A New Place To Start escrita por WhateverDhampir


Capítulo 19
Capítulo 16 – Segredos que não se pode guardar para sempre.


Notas iniciais do capítulo

Lai :::: Eu de novo!! Eu sei, gente. Devia ter postado ontem, mas minha imaginação simplesmente desapareceu. Com um pouquinho de vontade e algumas musicas da banda Halestorm no volume máximo eu consegui uma ajudinha.
Bem gente, novidade p vcs. Essa coisa fofa da Walker e eu decidimos no unir já que eu estava realmente precisando de alguma ajuda com ANPTS e acabamos com mais uma fic a caminho. Eu totalmente amo as histórias dessa lindada Rafa e decidi que ela seria perfeita para me dar uma iluminada.
Para os fãs, a fic será baseada em SPN ( S2 ) e ainda não tem data de lançamento. Os últimos ajustes estão sendo feitos, e garanto para vocês que ideias saindo de nossas cabeças é o que não falta. Pra quem estiver curioso sobre a personagem principal, ela está na minha foto de perfil pq eu simplesmente amei a foto . haueaueaueae
Aproveitem o capítulo. Bjs!

Rafa :::: Oi gente, queria dizer que estou muito feliz de está nessa fic maravilhosa com a Lai, e que é uma honra poder escrever para vocês. É que estou muito empolgada com a fic que vamos escrever de Supernatural, eu espero do fundo do meu coração que vocês gostem.
Beijos, Rafaela.



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Quando voltamos para casa, na segunda à tarde, todos já estavam cansados e loucos para voltarem a suas casas. O ônibus estava abafado e a alegria da viajem de ida já havia desaparecida. Jeremy e Bonnie, sentados dois acentos à frente, conversavam baixinho e casualmente soltavam algum risadinha. Nadia e Matt estavam abraçados um pouco atrás, enquanto minha amiga descansava a cabeça no ombro do namorado, e Caroline e Klaus estavam sentados ao nosso lado, ambos com fones de ouvido. Às vezes eu notava a forma como Klaus era distante em alguns momentos com Care, mas minha amiga, com um sorriso forçado como se ela mesma tentasse acreditar no que falava me dizia que era apenas o jeito dele. Para o bem de Care, eu esperava que sim. Apesar de ser um cara legal eu não sabia se ele poderia ou não machuca-la.

Stefan, ao meu lado olhando pela janela, estava calado e distante desde sábado quando aquele glorioso acidente me fez rolar para o buraco. De alguma forma eu sabia o motivo. Ele estava com raiva desde que eu havia defendido Damon na frente de nossos amigos. Mas eu não pedi desculpas. Stefan superaria aquilo em breve.

Eu não sabia exatamente por que o tinha defendido. Para começar, era de Damon Salvatore que estávamos falando. O garoto era um pé o saco e definitivamente sabia se cuidar. Mas ele havia me resgatado do buraco naquela árvore e me levado a minha cabana para cuidar de mim. Eu não pude ignorar que, nos termos de Damon, aquilo era o primeiro sinal de humanidade que a besta destruidora tinha mostrado. E eu gostei. Foi bom vê-lo de guarda baixa pelo menos por alguns instantes e descobrir pelo menos uma pequena peça do quebra cabeça que ele era. E no momento em que ele tirou minha blusa, minha respiração congelou. Ele só estava cuidando do curativo, e daí? O problema foi quando sua mão se encontrou com a pele nua de minha barriga. Foi como se todos os nervos de meu corpo resolvessem dar sinais de vida de uma vez, e quando finalmente soltei o ar era como se não conseguisse respirar rápido o suficiente. Eu notei seus olhos em minha boca por alguns segundos, e como se eu tivesse perdido o juízo, tudo o que eu conseguia ver eram o dele, carnudos e tão perto... Quando a constatação do fato de que eu queria beija-lo finalmente me atingiu, eu percebi o quanto aquilo era loucura. Damon era louco. Alem de selvagem, teimoso, insubordinado e completamente irritante. Eu deveria ficar o mais longe possível dele.

E assim que notei Damon no fundo do ônibus, se agarrando com uma morena de uma forma um tanto... indiscreta, notei o quanto eu tinha sido idiota. Damon Salvatore era um babaca. Isso nunca mudaria.

****

Quando apareci na escola no dia seguinte, vestindo o vestido mais discreto e calçando o sapato com o menor salto que pude encontrar, Matt, agarrado a namorada no meio de meus amigos, começou a rir assim que cheguei perto. Nadia e eu o encaramos sem entender, mas eu podia notar os outros com um sorriso disfarçado.

