A New Place To Start escrita por WhateverDhampir


Capítulo 25
Capítulo 21 - Como eu odeio sábados! Ou quase todos...


Notas iniciais do capítulo

'Mas, Lai, vc posta um capitulo e some?'
Bem, gente, eu acho que não é necessário eu dizer que alguma merda deve ter acontecido. A Lei de Murphy está praticamente pregada na minha testa, então vamos pular as explicações.
Então vou deixar o próximo capítulo já agendado para que n haja atraso na postagem, okay?



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Eu não conseguia dormir. Depois de quase uma hora, andando de um lado para o outro dentro do quarto de hospedes na mansão Salvatore, eu tinha me jogado na cama e tinha passado os últimos minutos encarando o teto escuro antes de voltar a andar em círculos novamente. Damon havia deixado em cima da cama uma camisa que tinha praticamente o dobro de meu tamanho antes que eu subisse as escadas. Eu havia tomado um banho gelado para me esfriar, mas nem mesmo a água fria foi capaz de apagar o cheiro de Damon de mim ou a sensação de seu toque. A forma como ele tinha me acariciado, como seus lábios traçaram uma linha de beijos de meu colo ate minha boca, loucos de desejo. Eu queria poder apagar o desejo intenso de querê-lo mais e mais perto enquanto ele jogava minha regata para longe e me observava como se eu fosse a melhor visão que ele já tivesse tido. Ou ate mesmo a forma como seus lábios e se corpo se moldaram tão perfeitamente contra os meus. Mas acima de tudo, eu queria poder a pagar de minha cabeça a magoa em seu olhar quando o afastei.

O que me deixava louca era que eu queria mais. Eu o queria. Mas enquanto eu o beijava, senti a ponta da realidade me tocar e tudo que eu consegui ver em minha cabeça eram os olhos cheios de raiva de Stefan. O que eu tinha feito? Ele não merecia ser traído daquela forma.

Vocês não estão nem mesmo namorando, aquela parte irresponsável de mim sussurrou, quase implorando para que eu puxasse Damon de volta e acabasse a noite em sua cama. Mas mesmo assim eu fui incapaz. Não quando a voz de Stefan invadia minha cabeça, me chamando de traidora e a imagem de Caroline sorria como se dissesse ‘ eu estava certa sobre você’.

E agora, perdida no silencio do quarto enquanto meus pés me faziam andar de um lado para o outro e o álcool se extinguia de meu organismo, eu tinha vontade de me xingar. Como eu pude beija-lo? É o Damon! Eu nunca deveria beijar Damon!

Eu olhei para o relógio no criado mudo. Eram 3:00hrs e eu nem mesmo havia pregado os olhos. Sem saber mais o que fazer, eu andei para o corredor pensando em qual deveria ser o quarto de Raven. Havia apenas três portas fechadas, e eu sabia que em uma dessas estava Damon. Tudo o que eu podia fazer era rezar para não acabar dando de cara com ele em alguma delas.

Eu tentei a primeira porta à esquerda, sentindo o frio no corredor tomar conta de meu corpo coberto apenas pela minha lingerie a blusa que em mim mais parecia um vestido. Abri lentamente e assim que uma silhueta se mostrou na cama, eu prendi a respiração. Era Kyle. Eu sabia disso mesmo no escuro por que somente ele se espalharia daquele jeito em uma cama, com braços e pernas caídas de lado. Eu fechei a porta e tentei a porta do outro lado do corredor. Suspirei de alivio ao ver o rosto de Raven pouco iluminada pelo abajur. Ele tinha a respiração leve, mas assim que eu fechei a porta e me virei, tive de me segurar para não gritar quando a vi sentada e de olhos abertos olhando para mim.

–Achei que já tinha passado da época de invadir o quarto dos outros após ter um pesadelo.

–Eu não tive um pesadelo. – Revirando os olhos, caminhei até a cama e me enfiei embaixo dos cobertores ao lado de minha amiga. Ela também estava vestida com uma regata grande que reconheci como sendo de Kyle.

–Certo. Então porque está andando pela casa a essa hora? Dava pra ouvir daqui você andando em círculos no seu quarto.

