teria perdido a paciência com sua pose.

Assim que o homem se foi, Damon se levantou, ajeitando a jaqueta de couro enquanto caminhava até mim e parava em minha frente.

–Não deveria ir embora antes que eles mudem de ideia e lhe prendam de novo? – Perguntei, irritada.

–Bem, eu deveria. Mas te meti nessa confusão. O mínimo que posso fazer é esperar até que sua mãe apareça.

–Uau! Que cavalheiro. – revirei os olhos.

–Espere aí! Está brava comigo?

Eu pensei bem nisso, mas mesmo assim lhe dei um olhar raivoso.

–Não, Damon. Não estou brava com você. – eu suspirei e passei as mãos – ou pelo menos a que não estava atada – por meu cabelo. – É só que agora não é exatamente um bom momento para Jenna e eu termos uma conversa de família.

Nós ficamos em silencio por alguns minutos. Essa era uma das –muito poucas – razões de que eu achasse um pouco confortante conversar com Damon. Ele não fazia esforço para entender ou me cobria de perguntas. Ele só sentava ali e me ouvia. Era como se o silêncio com ele fosse mais reconfortante do que qualquer coisa que poderia ser dita. Ele só... sentia. O que era mais do que muitas pessoas faziam.

–Se arrependeu?

Eu me virei em sua direção, e o peguei observando o nada com olhos vagos.

–O quê? Não. – eu respondi com franqueza e sorri. – Foi divertido.

Damon riu.

–Sabe, um dia desses vai ter de me dizer onde aprendeu a dirigir daquele jeito.

–Não conte com isso.

Foi nesse momento em que Jenna passou pela porta e olhou em minha direção. Ela tinha no rosto um misto de raiva e preocupação. Eu devo ter feito uma careta, pois Damon se virou para ver qual era o motivo de minha seriedade abrupta. Ela agarrou sua bolsa contra o peito e parecia pronta para vir em minha direção praticar o discurso de boa mãe. Mas então a porta da sala de Liz se abriu e ela indicou para que Jenna entrasse.

Assim que a porta foi fechada atrás das duas, percebi que estava prendendo a respiração. Tentei respirar novamente e procurei relaxar.

–Posso ficar por mais um tempo, se quiser. – Damon se ofereceu.

–Não, está tudo bem. Pode ir.

–Tá legal. – ele disse, mas continuou parado. Eu podia perceber certa tensão em seus ombros, e senão o conhecesse bem, diria que ele se sentia responsável por mim.

–Mas, ei, pode me fazer um favor? – eu revirei minha bolsa com minha mão livre. – Se estiver livre hoje, pode trazer meu carro para mim? Se não estiver ocupado, claro.

–Tudo bem. – ele apanhou as chaves de minha mão com delicadeza e sorriu. – Acho que posso arrumar algum tempo.

Eu assenti e o vi ir embora, com as mãos enfiadas nos bolsos de sua jaqueta. Parte de mim se sentia contente em vê-lo mais tarde. Damon parecia mais amigável agora e eu gostava de vê-lo sorrindo. Não era algo que se via com frequência no colégio. Em todas as vezes que o via pelos corredores, Damon tinha a testa franzida e um olhar sério. Era desse Damon, carrancudo, teimoso, esnobe e irritante que eu não gostava. Mas havia sido diferente naquela noite. Eu havia gostado do garoto divertido e de certa forma, livre. Poderia até mesmo arriscar chamá-lo de amigo.

[***]

Eu esperava que Jenna estivesse furiosa comigo ao ponto de me puxar pela orelha até em casa. Ou talvez gritasse até ficar rouca. Talvez porque eu soubesse que era exatamente essa sua vontade nos últimos dias. A questão era; ela não havia feito nada disso. Ela apenas passou por mim na delegacia, indicando para que eu a seguisse para fora dali, e por estranho que pareça, ela pareceu mais calma do que antes de entrar na sala de Liz. E no carro fora a mesma coisa. Ela apenas prestava atenção na estrada e parecia fazer de conta que eu não estava sentada ao seu lado, vendo o sol nascendo no horizonte. Essa atitude estava me irritando. Era eu quem deveria estar tratando-a com frieza. Era ela quem vinha mentindo para mim desde sempre.