–Você levou um baita tombo, Kath. – Ele disse quando conseguiu se controlar. – Pessoas normais não usam saltos quando estão com o tornozelo machucado.

Eu revirei os olhos, lembrando da bronca que tinha levado tanto de Jer, como de minha mãe quando desci as escadas. O que eu poderia fazer? Usar o tênis que havia pego emprestado de Nadia na noite da fogueira não era exatamente uma opção. Nada contra, ele até era bontinho... Mas Katherine Pierce não era uma garota que andava sem salto.

Nós entramos pelo corredor, cada um tomando o caminho diferente para suas salas e horários de aula. Jeremy, que também teria aula de literatura comigo, me abraçou, passando o braço direito por cima de meus ombros como sempre fazia. Ele se sentou ao meu lado um pouco atrás na sala e assim que todos estavam em seus lugares, a professora entrou. Se tratava de uma senhora de meia idade com cabelos castanhos e mal cuidados. Ela sempre usava a mesma saia bege que ia ate os joelhos e me fazia imaginar se havia outra peça em seu guarda roupa. Sra. Jones não estava exatamente entre os professores mais chatos de Mystic Falls, mas também não era uma bruxa como muitos descreviam. Uma prova disso foi ter deixado Damon entrar quando ele chegou quase sete minutos atrasados.

–Sr. Salvatore, a aula já começou. – Ela o repreendeu com os pequenos olhos enrugados e sua voz aguda.

– É. –Ele deu de ombros sem nem mesmo lhe olhar. - Eu meio que notei.

Sentado em seu lugar, Damon se jogo e espalhou os materiais sobre a mesa, deixando claro que não dava a mínima. Sra. Jones o encarou com certa antipatia, mas ficou calada. Ela sabia escolher suas batalhas. Mesmo que fosse contra um adolescente mimado, egoísta e mal criado.

– Muito bem. – Ela chamou a atenção de todos, sem deixar que a atitude do garoto interferisse em sua aula. – Como estávamos falando na aula passada, alguns escritores tem uma forma de descrever cenas com tanta intensidade que são capazes de fazer com que os leitores tenham uma visão clara da cena. Pode ser qualquer coisa. Um beijo, o sabor de uma comida, a sensação da grama sob os pés...

–Do sexo.- Algum engraçadinho atrás de mim gritou, provocando algumas risadas na sala.

–Isso mesmo, Sr. Larkin. – Ela continuou sem se deixar abalar pela infantilidade. – Alguém poderia me descrever uma cena, por exemplo? Srt. Pierce?

Eu, que até alguns segundos atrás rabiscava fervorosamente a ultima folha de meu caderno, me vi obrigada a levantar meus olhos para ela somente para ter certeza de que era comigo mesmo que ela estava falando. Droga, eu odiava responder as perguntas dos professores!

–O que? – Eu pisquei, tentando me fazer de desentendida para que ela me liberasse daquela.

Não deu muito certo.

– Quero que feche seus olhos e imagine uma cena, qualquer cena. Quando estiver pronta, quero que a descreva para nós.

Eu olhei para Jeremy, tentando desesperadamente controlar a risada ao meu lado, e lhe lancei meu melhor olhar de “cale a boca, ou juro que te castro”. Eu o vi rir mais um pouco e, com um suspiro e olhos da professora e de alguns alunos sobre mim, me vi obrigada a fechar meus olhos.

A principio, quando tudo que eu via era um total branco,pensei em lhe descrever qualquer cena apenas para acabar logo com aquilo. Mas quando todos fizeram silencio e tudo que eu ouvia era o som de minha respiração, minha mente começou a tomar seu próprio rumo e desenhar uma paisagem em minha cabeça.

– Eu vejo... – Eu inspirei, sentindo que podia flutuar. – Eu vejo o mar.

–O que mais? – a professora me incentivou.

–Estou na beira de um penhasco. Bem na beirada. – Minha respiração estava entrecortada. – Posso sentir os cascalhos sob meus pés e o vento... Venta forte aqui. Tem gaivotas e eu posso sentir o cheiro...

Me calei. Naqueles poucos segundos, uma espécie de arrepio percorreu minha pele quando notei que era quase como se eu pudesse realmente sentir. O vento gelado, soprando contra mim e me impedindo de cair da beirada do penhasco, o cheiro forte que vinha do mar e o que me cercava. Era como se eu estivesse realmente ali, de braços abertos e deixando o vento me segurar em seus braços. As ondas batiam com força contra as rochas lá em baixo, e o barulho da água era relaxante.