Raven e eu deitamos uma de frente para a outra, assim como fazíamos quando éramos pequenas e uma de nós tinha tido um pesadelo enquanto dormia na casa da outra. Eu meio que sentia falta dos velhos tempos.

Dei de ombros.

–Só não consegui dormir.

–Tá. Conte-me outra.

Sorrindo, eu bati no travesseiro em baixo da minha cabeça para poder ajeita-lo. É claro que Raven não cairia nessa. Ela me conhecia melhor do que eu mesma. Sempre havia sido assim, desde que tínhamos cinco anos. Como se minha expressão me entregasse, ela franziu a testa com um olhar preocupado.

–Comece a falar, Pierce.

–Beijei Damon. – soltei sem demoras, sabendo que se eu hesitasse acabaria desistindo de contar a ela. – Quer dizer, Damon me beijou. Droga, nós nos beijamos!

Fechei os olhos, esperando que ela fosse gritar comigo ou algo do tipo, mas só houve silencio. Quando os abri, ela estava muda apenas me encarando com os olhos arregalados.

–Ah, droga.

–Ah, droga. – repeti mais como um lamento, puxando o cobertor para cima da cabeça como se isso fosse o suficiente para me esconder do mundo.

R o puxou para longe do meu rosto e me olhou.

–O que foi que aconteceu?

–Eu não sei. – suspirei. – Estávamos apenas nós divertindo. Em um momento eu estava lavando meu prato e no outro ele já tinha me jogado em cima do balcão e arrancado minha blusa enquanto nos beijávamos.

–Vocês...?

–Não! Nada disso.

Eu tentei afastar de minha mente a imagem do que provavelmente teria acontecido se eu não o tivesse afastado. Droga, o que nós tínhamos feito?

–Você gosta dele? – Minha amiga perguntou. Ela não tinha um tom acusatório nem nada. Raven só estava tentando me entender. Essa era uma das coisas que eu amava nela e sempre me fazia procura-la. Ela sempre tentava não julgar as pessoas. Muito menos quando se trava de mim.

–Não! Claro que não. – eu respondi. Era o Damon! Gostar dele era praticamente impossível. Foi apenas o calor do momento. Eu nunca o teria beijado se não estivesse completamente bêbada...certo? – Droga, o que eu vou dizer ao Stefan?

–Não precisa dizer. – Raven sorriu. – Foi só um beijo sem importância, Kath. Se apenas isso fosse necessário para acabar com um relacionamento, muitos casais estariam ferrados.

Droga, ela estava certa. Não havia importância naquilo. Nós dois estávamos bêbados e não estávamos pensando direito. Stefan não tinha que saber.

Me sentindo bem mais leve, eu concordei e decidi que seria melhor dormirmos. Raven apagou a luz do abajur e logo em seguida fui tomada pela inconsciência.

[****]

Minha cabeça estava latejando quando acordei algumas horas depois. O quarto estava escuro devido às cortinas fechadas, mas eu sabia que já era tarde. Não encontrei Raven na cama, o que não me surpreendeu já que ela era sempre a primeira a acordar. Cambaleei para fora da cama e fui para meu quarto. Talvez um banho fizesse a ressaca dar uma trégua. Assim que terminei meu banho, vesti as mesmas roupas da noite passada, peguei meu celular e minha bolsa e desci. R e Char estavam sentadas comendo, e eu tentei não corar ao vê-las perto do balcão de mármore no centro da cozinha. Kyle estava no fogão fazendo algo que cheirava a panquecas. Ele sorriu assim que eu entrei e eu o cumprimentei com um beijo no rosto.

–Bom dia, bela adormecida.

–Oi, garotas. – Falei ao passar o mais longe possível do lugar onde tinha estado aos amassos com Damon na noite anterior para pegar uma tira de bacon do prato de Raven. Ela pareceu notar, por que estava tentando não rir. –Por favor, me digam que alguém fez café.

Eu mostrei o dedo do meio quando minha amiga começou a imitar duas pessoas se beijando e sussurrei um “Vai pro inferno”. Eu sabia que ela tentaria fazer piada com aquilo. Essa era a graça de Raven. Ela sempre fazia algo ruim se tornar engraçado, e eu tive que me controlar para não rir dela. Charlotte apenas nos encarava sem entender nada do que acontecia.

