A New Place To Start escrita por WhateverDhampir


Capítulo 18
Capítulo bônus – A Fogueira


Notas iniciais do capítulo

Ai mds...Eu quero chorar. Gente, vcs sumiram. Por favor, me digam que não me abandonaram.
Só pq sou muito boazinha, estou aqui, as 02:00 da manhã postando um capítulo bônus para a felicidade de vcs. No próximo capítulo a treta vai rolar solta e as coisas vão mudar... Preparados?
Enjoy, guys! Vejo vocês depois s2



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POV Damon

Antes, eu tinha duas escolhas; ignorar Katherine Pierce e seguir com minha vida, ou dedicar meu tempo descobrindo o que ela escondia.

Mas primeiro; Ignorá-la significava ignorar sua insistente capacidade de me irritar enquanto ela estivesse no mesmo ambiente e ignorar a vozinha em minha cabeça que insistia em me sussurrar, dizendo que havia algo errado com aquela garota e todo o segredo que a rodeava. Bem, eu definitivamente não era capaz de fazer aquilo mesmo que quisesse. Segundo; eu poderia – e queria – saber quem era de verdade aquela garota. O que a tinha feito vir para Mystic Falls com todo aquele papo de recomeço e o que a fazia tão diferente das outras garotas – algo que me enlouquecia e de alguma forma me atraia. Katherine era como uma quebra cabeça de mil peças. Eu estava avido para saber mais sobre ela e cada vez que estava perto de tentar entende-la, ela me mostrava que eu estava muito de longe de o fazê-lo. Mas de novo eu tinha aquele pequeno surto de consciência – o que era algo novo e difícil de entender para mim – que me dizia que a vida dela não era da minha conta e que eu deveria deixar de ser desconfiado.

Mas todo aquele mistério era sufocante. Era como ver a criatura mais bela e não fazer a mínima ideia de como chama-la ou de onde havia vindo. Parte de mim, admiti, tinha medo de descobrir. Não por ser algo ruim – coisas ruins mudam as pessoas e eu já tinha presenciado isso de perto -, mas talvez porque eu tinha medo de descobrir que Katherine não fosse a garota santa que os amigo acreditavam.

Era assim como eu a via, percebi. Ela era perfeita de todas as formas que eu nunca havia visto, embora cada parte de mim fervesse de raiva cada vez que ela me desafiasse. Eu nunca tinha visto alguém me desafiar daquela forma. Eu era o garoto que tinha tudo, aquele para o qual alguns dos outros alunos baixavam a cabeça e não discutiam. Mas então ela chegou; sentada ao meu lado no ônibus, lendo e me fazendo notar sua presença sem o menor movimento antes mesmo de me cutucar para que eu baixasse o volume de meus fones quando tudo que eu queria era não senti-la. Ela espalhava seu perfume por onde andava e eu nunca havia sentido melhor cheiro em minha vida. Quando erguia sua cabeça e me encarava como se eu fosse outro aluno qualquer, eu via seus olhos brilharem como se a fúria e toda a força dentro dela quisessem trasbordar e molda-la como a criatura mais forte que eu já tinha visto. Era isso o que mais me assustava e ao mesmo tempo me fazia sentir mais livre. Ela me via como outro aluno qualquer. Ninguém nunca havia me olhado da forma como ela olhava.

Perfeita.

Mas perigosa em suas próprias maneiras. Era tudo que eu via.

E tudo isso dentro de mim era o que eu evitava e trancava no mais profundo e escondido canto de minha mente. Eu me negava a ser pego no charme que a cercava e convencido de que ela era apenas mais uma doce garota. E foi o desejo ardente de convencer, não só meu melhor amigo, mas como todos os amiguinhos bastardos de Katherine de que ela não era doce que me fez aceitar a proposta de Rebekah.

De algum jeito a loira me arrastou para a mesa na cozinha de sua cabana e me empurrou seu laptop. Todos estariam na fogueira uma hora daquelas e Rebekah tinha novidades.

–Não vamos mais precisar dos arquivos dela. – Ela sorriu e apoiou o rosto nas mãos. – Katherine não era muito amada em Nova York por algumas pessoas e, quando fiz algumas ligações essa tarde, alguns ficaram muito felizes em falar comigo. Eles me enviaram algumas fotos da nossa querida Pierce em toda sua gloria. As coisas todas sobre ela se espalharam pela escola como um verdadeiro incêndio. Ela não era um verdadeiro exemplo?

Eu passava as imagens e a cada clique era como um tapa em minha face. Era Katherine nas fotos, definitivamente. Mas nem mesmo todas as coisas que Rebekah havia aprontado, chegava aos pés daquilo. Eram imagens de Katherine em festas, totalmente bêbada e, em algumas, quase nua. Katherine em rodinhas de alunos enquanto batiam em outros alunos, jogados no chão e sangrando, e em alguns casos, completamente chapada, fumando e cercada de garrafas de cerveja e drogas. Eu via aquilo, mas de alguma forma meu cérebro se recusava a processar as informações. Eu me recontei na cadeira, sem saber o que dizer ou fazer, mudo.