– Cheiro do que, Katherine? – Sr. Jones perguntou.

– A água salgada do mar, eu... Sinto o cheiro da chuva e de terra molhada. As arvores atrás de mim estão chacoalhando e o céu esta carregado de nuvens escuras...

– Muito bem, Katherine. Acho que isso é tudo.

Quando finalmente abri os olhos, meus lábios estavam secos e minha respiração acelerada. Era como se tivesse acabado de correr uma maratona.

–Será que pode me dizer por que escolheu essa paisagem? – Ela sorriu, o que estranhei por ser um gesto bem raro de sua parte. – Por que exatamente essa?

– Eu não... Não sei. – Esfreguei meus braços, tentando me livrar de toda aquela intensidade da visão. – Acho que foi a liberdade. O vento, o penhasco... É como voar.

–Um céu lotado de nuvem pesadas significa liberdade para você?

–Acho que de certa forma, sim.

Sr. Jones se deu por satisfeita e continuou com a aula, explicado sobre escritores que passavam toda aquela intensidade para o papel e todo o resto. A verdade era que eu já não consegui prestar mais atenção na aula. Eu ainda estava surpresa com a força de tudo aquilo que eu tinha imaginado e depois de um tempo me peguei sorrindo comigo mesma. Foi só quando levantei minha cabeça, eu notei o olhar de Damon sobre mim, algumas carteiras mais a esquerda. Ele me fitou com aqueles seus profundos olhos azuis e intensos como se tentasse me desvendar. Eu não sei por que, mas de alguma forma me peguei corando sob seus olhos e, assim que percebeu, Damon desviou os olhar.

Droga!

[...]

*POV Jeremy*

Estávamos no ultimo tempo e eu mal poderia esperar para chegar em casa. O dia havia sido puxado depois de duas provas e de algum forma eu sentia falta de uma maratona de filme com meus pais e minha prima. Ao meu lado, Bonnie reclamava sobre as questões das provas como se eu mesmo já não soubesse o quanto eu estava ferrado em química.

–Eu posso te ajudar. Se você quiser, claro.- As bochechas de Bonnie coraram, e como das outras vezes, eu tive vontade de beijar as maçãs de seu rosto, mas me contive. Bonnie era somente minha amiga, pensei. Somente isso.

– Claro! – Eu me calei ao notar que meu tom tinha saído mais animado do que eu pretendia. Fiquei com medo de que estivesse parecendo um idiota apaixonado. – Quer dizer, seria bom.

Ela assentiu e baixou a cabeça, como se estivesse envergonhada. Droga, por que ela tinha de ser tão malditamente linda?

Foi mais ou menos quando desviei meu olhar de seu rosto, que meus olhos se recaíram sobre algo que me fez congelar. Havia fotos do tamanho de cartazes ao longo do corredor. Fotos de uma garota bêbada e algumas bem pesadas. Foi só quando olhei duas vezes que notei que as fotos eram todas de Katherine. Eu sabia sobre tudo. Sobre cada coisinha que ela havia feito em NY, mesmo que eu tivesse jurado a mim mesmo nunca contar aos pais de Kath. Mas ver aquelas fotos, fotos de coisas sobre ela que eu nunca pensei que veria, foi como um soco no estomago.

Bonnie pareceu notar minha mudança de atitude, pois assim que levantou a cabeça, sua boca se abriu em um perfeito ‘O’. Mas eu não me importei com isso. Tinha algo que martelava em minha cabeça. Todos no corredor encaravam com horror as imagens. Agora eles sabiam, e, droga, aquilo não era bom.

Quando eu estava prestes a correr em direção a sala de Kath e tira-la daquele colégio o mais rápido possível, eu a vi. Ela estava parada na porta do laboratório de biologia com uma expressão completamente assustada. Seus materiais caíram de suas mãos e com o baque, todos olharam em sua direção. Droga, droga, droga!! Aquilo não era nada bom. Eu me permiti suspirar de alivio quando ela saiu de sua posição petrificada e se moveu pelo corredor. Ela estava caindo fora, pensei, e estava prestes a segui-la quando notei que ela não estava se dirigindo a saída. Katherine avançava furiosamente em direção a Rebekah Mikaelson.

–Você. – A voz de uma Katherine completamente fula da vida ecoou pelo corredor.

Droga, pensei. Isso não vai acabar nada bem.