Kyle, de costas para nós e alheio a nossa conversa, apontou para a cafeteira. Eu estava me servindo de uma boa dose do café forte de Kyle quando Damon entrou na cozinha. Eu não precisei – não quis – me virar para saber que os passos que vinham da sala eram dele. Ninguém disse nada e o silencio na cozinha me pareceu estranho por um momento. Eu me virei para me sentar com as garotas e quase derrubei todo o café nele, que estava parado atrás de mim com um copo em mãos.

–Desculpe. – eu me afastei para dar espaço e também para escapar para o mais longe possível. Acho que ele notou, por que deu espaço para que eu passasse. Eu nem mesmo olhei em seus olhos, com medo de ver neles a mesma expressão que tinha visto ontem antes que ele subisse as escadas.

Sentei-me ao lado de Raven, que tentava mais do que nunca esconder o sorrisinho em seu rosto. Eu lhe dei um chute por baixo da mesa, e aquilo só a fez sorrir ainda mais. Charlotte estava tentando não nos encarar como se fossemos duas loucas, mas eu sabia que teria de responder as suas perguntas mais tarde. Kyle despejou panquecas, ovos mexidos e tiras de bacon em um prato e colocou a nossa frente, se sentando ao lado da irmã e deixando apenas dois lugares vazios à minha direita.

–Bom dia, crianças! – Enzo apareceu na cozinha e sorriu ao nos ver.

Aparentemente ele havia passado a noite fora. Havia olheiras em seus olhos, como se tivesse passado a noite toda em claro e se não o conhecesse há poucos dias, poderia jurar que tinha visto a marca de batom em seu pescoço. Ele pareceu bem animado quando estendeu sua jaqueta preta na cadeira ao meu lado e se sentou.

–Ei, você! – eu o cumprimentei quando ele beijou minha bochecha e sorriu para as meninas, todo folgado em sua cadeira.

–Bom saber que sobreviveu nessa cidade até agora, Kath.

Eu ri.

–Não deu tanto trabalho.

–Era você quem estava andando pela casa no meio da noite?- Kyle perguntou a Enzo, servindo um copo de suco para si mesmo.

–Eu acabei de chegar, cara. Não olhe para mim.

–Na verdade era Katherine. – Raven se intrometeu com um meio sorriso que a fazia parecer uma criança sapeca. – Ela teve um pesadelo.

–E que pesadelo. – eu sussurrei enquanto me servia.

Damon havia se sentado ao lado do amigo, mas eu tinha certeza de que ele havia me escutado. Eu pude perceber que ele também estava evitando olhar em minha direção e os outros – fora Raven, ainda com um sorriso disfarçado – estavam alheios ao clima estranho entre nós. O café da manhã foi silencioso e ninguém tentou puxar assunto. Raven e Kyle se cutucaram para decidir quem ficaria com a última fatia de bacon, e ninguém interferiu. E enquanto Raven sorria vitoriosa, mastigando a fatia que havia roubado eu percebi que não deveria estar ali. Tudo bem que R, Char e Kyle estavam ali, e talvez eu devesse estar ao lado deles, mas no final de tudo aquela era a casa de Damon. A casa do garoto que havia me odiado assim como eu o odiava. Do garoto que Stefan – meu sei lá o que – odiava, e consequentemente a casa do garoto que eu havia beijado na noite anterior.

Eu pensei em Jer; o garoto que vinha tentando me ajudar de todas as formas possíveis. Em Nadia, Bonnie e Matt que vinham me acolhendo do melhor possível, e até mesmo em Caroline, que de sua forma estranha havia me recebido como uma amiga, mesmo que agora tivesse raiva de mim. De repente eu senti como se estivesse traindo todos eles por estar ali – o que claramente era uma idiotice.

Talvez eu devesse ir para casa, me sentar à mesa com minha família. Mas assim que a imagem de Jenna apareceu em minha mente, eu já não tinha tanta vontade de estar lá. Talvez se eu ligasse para Jer...

Eu afastei meu prato e me levantei da mesa, fazendo todos olharem para mim. Eu os ignorei e caminhei até a sala, discando o numero de meu primo. Jer demorou a me atender, e eu imaginei se ele ainda estaria dormindo.