–Anda logo. – eu disse quando Jenna parou o carro na frente de casa. Eu não precisei me virar para olhá-la, mas a ouvi suspirar. - Pode começar com o discurso. Grite, faça o que quiser.

Silêncio.

Por minha visão periférica, a vi encostar a cabeça no volante. Ela parecia cansada agora.

–Não posso mais fazer isso.

Ser uma mentirosa manipuladora?, pensei.

–Nos mudamos para Mystic Falls porque achei que uma cidade nova pudesse ajudar. Pensei que se você se afastasse daquele colégio, talvez isso colocaria algum juízo em sua cabeça. Mas ao invés disso, tudo o que fazemos tem sido brigar e eu recebo telefonemas às três da manhã dizendo que minha filha foi detida com outros adolescentes enquanto participava de rachas ilegais. – ela olhou em minha direção pela primeira vez no caminho até ali. – Damon Salvatore, Katherine? Tem ideia de quem é esse garoto? Eu soube de coisas que aquele garoto fez, conheço a história da família dele ... O que seu pai pensaria se lhe visse andando com alguém como ele?

Ah, ótimo! Agora ela queria culpar Damon. Era meio irônico ela mencionar a família dele de um jeito ruim. Quer dizer, a nossa não era muito melhor.

–Então agora ele é meu pai, não é mesmo?

Eu não queria mais ouvi-la. Minha raiva por suas mentiras pareciam se intensificar a cada palavra saída de sua boca. Então eu desci do carro e entrei em casa. Mas como se não entendesse minha pequena dica, Jenna me seguiu até a cozinha.

–Do que está falando? – ela me perguntou quando joguei minha bolsa em cima da mesa e abri a geladeira à procura de água.

Eu fechei a geladeira com força e decidi que estava farta de sua máscara de inocência.

Eu vi o teste, Jenna! – Gritei. Sabia que Jeremy e meus tios estavam dormindo no andar de cima, mas naquele momento eu não dava à mínima. A raiva parecia estar se dirigindo às palmas de minhas mãos. Eu comecei a tremer e tentei suprimir a vontade de socar algo. – Eu sei de tudo.

Jenna parecia ter visto um fantasma. Eu quase pude ver o fluxo de sangue fugindo de se rosto.

–Eu... não sei do que está falando.

Eu até poderia ter acreditado nela. Jenna não era tão terrível em mentir. Mas mais uma vez eu a vi girar quase imperceptivelmente a aliança em seu dedo, e aquilo por si só já respondia por ela. Então, apenas ri.

–É claro que não. – Me curvei sobre a mesa com o queixo em minhas mãos. Por mais que estivesse queimando de raiva por dentro, fiz questão de manter um sorriso em meu rosto. – Deve ter sido difícil mentir por todos esses anos.

O rosto dela se fechou em confusão. Droga, ela só não cansava de representar.

–Papai sabia do seu pequeno caso? Isso, se é que ele é realmente meu pai, não é mesmo?

–Katherine...

–Ah, dá um tempo! Sabe o que é mais engraçado? Eu não estou surpresa. Eu só sinto pena de Logan. Ele era um bom homem. Não merecia ser traído dessa forma.

Jenna encarou o chão e não disse mais nada. Algo parecido com uma lagrima, pingou de seu rosto, mas se ela estava chorando ou não, não fiquei ali para descobrir. Eu só precisava de um banho, meu pijama e de minha cama. Só queria esquecer que tudo aquilo havia acontecido.

Não sei exatamente por quanto tempo eu dormi. Já devia ser tarde e sol parecia já estar alto no céu, mas minha cortina o bloqueava. Eu me sentei na cama sem saber direito o que havia me acordado e esfreguei meus olhos. Foi então que ouvi o barulho. Parecia com um motor de carro. O meu carro.