–Olha só! – A voz de Rebekah pesava sarcasmo enquanto a vadia ria. – Vossa alteza nos abençoou com sua presença. A que devo a honra?

Katherine, praticamente irradiando tensão, avançou em direção a loira. Tyler, parado ao lado de Rebekah, tentou se colocar no meio para impedir o avanço de minha prima, mas Rebekah o conteve. Eu sabia que ela estava tentando bancar a corajosa, assim como sabia que se sentiria uma estúpida ao descobrir que não se brincava com Kath. Imediatamente eu corri em sua direção e a segurei pela cintura, impedindo que ela cometesse uma burrada. Katherine tentou lutar contra mim, mas não era tão forte. Rebekah continuava rindo ao lado do Tyler e por um momento eu quase fiquei tentado a jogar a garota furiosa em meus braços para cima dela.

–Onde você conseguiu isso?! – Kath praticamente gritou.

O silencio no corredor de repente pareceu pesar. Os barulhos de saltos entregaram Caroline, que veio correndo em direção ao tumulto seguida por Stefan. A loira tinha uma expressão zangada quando impediu que o irmão prosseguisse até Kath. Ela não estava com raiva de Rebekah, eu sabia. Ela estava com raiva de Katherine, e então pensei que minha prima teria de se explicar depois que a confusão acabasse. Não que ela estivesse muito preocupada com a aparição dos irmãos Forbes. Ela estava dedicada à missão de arrancar a cabeça da loira arrogante em nossa frente.

–Ora, Pierce. – Rebekah riu. – Achei que você soubesse o quanto seus antigos amigos lhe amavam. Eles ficaram bem felizes em me contar um pouquinho sobre você.

Amigos. As pessoas que haviam delatado Katherine, definitivamente não eram seus amigos, e a raiva me atingiu com força. Assim que eu não estivesse ocupado segurando um tigre selvagem, ficaria feliz em conversar pessoalmente com a Mikaelson arrogante.

– Vamos, Kath. Eu só queria satisfazer a curiosidade dos outros alunos sobre você. Não é como se seus amiguinhos não soubessem sobre a pequena, triste e revoltada órfã, não é? Você já teve tempo suficiente para contar a todos eles sobre seu falecido pai.

Prendi minha respiração e imediatamente senti Katherine fazer o mesmo. Droga, aquilo não era nada bom, e eu sabia. Ela havia jogado no ventilador o que Katherine tinha se recusado a contar aos nossos amigos desde que chegara, e os olhos de Caroline se arregalaram. Mas ela não era a única. Eu tinha noção da presença de Bonnie, Matt e Nadia parados ao nosso lado, e a reação deles não fora muito diferente da de Care. Rebekah a estava expondo para todos ali no corredor. Eu só queria saber o porquê.

–Oh! – Com falsa surpresa no olhar, ela fitou cada um dos nossos amigos ali e então voltou seu olhar para Katherine. – Você não contou a eles, não é?

Uma espécie de rosnado irritado escapou do peito de Kath e eu a segurei mais forte para que ela não voasse em cima da outra.

–Calada, Rebekah! – Stefan saiu de perto da irmã e se colocou em nossa frente, pronto para desafiar a Mikaelson. Aquilo a fez vacilar por um instante e encarar Stefan como se tivesse sido insultada.

–Você não vê, Stefan? – Ela perguntou com uma voz de vitima que meu deu nojo. – Ela esta tentando colocar você contra mim. Olhe para tudo o que sua namoradinha fez. – Ela gesticulou ao redor. – Como pode ainda olhar para ela?

Stefan desviou os olhos para minha prima, cheio de preocupação. Eu não podia ver o rosto dela, mas sabia que ela estava chorando.

– Você sabia? – Caroline olhou para o irmão com indignação. – Você sabia de tudo sobre ela, Stefan, e escondeu de mim esse tempo todo...

Sua voz direcionada a Kath foi com pedras sendo jogadas em sua direção, eu percebi ao vê-la se encolher em meus braços. Droga, como eu queria poupa-la daquilo! Era isso que tio Logan iria querer.

–Caroline, você não sabe de tudo. Você não a conhece como...

– É. – Eu vi em seus olhos a traição. Ela se sentia traída por seu irmão, e eu não precisei ver seus olhos se encherem de lagrima para saber. – Eu obviamente não a conheço. Nesse exato momento nem sei se o conheço...