–Kath? – sua voz parecia aliviada. – Onde você está? Jenna me contou o que aconteceu. Disse que estava tudo bem já que você estava com as garotas, mas fiquei preocupado. Quer que eu vá te buscar?

–Não, não. Está tudo bem. – eu parei na frente da lareira e tive de forçar para que os lapsos de memória de minha conversa com Damon na noite anterior fossem embora. – Estou na casa dos Salvatore.

–Onde? Espera aí... Salvatore?

–É. Kyle e as garotas estão comigo.

Jer suspirou do outro lado da linha parecendo mais tranquilo.

–Jenna não está em casa, se foi por isso que ligou. Ela disse que tinha algumas coisas na loja para resolver.

–É sábado! O que diabos ela tem que fazer naquela droga de loja? – Eu sabia que estava falando um pouco alto demais, mas dentro de mim eu comecei a sentir a mesma raiva que havia sentido no bar durante a discussão com Jenna.

–Eu não sei, Kath. – ele disse com um tom condescendente. Só isso pareceu me irritar mais.

–É típico dela, não é? – eu desdenhei. –As coisas estavam bem. Por que ela continua estragando tudo?

–Talvez vocês devessem conversar. Se você puder entender os motivos dela...

–Esse é o problema, Jeremy. Eu entendo! Nada nunca foi suficiente para ela. Por isso ela e o papai brigavam tanto. Ela nunca parava em casa! O trabalho parece sempre mais importante para ela. Se Jenna odeia tanto fazer parte de uma família, por que não foi embora? Tenho certeza que isso a teria feito feliz.

–Não é assim, Kath. Você sabe que não.

–Eu já nem me lembro de como era antes. – sussurrei, se foi para mim ou para ele, eu já não sabia. – Acho que tudo era mais fácil antes de toda essa droga.

–Olha, por que não fazemos assim; você vem para casa e nós fazemos aquelas velhas maratonas de filmes de terror com bastante sorvete, pipoca e chocolate. Eu ia sair com Matt, mas posso cancelar. O sofá me parece bem aconchegante.

–Não, não. Tudo bem. Saia com Matt. Eu vou para casa tomar um banho, fazer tarefas e talvez passar o resto do dia enfiada em baixo dos cobertores.

–Tem certeza? Sabe que eu não me importo. Matt e eu podemos sair outro dia.

–Está tudo bem. Vá. Saia e beba, jogue videogames ou seja lá o que vocês garotos fazem num sábado.

–Certo. Mas se precisar de algo, qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, pode me ligar. Vou manter meu celular por perto.

–Obrigada, Jer.- Eu voltei para a cozinha e peguei minha bolsa. – Estou indo para casa. – Avisei.

–Quer que eu vá com você? – Raven já estava se preparando para levantar, mas eu acenei para que ela continuasse onde estava.

–Está tudo bem. Fiquei com Kyle e saia para algum lugar. Aposto que Enzo conhece as melhores baladas por aqui.

Enzo, ao ouvir isso, acenou alegremente com a boca cheia.

– Vou para casa fazer algumas coisas e morrer em minha cama até amanhã. – Eu lhe dei um beijo em sua bochecha e depois na de Char. – De qualquer forma, qualquer um é melhor companhia que eu hoje.

–Tem certeza? Eu não me importo. Podemos passar a tarde olhando para o teto ou seja lá o que quiser fazer.

Eu sorri. Raven às vezes era muito superprotetora e se preocupava demais, mas era parte dela e eu a amava por isso.

–Está tudo bem, R. Seu tempo aqui não vai passar tão rápido se depender de mim. Ainda tenho algumas semanas para te torturar.

Minha amiga riu e eu acenei para todos – sem me dar ao luxo de olhar na direção de Damon – antes de sair pela porta e entrar em meu carro.

[****]

A tarde passou rapidamente. Eu havia conseguido ocupar minha cabeça com qualquer coisa que bloqueasse a memória do beijo de Damon e o fato de que eu havia traído Stefan. Não era bem uma traição. Nós não havíamos especificado exatamente o tipo de relação que tínhamos então eu não via problema em um beijo. Mas a questão era que (A) eu duvidava que Stefan pensasse da mesma forma e (B) ainda mais quando se trava do Damon. Eu tecnicamente havia ficado seminua na frente do garoto que ele mais odiava e o mínimo que eu esperava dele era um surto. Passei quase todo tempo pensando em como eu iria esconder aquilo de Stefan, ainda mais se Damon resolvesse abrir o bico. Mas assim que a cena da cozinha se esgueirava para minha mente, eu aumentava mais ainda o som de meu MP3 e deixava a musica bloquear qualquer tipo de pensamento. E foi assim pelo resto do tempo em que eu me dediquei a cada mínima tarefa que eu poderia encontrar pela casa.