Eu saltei da cama e corri até a janela. A claridade machucou meus olhos quanto abri a cortina de uma vez. Levou algum tempo para que meus olhos se acostumassem, mas logo vi meu Volvo preto subindo a rua. Damon sorriu ao me ver quando desceu do carro e acenou. Eu não me preocupei em colocar uma calça ou um casaco. Apenas joguei meu roupão por cima do pijama e sai de meu quarto. Eu desci as escadas correndo, mas aparentemente Jenna foi mais rápida. Eu parei aos pés da escada no exato momento em que ela abriu a porta. Damon estava parado ali, todo confiante em sua jaqueta de couro preta. Ele sorriu para mim por cima dos ombros de Jenna. Isso a fez olhar para mim.

–Pois não? – ela perguntou a Damon, me ignorando.

–Eu vim falar com Katherine.

Minha mãe cruzou os braços e ficou no caminho.

–Eu me lembro de você. Damon Salvatore, certo?

Droga, ela estava usando aquele tom.

–Sim. Sou eu.

–Bem, Katherine está de castigo, então me faça um favor. Fique longe da minha filha. Ela já se meteu em confusão demais por sua causa.

Sem dar nem mesmo chance dele se defender, Jenna bateu a porta na cara dele. Eu fiquei ali parada, encarando sem nem mesmo acreditar que ela tinha sido capaz de fazer aquilo.

–Você vai ficar longe desse garoto. Ou faz isso por bem, ou vai ser por mal. – dizendo isso, ela me deixou plantada ali e voltou para a sala.

Tá legal, agora ela tinha declarado guerra. Quem Jenna pensava que era? Ela não iria me proibir de andar com quem eu quisesse. Eu sabia cuidar bem de meu próprio nariz, e afinal de contas quem era ela para me dar lição de moral naquele momento? Nem ferrando ela iria me prender em casa.

Eu corri até meu quarto, tranquei a porta e espiei pela janela. Damon estava parado apenas alguns metros sob a sombra da árvore ao lado de minha janela e estava prestes a tacar uma pequena pedra quando abri as cortinas. Eu peguei meu celular ao lado da cama e procurei por seu número em minha agenda. Lá em baixo, ele atendeu.

–O que foi isso?

–Mães. – eu dei de ombros. – Quer dar uma volta?

Um sorriso daquele tipo conspirador se abriu em seu rosto.

–Estou indo a uma festa com alguns amigos. – mesmo pelo telefone, eu sabia identificar seu tom de desafio. - O que acha?

–Pode esperar alguns minutos? – eu indiquei meu pijama.

–O tempo que precisar, encrenca.

Não demorou muito para que eu colocasse uma roupa decente e passasse apenas uma maquiagem básica. Pedir por mais em tão pouco tempo era de mais, mas o resultado não acabou tão mal. Eu abri a janela com cuidado, esperando que a velha tranca não fizesse barulho, e joguei meus saltos e bolsa para Damon.

Já fazia um tempo que eu não escapava assim, mas até que eu não havia perdido o jeito. Eu deixei a janela encostada e saltei para o tronco de árvore mais próximo da janela. Eu havia aprendido aquilo com Jeremy. É claro que seria mais fácil pular da janela de seu quarto, mas isso seria abusar da sorte. Acabei escorregando no galho mais próximo do chão e, sem conseguir achar algo sólido para me segurar, acabei caindo de costas no chão. A sombra de Damon ficou sobre mim quando ele se aproximou para ver se eu havia me machucado. Eu não sei exatamente por que, mas acabei rindo.

–O que é engraçado? – ele me fez segurar sua mão e me puxou do chão.

–Estou ficando velha para isso.

–Hmm... Te-tem uma coisa no seu cabelo. – ele se aproximou e puxou de uma mecha de meu cabelo um pedaço de graveto. – Aqui.

–Obrigada. – droga, eu estava corando? – É melhor darmos o fora daqui.

Ele riu.

–Seu pedido é uma ordem.


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Notas finais do capítulo

Quero respostas p interrogatório. haueaueau Qualquer coisa que quiserem saber, é só perguntar, okay?
Até mais, babys!



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