Como se já estivesse farta de olhar para o irmão, ela virou as costas e saiu. Eu vi Stefan hesitar, como se não soubesse se ia atrás da irmã, ou se ajudava Kath. Mas ele ficou, e eu lhe agradeci mentalmente por isso.

– Você está vendo? – Rebekah apontou para o lugar onde Caroline havia estado e então para Katherine. – É isso o que ela faz! Ela vai brincar com vocês como fez com as pessoas de sua antiga escola. Você acha que a conhece? Ela é uma víbora. Não gosta de você, Stefan. Ela nunca gostou.

Então era disso que aquilo tudo se tratava? Uma vingança boba por que Stefan simplesmente tinha escolhido Kath ao invés dela. Cara, eu tinha nojo de Rebekah. Se tinha alguma víbora ali, esse alguém era ela. Eu estava pronto para abrir a boca e lhe falar algumas verdades quando minha prima puxou seus braços, se soltando de mim. Eu me desesperei para segurá-la novamente antes que ela se jogasse contra Rebekah, mas não foi o que ela fez. Katherine apenas ficou parada onde estava, fitando a garota com puro ódio.

–Droga, como você hipócrita, garota. – Sua voz soou rouca e de uma forma que eu nunca havia visto antes. Agora ela estava realmente irritada. – Você não passa de uma vadiazinha mimada. Viu seu brinquedinho ser roubado e surtou.

Os olhos de Rebekah se iluminaram de raiva. Kath, por outro lado estava sorrindo. Não o tipo de sorriso que eu gostava de ver eu seu rosto. Era mais do tipo que eu costumava ver antes, e eu não gostei daquilo. Qualquer um que não a conhecesse, poderia deduzir que ela era exatamente o que a loira estava tentando mostrar aos outros. Selvagem, uma garota que não se importava com que machucava. Se contenha, pensei, rezando para que ela o fizesse. Mas eu a conhecia bem. Aquele era seu modo de se defender.

– Por que tem tanto medo de mim, Rebekah? Por que ter todo esse trabalho para me fazer mal? Será que percebeu o quão fracassada é para que Stefan sequer olhe para você? Ou esse é simplesmente seu lado carente por atenção? É de se entender – Kath deu de ombros e a olhou com os olhos cheios de uma compaixão falsa. -, afinal eu posso ter perdido meu pai. Mas eu me pergunto como uma pessoa que perdeu ambos e o irmão mais novo pode dormir de noite.

Dessa vez quem precisou ser contida foi Rebekah. Damon saiu de algum lugar no meio dos alunos e agarrou os braços da garota quando ela deu um passo a frente. Katherine nem ao menos piscou.

– Pelo menos eu não fugi como uma covarde do carro! – Rebekah gritou.

Stefan se virou para Kath como se tentasse entender o que estava acontecendo. Como diabos ela sabia daquilo?

–Oh, certo. – Rebekah, sendo ainda segurada pelos barcos do Salvatore, riu.- Ela não te contou isso também, certo? Me surpreenderia se algo do que ela te disse tivesse sido verdade. Sabe o que me contaram Stefan? Sua garotinha nunca teve pena de ninguém. Ela zombava dos mais fracos. Zombava até mesmo dos órfãos, órfãos como você. Uma grande ironia, não é? Mas sabe o que me intriga? Ela saiu do carro apenas alguns minutos antes de o acidente acontecesse. O que garante que tenha sido só uma coincidência?

Kath deu mais um passo e eu segurei seu braço.

– Cale a boca, Rebekah, ou eu juro que...

– O quê? Vai e matar? Assim como fez com seu pai? Como fez com a garota naquela piscina?

–Eu lhe garanto, garota. A morte deles vai ser rápida e fácil comparada à...

–Kath! – Eu puxei minha prima e sussurrei em seu ouvido. – Já chega. Não diga mais nada, ou todos vão saber. Vamos embora daqui.

Ela olhou em meus olhos, pronta para discutir. Mas eu estava implorando. Eu não podia deixar que algo acontecesse com ela, e se Kath continuasse a falar, daria tudo para que os outros a acusassem depois. Acho que ela notou meu desespero, por que sem dizer mais nada e com minha mão ainda segurando seu braço, ela me seguiu para fora dali sem olhar para trás ou ligar para os gritos de Rebekah enquanto a chamava de covarde.


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Notas finais do capítulo

Lai::: É, gente... Rebekah realmente não estava brincando. É nesse momento que algumas pessoas realmente percebem que não deveriam ter mexido com Katherine Pierce. Os segredos e brigas estão só começando.
Até a próxima, pessoal! Kisses!



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