O sótão agora estava mais limpo e espaçoso, a garagem havia perdido o cheiro de poeira, mofo e óleo diesel. A casa parecia estar brilhando e assim que terminei, me concentrei na tarefa de arrumar algo para que Jer comesse quando chegasse. Quando dei por mim, a mesa estava coberta por dois bolos de laranja – os preferidos de meu primo – três tortas, um enorme pudim de chocolate e alguns pequenos pretzels que eu sabia que Charlotte amava. Eu estava colocando um rocambole de carne no forno para o jantar quando meus fones foram arrancados de meus ouvidos. Eu virei para trás, levando um susto ao ver Stefan parado atrás de mim.

–Hey, estranha. – ele sorriu com todo aquele ar de encantamento que carregava consigo.

–Stefan! Você me assustou.

Ele sorriu e me puxou para um beijo rápido.

–Você deveria tomar mais cuidado. A porta da frente estava destrancada. Alguém poderia entrar aqui e te matar com toda facilidade.

–Uau! Obrigada. Me sinto bem mais segura com você aqui.

Ele sorriu.

–Sério?

–Não. É melhor eu fechar a porta antes que mais algum adolescente intrometido entre.

–Ei! – ele gritou enquanto eu caminhava até a porta da frente para fechá-la. – Eu passava mais tempo nessa casa do que você. Sou praticamente da família.

Quando voltei, Stefan estava sentado em cima da mesa – que problemas esses garotos têm com as cadeiras? – mastigando meus pretzels.

–Teve um tempinho livre aqui hoje, não é? Estão ótimos, a propósito.

Eu dei de ombros. De repente todos os problemas com Damon Salvatore pareciam sem importância. Eu peguei um pouco de suco na geladeira e subi para o meu quarto, decidindo que ainda tinha tempo para o dever de casa. Stefan obviamente me seguiu e encostou a porta antes de se jogar na minha cama no espaço vazio ao meu lado enquanto eu espalhava meus materiais por ela.

–Você está quieta. – ele sussurrou após alguns minutos em silencio.

Eu olhei para o garoto ao meu lado, loiro e lindo e tentei me lembrar o que diabos eu tinha na cabeça quando beijei Damon. Stefan era gentil, carinhoso e altruísta. Tudo o que Damon não era. Eu adorava a forma como os olhos verdes dele pareciam brilhar enquanto ele sorria e adorava como seu cabelo era bagunçado de lado. Ele tinha sempre aquele mesmo cheiro de menta e camomila. Era reconfortante, como se eu o tivesse sentido a vida toda.

– Achei que estaria bravo comigo.

–Bravo?- ele se sentou atrás de mim e começou a massagear meus ombros. Eu fechei os olhos, deixando-me relaxar sob seu toque. - Por que eu estaria bravo com você?

–Além do fato de ter praticamente chamado sua irmã de vadia? Bem, eu tranquei sua amiga no vestiário masculino. Acho que são dois bons motivos.

–Rebekah não é minha amiga, e além do mais, ela merecia. Caroline também se descontrolou. Eu nem ao menos saberia sobre toda a história do beijo se não fosse por você. Ela anda fechada ultimamente.

Eu segurei as duas mãos dele, fazendo-o parar.

–Pare de tentar achar desculpas para o que eu faço, Stefan. Eu não tranquei Rebekah no vestiário porque ela merecia. Eu quis fazer aquilo.

–Bem, se ela fizesse aquilo comigo eu também iria querer.

Eu suspirei e o puxei, fazendo com que ele se sentasse ao meu lado novamente. Eu olhei nos olhos de Stefan e tudo o que eu vi foi... bem, confiança. Acho que ele confiava em mim. Um grande erro de sua parte.