–Assustador, não é? –Rebekah riu e fechou a tela do computador. – Eu também não esperava por isso. Parece que a garotinha do papai não era nem de perto uma santa. Ela foi presa algumas vezes, mas nunca ficava mais de dois dias sob custodia. Alguns alunos tinham medo dela e da turminha dela, então nunca abriam o bico. Os pais tinham muita grana e aparentemente eram cegos pelo jeitinho de anjo que ela tinha perto deles. Mas é ai que a coisa fica mais interessante.

– Tem mais? – Em perguntei, quase não conseguindo acreditar. De onde aquela garota tinha saído. De onde Rebekah havia tirado tantas informações?

– E como tem. – Rebekah riu. – Parece que nossa doce Pierce foi acusada de assassinato pela mãe de um dos alunos. Encontraram o corpo de uma garota na piscina do colégio. Nunca tiveram provas e os adultos que a cercavam juravam que Katherine era uma boa aluna e nunca faria algo como aquilo. Mas a mãe da garota parecia ter muita certeza quando disse que a Pierce tinha matado a filha.

Quando saí da cabana de Rebekah alguns minutos depois, eu estava atordoado e sem fala. Eu simplesmente não conseguia imaginar Katherine fazendo todas aquelas coisas. Ela definitivamente tinha algo que me intrigava, mas de forma alguma eu esperava por tudo aquilo. Todas aquelas fotos haviam sido praticamente esfregadas em minha cara, mas eu não conseguia acreditar. Katherine era pior do que eu imaginava, pior do que eu algum dia fora – e isso já era algo grande.

Eu decidi aparecer na fogueira. Katherine deveria estar em sua cabana se recuperando do tombo e eu sabia que não conseguiria dormir mesmo que tentasse. Os lapsos de imagens de uma Katherine violenta e perdida davam pontadas em minha cabeça, me mostrando a verdade que eu tanto vinha querendo. A questão era que se eu soubesse que essa seria minha resposta, desejaria nunca ter cogitado a ideai de conhecer Katherine. Eu só conseguia pensar em uma coisa; o quanto todos estavam errados sobre quem ela realmente era.

Praticamente todos estavam em volta da enorme fogueira na parte mais baixa do acampamento. Mesas e trocos tinham sido espalhados por todos os lados e havia alunos sentados em volta das toras grandes em chamas ou outros mais ao longe, se agarrando em meio as árvore.

Niklaus estava sentado ao lado de Caroline em um dos troncos mais afastados conversando com alguém que não pude ver, pois a fogueira bloqueava minha visão. Eles riam e quando Klaus me viu, acenou para que eu me aproximasse. Light It Up do OneRepublic tocava alto vindo de alguns dos alto falantes e havia conversas e risadas por todo lado enquanto eu caminhava ate meu amigo. O problema foi que assim que reconhecia terceira pessoa sentada ao lado de Klaus, eu congelei. Katherine, ao contraio do que eu tinha pensado, estava ali, vestindo um casaco, calça e uma toca para se proteger do frio. Seu pé, aquele que ela tinha torcido jazia sobre um pequeno banquinho, ainda enfaixado enquanto o pé bom calçava um tênis.

Eu queria dar meia volta e cair fora dali. Não estava pronto para lidar com Katherine enquanto tudo sobre ela ainda latejava dentro de minha cabeça. Mas já era tarde. Klaus já havia me visto e se eu sumisse assim, ele com certeza faria perguntas. Então, apenas forcei meus pés a continuarem o caminho.

I took a trip to wonderland,

Gonna get you nowhere by a mile – Ouvi Klaus cantar com um certo tom de divertimento em sua voz.

–Há, há ! –Katherine fingiu uma risada, tentando parecer ofendida. – Muito engraçado, Klaus.

O susto já havia passado, e eles claramente já estavam com humor para brincar com o acidente de Katherine.

Ela levantou a cabeça quando me viu e sorriu de leve. Se fosse antes, eu poderia entrar na brincadeira, sabendo que pela primeira vez Katherine responderia com humor. Mas naquela noite, olhando em seus olhos, eu só podia pensar nas fotos que Rebekah tinha me mostrado, então eu apenas a ignorei e voltei me olhar para meu melhor amigo.

Vai matar meu amigo, como matou aquela garota?, eu pensei quase inconscientemente.

–Hey,cara! – Klaus me cumprimentou com nosso aperto de mãos. – Onde você estava?

–Fui falar com Rebekah. – Dei de ombros. Eu sempre tentava ser o mais sincero possível com Klaus desde que era pequeno. Mentir para o cara era quase impossível quando ele me conhecia tão bem.

–Estavam falando sobre o que? Maquiagem?

Soquei o braço do meu amigo quando ele começou a rir, fazendo-o soltar um ‘Ai!’ e procurei uma desculpa para cair fora dali. Não conseguia encarar Katherine, muito menos me sentar ao lado dela.

–Vou dar uma volta por ai, ver se encontro alguma bebida.

– Boa sorte. Tanner encontrou as garrafas do Kai. O cara tá encrencado.

Eu dei de ombros e cai fora dali o mais rápido possível. O melhor a se fazer naquele momento era procurar alguma garota e enterrar minha cabeça em algo que não fosse o passado de Katherine.


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Notas finais do capítulo

OMG...Kath não era nem de perto a santa que todos pensavam, não é?



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