–Você ao menos parou para pensar nas coisas que aconteceram nas ultimas semanas? Você viu quem eu sou, Stef. Rebekah fez questão de mostrar isso a todos. Viu do que eu sou capaz de fazer para as pessoas que me irritam e mesmo assim continua me defendendo sem nem se questionar.

–Eu não preciso questionar nada, Kath. – ele sorriu. – Eu sei que aquela não é mais você.

–Você não pode ter tanta certeza. Não sabe quem eu sou.

–Talvez. Talvez não.

Ele me beijou como se já tivéssemos encerrado aquele assunto. Mas eu sabia que não . Eu queria saber que tipo de pessoa Stefan via ao olhar para mim. Eu não sabia exatamente, mas tinha certeza de que não era a pessoa que eu realmente era. Eu queria dizer a ele que ele estava errado. Queria dizer que talvez o fato de a irmã estar tão fechada com ele fosse porque eu havia estragado as coisas entre eles. Queria lhe dizer que eu não era digna de seu afeto. E eu o teria feito. Mas estão, quando os lábios dele tocaram meu pescoço, qualquer fio de atenção que o assunto requeresse, foi desviado para a sensação de seu toque.

Stefan empurrou meus livros, que foram caindo no chão com um baque enquanto ele segurava minha cintura e me deitava sobre os lençóis, seu corpo em cima do meu. Eu achava que sabia a sensação que seus beijos provocavam em mim, até que ele foi descendo por meu corpo, deixando um rastro de beijos ate o vale dos meus seios. Eu o puxei para mim, querendo mais de seus lábios nos meus e invadindo sua boca. Eu queria intensificar o beijo, grudar cada parte de nossos corpos, mas ele não tinha pressa. Apenas me beijava com toda a calma e eu o senti sorrindo como se notasse minha frustração.

–Stefan... –eu lamentei, quando ele mordeu minha orelha e apertou minha coxa direita. Ele estava me provocando. Eu queria mata-lo por isso.

Sem mais paciência para aguentar seus joguinhos, eu grudei meus braços ao redor de seu pescoço e nos rolei na cama, ficando por cima. Stefan soltou uma risada baixa, que foi rapidamente interrompida quando eu arranquei minha camiseta fora. Ele ficou sério, me observando como que pela primeira vez e eu poderia jurar que ouvi uma espécie de grunhido vindo de seu peito. Eu me apressei a tirar sua regata, sem sequer pedir sua opinião. Como se estivesse sem escolha, ele ergueu os braços e se deixou ser guiado.

Eu fiquei sentada sobre seu colo, sorrindo enquanto soltava meu cabelo, mordendo meu lábio inferior e descia, lentamente, minha mão esquerda do pescoço ao cós de minha calça. Stefan me encarava como uma pessoa faminta vendo um enorme cheeseburguer em sua frente.

–Quem esta brincando agora? – eu sussurrei. Ele se mexeu, tentando se sentar, mas eu o segurei pelos ombros deitado na cama e me curvei perto de seu ouvido. – Quietinho.

Quando eu me levantei, ajoelhada sobre seu corpo, e desabotoei minha calça, ele segurou minha mão, antes que eu começasse a tirá-la.

–Tem certeza disso? – ele perguntou com a voz rouca, mas eu sabia que ele estava louco para arrancar minhas roupas ele mesmo.

Eu sorri.

–Estou totalmente sóbria, não estou?

Como se tivesse ouvido exatamente o que queria, ele se jogou sobre mim e se colocou por cima novamente, os dois com a cabeça aos pés da cama. Eu ri quando ele se apressou a tirar meu jeans e o jogou do outro lado do quarto. Era como uma criança pequena abrindo quase em desespero seu presente de Natal.

E naquele momento, eu estava feliz em ser desembrulhada.


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Notas finais do capítulo

Bem galera, eu sei que alguns de vcs esperavam uma cena mais... completa. Mas digamos q eu seja terrível escrevendo hots. Acreditem, não foi por falta de tentativa. huaehua

Então gente, faremos assim; eu vou deixar meu Snap e Twitter para vcs aki. Acho que assim ficará mais fácil para vcs saberem quando os próximos capítulos sairão ou tirarem qualquer dúvida que tiverem, okay?
Kisses!

Snap : lai_gonzaga
Twitter : @LaiFerreira2



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